ࡱ> wxyz{|}~q)bjbjt+t+AA v] H8 <(b((((((($)+(Z~|X#<% (&bb&&&&"bb((&L&"({((b\,&( DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISO E REDAO NCLEO DE REDAO FINAL EM COMISSES TEXTO COM REDAO FINAL TRANSCRIO IPSIS VERBIS CPI - PIRATARIAEVENTO: Audincia PblicaN: 2109/03DATA: 26/11/03INCIO: 15h21minTRMINO: 21h12minDURAO: 05h51minTEMPO DE GRAVAO: 05h31minPGINAS: 224QUARTOS: 67 DEPOENTE/CONVIDADO - QUALIFICAO RICARDO VITA PORTO - Advogado BOUTROS SARKIS MEZHER - Proprietrio da empresa Lemond VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Responsvel pela empresa exportadora e importadora Topzio Ltda. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Gerente da Cervejaria Conti GERSON CONTE JNIOR - Administrador da Cervejaria Conti GERSON CONTE - Proprietrio da Cervejaria Conti SUMRIO: Tomada de depoimentos. Apreciao de requerimentos. OBSERVAES H oradores no identificados. A reunio foi suspensa e reaberta. H intervenes inaudveis. H intervenes simultneas ininteligveis. H palavras ininteligveis. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Srs. Deputados, senhores depoentes, advogados, pessoas aqui presentes, havendo nmero regimental, ns vamos reiniciar os trabalhos da nossa CPI, agora em audincia. (Pausa.) Havendo nmero regimental, declaro abertos os trabalhos desta audincia pblica, para ouvirmos os depoentes ligados Cervejaria Conti. Est aberta a sesso. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Sr. Presidente, eu peo a palavra, como Relator da CPI da Pirataria, para um comunicado ao Plenrio da Comisso, pedindo Deputada Vanessa Grazziotin... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Pedimos silncio ao Plenrio, dada a importncia do comunicado, por favor. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Sr. Presidente, companheiros Deputados e Deputadas, hoje ns encerramos a primeira fase da CPI da Pirataria. A seguir, ns vamos adentrar numa prorrogao da CPI. O trabalho vasto, tem muita coisa a ser feita. Mas este Relator pediria ateno para algumas palavras, uma deciso em que andei pensando ao longo dos ltimos dias, ao longo do tempo. Eu pediria ateno. Sr. Presidente, Srs. Deputados, como Deputado de primeiro mandato, foi com muito orgulho que aceitei a indicao do meu partido para ser Relator da CPI da Pirataria, esse mal que assola gravemente o Pas. Desde o primeiro momento, busquei nortear minhas aes para coletar o maior nmero possvel de informaes que me permitissem chegar ao ponto em que chegamos, aperfeioar a legislao no sentido de combater com eficincia o crime de pirataria, crime este, Sr. Presidente, que, em 5 ou 6 meses de trabalho, ns pudemos verificar que causa danos em vrias reas da nossa economia, seja na eliminao de milhares de postos de trabalho formal no nosso Pas, seja na sonegao fiscal, que tanto prejudica a nossa populao, ou seja at mesmo na gerao de empregos marginais em outras naes. Enfim, Sr. Presidente, danos que tm uma imensido de valores. Hoje, Sr. Presidente, Srs. Deputados, pratica-se a pirataria na indstria fonogrfica, na indstria do vesturio, bebidas, remdios, obras de arte, cosmticos. E, o mais grave, Sr. Presidente, que gera crimes que significam danos fsicos como a cegueira, que ns podemos verificar ao longo do trabalho desta CPI, e at mesmo a morte. Sr. Presidente, ao findar minha misso como Relator da CPI da Pirataria, apresentarei um projeto de lei que vir aperfeioar a legislao de forma concreta para permitir que se faa justia e facilite a punio, alm de coibir esse crime , para o qual, Sr. Presidente, ns iremos, tenho certeza, com a ajuda de todos os companheiros da CPI da Pirataria, requerer a tramitao em regime de urgncia nesta Casa. Pretendo, Sr. Presidente, retomar as origens das propostas que tinha quando me elegi Deputado pelo voto de mais de 152 mil cidados do Estado do Rio de Janeiro, um dos Deputados mais jovens deste Pas, propostas estas, Sr. Presidente, que os meus eleitores me cobram no dia-a-dia, nas andanas em minha base. Sr. Presidente, esto entre elas a adoo de um amplo programa de primeiro emprego. Eu tive a oportunidade de relatar uma Subcomisso sobre o primeiro emprego, sob a presidncia de V.Exa., na Comisso Permanente de Trabalho, mas infelizmente, Sr. Presidente, ainda no conseguimos a adoo de um amplo programa de primeiro emprego. Temos confiana de que iremos conseguir e queremos estar ao lado do Governo para esse trabalho. E ainda, Sr. Presidente, o trabalho da incluso do trabalhador da economia informal. No faz sentido, Srs. Deputados, exercer o mandato legislativo pela metade. Portanto eu, ao encerrar este primeiro ano de mandato, irei buscar a realizao desses compromissos, dessas propostas, agora mesmo, certo de ter cumprido o meu dever nesses 5 ou 6 meses em que trabalhei como Relator desta CPI. Irei passar mo de todos os meus colegas um resumo do relatrio que servir de guia e certamente ajudar o Deputado que vir me substituir. Eu pediria licena, Sr. Presidente. A prerrogativa de V.Exa. indicar o novo Relator, mas h um consenso, um consenso partidrio, e eu no deixaria, em respeito a estes meses de trabalho, a oportunidade de cumprimentar meu substituto, que me honra muito, meu companheiro de partido e companheiro de Estado, o Deputado Josias Quintal. Sr, Presidente, eu finalizo desejando a cada um de vocs muita determinao, muita sorte no combate pirataria, no mais como Relator, mas como Parlamentar comprometido com a erradicao da pirataria no Brasil, dirigente da Frente Parlamentar de Combate Pirataria, na qual continuaremos a desempenhar funes. Mas era preciso, Sr. Presidente, que eu me afastasse das funes de Relator desta CPI para cumprir, para navegar com meu mandato em outros caminhos que eu anseio por buscar. Era necessrio tambm, Sr. Presidente, abrir espao para os companheiros, para os muitos companheiros do PMDB do Rio de Janeiro que entraram no partido. Era um compromisso partidrio nosso, junto ao Lder, junto aos companheiros que entraram no partido que, em havendo prorrogao, em havendo possibilidade de abrir espao aos novos companheiros, ns estaramos fazendo. Estaremos reafirmando esse compromisso da direo interna do nosso partido com os seus Parlamentares na data de hoje. Sr. Presidente, para finalizar, eu tenho muita esperana de que ns podemos construir um Brasil melhor, sem pirataria e com um trabalho srio, com a certeza de que esta Comisso encontrou o caminho eficaz de combater a pirataria, de enfrentar o crime organizado e de trazer um grande resultado ao povo brasileiro. Sr. Presidente, despeo-me, ento, desta forma, com o orgulho muito grande de, por 6 meses, ter desempenhado a funo de Relator da CPI da Pirataria, e me comprometendo com cada um dos senhores a estar disposio para continuar ajudando e disposio em tudo aquilo que disser respeito ao enfrentamento desse crime que tantos males causa ao Pas. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Obrigado. O SR. DEPUTADO ROBSON TUMA - Pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Deputado Robson Tuma. O SR. DEPUTADO ROBSON TUMA - Sr. Presidente, eu queria parabenizar o Deputado Leonardo Picciani pela maneira que conduziu a relatoria desta Comisso at o momento e lamentar a sua deciso de sada da relatoria desta Comisso, porque ele vinha muito bem exercendo a funo de Relator da Comisso. Eu fico muito triste de saber que ele optou por deixar a relatoria da Comisso, mas fico feliz de saber que foi escolhido, inclusive indicado por ele, algum experiente, que eu j tive o prazer de conviver na CPI do Narcotrfico e a estvamos em lados diferentes, seguindo no mesmo caminho, mas eu dentro da Cmara dos Deputados e ele nos ajudando bastante como Secretrio. Eu acho que haver uma continuidade muito importante na Comisso. Nesse sentido, eu no poderia deixar de lamentar com tristeza a sada do Deputado da relatoria e de dizer que V.Exa., Deputado, soube, com coragem, com determinao, com firmeza, com sabedoria, exercer essa funo. E tenho certeza absoluta de que o nosso amigo e colega que estar lhe substituindo vai, com certeza, citar o enorme e brilhante trabalho que V.Exa. exerceu no seu relatrio final desta Comisso, que, se Deus quiser, vai botar muita gente na cadeia ainda e vai fazer muita gente que no paga imposto pagar imposto, porque o Pas est precisando. bvio que a gente vai trabalhar nesse sentido. Eu queria parabenizar V.Exa. pelo trabalho e pela escolha do seu substituto. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Muito obrigado, Deputado Robson Tuma. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Deputado Julio Semeghini, depois Deputada Laura Carneiro, depois Deputada Vanessa Grazziotin. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Presidente, hoje a Deputada veio toda esporte. Vou passar a palavra primeiro para a Deputada. Depois eu usarei a palavra. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Deputada Vanessa, depois dessa voc faz o desagravo, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Eu agradeo ao Deputado Jlio, que no o Lopes, o Semeghini, pela deferncia. Mas, enfim, eu, falando rapidamente, Sr. Presidente, gostaria de cumprimentar os trabalhos que at este momento foram realizados pelo nosso Relator, Deputado Picciani, e dizer do nosso bom relacionamento nesse perodo, no apenas do relacionamento meu em relao a ele, mas do Relator com todos os Parlamentares que compem esta CPI. E quero dizer que eu, pessoalmente, Deputado Picciani, lamento essa sua deciso, apesar de respeitar uma deciso poltica, de foro ntimo. V.Exa. deve ter um planejamento de trabalho para os seus mandatos, como j me disse anteriormente. Entretanto eu tenho a certeza, a convico de que, mesmo no estando mais, a partir de agora, na condio de Relator, V.Exa. acompanhar, sem dvida nenhuma, da forma brilhante como tem feito at agora, os trabalhos desta Comisso Parlamentar de Inqurito. Quero registrar que esta um das poucas Comisses que tem tido o seu prazo prorrogado, porque uma CPI que efetivamente tem trazido resultados. Geralmente, comea-se a contar ou a observar os resultados de uma CPI a partir do momento em que os relatrios so votados. Ns no. Poderamos, Deputado Medeiros, listar aqui inmeras aes do Poder Executivo, e no s do Poder Executivo, na elaborao de medidas provisrias, aes da Polcia Federal, da Polcia Rodoviria Federal, coisa que no havia antes do incio dos trabalhos desta CPI. Eu no tenho dvida que, em grande parte, somos, este coletivo, os responsveis por isso, no ? Ento quero cumpriment-lo, Deputado Picciani, pelo trabalho at agora, assim como ao Deputado Josias Quintal, Deputado que tem uma larga experincia foi Secretrio de Segurana do Estado do Rio de Janeiro e, sem dvida nenhuma, dar continuidade a este trabalho. Ento cumprimento-o e desejo a V.Exa. no s sucesso, mas dizer que estamos aqui sua disposio, para auxili-lo naquilo que for necessrio. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Deputada Vanessa, eu agradeo a deferncia de V.Exa. Fao minhas suas palavras no que diz respeito certeza de que esta CPI tem sido um dos grandes instrumentos pblicos a servio do povo brasileiro. E, no mais, seguirei a sua presidncia na Frente Parlamentar de Combate Pirataria. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Deputado Julio Semeghini. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Muito obrigado, Presidente. Eu, Deputado Leonardo, quero, antes de mais nada, parabeniz-lo e dizer que foi um prazer muito grande t-lo conhecido aqui mais de perto, ter trabalhado sob sua orientao. seu primeiro mandato, mas V.Exa. mostrou com muita determinao por que que chegou to jovem a esta Casa. Quero parabeniz-lo e dizer que lamento. At ontem, anteontem, esses dias, eu estava conversando com V.Exa. e pedindo a V.Exa. que continuasse. Mas no justo, acho que V.Exa. est no caminho certo. s vezes a gente entra nesta Casa numa correria, numa roda-viva, e vai atendendo a tudo aquilo que somos solicitados, e desviamos os nossos projetos das metas que realmente nos trouxeram at esta Casa. V.Exa. tem um dos projetos mais importantes deste Pas, que voltar a dar esperana ao jovem brasileiro, para que tenha realmente oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Conte com o nosso apoio nisso da. Parabns por tudo o que fez a esta Comisso, pela firmeza, pela maneira democrtica como a conduziu, pela oportunidade que nos deu de poder avanar at onde avanamos. Tenha certeza absoluta de que no s na Frente Parlamentar de Combate Pirataria, mas em todos os assuntos desta Casa, inclusive no seu grande desafio, que o do primeiro emprego, V.Exa. pode contar com tudo o que este Deputado puder retribuir pelo que V.Exa. dedicou a esta CPI. Parabns e boa sorte. um grande prazer ter convivido com V.Exa. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Muito obrigado, Deputado Semeghini. V.Exa. certamente, nos ltimos dias, foi o Parlamentar que quase me convenceu a no tomar esta deciso, a no sair. Eu no usaria o termo sair, porque deixo a relatoria mas no deixo o compromisso de combate pirataria, ento estarei sempre presente na Comisso. Mas, Deputado Semeghini, V.Exa. quase me convenceu de que deveria permanecer, apresentando bons argumentos. Efetivamente eu julguei, numa deciso poltica, que deveria buscar os compromissos aqui citados, por isso tomei esta deciso. De qualquer forma, o prazer foi nosso de poder ter trabalhado com V.Exa. Vamos continuar firme nesse caminho. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Deputado Alex Canziani. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Muito obrigado, Sr. Presidente. Da mesma forma como os oradores que nos antecederam, eu gostaria de cumprimentar o nosso jovem e brilhante Deputado Leonardo Picciani. Na verdade, um Deputado de primeiro mandato chegar aqui e ocupar um cargo importante como Relator de uma Comisso importante como esta, sem dvida, se deve aos mritos de V.Exa., no s grande votao que V.Exa. teve, confiana do povo do Rio de Janeiro, mas capacidade que V.Exa. mostrou desde que chegou a esta Casa. Estou surpreso at com essa sua manifestao, mas todos ns temos que respeitar. Eu vejo como a maior necessidade que este Pas tem exatamente a gerao de emprego e renda, principalmente para o jovem. E V.Exa., jovem que , tem essa misso e com certeza haver de lev-la frente, e ns todos iremos apoi-la. Ento eu quero lamentar, por um lado, V.Exa. no estar mais como Relator, porque, durante todo o tempo se houve como Relator com muita competncia, com muita seriedade e com uma parceria muito grande com todos os outros Deputados. Mas ns temos que respeitar a posio de V.Exa. Estamos aqui para apoi-lo. Conte conosco. Que ns possamos transformar o sonho, ento, de milhes e milhes de jovens brasileiros que anseiam pelo primeiro emprego, esse sonho em realidade. V.Exa. com certeza pode contar conosco. Parabns. Muito obrigado. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Eu agradeo ao Deputado Canziani e desejo a V.Exa. boa sorte no setor a que tem se dedicado, especialmente no setor de bebidas. Que V.Exa. possa auxiliar o nobre Deputado Josias Quintal e os companheiros da CPI a chegarem a um grande resultado nesse setor muito atingido pela pirataria no Brasil. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Diga, Robson. O SR. DEPUTADO ROBSON TUMA - Eu quero fazer uma questo de ordem sobre a ata, mas depois que... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - No? Deputado Jlio Lopes. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - Bom, eu, como todos, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, membros desta audincia, gostaria de externar aqui, enfim, o profundo pesar que tenho de saber que o nosso Relator, Deputado Leonardo Picciani, est deixando a relatoria, em que pese nosso Deputado Josias Quintal tenha toda a capacidade de levar o seu trabalho adiante. Mas, Leonardo, eu gostaria de manifestar, de forma pblica, primeiro um agradecimento, porque, se hoje tenho a posio que tenho aqui na CPI, enfim, devo em grande parte a V.Exa., que me ajudou durante todo o tempo, inclusive no ato da instalao. Sempre V.Exa. foi da maior solicitude, me ajudando, enfim, em todos os aspectos. E depois eu tenho aprendido muito com o convvio breve que tivemos nesta CPI. Apesar de muito jovem, bastante mais jovem do que eu inclusive, o senhor tem demonstrado enorme maturidade e capacidade de discernimento, assim como conhecimento, alis um conhecimento surpreendente, que s pode advir do convvio que teve com o seu pai, grande conhecedor e grande poltico do nosso Estado, Presidente da nossa Assemblia Legislativa, homem a quem eu admiro muito. Quero registrar aqui, Leonardo, que realmente, em que pese a gente no ter conseguido convenc-lo a ficar, enfim, voc sai deixando o melhor dos papis. E, da minha parte, a minha admirao pessoal pela forma madura, consciente, profissional e equilibrada com que conduziu, porque sabemos todos que houve divergncias, sabemos todos que houve dificuldades que o senhor soube superar e at fazer uma coisa que em geral os homens pblicos no fazem: no momento em que esta CPI ganha a sua continuidade provavelmente hoje ter aprovada a sua continuidade pelo Plenrio da Cmara dos Deputados , V.Exa. abriu mo, de certa forma, de estar continuando, em que pese tenha seus projetos pessoais, em funo de no concordar ou ter dificuldade com a forma como, enfim, os trabalhos foram conduzidos. Tenho certeza de que isso tambm pesou na deciso de V.Exa. de abrir mo. Eu admiro muito pessoas, pblicas ou no, que possam abrir mo do que quer que seja em funo das suas convices, em funo das suas decises. E, para terminar, quero dizer que ns estaremos todos sempre desejando a sua participao e precisando da sua participao. Meu sincero muito obrigado por tudo. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Nobre Deputado Jlio Lopes, eu agradeo e retribuo seus cumprimentos, at porque, se h um Deputado aguerrido no combate pirataria, certamente V.Exa., talvez um dos mais incansveis batalhadores no combate pirataria. Certamente, a deciso poltica que tomei nada tem a ver com os rumos da CPI. Eu reafirmo aqui a minha convico de que acredito no caminhar desta Comisso, de que acredito no papel que ela vem prestando ao povo brasileiro, e certamente continuar prestando esse mesmo servio ao povo brasileiro. No mais, eu tenho convico de que posso continuar ajudando, mas tenho convico de que, para o desempenho do meu mandato, dos compromissos que eu tenho a obrigao de cumprir, sobre os quais pautei o meu pedido de voto, aqueles que me levaram a abordar e a olhar nos olhos de cada eleitor, eu teria efetivamente que me afastar, para me dedicar em tempo exclusivo, em tempo total, a esses projetos e ao projeto do nosso partido de construir um PMDB forte, um PMDB pujante em todo o Pas, que ao que tenho me dedicado ultimamente. Ento, Deputado Jlio Lopes, muito obrigado, e continue firme no combate pirataria. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Deputado Josias Quintal. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Sr. Presidente, meu caro companheiro Lo Picciani, eu quero endossar as palavras dos companheiros que me antecederam e dizer que, ainda que todos aqui neste plenrio falassem, ainda que todos aqui nesta Casa, nesta Cmara, falassem, certamente ainda ficaria muito por falar de suas qualidades. Voc to jovem. Voc, que um fenmeno poltico, nos surpreende tambm aqui na convivncia, no dia-a-dia, pela maneira inteligente e habilidosa com que voc se relaciona. O relacionamento com o Deputado cada Deputado uma instituio , ele no muito fcil. Os Deputados, de um modo geral, tm posies definidas, tm posies muito fortes, so lderes por excelncia, porque o processo faz assim. E a conduo dos trabalhos, o exerccio da liderana, ele requer daquele que o faz sabedoria, muita sabedoria, a sabedoria que V.Exa. demonstrou ter, apesar da idade, de to novo. Tenho certeza que o Congresso brasileiro ainda ir ouvir falar muito de V.Exa., que est apenas comeando um trabalho. Quanto relatoria que ns vamos ocupar, nunca passou pela minha cabea esse desejo ou imaginar que viesse a ocupar esse cargo. Fazer parte da Comisso j algo muito interessante, mas o destino nos leva a essa situao. Eu quero dizer a voc e a todos os companheiros que eu vou encarar esta misso com a maior naturalidade. Apesar de ter tido uma experincia como profissional de polcia, como Secretrio, entendo que a relatoria de uma Comisso desta envergadura, ela sempre algo muito difcil, sempre algo muito difcil. Ento eu vou procurar interpretar, na verdade, o trabalho como um todo da Comisso, o pensamento de cada um, o trabalho conduzido por cada um, para fazer o melhor. Sei que terei, apesar de toda a experincia, muita dificuldade, e irei recorrer a V.Exa., que vai continuar fazendo parte, com certeza absoluta, desta Comisso. Embora tenha que se dedicar ao seu projeto poltico, da maior importncia, vai continuar aqui conosco. Quanto ao mais, dizer que esta passagem se d do modo mais harmnico possvel, porque eu e o Leonardo somos amigos. Independente de pertencermos mesma bancada fluminense, somos amigos e conversamos muito no dia-a-dia, ento esta passagem do cargo, da funo, ela se d com a maior naturalidade possvel. Ns haveremos de seguir todo o seu trabalho, com toda a humildade, com toda a dedicao. Vamos contar muito com voc, companheiro. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Deputado Josias Quintal, como eu disse no meu pronunciamento anterior, uma grande honra poder ser substitudo por V.Exa. Quero aqui consignar a sbia deciso tomada pelo nosso Lder do PMDB quando eu comuniquei a ele que precisaria estar me ausentando dos trabalhos da relatoria: a escolha por ele realizada para a substituio, a escolha de V.Exa. Certamente, V.Exa. prestar ao povo brasileiro nesta relatoria o mesmo bom servio que prestou ao povo do Estado do Rio de Janeiro como Secretrio de Segurana e vem prestando como Deputado Federal. No mais, estarei disposio para auxiliar nos trabalhos, nas concluses do relatrio e em tudo aquilo que V.Exa. de mim precisar. O SR. DEPUTADO ROBSON TUMA - Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Pois no. O SR. DEPUTADO ROBSON TUMA - Sr. Presidente, eu estou com a ata que reproduz a 32 reunio ordinria de audincia pblica, e tem algumas falhas graves: primeiro, no tem quem foi ouvido; segundo, eu estive presente, e estou ausente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Perfeito, perfeito. O Slvio est falando aqui que concorda com V.Exa. Tem erros gravssimos, inclusive falta uma folha. Ento a ata no vai ser posta em votao. Eu estou sendo informado disso agora e assumo a falha, de que me informou o Slvio. Eu no tinha lido. O Jlio Delgado est inscrito, depois a Deputada Laura Carneiro. O SR. DEPUTADO ROBSON TUMA - Obrigado, Presidente. Obrigado, Slvio. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Obrigado a voc. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - rpido. As nossas palavras so de endosso s palavras dos colegas que nos antecederam. A convivncia com o colega e Deputado Leonardo que faz com que a gente tenha todo o apreo e carinho no s pelo seu trabalho, mas por estar sendo nosso companheiro nesta Legislatura. Quando todos ns chegamos aqui, os reeleitos, os eleitos de primeiro mandato, tivemos a surpresa de um jovem Deputado com muita garra, denodo e conhecimento. Sabe que ns abrimos mo dos nossos desafios, dos nossos projetos, dos nossos desejos muito em funo de causa maiores. Posso aqui testemunhar que o Leonardo foi um companheiro que talvez este ano tenha colocado em suspenso a sua representatividade e o seu eleitorado em funo do compromisso com esta CPI. um reconhecimento que ns fazemos. Em primeiro lugar ficou o seu comprometimento com esta CPI. E, respaldando a palavra do colega Josias, do xar Jlio Lopes e de todos que me antecederam, gostaria de dizer que, com certeza, com certeza, esta CPI deste ano, desta Legislatura, j foi a que surtiu mais efeitos e mais resultados efetivos para esta Casa. E, seja o que vier desta CPI de agora por diante, como tambm a mesma competncia na relatoria por parte do Deputado Josias, ns vamos ter no histrico da biografia desta CPI, do resultado que ela vai apresentar para a sociedade, alm dos nomes de todos os companheiros que fazem parte dela, a sua colaborao, a sua competncia, a sua capacidade empreendida, que eu tenho certeza tambm vai ser destinada a todos os desafios que V.Exa. tiver de agora por diante no cumprimento do nosso mandato nesta Legislatura, a honra de termos V.Exa. como companheiro nesta Legislatura. Parabns. Eu quero dizer que quero continuar contando com a sua contribuio para que possamos surtir um bom trabalho e um bom efeito na CPI da Pirataria. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Nobre Deputado Jlio Delgado, nosso vizinho de gabinete, agradeo suas palavras. V.Exa. foi, neste primeiro ano de mandato, talvez um dos Parlamentares com quem mais ns pudemos nos identificar. Tem o nosso respeito. Ser um grande prazer de continuar interagindo com V.Exa. nesse assunto. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Deputada Laura Carneiro, Deputada, por favor. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Sr. Presidente, eu estava na instalao do grupo de trabalho que vai tratar, sugerir, enfim, de opinar sobre a questo da maioridade penal aos 16 anos e outras matrias que modificam o Estatuto da Criana e do Adolescente, quando a assessoria do meu Partido chegou l e me disse: Deputada, o Deputado Picciani est renunciando. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Como que ? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Deputada, o Deputado Picciani est renunciando, vai sair da relatoria. Eu levei um susto e sa correndo, por isso cheguei esbaforida ( como sempre sou, mas especialmente... ( e fui tentar saber os motivos que levavam o Deputado Picciani, meu amigo, a sair desse trabalho que ele fez to bem at esse momento. Sr. Presidente, so poucas as pessoas nesta Casa que tm a coragem que teve o Deputado Picciani. Esta uma CPI de visibilidade, uma CPI importante, mas o Deputado Leonardo Picciani, ao contrrio das luzes, decidiu, por uma questo de foro ntimo, que a sua atividade Parlamentar no nosso Estado era de maior importncia. Sem com isso dizer que vai deixar de participar dos trabalhos da CPI; ele apenas diz que no pode, no se sente com a possibilidade de tempo necessrio para continuar com o exerccio dessa relatoria. Isso, Sr. Presidente, s uma pessoa de muita coragem, s uma pessoa verdadeira, capaz de fazer. A maioria de ns faria o contrrio: No, eu vou dar um jeitinho, a gente enrola daqui, enrola acol, e eu me mantenho na relatoria. Ento, eu queria agradecer a oportunidade de ter tido o Deputado Picciani como Relator, mas especialmente agradecer ao ser humano, Leonardo Picciani, que teve essa capacidade que poucos tm de viabilizar o que ele v de mais importante, que neste momento ( e natural que seja ( a questo eleitoral que se dar no Estado do Rio de Janeiro. Queria dizer que eu me senti, se por outro lado, muito triste de perder essa coordenao, e, ao mesmo tempo e a o (ininteligvel) vai resolver esse problema pra mim, essa dualidade feliz, porque tambm tenho como parceiro o Deputado Josias Quintal, com quem j trabalhamos em outras oportunidades, em outras CPIs, na CPI do Narcotrfico; s que naquela poca, eu, sub-Relatora do Rio de Janeiro, e ele, Secretrio de Segurana. Ento, j sei exatamente como ele pensa, e ele, como eu penso, o que fica muito simples para trabalhar. Mas no poderia deixar de agradecer e parabenizar o Deputado Leonardo Picciani por esses meses de trabalho. No seria possvel a priso do Lobo; os movimento que fizemos a partir da operao Anaconda; a questo especfica do cigarro, no caso Lobo; especfica da sade; e tantos outros trabalhos desenvolvidos dos CDs, dos MDs; tantos outros trabalhos j desenvolvidos por esta Comisso, sem o dinamismo e a proficincia do Deputado Leonardo Picciani. Ento, em nome do meu Partido, em nome do PFL, eu queria saud-lo, entend-lo e parabeniz-lo pela atitude corajosa que toma neste momento. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI Deputada Laura Carneiro, essa companheira, amiga, talvez uma das Deputadas mais experientes na representao fluminense nesta Casa, muito nos orientou neste caminho, quero dizer que foi exatamente isso, no diria um ato de coragem, mas de compreenso de que eu precisaria, para o meu mandato, voltar ao caminho que havia planejado ao incio do mandato, retomar o seio da origem do mandato. No mais, dizer que no foi uma renncia, porque eu entendo que o poltico ele renuncia quando deixa de ter as suas convices. Eu apenas me afasto, abro espao a um grande companheiro, e mantenho, como disse anteriormente, a convico e o compromisso com o combate pirataria. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Eu tambm, Sras. e Srs. Deputados, eu tambm queria fazer, na sada do Leonardo, eu tambm queria fazer uma reflexo. Ouvi bem a palavra de cada um dos Deputados e quero sublinhar uma coisa que disse o Deputado Jlio Delgado: esta uma Comisso que teve xito, apesar de todas as dificuldades. Fazendo aqui uma reflexo aberta, talvez at por falta de experincia minha, esta uma Comisso... O Deputado Josias Quintal estava vendo nossa dificuldade tcnica para trabalhar: faltam tcnicos para fazer cruzamento de telefones para ns; estamos paralisados, precisamos cruzar os telefones de alguns policiais e no temos tcnicos. Estamos quase sem tcnicos para trabalhar, ns temos de sair toda hora implorando. Quem olha de longe, Deputada Laura Carneiro, pensa que ns temos um grande aparato, no verdade? Ns no temos aparato, nada, ns temos de sair correndo, buscando no Senado, pedindo uma ajuda aqui, outra acol. As dificuldades so enormes. Apesar disso, eu ontem fui falar com o lder do PFL e disse: Lder, eu gostaria de ter seu voto para renovao. Ele me respondeu: Medeiros, no havia nenhum problema. Vou votar pela renovao desta CPI, porque no havia nenhum denncia contra esta CPI. Fui falar com o Lder do PMDB, que disse que era indiscutvel. No tive nenhuma, absolutamente nenhuma dificuldade at parei um pouco de falar. Eu sou Presidente de uma CPI pela primeira vez, ele Relator pela primeira vez. E eu acho que num trabalho nosso... A disseram: No, a CPI quer aparecer. evidente que a CPI quer aparecer; todo mundo quer aparecer. Uma CPI que no pblica, que no queira ser divulgada, no CPI, e o Deputado que diga que no quer ser divulgado no Deputado. evidente que nos falta muita coisa: falta investigar o Rio de Janeiro. Esta CPI tem de ir ao Rio de Janeiro, tem de ir Minas Gerais. Esta CPI, como disse voc, tem de votar. Temos um monte de coisas ainda por fazer, um monte de coisas por conquistar. Mas eu analiso a seguinte questo: uma tarefa, para dar certo, ela tem de comear certo, ela tem de alar vo. Se ela, na primeira vez que tenta, no ala vo nem bica, acabou-se. Ento, esta CPI alou vo no comeo, e a grande dificuldade o comeo de uma tarefa. E eu quero dizer o seguinte: sem nenhuma dvida, o Deputado Leonardo, com todos os Deputados, mas ele, com a responsabilidade de Relator, foi fundamental para alarmos vo, foi fundamental com sua vontade, sua determinao. Lembro-me de que fomos um dia ao Rio de Janeiro, e todas as aes falharam, exceto uma que voc tinha programado. Todas falharam todas , exceto uma que voc tinha programado, que teve grande sucesso. E, graas a Deus, no naufragamos; no podamos ter naufragado ali, e no naufragamos. V.Exa. deixou um esboo de relatrio. E eu acho que se voc ficasse aqui tambm, se estivesse aqui com o projeto, evidente que no teramos nenhum problema, mas voc tem outra opo. Desejo-lhe xito, e tenho certeza de que ns no vamos ter problemas de continuidade, porque o PMDB indicou uma pessoa de experincia, que o Deputado Josias Quintal. Ento, quero te agradecer pelo trabalho, quero te agradece pela pacincia que teve num trabalho como este, s vezes no temos pacincia. Por exemplo, a Deputado Laura Carneiro uma pessoa fundamental para interrogar, mas nem sempre eu tenho pacincia com a Laura. Mas reconheo que voc uma pessoa importante para interrogar, como a nossa querida Deputada Vanessa Grazziotin, a quem eu disse que a juza e a Janice, procuradora de So Paulo, falou de vocs. A procuradora sabe que tem uma CPI e falou: Tem duas mulheres l na CPI, duas mulheres aguerridas. Eu disse que na prxima vez traria as duas mulheres, porque a gente consegue mais... Ento, Leonardo, isso o que eu quero dizer: voc jovem, est comeando a vida parlamentar, de famlia parlamentar, e tenho certeza de que voc uma pessoa de sucesso e de que sua experincia na CPI vai te ajudar muito a continuar voando alto. Voe sempre alto, viu? O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI Nobre Deputado Medeiros, primeiramente gostaria de lhe cumprimentar pela conduo que tem dado aos trabalhos desta Comisso, pela vontade principalmente a vontade que tem de buscar o rumo certo, de atingir os objetivos, que certamente fizeram com que ns, juntos, trilhssemos esta CPI num grande caminho, e certamente continuar fazendo com que esta CPI no seja s um sucesso, mas um sucesso porque apresenta resultados efetivos. Dizia-me um companheiro seu, o Lacerda, que na Zona Franca de Manaus, onde, no auge do ataque da pirataria sobre a indstria nacional, chegou-se a ter apenas 40 mil pessoas empregadas e que hoje eles esto fechando o ano com 72 mil empregados, o que mostra que ns podemos dar uma contribuio dentro do que era o objetivo inicial desta CPI, que era discutir exatamente os efeitos que tinha a pirataria como uma das causas do desemprego. Sr. Presidente, no momento em que lhe cumprimento, estendo os cumprimentos a toda a nossa pequena, mas valente, equipe de tcnicos. Ficam aqui meus cumprimentos, agradecimentos e reconhecimento a cada um deles. Quero dizer a V.Exa. que conte comigo, quando julgar que eu tenha alguma contribuio a prestar a esta Comisso. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Obrigado, Deputado Leonardo Picciani. Um abrao. Convido o Relator, Deputado Josias Quintal a assumir seu posto. (Pausa.) empresa Conti, ento. Isso apenas foi apenas um exerccio mental para podermos fazer a oitiva. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sr. Presidente, tive uma informao extra-oficial de que um rgo pblico estaria realizando uma feira com vrios produtos falsificados. No vou citar o nome do rgo pblico, mas gostaria que V.Exa. e a Comisso permitissem que eu diligenciasse no local amanh. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Est bem. Concordo com voc. J combinei a diligncia ao local e espero conversar com voc mais tarde. Est empossado o Deputado Josias Quintal. O Deputado Rubinelli est propondo diligncia a rgo pblico onde tem uma feira de produtos pirateados. No vamos dizer qual o rgo pblico... (Intervenes simultneas ininteligveis.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) . Mas consulto os Deputados. Os que esto de acordo permaneam com esto. (Pausa.) Vamos fazer a diligncia. Esto, abertos os trabalhos, quero saber se o Sr. Gerson Conti Filho est presente. Levante a mo. Obrigado. Sr. Pedro Gimenez Jnior? Obrigado. Sr. Boutros Sarkis Mezher? Obrigado. Sr. Victor Vinicius de Bacelar e Cunha? Obrigado. Sr. Gerson Conti? Obrigado pela presena de todos. Vamos comear pelo Sr. Gerson Conti Filho. O senhor tem advogado? Perdo, vamos comear pelo Sr. Boutros Sarkis Mezher. O senhor tem advogado? Por favor. E ns pediramos aos outros que aguardassem em local a ser indicado. (Interveno inaudvel.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Advogado. Eu queria que o advogado declinasse o nome todo, OAB, etc. e tal, que gravado. Pode tocar a. S a OAB. O SR. RICARDO VITA PORTO - A OAB-SP 183224. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Est bom. Ento, ns vamos, ns j ouvimos a Cervejaria Conti, atravs do Sr. Gerson Conte, ento vamos ouvir o Sr. Boutros Sarkis Mezher, responsvel pela empresa Lemond Comrcio, Importadora Ltda. Com a palavra o Sr. Relator, Sr. Josias Quintal. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Sr. Presidente, Srs. Deputados, antes de iniciarmos a oitiva do Sr. Boutros, eu queria requerer a V.Exa. que as demais testemunhas, as demais pessoas convidadas ou intimadas fossem convidadas a permanecer nem outro ambiente, de vez que o assunto que vai ser tratado ele deve ser cercado do sigilo para as demais pessoas. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Exatamente, eu pedi que a Segurana da Cmara conduzisse os outros que sero ouvidos, convidados, para outra sala. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - Se possvel, sem televiso nessa outra sala. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Slvio, cuida disso, por favor? Verifica para mim. Verifica l. (Interveno inaudvel.) O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Bem, Srs. Deputados, eu vou fazer uma srie de perguntas e certamente os senhores depois vo dar seguimento em cima daquilo que a prpria Comisso analisou, enfim, e preparou a documentao que os senhores receberam. Eu queria confirmar se o Boutros, qual o seu nome completo, para que o Servio de Gravao e Taquigrafia anotem. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Boutros Sarkis Mezher. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Qual a sua atividade profissional? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Comerciante. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Comerciante. O senhor natural de onde? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No entendi. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Por favor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No entendi. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - A sua naturalidade? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Libanesa. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Libanesa. Atividade profissional. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sou comerciante exportador. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Comerciante. H quanto tempo o senhor est nessa atividade comercial de importao e exportao? H quanto tempo o senhor pratica importao e exportao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Desde 1999. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - Nobre Relator, Deputado Josias. No est acostumado ainda lhe chamar de Relator. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Pois no. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - Sr. Presidente, apenas para saber se o Sr. Boutros Sarkis Mezher est depondo na qualidade de testemunha ou... Depondo na qualidade de testemunha, indiciado? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Eu acho que indiciado. indiciado. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - Ele est indiciado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Tem denncia, tem denncia em cima da empresa. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - No, no, no. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Toda vez ns temos essa discusso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - Mas porque inicialmente a primeira coisa que se faz ... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Toda vez ns temos essa discusso: saber se a pessoa ... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - No, a pergunta : ele tem algum indiciamento judicial? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - H? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - Ele tem algum indiciamento por parte da Polcia ou judicial? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - O entendimento que ele est sendo investigado. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - Mas investigado testemunha. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Pois , mas a nossa consultoria tcnica tem outro... Ns vamos... Voc perguntou porque sabia. Vamos tirar essa dvida entre ns, depois a gente rene e determina. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO - No, porque ele tem que assinar, porque seno... obrigado a falar a verdade, sob pena de responder por falso testemunho. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Sr. Boutros, o senhor foi convidado para depor na qualidade de qu? De testemunha, de indiciado? O senhor foi intimado? Em que condio o senhor foi solicitado a comparecer nesse plenrio? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - O senhor vai depor na qualidade de testemunha. E o senhor tem que dizer a verdade. Se o senhor no disser a verdade, o senhor pode ser preso por falso testemunho. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Bem. Ento, sanada a dvida, vamos continuar. Ento, repetindo: Sr. Boutros, o senhor trabalha na atividade de exportao, importao desde de 1999, correto? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Qual a sua funo ou o seu cargo ou a sua responsabilidade pela empresa Lemond - Comrcio, Importao e Exportao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sou proprietrio. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - O senhor proprietrio. Por favor, procure falar bem prximo ao microfone, para que fique gravado. Qual o endereo da empresa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Rua Arino Moreira n 200. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - O senhor tem filiais? A empresa tem filiais? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No tem filiais. Tem representao em algum outro pas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Especialmente no Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - S exporta para o Paraguai. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Exporta para o Paraguai. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Sr. Relator, s para colaborar. O senhor perguntou o endereo, mas em que cidade que ? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Ponta Por, Mato Grosso do Sul. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Ponta Por ( seria a pergunta a seguinte ( fica junto fronteira internacional? O senhor possui outra empresa, administra outra empresa ou responsvel por alguma outra empresa que pratica importao ou exportao, ou apenas com essa empresa citada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - S essa empresa. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Como que a distribuio, a participao do presidente, do proprietrio e de demais nveis na exportao, na venda dos produtos? Como feito o rateio? Sim, vai. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Como funciona? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Isso. Como que feita a diviso do lucro? Ela toda concentrada com o senhor ou algum outro scio tem participao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, s comigo. Eu tenho despachante, que faz a papelada e exporta produto para o Paraguai. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Cliente no exterior. O senhor pode citar alguns clientes que o senhor tem no exterior ou os principais? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Mnaco. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Mnaco o qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Exportadora/Importadora SRL, Paraguai. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Localiza onde? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Paraguai. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No Paraguai. Alguma outra mais? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Ento, ela uma importadora exclusiva do senhor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Quem fornece os produtos que a Lemond exporta? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Da Cervejaria Conti. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - A Cervejaria Conti fornece para Lemond e a Lemond, por outro lado, exporta. O transporte desses produtos exportados ele feito por que via, de que modo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - A gente contrata freteiro, pega mercadoria na Cervejaria Conti at a Receita Federal. A, depois, transportada para o Paraguai. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Via? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Freteiros. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Freteiros. E produtos que o senhor importa? Que produtos o senhor importa regularmente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu no importo, s exporto. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Ento, a matria-prima, toda ela adquirida no territrio nacional. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Eu vou fazer mais uma pergunta e vou pedir ao Deputado inscrito que d prosseguimento, para que no concentre muito as perguntas comigo. Quais foram as suas ltimas importaes? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Quando foi a ltima? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Importaes? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No tem importao. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Est certo. O senhor respondeu anteriormente que no importava, ento, no poderia responder essa. Muito obrigado. Eu passo a palavra para o Deputado... Qual o Deputado inscrito, por favor? Laura Carneiro. (Interveno inaudvel.) O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Relator principiante tem essas dificuldades. Ento, Deputado inscrito o Julio Semeghini. No est presente. Alex Canziani o prximo. O Deputado que preferir passar a vez no h problema, s comunicar. Mas o inscrito, na ordem, o Deputado Alex Canziani. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados. Sr. Boutros, qual a constituio societria da sua empresa? O senhor scio nico, tem mais scios? Como essa composio acionria? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu tenho 1 scio que tem 1% e no tem participao na empresa. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Como que chama esse seu scio? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Samanta Rigo. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Tem algum grau de parentesco com o senhor ou no? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Samanta Rigos. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - 1% s que ela tem? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor possui automvel? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu tenho automvel. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Que veculo o senhor tem? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Vectra. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Obviamente, o senhor possui habilitao para dirigir? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tenho. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor libans? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sou. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - E o senhor tem cidadania brasileira tambm ou no? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Modelo 19. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Senhor? Modelo 19. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor viaja com freqncia ao exterior ou no? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A ltima viagem foi em 1994, para o Lbano. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor tem representantes no exterior? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Quer dizer, o senhor tem um nico fornecedor, que a Conti, e o senhor tem um nico cliente, que a empresa Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso mesmo. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - isso. E que produto que o senhor exporta? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu exporto cerveja, pinga. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - S? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso a. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Perfeito. O senhor mantm algum comrcio na Galeria Paj, no Shopping 25 de Maro, no Mundo Oriental, em So Paulo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, senhor. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Em Ponta Por, alm da importadora/exportadora, o senhor possui outra atividade comercial ou figura no quadro societrio de alguma outra empresa, ou mesmo em So Paulo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Atualmente? Se tem agora? O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Sim. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - E o senhor j teve ou no? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - J teve em 1980 at 88. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - De 80 a 88. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Que empresa que o senhor fazia a? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Confeco. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Confeces. Onde isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No Brs. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - So Paulo. No Brs. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - E essa empresa fechou ou o senhor saiu da sociedade? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Fechou. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Quais so as empresas que prestam o servio de transporte para a sua empresa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - So freteiros particulares. No tem... O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - No so empresas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor conhece a empresa Dinossauro - Comrcio, Importao e Exportao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor nunca ouviu falar. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nunca ouvi falar. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Nunca foi sua cliente, nada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - E a empresa Bfalo Branco, de So Paulo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No tambm. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - No conhece? No sabe quem so os diretores, nunca teve contato com eles? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor conhece o Sr. Oswaldo Domingues Dibe? Dom Oswaldo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, senhor. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Nunca ouviu falar? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nunca ouvi falar. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Nunca teve nenhum contato comercial, nada com ele? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, senhor. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - E o senhor sabe quem o responsvel, proprietrio da Transportadora Transbalan? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Trans...? O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Transbalan. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, senhor. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - No conhece a empresa tambm. E o senhor conhece Larcio Jos Balan ou no? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tambm no. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor, quando abriu essa exportadora de produtos, o senhor j abriu pensando em exportar a cerveja Conti ou no? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - O senhor abriu uma empresa e, a, surgiu a oportunidade de exportar? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Abri e estava exportando pinga. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Pinga da Conti tambm? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. Pinga de Paran, de Jamel. A, depois, apareceu a cerveja Conti. Eu fui l, fiz contato e comecei a trabalhar com eles. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - E, a, s exclusivamente a Conti agora? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI - Sr. Presidente, ns temos mais algumas perguntas, mas como ns temos outros Deputados inscritos tambm, ns vamos dar oportunidades para quem... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Aqui tm outros Deputados inscritos que eu no consigo saber quem ( nenhum dos dois aqui. Tem o Jlio Lopes depois, porque eu no consigo... Quem que ? Voc consegue? O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI - Esse a sou eu mesmo. (Risos.) Vanessa Grazziotin O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Realmente, para ler Vanessa aqui est... (Interveno inaudvel). O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) a questo da vista talvez minha. Deputada Vanessa Grazziotin. O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI Obrigado, Sr. Presidente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Eu tambm, Sr. Presidente, acho que para a gente fazer um rodzio, vou fazer apenas algumas perguntas. O senhor respondeu que antes de trabalhar com exportao na Lemond, atravs da Lemond, o senhor trabalhava com... Tinha uma empresa de vesturio e confeco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Mas o senhor produzia? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Produzia. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor produzia o qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Cala jeans, camiseta, bermuda. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E vendia para o comrcio local? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Interno, tudo interno. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tudo interno. O senhor vendia para comerciantes? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Para comerciante. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Onde ficava localizada a sua confeco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Onde estava? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Na Rua Casemiro de Abreu. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Rua Casemiro de Abreu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No Brs. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nmero? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu no me lembro ao certo o nmero. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O Brs um bairro que tem muitos depsitos, muitas lojas. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Muita confeco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A Rua Casemiro de Abreu fica prxima Rua do Bucolismo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Fica uma travessa da Rua Oriente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, eu perguntei se fica prxima do Bucolismo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu no conheo essa rua. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no conhece a Rua do Bucolismo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No conhece? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nunca ouvi falar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E os comerciantes que o senhor vendia eles se localizavam no Brs ou .... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, vendia para o Brasil todo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Para o Brasil inteiro? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - O Brasil inteiro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor fabricava. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - S fabricava. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E por que o senhor mudou de ramo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Piorou a situao, no , na poca do Plano Sarney, no isso? A acabei fechando e mudando de ramo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mudando de ramo. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor constituiu a sua empresa Lemond em que ano? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - ... 1999 ou 2000, no me lembro a data certa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN 99, 2000? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Hum. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas quando foi que o senhor largou o ramo da confeco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - , parei com o ramo em 1989. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E durante 89, at 99 ns temos a uma dcada, o senhor fez o qu nesse perodo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Fiquei fazendo bico, trabalhando como representante e trabalhei como gerente de uma exportadora em Ponta Por tambm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Em Ponta Por? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Exportadora de qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - De bebida tambm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN De bebida? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como se chamava? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - , exportava Belco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Cerveja Belco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Cerveja Berco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Belco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Belco. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas eu no perguntei qual a cerveja que importava. Como era o nome da exportadora? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Platina. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Platina. E essa empresa Lemond... Como se chamava sua empresa de confeco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Lemond, tambm, Confeco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Chamava Lemond Confeco. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor fechou aquela empresa e criou outra? Ou essa aqui sucedeu a outra? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, abri outra. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor abriu outra? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O que que significava Lemond? O senhor gosta desse nome? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Palavra em francs; em portugus o mundo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - O mundo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O mundo. Essa a razo de... E fora essas duas empresas, o senhor teve outra empresa ou participao societria? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN De alguma outra empresa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No teve? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor falou que o senhor tem uma scia: Samanta Rigos. Samanta Rigos uma pessoa fsica ou uma pessoa jurdica? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Como, se casada ou... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, no. Samanta Rigos uma empresa ou uma pessoa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ah, nome, nome de uma pessoa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN nome de uma pessoa. Quem Samanta Rigos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Uma amiga minha de l de Ponta Por. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ela vive onde? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Em Ponta Por. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Em Ponta Por. O senhor saberia nos dizer o endereo dela? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor trouxe a o contrato social da sua empresa, da Lemond? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No trouxe? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O contrato social da empresa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor casado? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sou. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tem filhos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tenho. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Maiores de idade? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Maior. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E por que que o senhor escolheu Samanta Rigos para ser sua scia? O senhor falou de incio, sem lhe perguntar, que ela s tem 1%, mas que ela no faz nada. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Estou meio separado, no ? A famlia mora em So Paulo e eu moro l em Ponta Por. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento, o senhor muito amigo da Samanta Rigos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Por isso, escolheu ela? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E por que o senhor no podia ter uma empresa s? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu acho limitada sempre a empresa tem mais crdito. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN , tem que ter mais de uma pessoa, no , a proprietria. O senhor trabalha somente com a Cervejaria Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Somente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas o senhor falou pinga, que tambm exportava pinga. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Pinga, at hoje tambm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E quem produz a pinga? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - A fbrica Missiato, em Paran. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento, mas a eu no estou entendendo. O senhor s no trabalha para a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Ento, trabalho... Eu sou exportador. Exporto Conti e exporto pinga tambm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas o senhor disse que s trabalhava para a Conti. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu no sou exclusivo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - O senhor comeou dizendo aqui que s exportava cerveja. Eu at disse: Que estranho. No foi? Foi ou no foi? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, eu exporto pinga, tambm. Me perguntou o Deputado l. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Depois? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - . O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Depois. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, no, porque ns entendemos assim: que o senhor j trabalhou no passado exportando pinga e que atualmente, pelo que o senhor falou, atualmente o senhor s trabalhava para a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - A cerveja, s Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN S Conti. O senhor no tem frota de veculos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no tem, o senhor disse que s trabalhava com freteiros. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Freteiros. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Com pessoas, por exemplo, pessoas que tm 1, 2 caminhes. O senhor no trabalha com empresas transportadoras? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Pode ser um caminho, eu contrato ele. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Certo. O senhor no trabalha com empresas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Transportadoras? Nunca trabalhou? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - S com freteiros? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - S o freteiro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Por que isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - o que mais tem l, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Em Ponta Por? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN mais barato? O senhor j foi fazer uma pesquisa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, no mais barato. Sempre o que tem l freteiro, nunca vi empresa l, no , de transporte. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor conheceu o Seu Marcelo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN L em Ponta Por? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Marcelo? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Marcelo. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - O que que ele faz? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Marcelo Stracieri? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no conheceu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Disse que ele trabalhava nesse mesmo ramo que o senhor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Bebida? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Parece que sim, bebida, tambm freteiro. Ele era freteiro. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, no conheo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no conheceu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nem algum com nome parecido ou um sobrenome Stracieri? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No conheceu em Ponta Por? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E Larcio Jos Balan, o senhor j... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tambm no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN J lhe perguntaram isso. O senhor tem certeza que no conhece essa pessoa? O senhor me diz uma coisa. O senhor tem uma empresa de exportao, mas o senhor contrata freteiros. Quem so os clientes para quem o senhor vende o produto, para quem o senhor exporta os produtos da Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Quem o cliente? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quem so os clientes, que eu imagino sejam... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu tenho cliente no Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Somente no Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - S um cliente no Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ah, s um cliente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Um cliente, um distribuidor, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como que chama o nome? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Mnaco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Exportao e importao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E esse seu cliente, essa Mnaco, uma empresa, ela vende... O senhor sabe me dizer se ela vende todas as cervejas no Paraguai ou ela exporta para outro lugar ou... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu acredito s no Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN S no Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu acredito. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E essa empresa fica situada em que cidade no Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Pedro Juan Caballero. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pedro Juan Caballero. Pedro Juan Caballero fica prximo de Ponta Por? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Fronteira. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Do lado? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Fronteira. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A Deputada Laura me disse que s atravessar a rua. Eu nunca estive l. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - isso mesmo. fronteira seca, mesmo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN fronteira? S atravessar a rua? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A o senhor exporta para. E o senhor sabe dali o destino onde as cervejas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, eu exporto s para eles. Agora, onde eles mandam o produto eu no sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no sabe? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor podia nos falar assim como que se d essa operao de exportao? Falar passo a passo. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Como assim? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como que ocorre uma.... Como que o contato da... que papis? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Da exportao? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN , exatamente. Como que acontece. Tente explicar, porque no somos entendidos nisso e ns precisamos saber. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Certo. O caminho j carrega na fbrica, vem com nota de exportao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O caminho? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Onde que fica a fbrica da Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Fica em Cndido Mota, Estado de So Paulo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A quantos quilmetros de... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - De Ponta Por? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN De Ponta Por. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - 700 quilmetros. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN 700 quilmetros? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor contrata esse freteiro aonde? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - L em Ponta Por. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A o freteiro vai com o caminho vazio at Cndido Mota? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, ele leva garrafa junto. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Garrafa vazia? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - . E traz cheia. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E traz cheia. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A carrega l em Cndido... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - E vem para Ponta Por. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ahn. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - A encosta na Receita Federal. A o despachante faz a papelada e passa na Receita, a Receita revisa caminho e acompanha caminho para o Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O despachante o seu despachante? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nosso despachante. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor tem quantos despachantes que trabalham para o senhor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Um s. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN S tem um despachante? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Um s. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como o nome dele? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Ali. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Ali. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ali? de origem libanesa tambm? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, ele brasileiro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ? Ali de qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No sei sobrenome. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele tem uma empresa ou despachante? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, no, despachante s. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A o caminhoneiro vai at Cndido, volta com a carga cheia, vai at a sua empresa. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor tem um galpo? O senhor tem um depsito? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tenho um depsito. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tem quantos metros quadrados o seu depsito? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Deve dar uns 400, 500 metros quadrados. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E l o senhor sempre mantm estocadas as cervejas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, as cervejas chegam l e vo direto para a Receita, porque tem prazo de 48 horas para exportar a mercadoria. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Depois que chegou l para senhor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Depois que o senhor deu entrada na papelada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. Na hora ele faz a papelada e leva na Receita. O caminho tem que estar na Receita. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E a atravessa a rua e j est em Caballero? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Atravessa... que a aduana do Paraguai fica do outro lado. Ele entra na aduana e fica por conta de l mesmo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E quanto tempo demora um despacho da Receita? muita burocracia, muita dificuldade? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. Um dia, um dia. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Um dia j libera a carga? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Um dia. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E todas as cervejas que vm de Cndido Mota, no isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hum... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Toda a mercadoria... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ...o carregamento de cerveja, vem com nota, tudo sem problema? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tudo com nota. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor j teve algum problema de algum freteiro de ter carga roubada ou parada pela fiscalizao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER At agora no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Nunca. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nenhuma carga roubada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, graas a Deus. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor um felizardo, hein? Num Pas como o nosso em que roubam tudo, roubo de carga... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER verdade. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ...sempre tem CPI aqui para trabalhar com roubo de carga, no ? carga de medicamento, carga de bebida, carga de tudo. O senhor nunca teve nenhum problema? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, graas a Deus. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor est no ramo desde 1999, no ? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN De 1999, ou seja, so 4 ou 5 anos j. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quatro anos, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca teve nenhumazinha carga roubada? Nunca? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. J tive carga tombada. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Carga tombada. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tambm nunca foi parado pela Polcia Rodoviria, a mercadoria apreendida, quando foi verificou, tudo o.k., libera? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor conhece o Sr. Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O Gerson Conti? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Gerson Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Conheo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Conhece. Pessoalmente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Claro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor vai sempre at cervejaria dele? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sempre, sempre, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quantas vezes assim por ms ou por... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quando... 2 meses ou 3 meses a eu vou l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A cada 2 meses? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hein? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A cada 2 ou 3 meses? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor vai l fazer o qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Contato comercial mesmo. s vezes eu no vejo ele, eu falo com o comercial l, o pessoal do comrcio. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E onde que o senhor compra as garrafas. O senhor falou que o caminho no vai vazio, eu lhe perguntei. No anda 700 quilmetros vazio, ele vai com garrafa. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor adquire as garrafas onde? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A primeira compra eu fiz na fbrica mesmo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Da Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E as outras? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER As caixas e as garrafas. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E as outras? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER E agora ultimamente comprei uma caixaria l na Fbrica Noveli, no Paran. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Onde fica a Fbrica Noveli? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Paran, mas no sei a cidade, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Paran um Estado, mas em que cidade fica? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No sei, tem de ver a nota fiscal. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor comprou quantas garrafas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mil. No garrafa, mil caixas. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mil caixas com 24 garrafas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN isso? Com 24 garrafas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN T, mas a o senhor exporta? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento, vai a cerveja dentro da garrafa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E como que a garrafa volta? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Com reimportao, o mesmo processo... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Reimportao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Reimportao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN De garrafas vazias? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Isso compensa financeiramente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Compensa, claro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN mais barato? mais barato isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER mais barato, . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quem so os scios da importadora no Paraguai, que a... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como o nome que eu j esqueci? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mnaco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mnaco. O senhor no sabe? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No sabe? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No sei quem so os scios, eu trato... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas quem o responsvel pela empresa que assina? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Assina Juan Carlos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Juan Carlos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu no sei o sobrenome. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor j esteve com o Juan Carlos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Claro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Vrias vezes? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER fronteira l, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor amigo do Juan Carlos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Somos comerciantes, a gente trabalha, somos amigos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Certo. O senhor possui alguma outra empresa, algum outro negcio, alguma outra loja, fora a sua exportadora Lemond? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, s essa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No? Nenhuma? Nem em nome de outras pessoas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no teria deixado... O senhor separou de sua famlia, teria deixado alguma empresa para sua ex-esposa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No tenho, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E em So Paulo o senhor trabalhou durante muito tempo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER De 1979 at 1989. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Dez anos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, de 1980 at 1989. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor conheceu o Sr. Law? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quem? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O Sr. Law Ken Chong? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No? Nunca ouviu falar dessa pessoa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Nunca ouvi falar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca? Nem leu nada sobre essa pessoa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Nada. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor vive em Ponta Por? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Vivo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mora l desde 1999 ou antes? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Desde 1996 A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Desde 1996. Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) O senhor de Ponta Por. Uma curiosidade: o senhor conhece uma pessoa chamada Fuad Jamil? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Conheo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ainda bem. Imagina se voc dissesse que no? (Risos.) A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quem Fuad Jamil? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ah! Daqui a pouco ele vai falar? O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI E Abud Kalil? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Eu vou deixar para outros Deputados. Meus amigos, eu tenho uma audincia no Ministrio do Trabalho que eu no posso perder. Ento, eu passaria a Presidncia para o Deputado Jlio Lopes, mas como o Jlio Lopes que vai interrogar agora, eu passaria para a outra Vice-Presidncia, que a Deputada Vanessa. Deputada Vanessa, por favor. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Eu queria passar a primeira pergunta para o Deputado Alex, que gostaria de... O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI s se ele conhece Abud Kalil. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quem? O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI Abud Kalil. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Abud Kalil? O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. de l? O SR. DEPUTADO ALEX CANZIANI . A SRA. PRESIDENTA (Deputada Vanessa Grazziotin) Deputado Jlio. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Qual o seu faturamento nessa exportao que o senhor faz l para Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Nmero exato no tem. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Aproximado. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Vamos dizer 150 para cima. No tenho o nmero exato, mas posso relatar para vocs isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Mas 150... Qual o parmetro? ms, carga? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER ms. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ele paga como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quem? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES A empresa Mnaco. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Para mim? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Tudo vista. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Em dinheiro? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Em dinheiro. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Em reais, em dlar, em guaranis? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Em reais. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No em cheque? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no. Dinheiro. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES E o dinheiro vem como para o Brasil? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Na fronteira. Ele passa e entrega o dinheiro para mim. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No, espera a. Mas o senhor manda o caminho ir l dentro do Estado, ele tira o dinheiro l, ele paga o caminho, no isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor acompanha o caminho para... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Para o Paraguai? No. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, ele entrega o dinheiro para quem? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Entrega para a gente. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Para gente quem? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Para a gente, para mim. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Eu estou lhe perguntando. O senhor no vai ao Paraguai, no leva a mercadoria... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, mas no... fronteira seca, s atravessar a rua e ele est no Brasil. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, o caminho chega l, ele sai, vai andando e atravessa a rua e ele vai l e lhe paga, isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, o caminho entra numa rua, ele atravessa, vai l e... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Entra na aduana do Paraguai, na Receita do Paraguai. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES A, ele sai e vai l e paga o senhor em dinheiro? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Os senhores no movimentam cheque por que, numa regio to perigosa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER L a moeda outra, guarani, no ? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, por isso que eu lhe perguntei. Ele no lhe paga em guaranis, ele paga em reais. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Em reais, isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Na primeira vez j foi vista a compra? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Para mim? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sempre. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Como que o senhor estabeleceu esse contato comercial com ele? Foi indicao? Como que foi? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A gente vive l, no ? A gente procurou o cliente e fizemos contato e acertamos. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Isso foi num crescente ou a primeira carga j teve o mesmo montante, o mesmo valor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, foi crescente. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, vamos explicar melhor. Qual o volume que o senhor fornece a esse comprador em termos de cervejas mensais? Qual a quantidade? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu no tenho o nmero certo aqui. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Sim, mas no precisa ser exato, mas pelo menos aproximado. Qual o volume que o senhor fornece? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Trinta mil caixas mais ou menos, mas no certinho. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Trinta mil caixas/ms? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES E isso o comportamento uniforme durante o ano todo, mais ou menos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No frio cai um pouquinho. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Mas o senhor est dando uma mdia de 30 mil caixas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Agora no vero, 30 mil caixas, no calor. Agora, no inverno cai um pouquinho. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Por que o senhor decidiu comprar essa cerveja da Conti especificamente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Fiz contatos, estava procurando uma cerveja e a maioria da marcas j tinha representante l. A Conti no tinha, a procurei eles e acertei. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor chegou a ter uma outra cerveja? O senhor chegou a fazer uma tomada preos, alguma coisa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Foi s l na Conti e fechou o negcio e, de cara, j saiu com 30 mil caixas? Foi mais ou menos assim? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu no entendi a pergunta. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - Automaticamente, pela primeira vez, o senhor j fez uma remessa de 30 mil caixas/ms? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, no. A gente no compra 30 mil caixas. A gente faz negcios diariamente, um dia sim, um dia no. Depende do pedido que vem para mim, eu compro da fbrica. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - Qual a produo da cervejaria? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No tenho idia. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - Nem aproximada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - Esse volume, o senhor sente que um volume que crescente, isso est crescendo, est estabilizado? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, est crescendo. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Est crescendo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Est crescendo. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor no sabe para onde a Mnaco distribui essas cargas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER ... Eu acredito, no Paraguai. No Paraguai todo. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No Estado inteiro? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Estado inteiro. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Deputado Jlio Lopes, permite-me um aparte? O senhor falou que dia sim, dia no, o senhor manda uma remessa de carga? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim, dependendo do pedido da Mnaco, a gente faz o pedido na fbrica. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Mas em regra isso ocorre dia sim, dia no, no ? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER s vezes todo dia. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - s vezes todo dia. Ento, o senhor tem uma remessa para l e poder, certamente, comprovar isso com documentao mensal. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, isso. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Est bom, era s isso que eu queria saber e deixar registrado que ele remete dia sim, dia no e, s vezes, todos os dias uma carga para o Paraguai. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. Isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Como que o procedimento, exatamente na Receita? Porque o senhor falou, que a primeira coisa que o senhor falou a, vrias vezes, que o primeiro procedimento com a Receita. Como que o procedimento? O senhor manda o caminho para l, o que a Receita faz? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O caminho encosta no ptio da Receita, o nosso despachante faz a papelada e leva para a Receita. A, o funcionrio da Receita fiscaliza o caminho e acompanha a sada dele para o Paraguai. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Isso isento de imposto, essa exportao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER isento. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Totalmente isento? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - isento. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, na realidade, o que que a Receita faz? S conferir o nmero... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Peso, produto. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No, eu no sei. Eu estou lhe perguntando o que ela faz? Ento, ela confere. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, isso a. o peso... O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Nmero de garrafas... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, quantidade... O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O peso, a quantidade. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES A, ela chancela na nota fiscal. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER E acompanha a papelada toda, o processo e exporta para o outro lado. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Perfeito. O interessante, quer dizer, porque o senhor no faz esses pagamentos em papel-moeda, em meio circulante, no em meio de pagamento. Essa uma curiosidade. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ordem de pagamento? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No, chamou minha ateno... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hum. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - ... o fato de o senhor receber tudo em papel-moeda. No normal, nessas quantidades... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ento, l... O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - ... tudo ser recebido em dinheiro. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Em dinheiro, porque outro lado no tem conta no Brasil. Por isso paga em dinheiro. Eu s recebo em dinheiro, porque pago em dinheiro para a fbrica, pago ordem de pagamento. Tudo vista. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Mas o senhor faz a ordem de pagamento em dinheiro tambm? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, ordem de pagamento para a fbrica, seno a fbrica no libera caminho. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Sim, mas a a sua ordem de pagamento para fbrica j feita por instrumento bancrio, no ? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, bancrio. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES  S esse recebimento da Mnaco l que em... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Em dinheiro. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Em dinheiro mesmo. O senhor no acha que uma venda muito concentrada para um fornecedor s, no lhe preocupa isso, quer dizer? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. Foi um acordo para no fornecer para outro l no Paraguai, para no ter concorrncia. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Pois , Sr. Lemond, qual o nome que o senhor mais usa, de uso mais normal? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Da... O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O seu nome? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Boutros, mas me chama de Pedro, pode me chamar de Pedro. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Pedro? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pedro a traduo certa. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Est certo. Sr. Pedro, o que me chama a ateno, quer dizer, que no usual uma empresa ter somente um comprador e um fornecedor. Normalmente as empresas buscam mltiplos fornecedores e mltiplos clientes, principalmente mltiplos clientes. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No usual isso. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER , mas por enquanto s tem 1. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor est h 4, 5 anos com 1 s. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER , 4 anos. De 99 at... O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - E at hoje ele no atrasou pagamento, est tudo direitinho? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor nunca se interessou em saber quem que est por trs do Sr. Juan Carlos, o que essa empresa faz, quer dizer, como que eles distribuem l dentro, qual e a rentabilidade que eles tm? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. Eu vejo o produto no Paraguai nas lojas, nos botecos, nos bares. Eu vejo l o produto. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor tem vendedores para fazer esse acompanhamento? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor tem alguma equipe que faa estimulao de vendas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no, no. Eu tenho contato com ele do jeito que chega o caminho vai para l. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Quem mais est envolvido nessa operao? s o senhor? O senhor que toma o pedido, o senhor que recebe o dinheiro? O senhor que vai l no caminho contrata o transportador? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No tem o gerente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - S tem o despachante, que faz a papelada, que essa eu no mexo, no ? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES E no tem nem o gerente, ningum? tudo o senhor mesmo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no, no. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor carrega todas as informaes e... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES muito trabalho, no ? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no tem muito trabalho, no. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES No? O senhor manda o caminho na fbrica, o caminho enche? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER . E vem at Receita, o despachante faz a papelada, o caminho vai para o outro lado. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES  Por que a fbrica precisa tanto do senhor? Por que o senhor... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER De mim? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, eu sou cliente como outros clientes, n? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES , mas qual o spread que o senhor ganha, a diferena que o senhor ganha entre a fbrica e essa compradora, esse seu cliente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mnaco? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A fbrica no tem nada a ver com a Mnaco. Eu que vendo para a Mnaco. A fbrica vende para mim e eu vendo para a Mnaco. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Sim, veja bem, Sr. Pedro, ns estamos aqui tentando entender um pouco dessa mecnica que tem algumas coisas interessantes nessa fbrica... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES ... que esto nos chamando a ateno. Enfim, para que as pessoas que esto acompanhando a audincia saibam, esta fbrica tem vrios contratos de financiamento que nunca so pagos e os financiamentos, ao contrrio de serem abatidos, so acrescidos. uma coisa interessante: o senhor tem algum que lhe financia, que nunca lhe cobra e ao invs de lhe cobrar, toda vez lhe d dinheiro novo e cada vez mais dinheiro e mais dinheiro e mais dinheiro e o dinheiro no volta, s aumenta. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hum. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, isso tem chamado muito ateno. Ns estamos aqui trabalhando porque tambm nos chamou a ateno o fato de que um dos maiores contrabandistas do Brasil, o Sr. Lobo, tem ido visitar essa fbrica duas vezes e o seu representante outras vrias vezes. E me chama a ateno que os senhores comerciantes, hbeis como so, a fbrica tenha uma pessoa fazendo uma intermediao de uma venda para um mesmo cliente h 4 , 5 anos, sem que, enfim, tenha tentado ampliar o nmero de clientes ou a fbrica tenha tentado, enfim, melhorar a sua perfomance nisso. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. No tem... S estamos trabalhando com esse cliente por enquanto, pode ser mais para frente, a gente arruma outro cliente, outra regio. Mas, na realidade, naquela regio no pode ter outro. No suporta, n? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, no ltimo ano o senhor remeteu para a fbrica, qual foi o valor que o senhor remeteu para a fbrica? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No tenho o valor assim. No lembro. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Ento, vou pedir ao seu advogado para o senhor lembrar, porque ns vamos estar quebrando os seus sigilos bancrio, fiscal, telefnico e tambm vamos pedir ao senhor para nos informar por ofcio... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES ... qual foi o valor das vendas que o senhor fez para essa empresa e quanto que o senhor remeteu... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. No h problema. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES ... por ordem de pagamento para a fbrica. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES - Isso importante que o senhor nos remeta o quanto antes, para que ns possamos ampliar um pouco o nosso conhecimento sobre essa comercializao. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Tudo bem. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Era isso, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Vanessa Grazziotin) Passo a palavra ao prximo inscrito, Deputado Jlio Delgado. Mas antes disso, convido o Sr. Deputado Jlio Lopes para dirigir os trabalhos como 1 Vice-Presidente. Deputado Jlio Delgado pode j iniciar. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Rapidamente, Sr. Boutros, o senhor disse que em 1999 o senhor criou essa Comrcio, Importao e Exportao, Lemond. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Tinha confeco, caiu o movimento, coisa tradicional, normal de acontecer, e o senhor criou em 99 a Comrcio, Importao. Desde quando o senhor trabalha com a Cervejaria Conti? Porque, a, o senhor falou que estava exportando cachaa, houve um entendimento, que eu lembro, que o senhor falou, no comeo, que estava agora exportando cerveja e cachaa. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - S que o senhor tinha uma marca de cachaa, e parece que mudou a marca de cachaa, no foi isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no mudou nada. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Era Jamel, que o senhor falou? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ento, Jamel, mas o nome da fbrica Missiato, no mudou nada. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Sim. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A marca Jamel, mas a fbrica Missiato. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Mas, ento, em 99, quando o senhor criou a Lemond... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Comrcio, Importao e Exportao para exportar para o Paraguai bebida? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO E comeou s com cachaa ou comeou com a cerveja e com a cachaa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, comecei s com cachaa, primeiro. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO S com cachaa. E quando que entrou a Conti, que o senhor comeou a comercializar com a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu acredito, comeou no fim de 99, comeo de 2000. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO O senhor comeou, ento, em 99, quase com 1 ano de atividade e entrou a cervejaria? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER . Sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Cervejaria Conti. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - O que o Deputado Jlio ( e eu vou concluir rapidamente... O que causa surpresa o seguinte ( e queria que o senhor me explicasse isso um pouco para a gente poder entender. Esta uma CPI e a gente tem que fazer... Como a Cmara dos Deputados quer apurar questes... O senhor veio para c sabendo o que tem aqui. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO uma CPI de Pirataria para poder investigar falsificao, contrabando. Ento, se o senhor veio aqui na qualidade de testemunha, para nos... Por que existe uma empresa de importao e exportao para poder exportar para o Paraguai a cerveja quase que exclusivamente, o nico produto que o senhor falou a cachaa? A cervejaria no podia fazer isso diretamente, no? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pode tambm. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Pode? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pode. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO E, a, ela resolveu instituir o senhor para poder... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO ... fazer essa passagem. Porque a realidade diferente. Em Braslia, a gente no tem isso. Nos nossos Estados, a gente no tem isso. Eu conheo Ponta Por. Eu sei que l a realidade com (ininteligvel) vocs quando a pessoa pergunta sobre a questo de frete. No existem empresas. Eu sei que os caminhes so fretados; eu sei que existem algumas empresas que contam com o senhor para poder fazer alguma exportao para ir para o Paraguai e para vir do Paraguai, mas hoje o senhor tem um produto especfico. J comeou a operar com quase 1 ano, quase que com exclusividade. Se eu tenho uma cervejaria, eu sou proprietrio de uma cervejaria, e eu quero vender xis caixas de cerveja para o Paraguai, por que eu no fao isso diretamente, eu tenho que passar por um atravessador, se eu vou reduzir a minha margem de lucro? Com qual objetivo o senhor acha que chegou nisso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER De repente, eles no tm o cliente. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO O senhor que arrumou o cliente? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O cliente meu, no deles. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO O cliente seu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER meu. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO E vai ao Paraguai, o cliente se interessou, o senhor disse que viu o produto l, com a Mnaco. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Eles no tm contato com a Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eles no tm. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO A Conti no tem contato com a Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no, no. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Quem tem ... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Lemond que exporta para a Mnaco. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Sim. E se ns falssemos para o senhor que existe a possibilidade e que ns estamos investigando, porque a gente levanta documentao, ns temos assessoria da polcia, da Receita, de outros rgos de que o senhor manda o caminho j fretado em Ponta Por para ir ao interior de So Paulo, l, na cidade buscar a cerveja e voltar para poder ser levada para o Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Se nesse processo pode ter algum tipo de produto contrabandeado ou falsificado, o senhor tem conhecimento ou admite a hiptese de isso estar acontecendo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Como vai ser? No tem como. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO A cerveja no falsificada, porque ela produzida l. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO A cerveja est encaixada nos engradados e vai. Junto, nesse caminho fretado, pode ter algum outro tipo de produto? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO O senhor faz essa fiscalizao na Aduana, quando chega na Receita? Ou o caminho vem lacrado, fechado e passa direto para o Paraguai? Ou do Paraguai vem fechado e passa com os engradados direto para o Brasil? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O caminho fiscalizado na entrada e na sada pela Receita. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Todo verificado? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO S transporta cerveja e cachaa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Cachaa. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Os paraguaios esto gostando da nossa cachaa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Esto. (Risos.) O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO S isso, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Vanessa Grazziotin) A prxima inscrita, Deputa Laura Carneiro. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Sr. Boutros, o seu primeiro nome Pedro? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pedro. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, vou lhe chamar de Sr. Pedro. mais simples. Primeiro, eu queria entender um pouco a sua atividade em Ponta Por. O senhor respondeu inicialmente que o senhor no viajava. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Que a ltima vez que o senhor viajou foi h anos para o Lbano. No isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Como? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor viajou h muito tempo atrs. O senhor viajou para fora... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu falei que viajei em 1994 para visitar a famlia no Lbano. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Isso. Em 1994, o senhor foi ao Lbano. Mas o senhor viaja todos os dias, porque o senhor vai a Pedro Juan. Pedro Juan outro pas. Embora no parea, o Paraguai. No o Brasil. Ento, o senhor... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER . Atravesso para o outro lado. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor atravessa para o outro lado a toda hora. Portanto, o senhor viaja a toda hora. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Viajo toda hora l. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO S para deixar claro que o senhor viaja toda hora. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Toda hora. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Paraguai do lado. Bom, e a vamos chegar a Ponta Por. Qual o seu relacionamento com Fuad Jamil? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Com quem? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Fuad Jamil. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No tenho relacionamento nenhum. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Nenhum? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER S conhecido l. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Conhecido, como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Conhecido. Todo mundo conhece Fuad Jamil l. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Por que todo mundo conhece Fuad Jamil l? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER uma cidade pequena. Quem no conhece ningum l? Todo mundo se conhece. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Sim, mas qual a atividade de Fuad? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O Fuad Jamil famoso tambm. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Famoso, por qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER um cara antigo l. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Sim, mas qual a atividade do Fuad? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Dele? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu acredito que ele fazendeiro. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ah! Ele fazendeiro. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu acredito. Ele tem fazenda. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E o seu imvel, onde fica a sua empresa, quem o proprietrio? o senhor? O senhor comprou? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Do prdio? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. alugado. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Alugado de quem? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Roberto Meireles. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Roberto Meireles. Ele tem alguma ligao com Fuad Jamil? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No. Porque a maior parte da cidade, seno me engano, de Fuad Jamil, no ? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hein? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO A maior parte dos prdios da cidade de Fuad Jamil, no ? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No sei no. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor no sabe? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu sei que tem fazenda. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor sabe que tem fazenda? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER S. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor nunca ouviu falar de nenhum envolvimento de Fuad Jamil em nada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Nem na cidade se comenta? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Quando da ida da CPI do Narcotrfico no houve nenhuma movimentao na cidade em especial? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor no se lembra? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Tem certeza. (Risos.) O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu sou novo na cidade, desde 1996, mas nunca ouvi falar nisso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ah! O senhor novo na cidade, desde 1996. So s 7 anos. Bom, a CPI foi em 2000, s para o senhor se lembrar. O senhor no se lembra. Diga para mim uma coisa: o senhor s faz negcios na rea de bebida e especialmente. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Cerveja e cachaa. Nenhuma outra atividade? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER S. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor disse eu at acredito que seja assim, porque assim em Ponta Por, do ponta de vista de prtico que o senhor recebe em dinheiro, em reais, 150 mil reais/ms na fronteira. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER . Mais ou menos. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Como isso? No meio da rua? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hein? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Como que funciona isso? No meio da rua? Vo lhe pagar na sua casa. Como que funciona isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ele vai sempre at a firma. Ele pode colocar, s vezes, no banco, na conta da firma. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Mas o senhor disse que normalmente em dinheiro, cash, na mo. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu recebo em dinheiro. Na realidade, em dinheiro. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Em dinheiro. Ento, no na conta? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Em dinheiro na mo, na sua casa. Ele vai, sai da fronteira, l, do Paraguai com 150 mil reais... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no 150 mil. Estou falando, eu fao exportao. Um dia, sim, s vezes. Todos os dias, no. s vezes, um dia sim, um dia no. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, quanto por dia, mais ou menos. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ento, uma carga de cerveja, aproximadamente, 5 mil, 6 mil, 7 mil. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Est bom, que seja 6 mil por dia, mais ou menos. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No sempre 150 que ele leva para mim. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Tudo bem. Ento. Ele paga por dia. Melhor ainda. Ele paga 6 mil reais por dia. Ele vai, sai da casa dele, vai na sua e lhe d 6 mil reais em dinheiro. assim? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO assim mesmo que acontece. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Vai na fronteira, passa com os 6 mil, vai l, lhe paga, sai da fronteira. Paga em real? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Paga em real. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Onde que ele consegue o real? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hein? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Onde que ele consegue o real? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER L tem cmbio, no Paraguai. Tm vrios cmbios. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ah! Ele troca? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Troca. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor confere esse dinheiro? Porque pode ser falso. Tanto dinheiro assim! O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER . O banco confere. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Haja real em Pedro Juan! Haja dinheiro em Pedro Juan! Pedro Juan um ovinho. Menor ainda que Ponta Por. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Est certa. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Tem dinheiro l, hein! Por que o senhor acha que tem tanto dinheiro em Pedro Juan? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hein? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Por que o senhor acha que tem tanto dinheiro em Pedro Juan? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Por que tem tanto? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO . Porque, puxa, tudo em dinheiro, cash! O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER claro! O cara vende dinheiro, troca e leva para mim. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ah! Ele vende em guarani, troca l. Pedro Juan tem essa capacidade diria de dinheiro. Tem? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Est certo. S continuando aqui, o senhor conhece bem o Sr. Gerson Conte? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Conheo. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ele diz aqui, no depoimento ao Deputado Rubinelli que efetivamente ele trabalha com o senhor e com a Topzio. O senhor j ouviu falar na Topzio? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Topzio, sim. Uma exportadora l, em Ponta Por. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Tambm em Ponta Por, quer dizer, na verdade, o Sr. Gerson Conte trabalha com o senhor e com a Topzio? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Na realidade, ele trabalha comigo. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E a Topzio? Mas ele diz aqui... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A Topzio surgiu h 1 ms. O Estado do Mato Grosso do Sul pediu que cada exportadora tem que ter regime especial para exportar. Ento, toda exportadora entrou com o pedido... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO De regime especial? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. Ento, tem firma que conseguiu antes. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO A, como o senhor no tinha conseguido ainda, ele trabalhou naquele ms... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu trabalhei um ms com o Topzio. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor trabalhou? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Atravs do Topzio? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Foi isso. Como o senhor no tinha documentao necessria, o senhor se utilizou da Topzio para fazer operao que era sua? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E a o senhor fez com a Topzio o qu? Um contrato de gaveta? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Como? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor fez com a Topzio um contrato de gaveta? Ou o senhor recebeu um percentual da negociao? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. Ele fez um servio para mim e recebeu tambm. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Que servio ele fez? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Hein? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO De preposto? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A Topzio? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO A Topzio fez servio de preposto? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ele recebeu o servio dele, a comisso dele sobre essas compras. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Na verdade, preposto. Foi... A Topzio funcionou durante 1 ms. Enquanto o senhor no estava legalizado a fazer aquela atividade, o senhor contratou a Topzio para fazer, pagou um percentual, mas, na verdade, quem fez a operao foi o senhor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Est certo. Ele diz aqui que vocs trabalham nisso h um ano e meio. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Um ano e meio? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Que h um ano e meio, s, a Conti fornece para o Paraguai. Est aqui. O Deputado Rubinelli pergunta: Ento, a Lemond e a Topzio mandam esses produtos, aproximadamente, h um ano e meio para o Paraguai? Olha, eu acredito que seja para o Paraguai, mas difcil a gente afirmar. Quer dizer que a Conti no sabe que o senhor manda para o Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Claro que sabe! Deve saber. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No, mas que o... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Porque fronteira com o Paraguai, tem que ir para o Paraguai. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Claro, vocs... O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL No querendo interromper o seu raciocnio, eu queria tirar uma dvida que ficou desde o incio. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No tem problema, pode ir. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Sr. Pedro, o senhor, quando faz a exportao, o freteiro apanha direto na cervejaria e leva direto para o Paraguai ou ele apanha no seu depsito? O senhor retira da cervejaria, bota no depsito e leva para... vocs liberam no depsito? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Vou explicar a operao: quando o freteiro cadastrado, ele vai direto na Receita. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Sei. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quando no cadastrado, ele descarrega no depsito, a gente contrata outro freteiro s para fazer a exportao. Porque o caminho tem que estar cadastrado. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Sei. Quer dizer que h uma operao eventual e, com muita freqncia, de uma descarga no prprio depsito? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, isso. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Eu queria que o senhor revisasse, a, uma resposta que o senhor deu, l atrs, no incio, vamos dar essa oportunidade para o senhor revisar: o senhor falou que o depsito tem 400 metros quadrados? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER De 400 a 500. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL O senhor sabe que 400 metros no do para manobrar um caminho. So 20 por 20 metros. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Vinte por vinte? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO . Quatrocentos metros quadrados so vinte metros por vinte metros. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER ? No entra caminho? O SR. DEPUTADO JLIO LOPES O senhor imagina o tamanho de um caminho, para manobrar e, com esse volume de carga que... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No caminho cabem 504 caixas. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Est bom, isso irrelevante. O senhor confirma, ento, que so 400, 500 metros quadrados o seu depsito? s isso basta. Era s essa a dvida que eu tinha. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Vamos continuar. Na verdade, pelo que o senhor disse, o senhor tem um pequeno depsito, isso? (No identificado) Muito pequeno! O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu no estoco mercadoria l. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Oi? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu no estoco mercadoria. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ah! No d nem tempo? Como que funciona? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No! O caminho vem e vai para a exportao. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ah! Ele j... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER S... No! S com mercadoria no Brasil. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Na verdade, ento, vamos... eu quero entender: o senhor o qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Um exportador. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No, claro que o senhor um exportador. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mas no estoco mercadoria. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Mas, na verdade, o senhor, eu poderia... vamos classificar, assim: o senhor s trabalha para a Conti. O senhor disse, no comeo, que s trabalhava para a Conti, no isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu compro da Conti. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu exporto. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO O senhor compra da Conti e exporta para a Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, o senhor um intermedirio entre a Conti e a Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, eu fao isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Mas como que o senhor conseguiu um negcio bom desse? Eu quero um para mim. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mas tem muitas firmas que fazem isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Olha s: o senhor s trabalha com uma empresa e s vende para uma. Ento, na verdade, a Conti, que no burra, venderia direto para a Mnaco. Ento, o senhor aparece na histria, por qu? Gostam da sua cara? O que que o Sr. Gerson pode ter com o senhor para querer que o senhor ganhe dinheiro custa dele? Porque isso ganhar dinheiro custa dele. Ele fala do senhor como um empregado, desculpe. Mas ele diz assim: Hoje, ns temos... hoje, ns temos a Lemond. O senhor Pedro que tem feito essa parte. Como se o senhor fosse um empregado dele. Eu estou lendo o texto: A Topzio faz essa parte. A, o Deputado Rubinelli diz assim: A Lemond o qu? Ela uma empresa distribuidora? , na verdade, eu nunca fiz a exportao. Eu vendo para as empresas que fazem a exportao. A cervejaria, ela nunca fez exportao. A sensao que d eu no estava presente que ele fala do senhor como se fosse uma espcie de empregado, como se o senhor fosse parte deste grupo, que, dentro do grupo, tem uma exportadora, e essa exportadora coordenada pelo Sr. Pedro. Esse grupo do Gerson. E faz sentido, atravs da fala e eu no estava olhando para os olhos dele , mas at faz sentido, porque, imagine o seguinte: a Conti vende para o senhor, que vende para a Mnaco. Ora, meu Deus, era muito mais fcil ela no vender para o senhor, vender direto para a Mnaco. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mas eu posso exportar qualquer produto, bebida. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Claro que o senhor pode exportar tudo. Eu s quero entender onde que o senhor est na histria. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Como que eles escolheram? Como que o senhor conheceu o Gerson? Vamos l, vamos comear do comeo. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Como eu conheci Gerson? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO . O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu conheci a marca Conti... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO H. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Atravs de propaganda. Liguei para a fbrica e fui l, fiz contato e comecei a trabalhar. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Assim? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Fcil assim? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Claro, simples. Qualquer fbrica, eu vejo a propaganda, posso ir l, conversar e fazer negcio. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, o senhor estava num negcio de confeco, fazendo roupa... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO ... um dia, abriu o jornal, viu uma propaganda de uma cervejaria, ligou para o Sr. Gerson, foi l e montou um negcio novo? Como que funciona? Diz para mim que mgica essa, porque eu trabalho, trabalho, trabalho e no consigo montar uma empresa. Vou montar tambm. Alis, l em Ponta Por, eu no gostaria muito, no, porque eu tenho medo. Mas, enfim... porque muito perto de Pedro Juan, tem muito contrabando, muita cocana, muita maconha, muita arma. complicada a rea l. Mas, enfim, como que funcionou isso? Eu queria entender. Me faz entender. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O que voc quer entender mesmo? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO A senhora, por favor, porque eu estou lhe chamando de senhor. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A senhora. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Obrigada. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O que quer entender? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Eu quero entender como que funcionou. Como que o senhor conheceu o Sr. Gerson? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Gerson Conte? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO . Como que o senhor o conheceu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu fui at a fbrica, procurei... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Hum... Foi l, bateu na porta, se apresentou: eu sou o senhor... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Liguei, primeiro, e falei que tinha interesse na cerveja para exportao para o Paraguai. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Hum, hum. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A, me convidaram. Fui l, num sbado, visitei a fbrica, conversei, acertei com eles e comecei a trabalhar. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Hum, hum. E tem um contrato assinado? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No tem contrato. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ah! No? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E como que acertam? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu acredito que nenhuma cervejaria faz contrato, no. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No? E por qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No sei. Acho que no... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E se, amanh ou depois, ele desistir do senhor? O senhor quebra? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pode. Pode, de uma hora para outra, podem desistir. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E o senhor quebra? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER U! Vou fazer... procuro outro. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Mas no tem nenhum contrato, no tem nota fiscal, no tem nada formal? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No! Nota fiscal, todo produto tem nota fiscal. Contrato, contrato... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Entre o senhor e a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No tem. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No tem? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, se amanh, ele resolver dar tchau para o senhor, tchau? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pode. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, o senhor empregado dele, desculpe. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pode. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, na verdade, se o senhor s tem ele como cliente, se ele lhe tira o contrato, ou lhe tira o fornecimento, o senhor est desempregado. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pode. Amanh, pode se ter um cliente... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Ento, ele tem razo em falar da maneira como falou. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Amanh, ele pode mudar. Ele quer exportar direto, ele pode me tirar do ... A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E o senhor fala nessa tranqilidade por qu? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER U, no existe... porque no existe contrato. Se voc vai fazer contrato para uma cervejaria, sempre do lado deles. Esse o normal. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E por que o negcio bom para o senhor e para ele? Tem que ser bom para ele, tem que ter um motivo de ser bom. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Para ele? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO . Ele menor preo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Para ele, no sei; para mim, estou trabalhando, estou faturando, no ? A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO No, mas... No bate, entendeu, Presidente? Nobre Relator Rubinelli, no combina a histria, tem que ter alguma coisa a mais. No existe isso. No entra na minha cabea que voc pode ter uma empresa s fornecedora e um s cliente, que fatura 150 mil reais por ms, s vendendo cerveja, sem um contrato assinado. Ento, se cai, quebra, e, no dia seguinte, acabou. E vive do qu? No vai pagar o seu advogado, por exemplo, se precisar. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Uma empresa... a Conti tem mais de 70 distribuidoras, no s eu o cliente deles. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO A Conti tem mais de 70 distribuidores? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Claro. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Mas exportadores... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Para exportao, s eu. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO S o senhor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER . Mas distribuidor tem 70. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO E s para o Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER S o Paraguai. A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO Eu acho que o Deputado Rubinelli quer fazer pergunta. Depois eu posso continuar. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Obrigada, Deputada. Veja o senhor, quantas caixas de cerveja cabem num caminho? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quinhentas e quatro. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quinhentas e quatro. Para 30 mil caixas so necessrias... 500 caixas cada caminho, quantos caminhes? Quinhentas caixas vezes dez... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Cada um, 60, no? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sessenta caminhes. O senhor trabalha s com frete, o senhor falou. Ento, o senhor deve ter um nmero grande de pessoas que trabalha com o senhor nisso l. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim, tenho. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Porque, veja o senhor, a situao ficou mais interessante, porque o dono da Cervejaria Conti falou que era o senhor e a Topzio que exportavam 30 mil caixas de cerveja, por ms, para o Paraguai. O senhor falou para ns que no, que s o senhor. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E manda 30 mil caixas de cerveja, por ms para o Paraguai. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E o senhor quer, no caso, que a gente acredite que, com essa estrutura que o senhor falou, essas 30 mil caixas de cerveja chegam no Paraguai? Eu queria que o senhor explicasse: como o senhor consegue fazer chegar as 30 mil caixas de cerveja no Paraguai? Quantos caminhes o senhor pe, por ms efetivamente trabalhando? Diga os nmeros para ns. Quero saber quantos caminhes fazem o trajeto para ir buscar a cerveja na fbrica da Conti e para levar no Paraguai; quantos trabalhadores deste ramo de frete o senhor usa por ms? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER O caminho, ele vai e volta em 2 dias. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor no entendeu. Eu perguntei quantos. Eu no perguntei se ele vai e volta. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tem... tem... Cinqenta caminhes d para fazer isso, porque tem carreta que carrega 8, 8, 2, 882, trucks. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento o senhor trabalha com... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Trabalho com os 2. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor trabalha com 50 caminhes/ms? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - , mas no so 50 diferentes. O freteiro vai 3 vezes por semana. O mesmo freteiro, ele vai 3 vezes por semana. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor no tem nenhum contrato com esses caminhoneiros, da carga, se perder, se desaparecer? O senhor no tem nenhum contrato? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas o senhor conhece quem so os freteiros? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Conheo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor pode fornecer CPI o nome de todos esses freteiros que trabalham para o senhor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu posso relatar para voc aqui. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim, mas o senhor se compromete, perante a CPI, de mandar o nome completo e o endereo dos freteiros para a CPI? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Prometo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor est se comprometendo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Claro. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Certo. H quanto tempo o senhor exporta para a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - A partir de 2000, ano 2000. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas a Conti me parece que... A partir de 2000? Mas em 2000 ela j fabricava cerveja? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu acredito que sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor acredita, no! O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - . Porque comecei a trabalhar porque tem. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Exportava cerveja no ano 2000? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tem, claro. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ela j exportava cerveja? J fabricava e exportava no ano 2000? J tinha cerveja da Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - J tinha cerveja. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor exportava no ano 2000? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Comecei a exportar em 2000. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Qual o nome, que o senhor disse para ns, do principal cliente do senhor no Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Mnaco Exportao e Importao. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E o senhor s vende para a Mnaco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - S. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E a Mnaco, ela se responsabiliza pela distribuio em todo o Paraguai da cerveja depois? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu acredito que sim, ela coloca no Paraguai. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor j trabalhou com cigarros tambm, exportao de cigarros? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nunca. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor responde a algum processo judicial, no Brasil ou fora do Pas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor falou desse galpo que o senhor tem. O senhor tem um pequeno galpo, onde o senhor... A sede da sua empresa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E, nesse galpo, quantos caminhes, no caso, caberiam? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Quatrocentos, quinhentos metros; cabem 2 caminhes tranqilo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Eu gostaria tambm de solicitar para o senhor com certeza o senhor tem as cpias das notas fiscais de exportao dos ltimos 2 anos. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Porque muito difcil para ns acreditar que, com essa estrutura que o senhor tem que o senhor quer que a gente acredite aqui que o senhor tem essa estrutura , o senhor consiga mandar 30 mil caixas de cerveja para o Paraguai, pegando em Cndido Mota e levando depois para o Paraguai. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI muito difcil de convencer a gente, todos ns aqui, de que, com essa estrutura, que o senhor falou para ns que o senhor tem, o senhor consiga fazer isso. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Mas no precisa estrutura grande, porque o caminho no fica no depsito. O caminho vai direto para a Receita, da Receita para o Paraguai. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim, mas o caminho tem que ir em Cndido Mota buscar a cerveja. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - , no problema. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E tem que ir depois ao Paraguai levar. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso, isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E tem que mobilizar uma srie de motoristas. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - E a? O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor falou para ns que no conhece o Sr. Kalil Fuad Jamil. O senhor disse que no conhece. Eu quero saber se o senhor j conversou com ele ou teve algum contato telefnico com ele. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Com quem? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Com o Sr. Kalil Fuad Jamil. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nunca. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Nunca? O senhor nunca conversou com ele? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nunca. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E com a Conti, o senhor tem um contrato? O senhor tem contrato... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No tenho contrato. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Como no tem um contrato? O senhor manda o caminho l, pega a cerveja, leva para o Paraguai e no tem nenhum contrato com a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No tenho contrato de exclusividade. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim, mas o senhor tem um contrato. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu trabalho com eles, confio neles, mas no tenho contrato de exclusividade. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas tudo feito verbalmente? Como o senhor paga? O senhor disse que compra da Conti e manda para o Paraguai. Como o senhor paga a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - tudo ordem de pagamento. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Em conta bancria? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - De banco para banco. O SR. DEPUTADO RUBINELLI De banco para banco? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento o senhor faz os depsitos diretamente na conta do Sr. Conte? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Da Cervejaria Conti. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Da empresa? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E o senhor... Por exemplo, se ns formos checar, todo ms, aproximadamente, h um depsito correspondente a 30 mil caixas de cerveja na conta da Cervejaria Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso mesmo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E esse montante total efetivamente tambm o declarado da sua empresa e da Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI A movimentao declarada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E esses pagamentos em dinheiro que o senhor falou que recebe do Paraguai? O senhor acha normal receber esse valor alto em dinheiro? Por que no feito atravs de conta bancria tambm? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Como vai fazer em conta bancria l? No tem como. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Como no tem? Uma pessoa paga 100, 150 mil assim, chegar com o dinheiro para o senhor, o senhor no acha estranho? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - E l em Pedro Juan no tem Banco do Brasil. Se fosse em Assuno, tem, d para fazer, mas l no tem. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Uma ltima pergunta para o senhor. O senhor acha que... O senhor no acha estranho, no Paraguai, consumir... O senhor acha que tem mercado l, efetivamente, para consumir 30 mil caixas/ms de cervejas Conti? O senhor acha que o mercado forte assim l? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu acredito at mais. O SR. DEPUTADO RUBINELLI As outras cervejarias do Brasil exportam essa quantidade, ou um pouco menos ou um pouco mais, para o Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu no sei informar sobre isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI S a Conti. Agora, mais uma pergunta. O senhor disse que trabalhava no Brs. Aparentemente, veja o senhor, o Sr. Conte de Cndido Mota, o senhor do Brs, coincidentemente uma regio prxima onde o Lobo operava ali, onde tinha todos esses problemas a relacionados pirataria, que o Brs. Quer dizer, uma mera coincidncia, claro. A o senhor, do Brs, sai do ramo txtil, passa para esse trabalho de exportao, e conheceu o Sr. Conte de que forma, que o senhor falou para ns? Algum apresentou, foi anncio de jornal, como que foi? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Atravs de propaganda. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas qual propaganda? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Propaganda de campo de futebol. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Campo de futebol, como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu vi a Conti e mais cerveja. A entrei na Internet, peguei o telefone, liguei l, marquei e fui l. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas estranho isso! O senhor poderia ter visto tantas empresas e ter ligado, e o senhor ligou justo para a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Ento, eu vi muitas empresas, mas essas empresas... O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sabe por qu? Porque ns estamos investigando. Existe uma suspeita de que, nos ltimos 2 anos, aproximadamente, o senhor Eleutrio teria comprado a Conti Eleutrio o Lobo , a cervejaria. E a, coincidentemente, uma pessoa do Brs se interessa, v um anncio num campo de futebol, se interessa em ser distribuidor da Conti. Ento, por isso. A gente acha isso estranho e estamos investigando. Por isso que o senhor est aqui. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Certo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas, veja o senhor. O senhor disse que viu um anncio no campo de futebol. Mas o senhor j fazia distribuio quando o senhor viu o anncio? Em que ano que foi? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Mexia j com cachaa. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Em que ano que foi que o senhor viu o anncio? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Em 1999. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Em 99 o senhor viu o anncio, num campo de futebol, da Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso, isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Em 99 a Conti fazia cerveja, fabricava cerveja? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Fazia, fazia. O SR. DEPUTADO RUBINELLI J estava fabricando em 99? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER J, porque estava colocando... O SR. DEPUTADO RUBINELLI A o senhor viu o anncio l. Do que era esse anncio? De cerveja, de Contini, do que era? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, Conti mais cerveja. O SR. DEPUTADO RUBINELLI A o senhor viu um anncio de Conti e o senhor teve a idia. Falou: olha, tem um anncio da Conti l, eu vou procurar eles para vender cerveja para o Paraguai. Foi isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim, porque j exportava. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento, o senhor estava l no campo de futebol, e o senhor falou: eu vou vender cerveja dessas pessoas para o Paraguai. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Na realidade eu estava procurando uma cerveja. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E a o senhor procurou... Mas como o senhor... Se o senhor viu esse anncio, como o senhor sabia que o senhor j tinha condio de vender 30 mil caixas de cerveja no Paraguai? Porque deu tudo certinho a, casou tudo certinho. O senhor foi ver o jogo de futebol, viu o anncio, a, de repente, olha, legal, vou exportar. Ao mesmo tempo, o senhor j tinha quem comprasse 30 mil caixas no Paraguai? Como foi isso? Explique para ns. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Quando comecei, no cheguei de vender 30; cheguei de vender 3, 4; foi crescendo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Qual o preo do frete? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mil cento e cinqenta o truck. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quanto? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mil cento e cinqenta reais. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E quando o senhor procurou o Sr. Conte, ele recebeu o senhor como se o conhecesse h muito tempo? O senhor teve que preencher um formulrio? Porque ele falou para ns que ele criterioso, que o departamento comercial dele investiga tudo antes de... Como que foi que o senhor conseguiu to rpido assim? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Procurei o gerente comercial... O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quem o gerente comercial? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Pedro Gimenez Jnior. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Ele pediu o cadastro da firma, o cadastro social, tudo. A me chamaram depois que foi aprovado e comecei a trabalhar. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E a foi feito tudo na palavra? No teve nenhum contrato com firma reconhecida em cartrio, nada, a respeito disso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Interessante, porque uma empresa com essa tradio da Conti, e o senhor, que tambm no conhecia a Conti, eu acho estranho vocs fazerem tudo isso na confiana um com o outro. O senhor no acha estranho uma relao comercial de 30 mil caixas por ms? No tem nenhum documento, nenhum contrato, nada? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - tudo vista, no trabalho. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Tudo no dinheiro, ali? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tudo vista, ordem de pagamento, seno o caminho no sai de l. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quanto custa uma caixa de cerveja, na fbrica? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Exportao, 10 e 54. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Dez e 54. O senhor acha que seria difcil para uma empresa... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele vende por quanto? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - E o senhor vende por quanto, para o Paraguai? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Mais 3,5%. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mais 3,5%. O senhor acha que seria possvel, em tese, uma empresa, de repente... O senhor acha que seria possvel essa cerveja, uma empresa fazer isso e essa cerveja no chegar no Paraguai, ficar no mercado aqui? No a empresa do senhor, uma outra empresa, fazer uma simulao, o senhor acha que seria possvel? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Muito possvel. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Muito possvel. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Muito. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mais bvio que, com relao... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu acredito ter muitas empresas l que faz com outras marcas. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Fazem... Como assim, com outras marcas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Exportao. Compram da fbrica e exportam para o Paraguai. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mais a no vai para o Paraguai, fica no mercado interno? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, no, vende para o Paraguai. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Vende para o Paraguai. Essa cerveja que o senhor retira na Conti com rtulo ou sem rtulo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Com rtulo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Com rtulo. O senhor j retirou alguma cerveja da Conti sem rtulo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Nunca. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Nunca. T bom, eu quero dizer... O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Sr. Relator. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Pois no, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) No sei, s vezes, ns ficamos at um pouco confusos, porque so muitas investigaes, e investigaes que se interpem. Mas o senhor fez algumas perguntas aqui que, me permita o raciocnio que eu queria dividir aqui com os Srs. Deputados e Sras. Deputadas, membros desta audincia. O senhor falou que cada caminho custa 1.150 reais. O senhor precisa de 50 caminhes por ms para transportar a carga, confere? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Em frete, 1.150. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Por caminho. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - So 50 caminhes por ms para transportar as 30 mil caixas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. So 50 fretes. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - So 50 mil, mais ou menos, por ms. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - So 50 fretes, no 50 caminho. O caminho, como eu expliquei, pode ir 3 vezes por semana. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Sim, mas o caminho mais barato custa 1.150. O mais caro custa quanto? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mil cento e cinqenta. A carreta custa 1.800 a 1.900. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Vamos dizer que o senhor, de transporte, o senhor gasta quanto? Cinqenta mil por ms? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - O senhor falou que fatura, no total, 150 mil por ms. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu estou falando... No tenho nmero certo, aproximadamente assim. Tem que ver o nmero. Eu posso relatar isso para voc. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - O senhor no quer conferir um pouquinho essa conta? Porque o senhor disse que compra cada caixa na fbrica por 10 reais e 54 centavos. Se so 30 mil caixas que o senhor compra, o senhor gasta, s comprando as caixas, 300 mil. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Isso. Mas agora no vero aumenta, n? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Ento, o senhor tem que sair preso daqui. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Eu posso relatar isso para o senhor. Eu posso mandar a documentao e tudo, nota fiscal, cpia, tudo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Eu no sei se os meus colegas Deputados esto entendendo aqui o que est se passando. Quer dizer, o senhor est declarando o tempo todo que seu faturamento mensal em torno de 150 mil. O senhor declarou, inquirido pelo Deputado Rubinelli, que gasta com transporte, quando o caminho pequeno, 1.150; quando o caminho grande, 1.800. Uma mdia de 50 mil reais por ms de transporte. Certo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Sim. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Depois o senhor relatou ao Deputado Rubinelli que cada caixa de cerveja que compra na fbrica o senhor compra por 10 e 54. Se o senhor compra 30 mil caixas, tem que gastar 300 mil e 540 reais. O senhor diz, est alegando desde o incio, que o senhor fatura 150 mil reais por ms. Ento, o senhor d, todo ms, para algum, no Paraguai, 150 mil reais do seu bolso. isso que o senhor faz? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No, o que que isso?! Eu no tenho o nmero certo, mas eu todo o documento, depsito... O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Faz uma diferena muito grande entre ter um nmero certo e vir aqui fazer a CPI, os membros desta Comisso, de, enfim, incapazes de fazer contas aritmticas simples. Eu vou at suspender o trabalho aqui, momentaneamente, porque eu acho grave que o senhor venha aqui dizer uma coisa que, em absoluto, no tem coerncia. O senhor, o tempo todo, disse que o seu faturamento mdio em torno de 150 mil reais. Agora, o senhor declara que, s para comprar as caixas de cerveja, o senhor gasta 300 mil. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Ento, como que o senhor pode gastar 300 mil por ms para comprar se o senhor paga, se o senhor recebe 150 mil vendendo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mas j falei, no comeo, que eu no tenho nmero certo. Eu falei o valor assim, porque no inverno a gente no puxa 30 mil caixas, no chega a 15. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Todas as declaraes do Sr. Conte, fabricante da cerveja, de que a exportao de 30 mil caixas/ms, desde o incio. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, no falei isso no. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - No, o senhor, no, o Sr. Conte. Eu vou suspender inclusive a sesso, porque... Eu peo inclusive que o senhor tenha com o seu advogado uma conversa, para que a gente no tenha que tomar uma atitude mais drstica. Realmente... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Sr. Presidente, s uma questo de ordem. que est havendo votao nominal. Precisaria verificar se j comeou. Se for o caso, V.Exa. poderia suspender, a gente corre l e volta, enquanto ele se organiza. Se no, se V.Exa. quiser, vai indo um e voltando, para no atrapalhar a sesso. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Eu acho a proposio de V.Exa. oportuna, inclusive em funo do ocorrido aqui, para que possamos at trocar um idia. Est suspensa a sesso por 10 minutos, senhoras e senhores. (A reunio suspensa.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Vamos reiniciar os trabalhos. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Pois no, Deputado Julio Semeghini. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Primeiro, quero dizer claramente que concordo com V.Exa. Acho os dados apresentados muito pouco consistentes. Acho que temos a obrigao, realmente e vamos fazer isso de apurar, at porque, pela anlise que tenho feito aqui, h vrios problemas, h vrios interesses por trs desse crdito que colocado com a exportao de cerveja neste Pas. Eu pediria apenas o seguinte. Temos vrias outras pessoas para ouvir ainda hoje. Tenho certeza de que, parte dessas pessoas... Inclusive o senhor dever estar voltando para a gente poder continuar isso aqui. Tenho certeza de que vai ser importante para esta CPI. Como ele ficou de enviar esses dados, ele disse que no sabe mas tem, antes de a gente discutir sobre suposies, vamos, ento, pedir que V.Exa. solicite dados por escrito dos volumes de caminho, de valores, tudo isso que transportado por ele. Eu no sei se j est quebrado o sigilo fiscal, mas ns j temos... Parte daqui ns vamos analisar, mas ele pode enviar inicialmente essas informaes para a gente avaliar se ser ou no necessrio tomarmos uma posio depois da quebra do sigilo. E eu queria s fazer uma pergunta, se V.Exa. me permitir antes de ter, mas j de cara encaminhar, que esses dados ento sejam encaminhados por escrito para ns, para que a gente possa realmente analis-los e, se ns no acharmos necessrios ou suficientes, vamos ento pedir a quebra do sigilo fiscal da sua empresa para que a gente possa ter essas informaes que a estamos achando que tem. Ento, eu sugiro que o senhor d informaes concretas, informaes claras, em perodos mensais, da forma como era feita, o tipo, a quantidade de caminhes; se os caminhes eram prprios, se os caminhes eram terceirizados; de quem o senhor contrata e como que tem, para que a gente possa ter essas informaes. Eu quero tambm que faam parte documentos como o senhor paga esses caminhes, se na verdade o senhor arrenda ou no quando o senhor subcontrata, para que a gente possa saber realmente como foi movimentado esse material. Se o senhor conseguir, no prazo em que o Presidente, se acatar a minha sugesto, definir, para que o senhor possa enviar o material CPI, eu acho que, ento, depois a gente poderia continuar realmente, porque h muito coisa em dvida sendo colocada aqui e a gente teria que realmente ter esses dados. S peo que os dados sejam claros e objetivos dessa forma, para evitar que a gente fique quebrando sigilo sem ser necessrio. Ns queremos volumes, tipos de caminho, prprios e contratados; se contratados, por perodo mensal; como que o senhor fazia; como que o senhor pagava esses caminhes, para saber se eles so realmente pagos. Eu quero que a gente tenha esses dados aqui. Eu queria s fazer mais uma... A Deputada Vanessa tem mais trs perguntas antes de encerrar. Ento, fao uma sugesto a V.Exa. Se for, V.Exa. ento passaria a palavra Vanessa para que a gente pudesse depois, com esses dados, pedir que ele voltasse, ou depois tambm ouvir a famlia que est aqui, para que a gente possa at, se necessrio, fazer a acareao no final, uma vez que ele ficaria aguardando aqui como seriam os outros depoimentos, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Como sempre, so muito bem colocadas as sugestes de V.Exa. Pediria apenas que o nosso depoente pudesse confirmar, para a gravao, se estar ou no enviando, enfim, todos os dados relacionados na solicitao do Deputado Julio Semeghini. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - No entendi a pergunta, desculpe. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - O Deputado Julio Semeghini acaba de propor que o senhor e a sua assessoria enviem a esta CPI, em funo das discordncias havidas aqui no seu depoimento, ou do mau entendimento, que o senhor envie o nmero de caminhes, faturamento, pagamentos feitos Conti, enfim, toda essa relao de documentos que ele acabou de solicitar a V.Sa., a fim de que possamos fazer a confrontao desses dados com os dados que ns j temos. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tudo bem. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - importante, ento, que o senhor declare que vai mandar os dados. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER - Tudo bem. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Est declarando que vai. Em que prazo o senhor pode fazer isso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Num ms d, tranqilo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) O senhor no teria como abreviar esse prazo para uns 15 dias mais ou menos? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Pode, no tem problema. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Ento ns vamos estar contando... Pediria a ateno ao senhor advogado que trabalhasse nesses dados, por favor, para os prximos 15 dias. De acordo com a solicitao do Deputado Julio Semeghini, a Presidncia delibera nesse sentido e passa a palavra Deputada Vanessa Grazziotin. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Sr. Presidente, eu vou ser breve. Ns estamos em sesso no plenrio. Mas acho que esses documentos que o Deputado Julio Semeghini requisitou e que o senhor j se disps a enviar, penso que so importantes. Entretanto, eu estou com algumas dvidas aqui. O senhor disse que recebe o dinheiro da empresa. A quem o senhor vende, Mnaco... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN -... que uma empresa no Paraguai. O senhor recebe em dinheiro, esse pagamento? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor sabe me dizer se essa uma operao legal ou ilegal? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER , na fronteira legal. No tem banco para fazer. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas se o senhor faz... Veja bem. O senhor poderia dizer tambm: Mas para eu mandar para l cerveja, eu poderia mandar sem papel nenhum. Mas o senhor passa pela Receita Federal toda a exportao e tudo o mais. Agora, dinheiro, num dia em que lhe pedirem para comprovar o quanto o senhor recebe, ser que seria legal esse tipo de operao, receber em dinheiro, ficar sem registro nenhum? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu no conheo outra maneira de trabalhar l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Opa, espera l. Voc recebe em conta bancria... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER verdade. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ...o depsito... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Mas no tem, no Paraguai... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ... cmbio. Enfim, eu s queria saber. Se o senhor acha que legal, ns vamos verificar se ou no. Eu, na minha percepo, penso que no. E o senhor recebe deles em dinheiro. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor paga Conti as cervejas que o senhor compra, como? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ordem de pagamento. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ordem de pagamento? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Depsitos bancrios? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sempre? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sempre. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sempre. Nunca pagou em dinheiro? Sempre ordem de pagamento? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, ordem de pagamento. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor deve ter, ento, comprovantes. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Tenho tudo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Se pudesse remeter... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Tenho tudo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ... junto com os outros documentos que o Deputado Julio Semeghini solicitou. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Claro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor sabe dizer quem o Sr. Ulisses Calamita? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No conhece? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No conheo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O Sr. Osvair? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No conheo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Zani? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No conheo tambm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ricardo Coloniese? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No conheo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nenhuma dessas pessoas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor conhece o Sr. Rildo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Rildo o supervisor da Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Rildo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Supervisor da Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN o supervisor da Conti. O senhor conhece? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Conheo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Que tipo de contato o senhor tem com o Sr. Rildo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ele supervisor em Mato Grosso do Sul. Ele visita todos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele trabalha... ele funcionrio da Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Funcionrio da Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Trabalha no Mato Grosso. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No Mato Grosso do Sul. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Que tipo de trabalho ele faz para a Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ele visita os distribuidores, o cliente da Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele visita os distribuidores. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER V o que falta a eles, faz contato com a fbrica. Esse o servio dele. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor sabe o nome todo dele? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Como? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O nome todo, completo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN S conhece ele por Rildo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Rildo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor disse que comeou a negociar com a Conti, como fazer compras, atravs de uma propaganda que o senhor viu num campo de futebol. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E quem foi a primeira pessoa com quem o senhor fez contato l na empresa Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Com Pedro Gimenez Jnior, o primeiro contato. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pedro... O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Gimenez Jnior, o gerente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Gimenez Jnior. E h alguma outra pessoa chamada Gilson que trabalha na Conti? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Gilson, conheo de nome. Ele supervisor, acho que tambm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tambm supervisor. Trabalha junto com o Jnior, ser? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu acredito que sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Foi ele... e contato com o Sr. Rildo, o senhor teve alguma vez? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Com Rildo? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sim. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Sempre. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sempre, mas para fazer o negcio, no foi com o Rildo, que o senhor teve o primeiro contato. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No, foi com o Pedro Gimenez Jnior. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor tem certeza disso? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Certeza. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Foi com o Pedro Gimenez Jnior, no foi com o Rildo? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu fui at a fbrica. Rildo falou da marca, mas o contato foi com Pedro Gimenez Jnior. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como o Rildo falou da marca? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Ele mexe com cerveja, ele mexe sempre, e foi supervisor de fbrica de cerveja, entendeu? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Certo. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Alis, ele era supervisor da cerveja Belco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Belco. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Eu mexia com Belco, era gerente de uma exportadora, e ele era supervisor da Belco. Ento, eu conheo ele h tempo. Ele falou da marca para mim, e a propaganda eu vi l. Puxei na Internet e liguei para a fbrica. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento no foi o Gilson, o Jnior, que o senhor teve o primeiro contato? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Gilson, no, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No foi com o Jnior, foi com o Rildo o primeiro contato. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER A primeira ligao foi com o Pedro Gimenez Jnior. Rildo falou para mim da marca da Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Antes desse contato. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso, mas o primeiro contato com o Pedro Gimenez. Ele no era supervisor da Conti, tambm, na poca. Quando falou da marca, era da Belco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele no era supervisor? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER No era supervisor da Conti quando falou da marca. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN S trabalhava para a Belco. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER S trabalhava para a Belco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN H contradies a, mas isso a gente vai ver quando ouvir o prximo. O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Obrigada. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Bom, ento, para encerrar esta sesso, vamos pedir nossa assessoria que solicite as notas taquigrficas e a transcrio, para que a gente possa estar confrontando. Eu vou dispensar o senhor. Mas eu s queria chamar a sua ateno e a ateno do seu advogado, assim como a dos presentes, que o senhor, inquirido pelo Deputado Rubinelli, disse que o senhor vende em dinheiro e que recebe, por venda, em torno de 5 mil a 6 mil reais, no mximo. Eu quero dizer que, pelos nmeros que o senhor colocou aqui, que... cada caminho tem quantas caixas? O SR. BOUTROS SARKIS MEZHER Quinhentas e quatro. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Quinhentas e quatro. Ento, o senhor s vende com prejuzo, porque, pelo preo que o senhor compra a cerveja, se o senhor recebe 5 mil por cada caminho, o senhor est subsidiando. Eu peo s ao senhor, junto com o seu advogado, quando vierem aqui da prxima vez, faam um pouco melhor essas contas, porque ns, enfim, no somos inteligncias raras, mas pelo menos a aritmtica simples ns podemos fazer. O senhor disse que o transporte custa 1.150 reais e que cada caixa custa, na fbrica, 10,54. Ora, o senhor no pode vender por 5 mil cada caminho, cada venda. O senhor tem que ter, no mnimo, 8, 10 mil reais para que o senhor ganhe alguma coisa. Para o senhor ganhar 10%, 15%, o senhor tem que vender cada caminho por 7, 8 mil reais, no mnimo. Ento, peo ao senhor e ao seu advogado, enfim, que faam melhor essas contas, para que no caiam em flagrante desencontro de contas aqui. Muito obrigado ao senhor. Peo, ento, que a nossa assessoria providencie para que a prxima testemunha seja encaminhada ao plenrio. Obrigado. (Pausa.) O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sr. Presidente, eu gostaria s de estar informando aos membros da Comisso que conversei com o Presidente Medeiros e aquela diligncia que eu estaria fazendo amanh foi cancelada. Porm, estarei indo at o DEIC de So Paulo para pegar cpia daquele inqurito da ltima apreenso que fizemos na Casa Verde, em que solicitamos o apoio do DEIC. Ento, s quero estar informando aos membros da CPI que estarei, amanh, junto com o Dr. Artur, do DEIC, de So Paulo, da delegacia de combate a produtos falsificados, para discutir como foi finalizada aquela operao que ns encaminhamos e que contamos tambm com o apoio do DEIC, considerando que depois daquela apreenso fomos a um outro local, e deixamos o DEIC ali, assumindo as apreenses. Ento, s para informar CPI que, amanh, este Deputado estar a trabalho da CPI no Estado de So Paulo, juntamente com os integrantes do DEIC, da delegacia de combate falsificao. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Muito obrigado, Deputado Rubinelli. Pediria, ento, que fosse encaminhado ao plenrio o Sr. Victor Vinicius de Bacelar e Cunha. (Pausa.) O Sr. Victor Vinicius de Bacelar e Cunha, representando a Exportadora e Importadora Topzio Ltda., vem ao plenrio na condio de testemunha. Passo as perguntas ao Deputado Rubinelli, na relatoria neste momento. O Deputado Rubinelli com a palavra, por favor. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sr. Victor, no ? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sr. Victor, por gentileza, qual o seu nome completo? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Victor Vinicius de Bacelar e Cunha. O SR. DEPUTADO RUBINELLI H quanto tempo o senhor trabalha no ramo de exportao? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA H 3 anos, quase 4 anos, mais ou menos. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quais as empresas que o senhor trabalha ligadas exportao? Quais produtos o senhor exporta? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Quais os produtos que eu exporto? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Isso. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Exporto de tudo, tenho bala, fralda. O SR. DEPUTADO RUBINELLI No, no, o senhor no est entendendo. Seja objetivo. A gente quer saber quais as marcas dos produtos que o senhor exporta. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA As marcas? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Isso, de todas, dos principais, pelo menos, Sr. Victor. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Bom, fralda Mille; a Conti trouxe por 15 dias; Funada. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor exporta cerveja? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Cerveja, eu exporto cerveja. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quais marcas? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Tem a Malta. O SR. DEPUTADO RUBINELLI A Malta. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Acho que s tem a Malta. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Para onde o senhor exporta cerveja? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Para o Paraguai. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Para o Paraguai. Quanto o senhor exporta de cerveja Malta para o Paraguai por ms? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No entendi. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quanto o senhor exporta para o Paraguai de cerveja Malta? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu no tenho em mente isso a agora, no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI H quanto tempo o senhor exporta cerveja Malta para o Paraguai? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Um ano, mais ou menos. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E o senhor no sabe a quantidade de cerveja que o senhor exporta? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No, de cabea, assim no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor no tem nem noo para dizer para a gente? O senhor o dono da empresa. O senhor no sabe, aproximadamente, quanto o senhor exporta? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No, senhor, mas eu tenho tudo contabilizado. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento veja o senhor. Eu estou aqui solicitando que o senhor encaminhe a esta CPI a relao do quanto o senhor exporta de cerveja Malta para o Paraguai, mensalmente. Qual outra cerveja o senhor exporta? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Que eu me lembre s essa a. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor j exportou cerveja Conti tambm para o Paraguai? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Acho que por um perodo de 15 ou 20 dias s. O SR. DEPUTADO RUBINELLI A pedido de quem o senhor fez esse trabalho? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Ao Sr. Boutros. Eu conheo ele por Sr. Pedro. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Certo. Ele pediu ao senhor que exportasse cerveja para o Paraguai. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA o seguinte. No meu Estado, existe um regime especial, um negcio que eles inventaram l de... para exportao, voc precisa de ter um regime especial. E o Sr. Pedro o representante, o Sr. Boutros, desculpe. O Sr. Boutros o representante da Exportadora Lemond. Acho que ele o representante dessa Conti. E a, como ele no tinha o regime especial nesse perodo, eu terceirizei para ele, no caso, a minha firma. Ele usou por uns 15, 20 dias. Ele me pagou uma comisso. E s. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor fez contrato dessa operao, desse trabalho que o senhor realizou para ele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Contrato, como assim? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Um contrato, o senhor prestou um servio para a Lemond. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu prestei um servio. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor fez um contrato de servio com a Lemond ou no? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Por qual motivo? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu achei que no era necessrio. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor amigo dele? por isso que o senhor no achou necessrio? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No sou amigo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas se ele no amigo do senhor, como o senhor faz uma relao comercial com algum, simplesmente por telefone: Olha, vou exportar.? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No, no assim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor no acha isso estranho? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No, o seguinte, funciona assim, eu tenho um despachante aduaneiro que faz os trmites para mim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Qual o nome desse despachante aduaneiro? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Valdemir. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Nome completo, por favor. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Valdemir Pereira Flor. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Pois no, pode continuar. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA E como ele no tinha, por esses 15 dias ele usou a minha firma, no caso, como ele no tinha, ele pediu para usar. Ele me deu uma comisso de 5%, e a eu fiz a exportao para ele, por 15 ou 20 dias. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Essa operao foi legal? O senhor emitiu nota fiscal? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Emiti nota fiscal. Tenho todos os documentos. Na hora que os senhores quiserem... O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento, na realidade, no foi o proprietrio da Lemond que pediu ao senhor, foi o despachante aduaneiro. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Sim, era meu despachante, mas ele falou para o rapaz que queria usar, entendeu? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim, mas, ento, esse despachante tambm tem relao com a Lemond e pediu para o senhor fazer um favor para a Lemond, esse despachante aduaneiro. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No, ele no tem relao com a Lemond. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas veja o senhor. O senhor no conhece ningum da Lemond. O senhor falou que foi o despachante do senhor que solicitou que fosse feita a operao. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No... sim. Ele pediu. Como a nossa empresa, a nossa firma, a nossa exportadora, a Topzio, no caso, foi uma das primeiras que conseguiu registro especial, porque eles pediram 2 meses antes, e, no prazo, ns conseguimos. Como a nossa cidade muito pequena, todo mundo ficou sabendo que estava pronta a nossa papelada para podermos trabalhar, entendeu? A ele pediu, decerto para no ficar parado esses dias. Como o senhor pode ver, a Conti, eu trouxe por uns 15, 20 dias. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Considerando que o senhor fez esse trabalho para ele, onde o senhor pegou e aonde o senhor levou a cerveja? Quantos caminhes o senhor utilizou na operao? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Doutor, eu no tenho noo disso a, mas eu tenho tudo com o meu contador. Eu posso trazer tudo para o senhor. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ns estamos solicitando que o senhor traga a esta CPI a relao de quantos caminhes o senhor utilizou, onde o senhor buscou a mercadoria, onde o senhor entregou e o nome do cliente que o senhor entregou. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Permita-me um aparte. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Pois no, Deputado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor sabe por que o senhor foi convidado para vir a esta CPI? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O seu advogado no se preocupou em saber, tambm, por que o senhor foi convidado? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Bom, eu sabia, mais ou menos, que era por causa do negcio da Conti. Eu liguei aqui para perguntar. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Mais ou menos, no. Era esse o motivo. E o senhor est dizendo que o senhor no tem nenhuma informao sobre esse perodo que o senhor prestou servio Conti. Veja bem. O senhor prestou por um perodo pequeno. Ns s estamos querendo entender o que est acontecendo. Agora, no se pode aceitar que o senhor tenha vindo aqui a Braslia prestar um depoimento, dizer s sobre essa prestao da Conti, e o senhor est dizendo que o senhor no tem essa informao. O senhor no trouxe? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No, eu no trouxe. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Por que o senhor no trouxe? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Porque ningum me pediu nada. Eu no sabia o que era. Falaram que era um negcio, uma CPI da Conti. Eu fiquei assustado, como estou assustado at agora, porque eu nunca conversei na frente de muita gente assim. Mas se isso for o caso, como vocs quiserem, mando fax, SEDEX, como quiser. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Como quiser no. Eu espero que o senhor esclarea aquilo que estiver ao seu alcance. O senhor est com Conti. S espero que o senhor no minta e que o senhor possa realmente oferecer as informaes que tem. Eu queria que o senhor fosse mais objetivo na resposta ao Deputado Rubinelli. Ele perguntou ao senhor o perodo, o senhor disse que foi de 15 a 20 dias, ele perguntou quem apresentou, o senhor disse que, na verdade, foi uma pessoa da Lemond que pediu. Depois, o senhor est dizendo que no foi, que foi, na verdade, o despachante quem apresentou e fez o pedido para o pessoal da Lemond. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Mas foi isso o que eu falei. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Est timo. Agora, ns queremos saber o seguinte. Pelo que o senhor est me falando, ento, na verdade o senhor s emprestou o seu talo de nota. Na verdade, quem fez a operao toda foram eles? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Isso. No caso... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Ento, o senhor sabe. Ento pronto. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - ...eu fiz um servio terceirizado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Desculpe. No um servio terceirizado. Eu conheo muito bem exportao, mas sei o que o servio terceirizado. O senhor emprestou o seu talo de notas, suas coisas, para que ele fizesse uma operao. Ento, se ele me permitir continuar na pergunta, agora eu quero falar. O senhor se preocupou em saber se houve realmente essa exportao? E se ela existiu? O senhor estava dando o nome da sua empresa, o senhor co-responsvel. Ento, eu queria que o senhor contasse o que o senhor sabe realmente sobre esse perodo, aonde ia, foi a pergunta que o Deputado Rubinelli fez. Ento, eu queria que o senhor... No adianta depois. Ns temos mais 3 pessoas para ouvir e dependemos do seu depoimento. Espero que o senhor seja responsvel de nos dizer exatamente o que senhor ento sabe realmente desse perodo: aonde pegavam, quem transportava, se era o caminho. No possvel que o senhor s tenha dado um talo em branco e mandou algum usar como queria, alguma informao o senhor tem que ter tido. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Essa observao do Deputado Julio Semeghini importante, porque se o senhor s emprestou a nota, o talo, meio caminho andado para a gente resolver uma parte do problema aqui. Agora, se o senhor realmente fez toda a operao, o senhor vai ter que nos dizer onde o senhor pegou a bebida, aonde o senhor levou e para quem o senhor entregou. Agora, com a palavra o senhor. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - A mercadoria, ela passa, no caso, no porto, no caso, eles fazem aquele termo de verificao, a ela vai at a Receita Federal. Na Receita Federal, no caso, tem que fazer transportadora internacional, no caso, tem que passar de um caminho para o outro entendeu? na frente da Receita, sai do caminho brasileiro e passa para o caminho paraguaio. E a, no caso, o meu despachante que cuida dessa parte. A ele chega, passa para o lado paraguaio e na parte paraguaia quem cuida dessa parte o despachante paraguaio. A minha parte de exportar, para o Paraguai, est tudo certo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Olha, s um aparte. Responde pergunta. O senhor cedeu a nota fiscal ou o senhor fez... Foram os caminhes do senhor que transportaram a mercadoria? O senhor tem que responder isso para ns. O senhor cedeu uma nota fiscal para resolver um problema deles ou o senhor fez o transporte ou foram seus caminhes? O senhor contratou o caminho? Foi atravs da Topzio ou foi s a questo da nota que o senhor cedeu porque ele no tinha nota? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Se eu s cedi a nota fiscal? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Isso. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - , no caso como eu falei para o senhor. Eu acho que sim, acho que foi isso que foi feito, porque ele trouxe a mercadoria, que era da Conti, no nome da minha empresa e ele me pagava uma comisso para isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento no usou nenhum caminho do senhor? Foi tudo estrutura dele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - O caminho, . O caminho, a estrutura. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, se eventualmente essa mercadoria nem existisse, o senhor no ia ficar sabendo. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, com certeza sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mas como o senhor iria saber? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Mas passa na frente da Receita, tem fiscais conferindo tudo, essa mercadoria. Est tudo certinho ali. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quantas caixas o senhor foi contratado para transportar nesses 15 dias? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Eu no tenho idia. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mas veja. O senhor veio aqui para nos falar sobre a Conti. O senhor no teve a curiosidade de ler nada sobre a Conti, antes de vir para c? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Eu no sabia, sinceramente. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - No, o senhor nos falou agora h pouco que o senhor sabia. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, no sabia que... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Que era relacionada Conti. E o senhor sabia que o senhor trabalhou para a Conti num perodo de 15 dias. O senhor no teve a curiosidade de olhar o que o senhor fez para a Conti nesses 15 dias? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Isso ficou tudo com meu despachante. No caso o seguinte, Doutor, eu trabalho... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ou o senhor nos esclarece ou senhor vai voltar aqui muitas vezes. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, eu vou tentar esclarecer. que s vezes estou um pouco nervoso, que no consigo, estou vendo tanta gente importante. No, o seguinte. Meu pai meu contador. Eu tenho a exportadora. Eu fico na minha exportadora. Eu fao as minhas compras e minhas vendas. A eu tenho esse negcio, chegou uma oportunidade para mim, carregar a Conti e tal, para ganhar uma comisso de 5%. Eu sou um pequeno exportador. Ento, para mim, aquilo era uma boa, ganhar 5% de uma comisso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Cinco por cento de quanto o senhor ganhou? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Cinco por cento em cima da nota. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quanto era a nota? Qual o valor da nota? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Mas eu no sei, eu no lembro, no sei falar para o senhor, precisar quantos caminhes foram. Mas eu posso trazer tudo relatado para o senhor. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Nem aproximado? Se foi uma, se foram mil, 100 mil? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Foi mais de uma, com certeza. O que que pode ser? Pode ser uns... no tenho idia, mas uns 50, 100 mil. (Interveno inaudvel.) O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Eu no tenho... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Sr. Victor, o senhor no precisa ficar nevoso, no. O senhor foi convocado como testemunha para nos ajudar nesta investigao. Ento, o senhor pode ficar tranqilo e procure nos ajudar. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - A gente fica muito nervoso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Parece que o senhor no trabalha para ele, o senhor no tem relacionamento com a empresa Conti, mas sim, emprestou as suas notas, a sua empresa, que estava legal, para o Sr. Pedro. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Para o Sr. Pedro. Ento, que o senhor procure lembrar. Foram 20 dias, mais ou menos? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Aproximadamente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Aproximadamente. De que ano? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Este no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Este ano? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Este ano. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Deste ano? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Deste ano. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E qual era o problema? O senhor conhece o Sr. Pedro de onde? L de Ponta Por? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Eu no o conheo assim pessoalmente. Eu o conheo, porque a cidade muito pequena. Eu sei quem ele e tudo. Sei que ele representante da Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Certo. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Sei que ele uma pessoa, bom... pelo que eu saiba, ele uma pessoa honesta, que ele traz essa cerveja do Paraguai, que ele representante da cerveja Conti para o Paraguai. E como decerto ele no tinha a estrutura como a gente tinha... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Ele quem? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O Pedro. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - O Sr. Boutros. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O Pedro Boutros. Sim, pode continuar. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - E como d certo ele no tinha aquela estrutura, decerto, no, certeza, que ele no tinha essa estrutura desses 15, 20 dias, para ele no ficar parado... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Mas que estrutura que lhe faltou? Porque ele j era um representante e ele que j fazia a exportao. O que aconteceu com a empresa dele nesse perodo? O senhor sabe que ele tem uma empresa, no sabe? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Como o nome da empresa dele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Acho que Lemond. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Lemond. Exatamente. Qual foi o problema que aconteceu com a Lemond nesse perodo aqui, deste ano? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - O Governo do Estado, no caso, ele tinha feito um negcio para as exportaes, que tinha um negcio de um regime especial, que quem no tivesse o regime especial no podia exportar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Mas isso era uma novidade, isso ainda era uma novidade. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Era uma novidade para todo o mundo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ah! Perfeito. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Para o Estado inteiro, para todo o mundo que tinha essas exportaes. A, por exemplo, estou dando um exemplo, de junho a julho, vamos supor, que era o prazo para ter o regime especial, nesse prazo ningum conseguiu esse regime. Mas ns demos entrada antes, porque eles j tinham pedido, porque ningum pensou que ia adiante aquele negcio. E ns fomos adiante. Ai no outro ms, quando acabou, encerrou o prazo, todo mundo pensou que ia acabar, ns j tnhamos o regime especial. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - A ele pediu sua empresa emprestada para fazer isso? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - E ele, para no ficar parado... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Eu entendi. Ele continuou trazendo os caminhes dele. O senhor sabe se ele tem caminhes, ele proprietrio de caminhes? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No sei, no. Se ele proprietrio de caminhes? No sei se explicar, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - . Como que vem o transporte dele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Bom, ele deve ter os caminhes dele. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ele tem caminho? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Tem que ter, acho que sim, porque ele um representante ali, do lado do Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ele o representante? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Ele o representante. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E alm da cerveja Conti, ele representante de mais alguma coisa? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Olha, que eu saiba, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Que eu saiba, no, sinceramente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor no... Mas a cidade pequena, o senhor j sabe que ele tem uma empresa que chama Lemond, que o representante da Conti. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Certo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ele no exporta outras coisas alm da cerveja Conti? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Que eu saiba, no. Que eu saiba, ele representante dessa cerveja Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Desde que o senhor o conhece, ele representa a Conti? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Eu conheci ele foi este ano. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Com esse negcio que ele foi pedir atravs de seu despachante? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - , no caso... que nem eu conheo muita gente aqui por televiso, conheo... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E ele nunca lhe pediu para passar uma carga de pinga? De cachaa? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Para mim, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - S cerveja para o senhor? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Para mim, no, s a cerveja. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Naquele perodo s foi a cerveja? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - S a cerveja. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Esse regime especial s para a cerveja ou para todos os produtos? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Para todos os produtos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Para todos os produtos. E pinga, ele nunca pediu para o senhor? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Para mim, pelo menos, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E caminhes, o senhor sabe dizer quantos ele tem? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, no senhora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No. A sua empresa, a empresa... Como o nome da sua empresa? Topzio. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Exportadora Topzio. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ela s exportadora? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Ela exportadora e importadora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Mas o senhor trabalha com importao tambm? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, s com exportao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No, s com exportao. E o senhor mora l em Ponta Por h quanto tempo? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Eu moro desde 1979. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - 1979, o senhor reside l. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Tem quantos anos? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Tenho 32. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor sempre trabalhou nesse ramo de exportao? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - , sempre trabalhei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor tem representantes no Paraguai? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Representantes? Representao de alguma coisa no Paraguai? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - . O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No? O senhor conhece o Sr. Roberto Eleutrio? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Da Silva? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Conhece alguma pessoa que tem o apelido de Lobo? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - J ouviu falar? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, bom, na televiso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O que o senhor ouviu dele na televiso? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Bom, vi no Jornal Nacional, essas coisas na televiso, mas no conheo e nunca ouvi falar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Mas o que o senhor ouviu dele no Jornal Nacional? Que ele um ator muito famoso? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O que ele ? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Vi negcio de pirataria, no sei que mais. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Pirataria. Mas o senhor no o conhece? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Agora, Ponta Por, no conheo Ponta Por, conheo Paran, mas Ponta Por, eu nunca... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - E a (ininteligvel) de Ponta Por? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No conheo. Pois . A cidade pequena, as pessoas devem se conhecer. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Eu conheo. O senhor conhece o Sr. Marcelo Stracieri Barbosa? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quem esse Marcelo Stracieri? Pode falar; voc est aqui para colaborar, para ajudar. O senhor no se preocupe que ns no estamos querendo achar... o alvo no o senhor. O que o senhor conhece desse Marcelo Stracieri? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA A senhora... est bem mais fcil de conversar com a senhora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN T bom, no , ento vamos l. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - (Risos.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Bem mais fcil no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN com mulher. Com mulher, sempre mais fcil, tem mais sensibilidade. Vamos l. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Esse Marcelo, pelo que eu sabia, pelo que eu o conheci, o conheci de bar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN De bar? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA De bar. Meu pai contador. Ele tinha algumas empresas que faziam contabilidade para ele, assim coisa de 20, 10 anos atrs. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele era, qual era a profisso dele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Que eu saiba, no sei, eu acho que ele era comerciante. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Comerciante? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu acho que ele era comerciante. Eu o conheci sempre assim na rua, eu o cumprimentava. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele era um homem rico? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Acho que no. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ele era o qu? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Um homem rico. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu acho que no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele tinha filhos? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Tem filhos. Acho que tem uns 2, 3 filhos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN comerciante. Em que ramo ele trabalha? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA- No sei, no senhora. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ele est solto ou est preso? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Acho que est preso; vi no jornal, vejo televiso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Junto com o Lobo, no ? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, no sei. Eu vi na televiso. No sei se ele est junto com o Lobo no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele tinha filhos l... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Voc disse: aquele eu conheo. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - . Eu vi que era famoso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no sabe dar nome da empresa que ele tinha, nada, nada? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No sei, no senhora. Eu o conheo assim que nem eu falei para a senhora. Eu tinha um bar na cidade, um barzinho. Fiquei uns 10 dias num barzinho, coisa toa, de oi, conhecido, no meu amigo. Qualquer pessoa que a senhora chamar aqui de Ponta Por vai conhec-lo, mais ou menos, porque ele morou, acho que a vida toda l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Morou a vida toda? Tinha famlia l. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Acho que morou muito tempo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tinha famlia l? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Pelo que eu saiba tinha; tinha famlia. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Eu acho que ele tem filhos da idade sua. O senhor nunca conheceu os filhos dele no, no ? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Conheo tambm de vista. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como que o nome do filho dele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu no lembro o nome dele, lembro um. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tomy. No. Tomy era outro. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu sei de um, acho que Moiss. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mora l ainda? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No sei. No. Acho que no mora mais l no. Nunca mais vi na cidade, pelo menos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas Moiss, o nome do filho do Marcelo. O senhor tem certeza de que Moiss? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Ele tem, acho que uns quatro filhos. Acho que ele tem uns 3, 4 filhos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Que trabalhavam com ele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Quem? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Os filhos? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Se eu trabalhava? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No. Os filhos trabalhavam com o pai, o Marcelo? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No sei explicar. Eu no sei de nada. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN T. O senhor sabe que ele era comerciante, o conhecia do bairro, mas no sabia em que ramo ele trabalhava. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. No sabia, sinceramente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No sabia que era com cigarro? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No sabia. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No sabia. Ele tinha caminhes, transportadoras? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No sei explicar. Porque eu acho que ele foi embora fazia muito tempo de Ponta Por, no sei. Porque ele morava em Ponta Por, mas eu... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Era caminhoneiro? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Acho que no, pelo menos, que eu saiba, acho que ele no era caminhoneiro, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Diga-me uma coisa: o senhor j ouvir falar no Sr. Conte, como o nome do Sr. Conte todo, Gerson Conte? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Conheci agora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Agora. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Na salinha. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor estava junto com ele. Era para ter botado separado. Vocs ficaram conversando l, foi? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Na salinha. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ficaram conversando l na salinha, foi? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Foi l que eu o conheci. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No pode, Sr. Presidente. Olha a uma falha. O senhor o conheceu agora? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Conheci agora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Agora? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Agora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca falou com ele, antes dessa data de hoje? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Nunca. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca teve relacionamento algum com ele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Nenhum, zero. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nenhum. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Zero. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas, legalmente, o senhor teve negcios com ele, no teve? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Tive. Que nem eu falei para a senhora, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Legalmente, o senhor comprou muita cerveja dele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Comprei cerveja dele, nesse perodo de 15, 20 dias. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Comprou cerveja, pelo menos uns 15, 20 dias? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Sim, senhora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor sabe que ele fala assim da sua empresa com uma desenvoltura, como se o senhor fosse um dos seus maiores clientes? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Ele falou? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no sabe disso no? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Por causa desses 15 dias que o senhor foi prestar um favor. Prestar um favor, no, o senhor ganhou dinheiro, o senhor ganhou um percentual... O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Ganhei a minha comisso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pois , no Deputado Rubinelli, a ele fala da sua empresa com uma desenvoltura! O senhor no o conhecia? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Decerto, a minha empresa foi boa para ele, nesses 15 dias, para mim no foi no. (Risos.) A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nesses 15 dias, est a, olha, qual era a carga que vinha diariamente? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu no sei precisar direito para a senhora, mas semanalmente tinha certeza de que sempre vinha alguma coisa. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ele ainda est trabalhando para a Conti? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No. Ele prestou servios, Sr. Presidente. Houve um perodo a em que a empresa desse senhor que ns ouvimos anteriormente, o qual chamam de Pedro, l, que a empresa Lemond, que quem compra da Conti e vende para o Paraguai. Ento, houve um perodo em que a empresa no pde funcionar por conta de um regime especial que o Governo do Estado adotou, a ele usou a empresa do Sr. Victor, a Topzio para fazer. Mas era. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ele s trabalhou 15 dias l? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Segundo ele, de 15 a 20 dias. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No deu um ms; de 15 a 20 dias. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Era muita mercadoria? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Olha, eu no sei precisar direito para a senhora, vamos supor que seja uns 50 mil reais se eu tiver falando 50 mil reais, se no for, eu no estou querendo mentir para a senhora. Mas eu posso apresentar tudo... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ao todo? Nesses dias foram... O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA De 50 a 80 mil reais. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Cada carga ou total? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Total. Eu no tenho certeza do que eu estou falando para a senhora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor vai mandar todos o documentos para ns, no vai? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA O que a senhora pedir, eu vou trazer para a senhora. Isso a est tudo comprovado, a exportao, isso aqui, na Receita Federal, pode ir Receita Federal a hora em que quiser puxar tudo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor nunca viu nada de estranho naquela carga de cerveja? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. No, senhora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas o senhor olhava a carga, tambm no, s a Receita Federal? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA S a Receita Federal. Porque a, no que chegava a carga, como baldeava num caminho para o outro, eu no via, porque eu tinha o meu despachante, o meu despachante... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor j tomou cerveja Conti? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No conhece? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No, no conheo, no. Conheo a cerveja Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Conhece? Ela muito vendida em Ponta Por? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Ela vende, mas eu nunca cheguei a tomar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, mas em Ponta Por se vende Conti. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Se vende. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Se vende, no Mato Grosso do Sul? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Vende. No Mato Grosso do Sul, vende. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Vende bastante. uma marca conhecida l? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Para mim, conhecida, por causa de ter trabalhado com ela nesses 15 dias. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas fora esse trabalho? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Aqui, ningum conhecia, no , todo mundo aqui, acho que ningum conhece. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN , Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Obrigado, Deputada Vanessa Grazziotin. No havendo mais Deputados que queiram fazer perguntas ao senhor... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Presidente, muito rpido. S uma pergunta que eu queria fazer, na verdade, sobre a pessoa que antecedeu aqui, como que da Lemond. O senhor disse que ele deve ter caminhes, tal. Eu queria s fazer outra pergunta. Ele poderia estar exportando alguma coisa antes de ter exportado a bebida, algum outro tipo de bebida. Esse regime que o senhor diz que tem no seu Estado, ele especial s para cerveja ou para vrias coisas que ele fosse exportar? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Para todos os produtos que constam no contrato; tem o contrato social, para todos os produtos. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI T, se ele quisesse exportar refrigerante, pinga, outra coisa, ele tambm no poderia, ele teria que ter tido essa licena primeiro. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Mas para qualquer exportadora, entendeu. Se quiser mandar, por exemplo, desde bala, fralda, qualquer coisa. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Qualquer coisa; ento, se ele o procurou, naquele perodo, para que exportasse cerveja, atravs do seu contrato, provavelmente, ele tambm no poderia exportar outro tipo de bebida, nesse perodo em que o senhor estava exportando a cerveja para ele. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Com certeza. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Obrigado Deputado Jlio Semeghini. Muito obrigado Sr. Victor Vinicius. O senhor trabalha em que agora? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Exportao. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Exportao de qu? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Dessa Exportadora e Importadora Topzio. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - Mais uma coisa. O senhor o dono da Topzio? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu sou um dos scios. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) O senhor exporta o qu? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Desde bebida, tudo que... gnero alimentcio, papel, bala. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Sempre para o Paraguai? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Sempre do Paraguai. E tudo que nem eu falei para o senhor, tudo certinho. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) O senhor conhece o Sr. Fuad Jamil? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - No, senhor. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ah, no valeu, ento, o seu depoimento. O senhor de Ponta Por? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Sou de Ponta Por. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) E voc diz... Eu estava acreditando em tudo o que voc dizia, at agora, juro, por Deus. Mas no momento em que o senhor de Ponta Por e diz que no conhece o Sr. Fuad Jamil, o seu depoimento caiu por terra. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Conheo mais o senhor do que ele. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) H? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Conheo o senhor mais do que ele. Nunca sentei do lado dele, que nem eu estou com o senhor. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Eu vou perguntar novamente. Voc de Ponta Por, certo? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Certo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Voc diz que conhece o Sr. Marcelo... e voc... J terminamos. Ento, pode fazer, depois eu termino. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES o seguinte. O seu pai no teria sido contador do Marcelo. O senhor falou que encontrava s no bar com o Marcelo, mas por acaso o seu pai no foi contador do Marcelo? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Poderia ter sido contador h muitos anos; assim que eu o conheci, coisa de 15, 10 anos atrs. O SR. DEPUTADO JLIO LOPES Pois . Mas esse caso um caso muito importante. Ento, o senhor verifique l se o seu pai no foi contador do Marcelo, e se foi, o senhor, por favor, inclua nas informaes que o senhor vai fazer CPI, porque esse dado relevante. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Com licena, um pouquinho. O que vocs vo pedir para mim, vocs vo me dar em papel para eu saber o que eu vou mandar para vocs ou ... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ns podemos fazer isso. A secretria vai fazer. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Porque a fica mais fcil para mim. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Seno voc no vai lembrar, no ? Olha, s me diga uma coisa. Eu nem assisti ao seu depoimento todo, mas eu falei aqui: eu acho que o rapaz est falando a verdade; uma pessoa simples, trabalhadora; voc passou credibilidade para mim. Mas o Sr. Fuad Jamil muito conhecido, o senhor de Ponta Por? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Sou de Ponta Por. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Ele muito conhecido em Ponta Por e nas fronteiras de Ponta Por. A eu pergunto: o senhor conhece o Sr. Fuad Jamil? O senhor diz que no me conhece. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Mas conhecer, doutor, no sei como que o senhor est querendo falar. Conhecer, eu conheo assim. Eu sei que o Fuad Jamil mora l na minha cidade, mas conhecer, eu no conheo. Eu nunca conversei com ele. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) No? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sr. Presidente, eu queria dizer, at se o senhor me permite a palavra... O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) O senhor tem medo de dizer? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. Eu nunca conversei com ele. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Dentro dessa linha que o senhor est falando, que ele, aparentemente, fala a verdade, pode at ser que ele fale a verdade; porm, eu acredito que ele no colaborou, por falta de vontade, com esta CPI. Ele veio aqui sabendo, hoje, que ia tratar do assunto Conti; ele sequer teve o interesse de trazer a cpia da nota, dos 15 dias em que ele trabalhou com esse produto. Seria extremamente, digamos assim, natural que ele viesse com as notas e dissesse: Olha, eu fiz isso daqui, Presidente, est aqui, s fiz isso aqui durante 15 dias. Ele veio aqui e disse que no sabe qual o valor, no sabe quanto foi, no sabe quando foi, no sabe que quantidade, s sabe que foi de 50 a 80 mil reais. Ento, na minha opinio, foi de uma m vontade muito grande que ele apareceu nesta CPI, hoje, aqui. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Victor, deixa-me dizer uma coisa para voc. Sabe que quando a Polcia Federal prendeu o Lobo, que a gente ia interrogar os policiais de So Paulo o Lobo muito conhecido em So Paulo , e os policiais que a gente sabia que tinha um compromisso com o Lobo, sabe qual era o primeiro sintoma que a gente sabia que ele tinha alguma coisa com o Lobo? A gente perguntava para ele Venha c, o senhor conhece o Lobo, e ele dizia: No, no, no conheo no. No tem como no conhecer o Lobo em So Paulo. Entendeu? Ento, quando o policial dizia No, no, eu no conheo no, a ns j sabamos que ele tinha algum comprometimento. Porque conhecer no ter amizade. Voc mora em Ponta Por, voc conhece o Marcelo, certo? e conhece normalmente de rua, viu o Marcelo para l e para c, do mesmo jeito o senhor tem que conhecer o Sr. Fuad Jamil; voc o viu para l e para c, sabe que ele um contrabandista importante, conhecido, est certo? Quem no conhece? Qual o policial, qual o comerciante, qual o exportador que no conhece o Sr. Fuad Jamil? Isso aqui no brincadeira. Ento, se o senhor disser que no conhece uma agresso que o senhor est fazendo a ele. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Posso? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Evidente. Agora, o senhor vai conhecer, quer ver? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No doutor, sabe o que . o seguinte. Conhecer, eu no conheo. Nunca conversei com ele. Nunca tive contato com ele. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) No estou.... voc surdo ou eu falo chins? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Eu perguntei se o senhor fala com ele? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA No. Conheo sim. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) O que eu perguntei? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Eu no sei, que nem o senhor tinha perguntado do Marcelo. O Marcelo, eu j tinha conversado com ele uma vez ou outra, entendeu? com ele no. isso. Eu no tinha entendido direito a pergunta, porque o senhor falou se eu conhecia o Marcelo, eu falei que conhecia. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - T bom. Obrigado pelo seu testemunho. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA - Vocs no vo me dar um papel para eu mandar as cpias? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) - O seu advogado est dizendo que anotou; ento, se ele anotou, melhor para ns, no ? O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Est tudo certo? O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Se est tudo certo eu no sei, vamos dizer l na frente. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA At mais. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Sei que voc est livre. O SR. VICTOR VINICIUS DE BACELAR E CUNHA Desculpa alguma coisa. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) T certo? Pedro Gimenez. O senhor tem advogado? Doutor Ricardo Porto, eminente advogado de So Paulo, dos mais conhecidos e dos mais caros. Mas o que tem de caro tem de competente na praa de So Paulo. Eu o conheo, portanto. O senhor o Pedro Gimenez Jnior? O senhor est na CPI da Pirataria. O senhor est aqui, no quer dizer que o senhor seja culpado. O senhor fique vontade para responder. O senhor est depondo como testemunha e como testemunha o senhor tem que falar a verdade. O senhor no pode fazer falso testemunho, porque o senhor pode ser preso em flagrante por falso testemunho. Ento, antes de responder, pediria ao senhor que pensasse bem, mas o senhor fique vontade. Vir a uma CPI no quer dizer que a pessoa seja culpada, seja bandido ou qualquer coisa Est certo? apenas est sendo investigado e ns vamos investigar. Ento, eu passo a palavra para o Relator. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Jnior, qual o seu nome completo, por gentileza. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Pedro Gimenez Jnior. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quais so as suas atribuies junto empresa, Cervejaria Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu tomo conta da rea comercial. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) O qu? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR rea comercial. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Poderia explicar, resumidamente, em que consiste essa parte? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu tomo conta da venda da cerveja no Brasil e fora do Brasil. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Certo. Qual o seu nvel de responsabilidade junto empresa? O senhor tem, digamos assim, autonomia ou o senhor tem que pedir autorizao para diretores. Ou o senhor tem plena autonomia? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A gente tem autonomia, mas a gente est muito ligado Diretoria. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quem so os proprietrios da Cervejaria Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Gerson Conte Filho, Suzana Conte, a mulher do Gerson, e o Gerson. O SR. DEPUTADO RUBINELLI H quanto tempo o senhor trabalha nas empresas do Grupo Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Trabalho h 5 anos, antes de montar a cervejaria. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Antes de montar a cervejaria. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) S retificando aqui. O Secretrio da CPI disse que o senhor no testemunha. O senhor uma pessoa investigada. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Correto. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) O senhor fique vontade. Se o senhor quiser, o senhor responde; se o senhor no quiser, o senhor no responde. O senhor investigado. O senhor tem o direito de no depor contra o senhor mesmo, de no depor contra a empresa. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No, eu quero depor. No tem por que no. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Depor, voc vai depor. Isso, no tenho dvida disso no. O que eu estou dizendo uma coisa. H a testemunha e h o acusado. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Correto. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) No seu caso, o senhor acusado, investigado. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Correto. Entendi. O SR. PRESIDENTE (Deputado Medeiros) Est bom? Fique vontade. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Quais so as filiais da empresa e onde esto localizadas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Filiais, voc fala fbrica ou revendedores? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Tanto a fbrica como as revendas. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Fbrica em Cndido Mota. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E as revendas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR As revendas esto espalhadas no territrio do Estado de So Paulo, Mato Grosso do Sul, Paran, Gois, Minas, Ponta Por, Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso, que Rondonpolis, e Paraguai. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Vocs da Cervejaria Conti possuem alguma representao no exterior? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ns temos um distribuidor direto l em Assuncin. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Distribuidor direto. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mas veja o senhor. O Conte, o Sr. Conte falou para ns que tudo era feito atravs das duas distribuidoras: da Topzio e da Lemond. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Com certeza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E agora o senhor est dizendo que tem um distribuidor direto no Paraguai. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu tenho duas exportadoras em Ponta Por e uma exportao direta, que em Assuncin, exportao direta e exportao indireta. Ns vendemos para a exportadora de Ponta Por e... O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim, mas veja voc. O Sr. Jnior no falou para ns que tinha um representante no Paraguai. Ele falou que tudo que ia para o Paraguai era Topzio e era Lemond. E era o senhor que era o contato da Topzio e da Lemond. Agora o senhor est dizendo que tem uma representao no Paraguai, da cervejaria. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu acho que o senhor no est entendendo. Deixa eu explicar. Ponta Por Brasil; Paraguai Assuncin. Ns enviamos para Ponta Por, que o exportador. Ele vende para o Paraguai e ns tambm vendemos para Assuncin, que uma exportao direta. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Eu vou repetir a pergunta. Eu quero saber se o senhor tem alguma pessoa que representa a Conti no exterior. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Em Assuncin. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual o nome dessa pessoa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A empresa chama Proctec. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual o proprietrio da empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Olha, no momento, no contrato social... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Deixa eu falar para o senhor. Essa informao... o proprietrio da empresa, ele no nos deu essa informao. Ele falou para ns que tudo que era vendido era atravs da Topzio e da Lemond. Esse representante no exterior, o proprietrio da empresa omitiu esse fato. H quanto tempo vocs tm esse representante l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele comeou h cerca a de 15 ou 20 dias a. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Recentemente, agora? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Recentemente. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - E como vocs optaram agora em colocar essa pessoa de 15 a 20 dias, agora, diretamente l no Paraguai? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Porque Assuncin uma Capital. Ento... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Deixa eu falar uma coisa para o senhor. Acho interessante. Eu falei aqui que o proprietrio omitiu essa informao, em seguida o senhor falou que ele comeou h 15 ou 20 dias. Isso vai ser checado pela CPI, se realmente ele comeou h 15 ou 20 dias, ou se ele est h mais tempo. O senhor quer corrigir ou mantm que ele comeou h 15 ou 20 dias? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu mantenho, que fui eu que fiz a operao. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Que ele comeou h 15 ou 20 dias? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Com certeza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Pois no. Ento, pode continuar explicando para ns. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A gente optou por vender l em Assuncin, porque o Paraguai um pas extenso, e fazer o interior do Paraguai, atravs do pessoal da fronteira. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - E o senhor... esse representante, ele j trabalhava l ou vocs arrumaram ele aqui e mandaram para l, algum indicou ele, como surgiu esse representante? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele j trabalha, ele j tem uma empresa constituda algum tempo dentro de Assuncin, a mandou o cadastro para a empresa e passou pelo trmite normal da empresa e foi aprovado. Da, ento, foram feitas as operaes de venda. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor tem participao acionria na empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor ou foi proprietrio de alguma empresa do ramo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual a marca e tecnologia dos equipamentos utilizados na fabricao dos produtos da Cervejaria Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Olha, tem Krones, tem Steinecker, tem bastante... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O Sr. Jnior, alis o proprietrio da Conti, ele falou para ns que as 2 distribuidoras so responsveis por 30 mil caixas de cerveja que vo todos os meses para o Paraguai; que toda essa negociao, em momento algum, passou por ele, que foi tudo feito atravs do senhor e que ele desconhecia qualquer coisa relacionada venda para o Paraguai. O senhor confirma essa afirmao dele, ou o senhor quer fazer alguma reparao nessa... algum reparo nessa afirmao dele? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A operao feita em Ponta Por, tem vrias exportadoras e a gente tem um cliente l, que o Boutros, que a gente vende para ele e ele vende para uma empresa dentro do Paraguai. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor no est entendendo. O proprietrio da empresa nos falou que o senhor responsvel por toda essa operao. Disse que ele desconhece qualquer transao comercial no sentido de estar exportando cerveja para o Paraguai, que tudo o senhor, o senhor que faz tudo. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Com certeza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, o senhor assume que o senhor o responsvel pelas exportaes? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Com certeza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Eu gostaria que o senhor explicasse para ns se foi o senhor que contratou a distribuidora Topzio. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Foi tambm. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mas veja o senhor. Como o senhor contratou a Topzio, se o rapaz acabou de depor aqui na CPI e falou para ns que foi quebrar um galho pelo pedido de um contador l do... de um contador aduaneiro, fazer um favor para outra transportadora, que ele no conhecia ningum da empresa do senhor. Agora, o senhor fala que foi o senhor que contratou ele? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Se a documentao veio para mim na fbrica, foi eu que contratei, independente de eu conhec-lo ou no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor est brincando com a CPI. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor est levando isso na brincadeira. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu estou relatando simplesmente a verdade. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor j entrou em uma contradio, que o senhor disse que foi o senhor e foi tudo feito atravs da prpria Transportadora Lemond, que a verdadeira, aparentemente porque nessa altura no se sabe mais o que verdadeiro , que aparentemente a que o senhor trabalha diretamente. Gostaria que o senhor explicasse para ns como foi contratada a Lemond. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Deixa eu explicar. L no Mato Grosso do Sul, as exportadoras no so todas que podem exportar para dentro do Paraguai. Elas precisam de um regime especial. E como o Pedro era o nosso representante em Ponta Por, ele contratou o servio do pessoal da Topzio para fazer exportao para empresa dentro do Paraguai. isso que eu te relatei. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - H quanto tempo o senhor trabalha com a Lemond? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Perto de 2 anos, quase o incio da cervejaria. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Aproximadamente quantos caixas ele exporta para o Paraguai, por ms? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Por volta de 30 mil caixas. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quanto ele paga em cada cerveja, que ele compra de vocs, Lemond? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Voc quer saber o preo da fbrica para ele? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Isso. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - 10,54. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - 10,54. E ele paga de que forma para vocs? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele paga em ordem de pagamento, da exportadora para a fbrica, com um depsito certinho l. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual a logstica de transporte da cervejaria? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - tudo responsabilidade dele. Ele freta o caminho, vai at a fbrica, passa a ordem de pagamento, a gente carrega o caminho e envia a cerveja para ele. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Existem parcerias com relao questo do transporte ou no? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Em algum momento vocs... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A maioria das cervejarias do Pas... todo distribuidor, fica por conta dele a retirada da cerveja na fbrica. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor tem a relao das transportadoras que vo at a fabrica? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Olha, cada cliente tem o seu caminho prprio. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sim, mas com certeza, se chegar um caminho l, o senhor sabe se ele ou no contratado da empresa? Voc deve ter uma relao l de todos os particulares que vo l retirar cerveja. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Com certeza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quantos caminhes so cadastrados l para retirar cerveja? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Olha, Deputado, so muitos. Eu no posso te falar assim, por que eu preciso... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Engraado que ele falou para ns que no so muitos. Ele falou para ns que uma quantidade pequena de caminhes. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Mas deixa eu explicar. Voc est falando da distribuio geral da cervejaria no Estado de So Paulo? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - No, a que vai para o Paraguai, o que exportado. A Lemond s faz para o Paraguai. No adianta o senhor... Eu perguntei da Lemond. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Agora eu entendi a sua pergunta. Depende da carreta. Tem carreta que leva mil caixas e tem carreta que leva 920 caixas. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, quantas carretas so? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Por volta de 30 carretas. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor pode fornecer para a CPI a relao dos proprietrios das carretas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Posso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, ns estamos aguardando. Solicito que o seu advogado anote tambm. A CPI quer a relao, o nome e endereo de todos os proprietrios das carretas. Quem a pessoa de contato da Bfalo Branco? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Bfalo Branco? Essa Bfalo Branco foi um cadastro enviado para a fbrica, que ns analisamos e no obteve o crdito. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mas ela chegou a ser representante comercial ou transportadora de vocs? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Cerveja no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O que ento? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No sei, porque tem tanta coisa que se retira na fbrica l. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Veja voc, veja o senhor, a informao que ns temos que o senhor que teria tratado com pessoas da Empresa Bfalo Branco? Isso procede? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Procede. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, poderia explicar para ns como que foi essas conversas entre a Conti e a empresa Bfalo Branco, qual era o objetivo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele mandou um cadastro para a fbrica para montar um depsito de bebida em So Paulo. Esse cadastro passou por um ritual dentro da empresa, que anlise de crdito, uma srie de detalhes. E esse cadastro no foi aprovado e eu reportei que o cadastro no foi aprovado. A ele me falou se teria condies de se comprar vista. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mas o senhor foi at esse galpo, que ele teria construdo, fazer uma vistoria? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Engraado que me parece, precisa checar, o dono da empresa parece que teria dito no outro depoimento solicito que seja checado, pode ser que a minha memria esteja falhando , mas ele disse que vocs foram l fazer uma vistoria, sim. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu propriamente no fui, Deputado. Eu tenho pessoas que trabalham comigo, supervisores que fazem o servio. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Mas o senhor mandou algum? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu enviei algum l. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quem o senhor mandou para l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Mandei o Gilson l. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Nobre Deputado, me perdoe s uma coisa, eu queria o seguinte, que o senhor realmente fosse mais objetivo nas suas respostas. O Deputado fez uma pergunta muito clara sobre a visita, essa vistoria do galpo. O senhor foi muito contundente dizendo que no tinha feito. Ento, se o senhor no foi, mas mandou algum, eu esperava, como Deputado, outra resposta. Ento, eu no queria que o Deputado precisasse fazer mais 2 ou 3 perguntas para que o senhor respondesse aquilo que a gente espera que o senhor responda, com transparncia, para essa CPI. Ento, eu gostaria de sugerir que o senhor realmente respondesse s perguntas altura que a gente espera que elas estejam sendo respondidas, com o mesmo respeito que ns estamos tendo com o senhor nesta Comisso. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ento, Deputado, deixa eu explicar. Eu sou gerente comercial da empresa. Eu no consigo estar em todos os lugares. Ento, tenho gente que trabalha para mim, que so os supervisores. Por isso, eu respondi assim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Veja o senhor. Essas pessoas da Bfalo Branco estiveram tambm l em Cndido Mota visitando o senhor? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Estiveram. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quantas vezes? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Uma vez s. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual o nome da pessoa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Marcelo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Nome completo, o senhor se lembra? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No me recordo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Em algum momento, esse Marcelo falou em nome do Eleutrio? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor recebeu o Lobo Eleutrio l em Cndido Mota? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Em visita empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No... eu sei que o Marcelo foi l na fbrica, l, saber do cadastro e tudo, mas... que eu tenha recebido, no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Do Eleutrio, o senhor nunca recebeu? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Nunca recebi. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Foi o senhor que estabeleceu contato com o Marcelo Stracieri Barbosa, da empresa Bfalo Branco. Sr. Gerson Conte afirmou que foi o Jnior que teria tido contato com o Marcelo. O senhor confirma isso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Confirmo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - E de onde surgiu o Marcelo? Ele procurou o senhor e fez um cadastro, s, pronto? Ou algum indicou... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele... o que aconteceu foi o seguinte. Ele mandou um cadastro por fax, para a empresa, depois entrou em contato, que queria abrir uma revenda em So Paulo, e eu falei para ele que o cadastro ia passar pelo trmite de crdito, uma srie de detalhes que tem a empresa, e, assim que fosse aprovado, a gente iria entrar em contato. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - E, a, o senhor rejeitou o cadastro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - O cadastro foi rejeitado para crdito. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Por que foi rejeitado? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Porque tinha restries, cheque sem fundo, umas coisas assim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor sabe informar quantos veculos a empresa possui? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A minha empresa? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - , a Conti. A sua empresa, a Conti, a que o senhor trabalha, no ? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - O senhor fala veculos, como? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Veculos em nome da empresa caminhes, carro, o senhor sabe? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, eu... tecnicamente, assim, eu teria que levantar e passar. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor sabe que a empresa adquiriu um automvel, da marca Mazerati, modelo cup, 3.200, no valor de 215 mil reais? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu no vi, no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - ... ento, mas me parece que est no nome da empresa esse veculo. um Mazerati, no valor de 215 mil reais. O senhor no tem essa informao? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quantos imveis o senhor possui? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu possuo a minha casa prpria. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor tem mais algum bem em seu nome? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual a sua remunerao? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Por volta, a, de 5 mil reais. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor tem outras fontes de renda? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Foi o senhor que estabeleceu os primeiros contatos com o Marcelo ou com o Lobo, na tentativa de vender a Cervejaria Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Em algum momento, o senhor estabeleceu contatos para que fosse feita a venda da Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Engraado, parece-me tambm precisamos checar que, no depoimento anterior, parece-me que foi citado, sim, que o senhor teria dito alguma coisa relacionada que haveria pessoas interessadas em comprar a cervejaria. Precisamos checar. O senhor no se lembra, realmente? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, o nico contato que eu tive com ele que ele queria comprar a cerveja para vender. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - A cervejaria, em momento algum. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Em momento algum. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor nunca procurou o dono da cervejaria e falou que havia pessoas que queriam comprar a cervejaria? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Nunca. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Que ns vamos checar. Parece-me, se minha memria no falha, parece-me que ele teria dito que o senhor teria dito que pessoas estariam interessadas em comprar a cervejaria. Ns vamos checar isso, para conferir com o que o senhor est dizendo agora. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Correto. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Consta das investigaes do Ministrio Pblico Federal que o senhor Roberto Eleutrio teria adquirido a Cervejaria Conti. O senhor sabe alguma coisa a respeito? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quem o representante da cervejaria em Fortaleza? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ns no temos representante da cervejaria em Fortaleza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ningum? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ningum. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - E no Cear? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Tambm ningum. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Afirmou o Sr. Gerson Conte que foi o senhor quem estabeleceu os contatos iniciais, com vistas transferncia da cervejaria para o Lobo. O que o senhor tem a dizer a respeito disso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Nunca... nunca... eu nunca tive contato com esse Lobo; tive contato com o Marcelo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, essa afirmativa do proprietrio, do Sr. Gerson Conte falsa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No... no... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ou falsa... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu tive contato com o Marcelo... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Eu vou repetir para o senhor: afirmou o Sr. Gerson Conte que foi o senhor quem estabeleceu os contatos iniciais, com vistas transferncia da cervejaria para o Lobo. Essa afirmao verdadeira ou falsa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No.. no... eu no tenho poder nem para isso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, falsa. Gostaria que o senhor respondesse. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No sei, se voc est falando, eu... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - No, no estou falando nada, eu estou perguntando para o senhor. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - O nico contato que eu tive com esse pessoal, a, Marcelo, foi para vender cerveja; no a fbrica de cerveja. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, o senhor responda: afirmou o Sr. Gerson Conte que foi o senhor quem estabeleceu os contatos iniciais, com vistas transferncia da cervejaria para o Lobo. Ento, no foi? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No fui eu, no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Est o.k. Como so feitas as parcelas de pagamentos das dvidas da empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A empresa, ela fez um financiamento do BNDES e, depois, fez um financiamento na Krones, uma empresa alem. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sim. E esse pagamento est sendo feito... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Feito da Casa Di Conti para... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - E est sendo feito... esto sendo pagos... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - As prestaes da Casa Di Conti... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Corretamente? Tem alguma em atraso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Nenhuma em atraso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Oi? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Nenhuma em atraso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Nenhuma. Est tudo sendo pago corretamente. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Graas a Deus. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quem o principal agente financiador da empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu no entendi a sua pergunta. Financiador, como? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual o principal agente financiador da empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Que financiou o equipamento? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - No, que financia tudo, l O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu no entendi a sua pergunta. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Qual o principal agente financiador da empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Que financiou o equipamento? O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Que financia tudo l. Que injeta recursos, dinheiro. Quem que ? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Foi feito um financiamento das mquinas e a gente est colocando a cerveja no mercado, vendendo e pagando as prestaes. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - T. O senhor, como diretor comercial, o senhor tem informao se o proprietrio, seu Grson, teria pego dinheiro dele e injetado na empresa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele, quando iniciou a cerveja, ele iniciou... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - No, no, no. Isso. Agora, quando iniciou a cerveja. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele iniciou a cerveja com o dinheiro dele. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Quanto ele injetou? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu no tenho esse nmero. No do meu acesso. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - T o.k. Eu gostaria, Sr. Presidente Jlio Lopes, de agora passar para os demais Deputados as perguntas. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Tendo feito as perguntas, o Deputado Rubinelli, na condio de Relator, nesta tarde, passo, ento, para perguntas, ao Deputado Julio Semeghini. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Sr. Presidente, queria entender um pouco melhor aqui o relacionamento do que foi dito aqui, primeiro nas perguntas que foram feitas direto pelo Rubinelli, porque acho que no foram muito claras. Qual foi o seu relacionamento, realmente, e com quem o senhor tratou com a Bfalo Branco? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Olha, Deputado, eu recebi um cadastro por fax da Bfalo Branco. Essa pessoa me ligou, eu falei que ia passar o cadastro para o trmite da empresa, que crdito e uma srie de detalhes, e da alguns dias esse cadastro voltou para mim e eu s comuniquei que o cadastro no tinha sido aprovado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Essa pessoa falou com o senhor por telefone? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - por telefone. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Quem era essa pessoa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - O Marcelo. Eu apenas o comuniquei que... Quando a gente fala que o cadastro passa por um trmite que, se h aprovao para que ele compre com prazo ou vista. Ento, eu comuniquei que a operao s podia ser feita vista, porque existia um monte de restrio: cheque sem fundo e uma srie de detalhes. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E qual era o pedido que ele estava fazendo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele no fez pedido, n? Estava s na tramitao. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ele consultou depois para comprar vista. No foi isso que ele... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - , depois que eu conversei e falei para ele que o cadastro no tinha sido aprovado por restries, ele falou: E se for vista? Eu falei: Olha, geralmente, quando assim, a gente vende s vista. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI T. E o que ele queria comprar? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Cerveja. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Sei. Mas ele queria comprar uma caixa, mil caixas? Ele queria comprar para consumir? Ele queria distribuir onde? O que ele estava propondo para o senhor? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele queria comprar para distribuir ali na zona leste. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Distribuio na zona leste da Capital? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Isso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Outra coisa. Ele chegou a ter contato quantas vezes com o senhor? O Marcelo, depois. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu conversei com ele duas vezes. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E ele foi acompanhado de algum, em alguma dessas... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - L na fbrica? Estava ele e mais uma pessoa. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Quem era essa pessoa, o senhor se lembra? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No me recordo o nome, no. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Foi a mesma pessoa nas duas vezes? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O contato que eu tive, uma vez fisicamente e a outra por telefone. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Mas a vez que ele foi l, ele estava acompanhado de uma pessoa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Estava acompanhado de uma pessoa. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor no sabe quem . O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Era um baixinho, bem moreno. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E ele participou das conversas, participou das negociaes? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No participou? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No participou. Ficou s eu e o Marcelo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Depois ele voltou a falar alguma outra vez com o senhor, sobre outra parceria dessa empresa? Ele buscou alguma informao com o senhor sobre o mercado, o volume, coisas que seriam mais do que para esse relacionamento dele comprar e distribuir essa cerveja? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Entendi. No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No teve esse tipo de contato nem esses interesses com o senhor. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. Essas coisas no. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Houve alguma outra pessoa que o procurou para ter essa representao no Nordeste, para tentar abrir alguma representao com o senhor, que o Marcelo tivesse indicado ou fosse algum amigo do Marcelo, para distribuir sua cerveja em algum Estado do Nordeste? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O nico cadastro que eu recebi foi esse da Bfalo Branco. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor disse que ele podia estar pegando outras coisas l na fbrica que no fosse cerveja. Que outras coisas ele poderia ter pego l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Bebida quente, n? A gente trabalha com bebida quente tambm. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Mas o cadastro outro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. Sofre a mesma... Se no for aprovado pela cerveja, j no aprova... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ento, o senhor sabe se ele j era seu cliente. Ele comprava bebida quente, antes de ter feito o pedido para comprar cerveja? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ento, o senhor sabe se ele retirava coisas l ou no. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - . A transportadora, pode at ser que retire, n? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Mas ele no comprava com freqncia outras bebidas suas? Antes disso no tinha esse relacionamento l dentro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, no. Ns nunca fizemos nenhum faturamento para a Bfalo Branco, porque no era cliente nosso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor, como um diretor comercial, o senhor participou dessas negociaes com a Krones ou com o BNDES, desses contratos? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor sabe do que o financiamento da Krones, se estavam precisando... Era s para comear a fbrica? Para ampliar? A mquina? Como que foi esse... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - So as mquinas que fazem a cerveja. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O senhor estava l h 5 anos, ento o senhor estava com eles antes da fbrica de cerveja? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Com certeza. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - E o senhor ajudou a escolher essas mquinas, a dimensionar, a participar dessa mquinas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, no, porque tecnicamente eu s sei vender. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Certo. S mais uma coisa. O senhor participou de alguma outra conversa ou teve alguma informao de inteno dos donos, da famlia, estarem querendo vender a cervejaria ou estar querendo buscar um scio para ampliar, essas coisas, esse foi um processo de outros, isso estava existindo, o senhor estava informado disso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu participo muito e essa possibilidade no existe. No existe essa possibilidade. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No existe? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Nunca foi comentado. No est se buscando um parceiro para ampliar, no est se buscando nada disso da? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O senhor diz que no tem nenhuma outra fonte, o senhor. A sua esposa tem, por acaso, a sua famlia tem alguma outra fonte de receita? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A minha esposa, sou divorciado e sou juntado. Ela fisioterapeuta. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Ela fisioterapeuta. O senhor tem algum parente seu que tenha algum comrcio aqui na Capital, ligado a qualquer outra coisa que seja, aqui na Galeria Paj, alguma outra coisa nesse lado? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O senhor disse que no conhecia o Lobo, no isso? No conheceu o Lobo. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No conheo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O senhor viu o Lobo, ficou sabendo se o Lobo teve, ou algum representante dele esteve l na cervejaria em algum outro momento ou qualquer outra coisa ou no? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - O Lobo, eu conheci pela televiso. E o nico que teve na cervejaria foi o Marcelo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Em relao Fortaleza, que o senhor disse que no tem nada, o Marcelo falou do Lobo para o senhor quando ele esteve l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Nada, nada, o senhor no sabia nada disso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Nada. O senhor sabe ou depois o senhor procurou saber qual relao que o Marcelo tinha com o Lobo, se realmente ele tinha ou no, depois que o senhor viu na televiso essas coisas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Pela televiso eu vi. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Mas a o senhor, depois da televiso, teve alguma outra informao que no fosse pela televiso? O senhor procurou saber alguma informao para saber se poderia ter algum problema para vocs, alguma coisa ou no? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, eu venho acompanhando pela televiso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - S pela televiso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - S pela televiso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - E o senhor continua tendo negcios com o Marcelo depois que saiu a primeira notcia pela televiso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Deputado, ns nunca vendemos para ele. Ele mandou um cadastro para a empresa s que no chegou nem a se concretizar. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Nem vista, ele estava comprando? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No houve nenhuma venda, no chegou nem a se concretizar. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Muito bem. Eu, na verdade, paro por aqui. Acho que, depois ns vamos ter que, eventualmente, tirar algumas outras dvidas, depois que a gente ouvir a famlia aqui. Da minha parte, estou atendido. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Agradecendo ao Deputado Julio Semeghini. Deputada Vanessa Grazziotin. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Sr. Gimenez, o seu trabalho, vou lhe repetir algumas perguntas mas o senhor pode responder rpido porque eu no estava aqui na hora, para eu poder organizar uma seqncia. O senhor trabalha h quanto tempo na Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Cinco anos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Cinco anos. O senhor o que l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Sou diretor comercial. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Diretor comercial. Qual o seu salrio? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Cinco mil reais. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Cinco mil reais. Bruto? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Bruto. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Registrado em carteira? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Registrado. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Cinco mil reais registrado. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Carteira de trabalho. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quem o Sr. Ulisses Calamita? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele o gerente de compras da empresa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Gerente de compras? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ele faz as compras... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Compras de suprimentos, uma srie de detalhes a. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quem Osvair? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Faz parte de contabilidade. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Zani? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Osvair Zani, n. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Osvair Zani, uma pessoa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - H, h. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ele o contador? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - , faz parte da contabilidade. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Da empresa Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Isso. Da Casa Di Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Como? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Casa Di Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Da Casa Di Conti, no da cervejaria? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - um grupo s. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ricardo Coloniesi. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ricardo Coloniesi faz parte da rea financeira. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - rea financeira? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Eles so scios da Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, so funcionrios. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - So funcionrios. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Correto. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Mas eles assinam pela empresa? Tm procurao? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Algumas coisas sim. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Que coisas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Contabilidade, n. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No, mas assinar contabilidade uma coisa. Estou perguntando se eles representam, legalmente, a empresa em alguns negcios? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A fica junto com a parte jurdica. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor diretor comercial? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - De vendas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quem Rildo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Rildo? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Rildo. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Rildo um supervisor meu do Mato Grosso do Sul. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Do Mato Grosso do Sul. Os senhores tm quantos supervisores? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Por volta a de 6 a 7. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Em que Estados? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Estado de So Paulo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quantos em So Paulo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Estado de So Paulo... 4 a. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quatro em So Paulo. Onde mais? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Um no Paran e o Rildo l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Um no Paran. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - E o Rildo no Mato Grosso do Sul. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E o Rildo no Mato Grosso. Quem que trabalha no Paran? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR O Borela. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Borela. Qual cidade? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Londrina. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Londrina. E qual o relacionamento dos senhores com o Sr. Pedro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Sr. Pedro? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pedro. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Pedro Lemond. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Boutros? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ele distribuidor nosso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele funcionrio de vocs? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Pedro Lemond? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No. Pedro Boutros. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR H, o Boutros. Ele cliente nosso, de Ponta Por. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele cliente? Ele no funcionrio? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. Ele cliente nosso de Ponta Por. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele cliente desde quando? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A, h cerca de 2 anos, a. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Qual o volume de mercadoria que ele compra dos senhores, por ms? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Por volta de 30 mil caixas de cerveja. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quantas? Trinta mil caixas de cerveja por ms? Deputado Jlio, as contas ficam com V.Exa. Trinta mil, por ms? Essa a mdia... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ...que ele compra? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A, varia, s vezes 25, 30. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E ele compra para vender no Paran... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - ...a mercadoria? Para vender no Paraguai? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ele exporta para o Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E por que os senhores no vendem diretamente para o Paraguai, a mercadoria? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Porque a gente vende direto para o Paraguai. Comeamos a h 15 dias, a. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ns comeamos a vender, em Assuncin, h 15 dias. S que aqueles interiores do Paraguai, ali, tudo feito por empresas ali no interior. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No interior do Paraguai? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Do Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E por que os senhores no vendem direto para empresas do interior do Paraguai? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A gente vende. Vende uma para... ele exporta para a  Mnaco, que de Pedro Juan. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, senhor. O senhor vende para quem? O senhor vende para Pedro Juan, que uma empresa... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR O Lemond... O Lemond .... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - ... Pedro Juan Caballero, ou o senhor vende para Lemond? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR ...uma exportadora do Brasil. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Certo. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ele vende para uma empresa dentro do Paraguai. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas eu estou lhe perguntando por que vocs no fazem a comercializao direta para o Paraguai? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Porque a gente vende para o Pedro. Ele o distribuidor nosso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Por que vocs vendem para ele? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR , uma... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Vocs poderiam ganhar mais se vendesse direto para... se exportasse direto. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. No vejo dessa forma. Falando de vendas, assim, no vejo dessa forma. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quer dizer que mais... mais negcio ter intermedirio? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A gente vende para ele, como vender para o Paraguai a mesma coisa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mesma... mesmo preo. E ele ganha aonde? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A empresa no deixa de ganhar, no deixa de... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E ele ganha aonde, se a mesma coisa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ele deve ter a margem dele para vender para a exportadora, l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento, se ele tem a margem, ele tem lucro, no tem? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E por que os senhores, ento, no vendem direto? Os senhores no ganhariam mais dinheiro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Porque uma opo, n? No , no somos s ns que fazemos isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quantas cargas de cerveja vocs tiveram roubadas, j? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Nenhuma. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Que eu saiba, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o Sr. Boutros teve roubada alguma carga? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no sabe? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca teve? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca teve ou o senhor no sabe? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Nunca teve. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nunca teve? E o senhor falou que os senhores so bons pagadores, que a empresa fez um grande empreendimento, no foi isso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR H, h. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ela modernizou o seu parque produtivo. Pelo que a gente sabe so maquinrios modernos, no isso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o dinheiro veio de onde mesmo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Foi feito... uma parte financiamento do BNDES, e a outra parte financiamento da Krones. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E quais foram as garantias dadas Krones? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Olha, eu no participei dessa negociao. No posso te falar, porque a gente participa mais da rea de vendas. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas o senhor falou com uma desenvoltura que paga tudo em dia, que no deve nada... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Porque a gente tem um contato com a diretoria, n? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento, paga em dia, o senhor reconfirma isso? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Com certeza. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O seu patro diz isso tambm, que paga em dia? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Com certeza. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E se eu lhe disser que ele diz diferente, e os papis mostram diferente? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Olha, o que eu te falei, eu tenho contato com ele. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ? E se ns dissermos para o senhor que ele tem cotas atrasadas, tanto que no ltimo ms do ano de 2002 ele teve que fazer uma... teve que fazer uma declarao de dbito, que devia, porque deixou de pagar vrias parcelas? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR , eu no participo, assim, da... totalmente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas, se o senhor no participa, como que o senhor chega aqui e diz que paga tudo em dia, se o senhor no participa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu tenho que defender minha empresa, n? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas, por que o senhor... A sua empresa, no, o senhor trabalha l. Ela sua empresa, o senhor scio dela? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu no sou scio, mas como se fosse minha, n? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no acha que isso, falar para os Deputados, num frum, onde o senhor se encontra, agora, no , no mnimo, leviandade? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Falar de uma coisa que o senhor est... primeiro o senhor disse, com muita desenvoltura No, paga tudo em dia. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu acho que... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A, quando a gente volta a questionar, o senhor diz , no sei, porque no minha rea. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu acho que quando a gente trabalha numa empresa que a gente bem sucedido e gosta, que nem eu, fui uma pessoa que comecei por baixo l, a gente se sente como se participasse. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como o nome da esposa do Sr. Gerson Conte? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Maria de Lourdes. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Maria de Lourdes. Qual a funo dela l na fbrica? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ela no participa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Na Casa Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No, no participa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nada? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nada? Mas ela scia? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR scia, mas no participa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Qual o percentual dela na sociedade? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No sei te dizer. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No sabe. S sabe dizer, sem saber que paga tudo em dia? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor est como testemunha aqui. O senhor sabe que o senhor no pode mentir. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu sei, eu sei, eu sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A gente poderia interpretar isso como uma mentira. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Se ele atrasou, se ele atrasou... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No vamos interpretar, mas ns poderamos. O SR. DEPUTADO JLIO SEMEGHINI - Ele acusado. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ah! acusado. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Se ele atrasou, ou no atrasou, Deputada, a ... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Me diz uma coisa. O senhor esteve com o Sr. Marcelo quantas vezes? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu estive uma vez na fbrica e a outra vez foi um contato por telefone. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E a outra vez que ele foi fbrica, qual foi o contato dele? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Quando ele foi fbrica? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - . O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele queria comprar cerveja. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No. Uma vez o senhor esteve com ele, o senhor j falou, respondeu aos Deputados. E a outra vez que ele esteve na fbrica no foi com o senhor , foi com quem que ele esteve? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Ele s esteve uma vez na fbrica falando comigo, s. Ele mandou um cadastro e foi fbrica. Depois eu retornei para ele, por telefone, e falei que o cadastro no tinha sido aprovado. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Cndido Mariano, o nome da cidade? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Cndido Mota. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Cndido Mota. Fica a quantos quilmetros da Capital? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Quatrocentos e quarenta. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quatrocentos e quarenta. O senhor sabe se ele foi de avio, se ele foi de nibus, se ele foi de carro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, porque a gente fica dentro do escritrio, num ... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Mas quando ele chegou l no recinto, ele estava de carro, estava de txi? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No percebi, Deputada, porque eu estava dentro do escritrio, n? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No percebeu? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E como esse Sr. Marcelo fisicamente? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - um moreno, cearense, pelo que eu vi, a gente percebe. Um moreno, cearense, magro. No sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ele moreno, cearense. Ele tudo o contrrio do que o senhor est dizendo. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No sei. Ele se apresentou como Marcelo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ah! Ele se apresentou como Marcelo? Um moreno cearense. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E se eu lhe dizer que o Sr. Marcelo um branco, um sulista, mais branco do que o senhor, mais magro e mais alto. Esse moreno cearense o Lobo, no o Marcelo. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A identidade dele est na portaria l, como... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor trouxe a cpia a? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. Todas as pessoas que entram na empresa, elas passam por um pente fino, identidade e tal. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - At amanh o senhor envia esse documento, a cpia desse documento, por fax? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A gente vai ter que procurar um. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Por fax. Chegou l e mandar por fax, at amanh? O SR. RICARDO VITA PORTO s vezes tem esse registro. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No, ele est dizendo que tem. No fui eu quem disse. O SR. RICARDO VITA PORTO No, se a ... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Doutor, o senhor no pode fazer... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - A gente vai ter que fazer uma pesquisa, no Deputada? J faz alguns dias ou meses a. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No. Mas o senhor acabou de confirmar que tem identidade dele na portaria. Ento, Sr. Presidente, que ns requisitemos, o mais rapidamente,... Pois no. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Me perdoe, Deputada. S para a gente esclarecer. Primeiro o senhor disse que verificou a identidade dele. Quero que o senhor seja claro. O senhor chegou a ver a cpia dessa identidade que est l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. No, porque eu fico dentro do escritrio, no Deputado. Isso o guarda que faz. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Eu sei. Mas ento, no verdade, o que a Deputada est pedindo que realmente, imediatamente, aqui seja mandado uma consulta, para que a gente saiba realmente se possvel identificar quem est l ou no e tal. E agora vou fazer numa pergunta ao senhor. O senhor se lembra de mais algum detalhe desse Marcelo, alguma coisa desse tipo, alguma outra coisa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No cadastro que ele enviou para senhor, tinha dados dele? Da firma? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR -Tinha. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Tinha scios da firma? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No me recordo, mas o nome dele... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O senhor tem cpia desse cadastro com o senhor? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Tenho, tenho. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O senhor pode, ento, ver junto com as informaes que tiver l no registro da portaria e os cadastros que foram enviados para o senhor com scios? Todas as documentaes que foram enviadas para o senhor aprovar o cadastro, providenciar para que a gente tenha cpia, por favor. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Com certeza. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quer dizer que o Marcelo um senhor moreno, cearense? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Olha, a gente fala com tanta gente, Deputada, l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No, mas esse, em especial, o senhor lembra. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Para mim todas as pessoas... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor falou assim, com muita naturalidade, um moreno, cearense. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Para mim, todas a pessoas que vo l falar comigo... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O Sr. Marcelo um branco, muito alto, magro. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Eu no me lembro. Todas as pessoas que vo conversar comigo l, entendeu? so especiais. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - a mesma coisa se o senhor dissesse, amanh: Ah! tinha uma Deputada l morena, baixa e gordinha, se referindo a mim. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Voc est me perguntando um negcio... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Completamente diferente. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Mas gostaria s de falar para voc que voc est perguntando um negcio que aconteceu para trs, e a gente fala com tanta gente l, que falo para voc que se eu falar que eu falei com o cara l, eu vou conhecer ele, no conheo. Eu sou uma pessoa que sou comercial e falo com muitas pessoas. s vezes atendo 50 pessoas num dia l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No. Mas o senhor est aqui numa CPI. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Tudo bem. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor sabe quem esse Marcelo, o senhor sabe quem esse Lobo, enfim. Quando vocs inauguraram essa planta, essa nova planta de produo da Conti, teve uma festa, no teve? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Teve uma festa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Uma festa grande? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Teve. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - ? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Teve. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Foi uma festa assim... Tinha msica ao vivo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Tinha. Para todos os funcionrios da cervejaria. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Funcionrios e quem mais? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - S tinha funcionrios l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Clientes... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - Alguns clientes, autoridades da cidade. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Famlia. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No. Mais para os funcionrios, n? autoridades da cidade. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Tinha Deputado? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN -Vereador? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Prefeito? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Tinha Prefeito. Prefeito no sei se tinha, tinha Vice-Prefeito, tinha advogados. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Delegado? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No sei, tinha tanta gente. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ah, ento no eram s os funcionrios, agora j comeou a aparecer um monte de gente. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Mas a empresa tem bastante funcionrio. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O Lobo estava l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. Que eu saiba no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O Marcelo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Tambm no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN S estava o Sr. Gerson com a famlia... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR E os funcionrios. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A famlia, tudo bonitinho l, comemorando, no teve, assim, aquele brinde? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR (Risos.) A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Teve o brinde? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A gente tomou cerveja, brindou. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E quem era que recebia os convidados? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR ramos ns. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Junto com o proprietrio. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No teve tanto convidado, Deputada, porque a cidade uma cidade pequena. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Uma cidade pequena... quantos habitantes tem? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Vinte e cinco mil habitantes. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Vinte e cinco mil habitantes. E ele levou todos os filhos, as filhas, parece que so filhas que ele tem, l para a festa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Geralmente, eu posso te falar que quem estava na festa, a maioria era tudo funcionrio da empresa. No tinha tanta gente l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, eu estou dizendo, a famlia dele, estavam os filhos todos l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ah, estavam, certeza. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A esposa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Certeza. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A esposa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A esposa, o filho. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A esposa estava l? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR H. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Era uma festa de gala? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. Normal. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Foi durante o dia ou durante a noite? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Durante o dia. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Foi durante o dia? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR , a gente faz churrasco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Quantos filhos ele tem, o Sr. Gerson? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Dois. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Dois. E estavam os 2 filhos? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Estavam. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A esposa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Estava. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A esposa disse que no estava. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR como eu te falei, tinha tanta gente l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Lembra, Deputado Rubinelli? (Interveno inaudvel.) A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Disse que no sabia nem da festa, uma festa de inaugurao, esquisito. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR S um detalhe, a gente tem tanta gente l, que a gente no sabe. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sim, sim, isso importante. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR T bom. (Interveno inaudvel.) A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pois , eu tambm acho que no haveria razo nenhuma. Acho que o senhor est falando a verdade, no haveria por u um empreendimento to pesado quanto aquele, um grande empreendimento, afinal de contas so 37 milhes de um lado, 20 e poucos milhes do BNDES, bvio, se fosse eu, teria trazido minha famlia do Brasil inteiro, tem gente espalhada no Brasil inteiro, teria trazido do Brasil inteiro para a inaugurao. Ento bvio que a esposa estava, que os filhos... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Mas a festa foi feita para as pessoas que trabalham l. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN T. E o senhor cuida dessa parte, o senhor j esteve em Ponta Por? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR J. Muitas vezes. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN J? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR J. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor j esteve na empresa l do Sr. Boutros? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Sempre. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sempre? um local grande? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR . um barraco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Um barraco. Quantos metros mais ou menos tem? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Seiscentos metros, por a. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Seiscentos metros. E ele trabalha s com os senhores ou tem outros clientes? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No, ele distribui outros produtos, pinga, no sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Que mais? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR O que eu vi l foi pinga. Pinga e outras coisas l, n? Eu s vou l para ver o meu produto. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E foi o senhor que fez a visita na Bfalo Branco? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quem foi? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Foi um funcionrio meu. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quem o seu funcionrio? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Gilson. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Gilson? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - . A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele subordinado ao senhor? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Com certeza. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E ele um desses supervisores de So Paulo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E onde fica a Bfalo Branco, ele lhe falou? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ela fica na Zona Leste ali, o endereo que est no cadastro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Zona Leste. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Hum. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E verdade que estava pintado j, com Cervejaria Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Pode at estar, mas ns no concretizamos nenhum negcio com eles. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E por que est ali se no houve negcio? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No sei, porque s vezes ele iria comprar... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele lhe falou isso, o Sr. Gilson? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR H? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O Sr. Gilson falou que estava pintado j, com Cervejaria Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR - No, eu no vi se estava pintado, estou falando que... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, mas o qu o seu supervisor falou para o senhor quando voltou da visita? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Meu supervisor s foi l e conversou com eles para reforar que eu falei por telefone, que o cadastro no tinha sido aprovado e as operaes podiam sofrer... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E ele falou que j estava pintado l na transportadora? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No, no me comunicou isso no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No comunicou? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Obrigado, Deputada Vanessa Grazziotin, Deputado Jlio Delgado. Bom, ento eu gostaria de fazer algumas perguntas ao senhor com relao questo do preo de comercializao. Qual era o custo que o senhor comercializava a garrafa l para o Sr. Pedro Boutros? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR O senhor fala preo, hoje? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) . O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Hoje 10,54. Antes era 9,40, s que sofreu um reajuste. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Ah, era 9,40, durante o ano todo? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR . A sofreu um reajuste. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Ento qual o faturamento mensal que o senhor tinha do Sr. Pedro em relao Conti? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Por volta de 30 mil caixas, por a. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Que representava quanto em dinheiro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No sei. Teria que fazer conta a, n? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) No, mas mais ou menos. O senhor comercirio, pelo amor de Deus, essa conta a no precisa fazer... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - A dez reais a caixa. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Dez e cinqenta e quatro, hoje vai dar 80 mil caixas... O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Trezentos mil reais, no precisa fazer essa conta, pelo amor de Deus, diretor comercial da cervejaria ou no ? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu sei, que eu estou um pouco cansado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Ento o seguinte: como que eram feitos esses pagamentos? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ele me faz uma ordem de pagamento de Ponta Por, da exportadora dele para a fbrica, para a Casa Di Conti. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Sempre em dinheiro? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Sempre em dinheiro. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Dividido em quantas parcelas, como que era feito? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No, deposita em dinheiro. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Depositava em dinheiro, por venda? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR , por exemplo, ele marcava uma carga, ele vai tirar uma carreta, ele depositava para pagar essa carreta. Entendeu? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Certo. No caso, qual era a margem que ele revendia l para o Paraguai? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No sei te informar isso. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) O senhor no tem nem idia? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No tenho idia. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Qual a margem que os seus representantes, de uma forma geral, praticam? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Quando ele vende para o Paraguai, eu no sei. Aqui dentro da regio nossa l, qualquer distribuidor trabalha com uma margem de 30, 35%. A depende. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Quer dizer, o normal ento a distribuidora trabalhar com uma margem de 30, 35%. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Quando ela est aqui dentro do Brasil, sim. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Trinta, trinta e cinco por cento do preo que ele compra do senhor, mais o custo de transporte. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Mais o frete e a ele coloca a margem dele. Quer dizer, ento, se ele lhe compra uma cerveja em mdia a 10 reais, ele tem que vender, para ganhar 30, 35%, mais o frete, pelo menos por 15, mais ou menos. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR . Tem que computar o frete e colocar sua margem. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Sim, o frete quanto que custa? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No sei, um frete, a tem que fazer um clculo. Calculo a em 80, 2 reais por caixa. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Cada caminho? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR A quantidade? Tem caminho que leva 1008 caixas, tem caminho que leva 924, tem truck que leva 504. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Certo. Mas ento d uma mdia de mil reais por cada caminho, isso? Mil, mil e duzentos reais por ... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Gera assim o frete. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Est certo. No caso, o senhor, quando vende para ele, o senhor tira uma nota, como que o recolhimento de imposto dessa nota que o senhor vende para ele? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Voc fala em exportao? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Essa nota que o senhor vende para ele, o senhor... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Eu tiro a nota para ele e ele exporta para mim l e manda a documentao da Receita. eceita O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Sim, mas como que o senhor lana o imposto, porque tem iseno para exportao? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Tem iseno. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Mas o senhor lana j com iseno para exportao, o senhor j vende com a iseno feita? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR J feito com a iseno feita. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) J feito a iseno... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Esperando a documentao da Receita para anexar junto. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Quer dizer, o senhor lana o imposto e quando vem a documentao da Receita que o senhor d baixa na... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR No, no lanado o imposto, Deputado. feita a operao e a documentao vem. feito sem imposto. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) O senhor lana l na sua contabilidade zero de imposto. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR , zero de imposto. A exportao, ela no tem imposto. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - E a vem a nota, o senhor anexa na contabilidade e ... O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Isso. Junto com a documentao da Receita. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Est certo. necessrio que o senhor, ento, depois envie para ns a sua movimentao de vendas junto ao Sr. Pedro Boutros, para que a gente possa estar acompanhando com as informaes que ele vai nos mandar. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Com certeza. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) E eu agradeo o seu depoimento. O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Obrigado. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E a carteira. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) E a carteira que a Deputada Vanessa Grazziotin lhe pediu? O SR. PEDRO GIMENEZ JNIOR Ser enviado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Uma boa tarde, muito obrigado ao senhor. Boa tarde. Ento, senhoras e senhores, terminando esta audincia, nosso prximo, ns ainda temos uma outra testemunha. Quem o prximo? (Interveno inaudvel.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Ento eu gostaria de pedir nossa assessoria que encaminhasse a este plenrio o Sr. Gerson Conte Filho, a fim de que dssemos prosseguimento audincia pblica desta CPI. (Pausa.)  Dando incio ao prosseguimento desta audincia pblica, vamos agora inquirir o Sr. Gerson Conte Filho, na condio de indiciado. Comparece, ento, nesta audincia pblica, na condio de investigado. Tem o direito de, em desejando, se manter em silncio e no produzir prova contra si mesmo. Vamos dar incio ao trabalho, dando a palavra ao Deputado Relator, Josias Quintal. Com a palavra o Relator, Deputado Josias Quintal. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Sr. Gerson, uma boa tarde. Eu quero lhe dizer que ns vamos comear o seu interrogatrio. E sempre ns comeamos qualificando, para que fique gravado, para que fique registrado a na documentao da Casa e da CPI. Eu queria que o senhor repetisse seu nome completo, naturalidade, filiao, por favor. O SR. GERSON CONTE FILHO Boa-tarde a todos. Meu nome Gerson Conte Filho, brasileiro, filho de Gerson Conte e Maria de Lourdes Silva Conte. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Casado? O SR. GERSON CONTE FILHO - Solteiro. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Endereo residencial e endereo comercial. O SR. GERSON CONTE FILHO - Residencial Alameda Itu, 1.329, 6 andar, So Paulo, Capital. E comercial Avenida Maria Pagote Conte, 888, Cndido Mota, So Paulo. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Seu Gerson, quem so os verdadeiros proprietrios da Cervejaria Conti? Os verdadeiros proprietrios. O SR. GERSON CONTE FILHO - Meu pai. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Seu pai, nome? O SR. GERSON CONTE FILHO - Gerson Conte. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Gerson Conte. A Cervejaria Conti tem filiais? E onde esto localizadas as filiais? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, em Cndido Mota mesmo a Cervejaria. Tem a cervejaria e a Casa Di Conti. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Qual a sua participao na empresa? O senhor tem alguma participao societria? O senhor um funcionrio? Qual a sua posio junto empresa? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu sou um dos scios... O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Funcional. O SR. GERSON CONTE FILHO - , eu sou um dos scios, mas eu no sou, vamos dizer assim, eu no tenho um cargo fixo. Porque eu me formei agora, no final de 2001, e estou comeando agora na empresa, aprendendo um pouco, vamos dizer assim. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Scio com que participao? O SR. GERSON CONTE FILHO - minoritria, n? Eu no sei muito bem dessa... Eu no tenho os nmeros assim. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Como que surgiu a empresa, a Cervejaria Conti, Seu Gerson? O SR. GERSON CONTE FILHO - Como surgiu? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - . O SR. GERSON CONTE FILHO - A cervejaria comeou pelo fato do, como o meu pai j vinha com a bebida quente, ele, h muito tempo, ele falava que o mercado era um mercado que no estava se renovando muito, no com uma tendncia de alta. Ento, ele sempre teve interesse em trabalhar nesse ramo de cervejaria e, no fim, ele puxou um financiamento do BNDES, e a comeou a histria da cervejaria em 2001. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Ele contraiu um financiamento com o BNDES, mas teve tambm um financiamento direto, n? Da... O SR. GERSON CONTE FILHO Steinecker/Krones? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - , da empresa alem, n? O SR. GERSON CONTE FILHO - , isso foi... Isso, depois, nas ampliaes. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Sei. O SR. GERSON CONTE FILHO - Comeou com o BNDES. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Com o BNDES. Esse financiamento direto com a fabricante, com a Krones, que garantias foram dadas para a empresa, hein? O SR. GERSON CONTE FILHO - As garantias, do pouco que eu sei sobre isso, parece que os prprios equipamentos, n? Est saindo? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - A Conti tem alguma representao no exterior? O SR. GERSON CONTE FILHO - Representao no exterior, no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Alguma empresa que a representa no exterior? O SR. GERSON CONTE FILHO - Representante no exterior, do que eu sei, essa informao eu no tenho. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No tem. , por favor, o senhor tem de cabea o CPF? O SR. GERSON CONTE FILHO - 272.334.558-05. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - O senhor tem participao acionria em alguma outra empresa que no a Conti? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No tem nenhuma outra empresa tambm? O SR. GERSON CONTE FILHO - Acho que no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Acho que no? Mas isso to... sim ou no. O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. No tenho. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No tem. O SR. GERSON CONTE FILHO - Porque tem a Casa Di Conti, a cervejaria e tem a Velotran, que uma transportadora. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - A Conti, a Cervejaria Conti exporta comumente seus produtos para o exterior. Lgico: exporta, n? O senhor pode dizer que pases so destinatrios dessa exportao? O SR. GERSON CONTE FILHO - Ela vende pra exportadores, n? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - H. O SR. GERSON CONTE FILHO - Que acho que o principal seria o... acho que o Paraguai. Mas ela no exporta diretamente. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Ela no faz exportao direta. O SR. GERSON CONTE FILHO - Ela vende para exportadores. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Como que a logstica de transporte da cervejaria? Ela tem uma frota prpria, ela tem carros de entrega direta, tem carros de puxada, como que isso? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. Os prprios distribuidores que vo retirar na fbrica. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No tem sociedade com nenhuma transportadora, a fbrica? O SR. GERSON CONTE FILHO - A fbrica no tem entrega. Vamos dizer assim, tudo SIF. FOB, quer dizer. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - A relao da Cervejaria Conti com a empresa Bfalo Branco. Como que essa relao? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu... A Bfalo Branco, eu desconheo. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Desconhece. No tem nenhum negcio com a Bfalo Branco? O SR. GERSON CONTE FILHO - Que eu saiba, no. Eu no tenho essa... Eu no posso... Isso a eu no tenho informao. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Eu queria que o senhor repetisse novamente, pra me relembrar, o seu papel, a sua funo na Cervejaria. Que funo o senhor desempenha na empresa, independentemente da sua participao societria? Que cargo o senhor exerce na empresa? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tenho cargo fixo. como se fosse um trainee na empresa. Eu estou comeando agora. Eu me formei em 2001, final de 2001, e estou comeando a... aprendendo um pouco, seguindo o meu pai, vendo um pouco de cada coisa e, do lado dele, tentando aprender um pouco mais. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - E, nessa convivncia, o senhor sequer no percebeu que tem uma relao com a Bfalo Branco? A empresa Bfalo Branco trabalha com... O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No, n? O senhor conhece o Lobo, Roberto Eleutrio Lobo? O SR. GERSON CONTE FILHO - No conheo. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No conhece? Tem notcias que, na cidade, ou at mesmo junto aos empregados, rola uma notcia de que o Seu Roberto Eleutrio, ele o verdadeiro dono da empresa? O senhor j ouviu algum comentrio nesse sentido? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu ouvi... O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Na cidade ou, ento, no meio mesmo da... O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu ouvi falar num jornal, saiu no Estado de S. Paulo, que foi at a primeira notcia a respeito do assunto, que ele tinha interesse. E, depois disso, foi quando o meu pai veio depor na CPI. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Tem notcia de que o Seu Lobo, ele teria visitado a empresa algumas vezes, ou pelo menos uma vez? O SR. GERSON CONTE FILHO - Do Lobo, eu no tenho notcia. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Sr. Relator, s pra comunicar. O Silvio me pede pra avisar a todos os membros desta audincia, Sras. e Srs. Deputados, que acaba de ser aprovada a prorrogao da CPI da Pirataria por mais 60 dias, adentrando ento o prximo... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Sessenta ou 90? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Sessenta. Mais 60 dias, at o prximo exerccio. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - O senhor possui algum imvel em seu nome, algum imvel? O SR. GERSON CONTE FILHO - Imvel em meu nome? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Casa, apartamento, stio. O SR. GERSON CONTE FILHO - Casa, apartamento. Eu tenho uma... acredito que uma parte de uma fazenda. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Sei. Onde? O SR. GERSON CONTE FILHO - Acho que em Teodoro Sampaio. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - T. Casa, apartamento? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Tem algum imvel em So Paulo? O SR. GERSON CONTE FILHO - Tem esse apartamento na Alameda Itu, mas no est no meu nome. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Qual a sua retirada na empresa, sua retirada mensal, hein? O SR. GERSON CONTE FILHO - Retirada mensal, o pr-labore acho que mil e poucos reais, 1.300, alguma coisa assim. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Mas, com uma retirada dessa, isso permite que o senhor possa ter uma participao numa fazenda? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, a fazenda parece que uma doao, e tal. pouca coisa, no uma fazenda em si. um pedacinho e tal e tal. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - A cervejaria, ela exporta, ela vende, alm da exportao dela pra outros pases, ela vende pra outras regies do Pas, no apenas o Estado onde ela se localiza? Por exemplo, ela vende cerveja para o Nordeste? O SR. GERSON CONTE FILHO - Hoje, no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Hoje, no. Mas j vendeu? O SR. GERSON CONTE FILHO - Acho que logo no comeo. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - No tem nenhuma representao l no Nordeste? O SR. GERSON CONTE FILHO - No. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Est bom. Eu queria passar para os Deputados. Deputada Vanessa, Julio, algum dos senhores desejam continuar o interrogatrio? Ento... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Eu gostaria de perguntar o seguinte: quando que foi feito esse emprstimo do BNDES, da Krones? Na poca, o senhor se lembra disso? O SR. GERSON CONTE FILHO - A data certa do BNDES, eu no... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No, ordem de grandeza. O SR. GERSON CONTE FILHO - O valor? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No, quando, quando, mais ou menos, quando que foi concludo. Conta um pouco da histria da famlia, assim, de forma rpida. O SR. GERSON CONTE FILHO - Est jia. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Vocs tinham uma fbrica de bebidas... O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - ... e quiseram fazer cerveja. O SR. GERSON CONTE FILHO - Foi, tinha a Conti... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Foram feitos dois emprstimos pra poder viabilizar esse processo. isso? O SR. GERSON CONTE FILHO - , comeou com o BNDES e, depois, a mobiliao foi via Krones. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - T. Em que p j estava o BNDES quando entrou a Krones? J tinha recebido o dinheiro, j tinha gasto todo o dinheiro do BNDES, a que precisou entrar a Krones, estava num... Ou o dinheiro do BNDES no estava dando pra construir... Como que foi mais ou menos esse processo? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, o BNDES, ele fez, vamos dizer assim, seria a primeira etapa da cervejaria, n? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O projeto j foi construdo pra ter dois financiamentos: o do BNDES e mais outro. O SR. GERSON CONTE FILHO - No, que no tinha, vamos dizer assim, o limite, ou seja, chegou no BNDES, o valor da cervejaria, o que daria pra fazer era uma cervejaria com um tamanho reduzido. Depois, a Krones veio pra uma ampliao dessa cervejaria. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - E a foi alterado o projeto do BNDES, mantido o recurso do BNDES e entrado um outro. isso? Porque o BNDES no te d um dinheiro pra voc gastar. Te d um dinheiro para voc executar um projeto. O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. Se executou o projeto... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Isso. O SR. GERSON CONTE FILHO - ... e ns estamos pagando o BNDES. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Ento, a veio o dinheiro da Krones pra fazer o qu? O SR. GERSON CONTE FILHO - No veio dinheiro. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No, veio equipamento... Por que foi-se buscar, ou veio investimento atravs do financiamento da Krones pra que, na verdade? O SR. GERSON CONTE FILHO - Ah, foi pra uma ampliao de produo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Foi ampliao de produo? O SR. GERSON CONTE FILHO - Ampliao. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Quando que foi mais ou menos essa ampliao? O SR. GERSON CONTE FILHO - Foi o ano passado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Quem que conheceu a Krones? Algum da sua famlia? Quem que indicou a Krones para vocs? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, a Krones uma antiga empresa fornecedora de equipamentos para o mercado de bebida. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Sim, mas ela brasileira? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, ela uma empresa alem. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Isso. E, na verdade, essa empresa alem, vocs que foram procur-la, ela procurou vocs? Como que foi, como comeou mais ou menos essa parceria? O SR. GERSON CONTE FILHO - O contato iniciou, eu no tenho muito bem, mas ela uma empresa que vende equipamentos. Ento, ela sempre est buscando novos clientes, n? E como ns j ramos do ramo, j existia um contato. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - T. Agora, vocs estavam acabando de fazer um contrato com o BNDES. No contrato com o BNDES, vocs devem ter dado garantia para o BNDES. Provavelmente... O SR. GERSON CONTE FILHO - Deu tudo que tinha de garantia. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - ... era parte da prpria fbrica, que deve ter entrado na garantia. O SR. GERSON CONTE FILHO - Deu parte da fbrica. Meu pai acho que deu quase tudo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - T. E como que vocs contrataram a a Krones? Que garantia foi dada pra Krones pra poder fazer um investimento desse porte com vocs? O SR. GERSON CONTE FILHO - Ela mesmo pegou de garantia os prprios equipamentos dela. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Na verdade, a garantia da Krones foi o prprio equipamento que ela colocou l. O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso, isso. . O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Houve alguma entrada? Vocs deram algum pagamento significativo pra Krones? Esse contrato da Krones, ns j temos aqui? Ento, eu sugiro que a gente, Presidente, realmente solicite os dois contratos. O contrato do BNDES no grande, a gente pode pedir o contrato resumido, que diz pra que o objetivo e o perodo dos investimentos, cronograma fsico-financeiro. E gostaria de ter tambm esse contrato da Krones, que a empresa detm. Eu quero saber qual a forma de pagamento, qual a garantia, o que a Krones deu, na verdade, pra ter. Eu sugiro que realmente fique solicitado esses dois projetos. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Com certeza, Deputado Julio Semeghini. da maior propriedade o requerimento de V.Exa. Vamos determinar que assim seja atendido. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Eu queria s mais uma pergunta, Presidente, pra poder encerrar. Essa parte da Krones, h algum da Krones que acompanha l dentro esse faturamento pra ver se est indo bem? Qual a relao com a Krones? A Krones indicou alguma pessoa que fica dentro da sua empresa, que acompanha l? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No. Agora, em relao, ento, ao Seu Lobo. Por que tanta gente tem falado na parceria com o Lobo? O senhor j conversou com o seu pai a respeito disso? Por que que est tanta dvida em relao a esse Lobo com a sua empresa, com a empresa da sua famlia? Vocs chegaram a se preocupar com isso, a tentar imaginar de onde est vindo, por que pode estar acontecendo isso tudo? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu acredito que isso foi um grande mal- entendido esse caso do Lobo, porque eu no conheo, nunca vi, nunca tinha ouvido falar dele. E no fim surgiu essa notcia no jornal. A ns ficamos... Olhamos aquilo l, no deu para entender muito bem, n? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - E vocs foram tentar saber por que esta notcia existia? Se havia alguma acusao contra a famlia? O SR. GERSON CONTE FILHO - Da ns chegamos na prpria fbrica, depois de ter visto o jornal, a fomos perguntar se o departamento comercial estava sabendo de alguma coisa a respeito dessas pessoas. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - E o contrato, na verdade, o contato era s comercial... O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - ...com esse Lobo? Como que era? O que vocs conseguiram descobrir ali depois, quando vocs chegaram na fbrica, nesse outro dia? O SR. GERSON CONTE FILHO - Depois que ns chegamos, ns ficamos sabendo que, acho que no era... no Lobo, acho que o Marcelo tinha entrado em contato com a firma pra abrir uma distribuidora de cerveja em So Paulo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - S em So Paulo? O SR. GERSON CONTE FILHO - Em So Paulo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No teve ningum da famlia do Lobo que estava tentando no Sul, no Rio, no Nordeste? No tinha um outro lugar assim? O SR. GERSON CONTE FILHO - Disso a eu no tenho conhecimento. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Vocs no conseguiram levantar ali naquele dia isso? O SR. GERSON CONTE FILHO - Disso a eu no tenho conhecimento. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Vocs depois desse problema todo que est acontecendo com o Lobo, vocs tentaram contratar algum para tentar esclarecer alguma coisa ou no, ficou restrito ali? O SR. GERSON CONTE FILHO - Depois que ns vimos no jornal, ficou restrito porque foi... Pra famlia foi um negcio to absurdo que no sabamos o que fazer. Tinha aquilo l, no tinha nada a ver uma coisa, da ns ficamos quietos, na nossa, porque no... Sei l, foi... No deu pra correr atrs de nada, ficamos... Lemos aquilo, vimos que no tinha nada a ver, por isso que ns no fizemos nada. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Vocs tiveram que pegar dinheiro emprestado de algum, alguma coisa no comeo, nessa transio com a Krones, alguma coisa? Houve algum dinheiro de algum que acabou... Vocs tiveram que pegar algum emprstimo? H algum depsito feito nas contas bancrias de algum da famlia ou da empresa, nesse perodo, para fortalecer, para conseguir pagar ou a Krones, ou aumentar o capital de giro, alguma coisa desse tipo? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tenho conhecimento. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No foi comentado? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, isso no. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Ningum comentou dessas coisas com vocs? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, eu no tenho disso a conhecimento. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Pra mim s, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Obrigado, Deputado Julio Semeghini. Deputado Jlio Delgado. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Gerson, os Deputados esto fazendo essas perguntas para a gente poder esclarecer algumas coisas, algumas dvidas que esto a. Porque foi levantado esse motivo. O SR. GERSON CONTE FILHO - , estamos aqui para ajudar. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - lgico. Seu pai tinha, j da tradio da sua famlia, a bebida quente Contini. O SR. GERSON CONTE FILHO - Contini, isso. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Tem tradio. O SR. GERSON CONTE FILHO - bem antiga. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - um produto bastante comercializado e conhecido em todo o Brasil. Voc disse que, pra poder diversificar um pouco o mercado, vocs resolveram entrar para o ramo da cerveja, isso? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso a, desde o comeo da vida dele, meu av tinha uma idia de montar alguma... de ter uma concesso de... no uma cervejaria, mas uma distribuio, na poca, e no fim ele at morreu vindo pra So Paulo para mexer com isso. Da meu pai deu continuidade e, com isso, foi... est no ramo, diversificando, n? O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E vocs chegaram no ramo de cerveja, que uma cerveja que, basicamente, hoje comercializada no interior de So Paulo. O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. . O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Surge dvida para a gente porque ela comercializada no interior de So Paulo e exportada no Paraguai. O SR. GERSON CONTE FILHO - Ela tem no interior de So Paulo, Paran, Mato Grosso do Sul. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Paran tambm? O SR. GERSON CONTE FILHO - . O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E Mato Grosso do Sul. Basicamente no caminho do... Vamos dizer, ela comercializada no caminho do Paraguai. Vai ou por Mato Grosso do Sul ou pelo Paran, mas chega ou em Ponta Por e, agora, pelo que a gente pode estar sabendo, vocs esto fazendo uma outra rota tambm de exportao, ou s essa via a Lemond? O SR. GERSON CONTE FILHO - Que eu tenho conhecimento a Lemond. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - S a Lemond? O SR. GERSON CONTE FILHO - Que eu tenho conhecimento. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - No existe um outro tipo de venda de bebida hoje, da cerveja, para outro lugar que no seja via Lemond? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tenho conhecimento. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E vocs esto comercializando a cerveja... E a eu quero lhe fazer uma pergunta. Voc falou que estava como trainee na empresa, comeando a trabalhar com o seu pai... O SR. GERSON CONTE FILHO - Como? (Ininteligvel.) O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Lgico, ajudando o seu pai. E entra depois de um emprstimo do BNDES, essa empresa Krones. Voc conhece o pessoal dela? O SR. GERSON CONTE FILHO - Conheo. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Eles tm, como disse o Jlio, uma fiscalizao constante l? Tem gente que vai l de vez em quando? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, eles no ficam... No tem ningum dentro da empresa, n? Existe assim: s vezes tem um problema de um equipamento, voc precisa chamar algum l pra manuteno. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Essa Krones a proprietria ento do equipamento, dos equipamentos? E ela tem o conhecimento, know-how dos equipamentos? Essa a... O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso, isso. Ela fornecedora dos equipamentos de cervejaria e outros ramos de bebida. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Voc conhece o representante da Krones, quando ele conversa no Brasil, dessa empresa? alem, n? Alem. Voc conhece? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eles tm uma central no Brasil. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Como que chama o representante que fala, o senhor sabe? O SR. GERSON CONTE FILHO - Tem o Rogrio. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Rogrio? O SR. GERSON CONTE FILHO - . O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Voc sabe o nome dele todo? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, o sobrenome no. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - O Rogrio ou representante da Krones, quem quer que seja, fez com a Conti, com vocs, com o seu pai, uma coisa que nem pai faz pra filho. Eu no sei se o meu pai faria pra mim, ou se eu faria pra voc. Ela doou 27 milhes de material pra poder botar, incrementar uma cervejaria, dando como garantia o prprio material. E a eu te pergunto: voc acha isso uma coisa normal? O SR. GERSON CONTE FILHO - Diante do caso que aconteceu, eu acho, porque... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Pois , eu quero saber isso explicado. O SR. GERSON CONTE FILHO - ... a cervejaria, ela foi a primeira Cervejaria Steinecker da Krones, no Brasil, vamos dizer assim, porque ela forneceu tanto cozinha como envase. Ento, eles viam isso como um modelo, eles queriam tirar disso o qu? Proveito pra poder vender outras cervejarias, outros equipamentos para outras pessoas do ramo. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E o seu pai foi o sorteado da Mega-Sena, ento? O SR. GERSON CONTE FILHO - , ele comeou... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Porque ele resolveu achar na Conti, que distribui no interior de So Paulo pra poder fazer esse... O SR. GERSON CONTE FILHO - Ele que j tinha comeado... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - ... desenvolver essa experincia pra poder sair do Brasil justamente com a Cervejaria Conti. O SR. GERSON CONTE FILHO - No. Acredito que, como, no incio, ela teve um sucesso, a cervejaria, a Krones vestiu a camisa e entrou junto no projeto. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Porque ela vestiu a camisa com um emprstimo que j tinha combinado com a cervejaria, com o emprstimo do BNDES, ou no? O SR. GERSON CONTE FILHO - A cervejaria j estava andando, vamos dizer assim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - J estava andando. O SR. GERSON CONTE FILHO - . Ela viu que o sucesso foi grande, a cervejaria, assim, estava vendendo bem e ela fez esse financiamento dos equipamentos novos. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - O financiamento do equipamento que a a Cervejaria Conti, hoje vocs esto administrando l e pagando... O SR. GERSON CONTE FILHO - Pagando pra Krones. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - ...pra Krones. Regularmente? Como que est o processo de pagamento, voc est sabendo? Voc acompanha isso? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tenho, eu no sei muito certinho disso a, porque eu estou correndo ainda, no tenho fechado tudo na fbrica. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Mas, foi feito um financiamento... O SR. GERSON CONTE FILHO - pago todo ms. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Voc sabe em que condies foi feito esse financiamento? Em quantas parcelas, em que valor, quantas prestaes, quando comeou a ser pago isso? Voc sabe, voc pode dar uma informao a esse respeito? O SR. GERSON CONTE FILHO - . O valor esse que o senhor falou, em base de 27 milhes. cinqenta e poucas parcelas. Eu no tenho o nmero exato. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Cinqenta e poucas parcelas? O SR. GERSON CONTE FILHO - . O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E se for 27 milhes, vamos colocar, em torno de 54 parcelas, vai dar em torno de 500 mil por parcelas. O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tenho o nmero, no senhor. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Se voc fizer uma conta nesse sentido, a gente pode chegar a 500 mil reais por parcela. E voc sabe quantas vocs esto pagando, a Conti tem pago regularmente, tem cumprido com os pagamentos? Como que est esse movimento? Voc sabe disso? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tenho a informao dessa movimentao toda assim, de pagamento, tudo certinho, no. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - A sua me, voc falou que ela tem participao acionria na empresa. A sua me tem participao acionria na empresa. Mas nenhuma participao efetiva? No vai l participar de nenhuma...? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no, minha me, no. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Mas acionria, tem? O SR. GERSON CONTE FILHO - Sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E, supostamente, como acionria, ela fiadora desses emprstimos todos. O SR. GERSON CONTE FILHO - Acredito que sim. Eu no tenho conhecimento, mas acredito que sim. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Deputado Jlio, me permite um aparte? O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Pois no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - O senhor fez uma pergunta a acerca dessa operao que feita com a Krones, o senhor estimou assim, de uma maneira aleatria, sem considerar o servio dessa dvida, em torno de 500 mil reais seria a amortizao. Qual a produo da cervejaria, a produo mensal, em torno de quantas mil caixas? O SR. GERSON CONTE FILHO - Em torno de 270, 280 mil caixas. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Qual o preo que uma caixa que sai, o preo de venda? O SR. GERSON CONTE FILHO - O preo de venda pra uma caixa hoje, no Estado de So Paulo, 19 reais. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Dezenove reais? O SR. GERSON CONTE FILHO - Dezenove e pouco, alguma coisa assim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - A caixa, 19 reais? Um engradado? O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Bem, ns vamos fazer uma continha. O senhor, por favor continue. Eu vou fazer uma continha aqui. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Pela ordem s aqui, pra esclarecer. Algum precisa combinar melhor isso, porque a informao do diretor comercial de que a caixa vendida a 10,54 reais, o senhor est falando em 19 reais. O SR. GERSON CONTE FILHO - No Estado de So Paulo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No, mas espera a, ele falou que a comercializao da caixa 10,54 reais. O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso mesmo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No, isento de imposto. isso, a diferena essa? O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso, isso. Eu falei Estado de So Paulo. o nico nmero que eu tenho, mais ou menos, na cabea o do Estado de So Paulo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Mas qual o imposto que a cerveja paga? Quantos por cento, ento, de imposto? O SR. GERSON CONTE FILHO - Tem bastante coisa, o IPI, bastante coisa. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Mas, e o total? (No identificado) - Deve ser uns 50% O SR. GERSON CONTE FILHO - Deve ser da pra cima. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Se os juros for de 50%, 15, no d 20, n? O SR. GERSON CONTE FILHO - da para cima. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Eu gostaria que ficasse registrado a sua resposta sobre a quantidade, sobre a produo da empresa, o preo de cada unidade, de cada caixa, cada vasilhame, no ? E a amortizao estimada dessa dvida. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Posso s tentar esclarecer? Me perdoe... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E pedir assessoria que faa essas contas a porque... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Me perdoe. S uma coisa at pra esclarecer. Porque acho que os Deputados Jlio e Josias levantaram um ponto importante. Quando vocs exportam, vendem pra essa pessoa que exporta para o Paraguai, vocs ganham algum crdito com isso, ou esse crdito fica com o exportador? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tenho conhecimento dessa parte de crdito tributrio, essas coisas, eu no sei. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Nada disso? O SR. GERSON CONTE FILHO - No. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Voc conhece o Sr. Boutros? O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. Conheo. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Conhece? Voc j foi a Ponta Por, l na Lemond Comrcio, voc conhece l? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Ele vai regularmente l na... Ele vai com regularidade, regularmente ele vai l na fbrica de vocs? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no sei a freqncia que ele vai, mas ele, algumas vezes, sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E quando vocs fizeram um evento pra comemorar o lanamento da cervejaria e tudo, o Sr. Boutros estava l? Voc lembra se ele estava l? O SR. GERSON CONTE FILHO - , no teve evento de lanamento. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Uma festa, vocs fizeram uma festa de lanamento... O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - ... que voc estava presente, sua famlia. O SR. GERSON CONTE FILHO - Que sempre tem, na abertura de revendas, eles pegam os vendedores... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Faz uma promoo. Isso normal, isso normal. O SR. GERSON CONTE FILHO - e levam pra cervejaria, para os bares, ento faz... Pra conhecer o empreendimento. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E quando foi feito esse relanamento com todo esse maquinrio e tudo, o representante da Lemond, o Sr. Boutros, estava l? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no me lembro. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - No se lembra. O senhor lembra que se, por acaso, o Roberto ou esse Marcelo estavam nesse lanamento novo da empresa? O SR. GERSON CONTE FILHO - No. No me lembro, porque acho que no teve um lanamento em si. Tem esses vrios eventos de... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - No houve uma festa pra comemorar essa conquista desse novo empreendimento? Quer dizer... O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Porque, de qualquer forma, voc est fazendo um empreendimento qualquer, e voc consegue um incremento de 20 e tantos, no interessa, 20 e alguns milhes, que voc moderniza, praticamente voc troca totalmente o seu parque industrial e passa pra nova tecnologia. No houve uma festa para comemorar isso? O SR. GERSON CONTE FILHO - Especfica assim no tem. O que teve uma festa de comemorao de um ano na cervejaria. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Eventos. O SR. GERSON CONTE FILHO - Eventos. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - De final de ano, essas coisas que voc fala. O SR. GERSON CONTE FILHO - Final de ano ou de revendas que eu falei pra voc, pra fazer o conhecimento da fbrica, n? Que eles at chamam alguns donos de bares, n? O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Certo. O seu pai, voc sabe que essa prestao que feita, que voc no sabe o nome, voc sabe se, nessa negociao, foi feito com a Krones algum parcelamento, se houve um embutimento de algum juros, correo? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, eu no tenho conhecimento. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E nem a freqncia de pagamento dessas parcelas, tambm voc no sabe? Voc no sabe, dessas 50 e poucas parcelas, quantas j foram pagas? O SR. GERSON CONTE FILHO - mensal. O pagamento acredito que mensal, mas o... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Sim. Voc no sabe nem quantas foram pagas? Ou sabe? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no tenho nmero, no tenho nmero. No sei. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Ento, Sr. Presidente, vou deixar a Deputada Vanessa porque, tenho certeza, ela quer continuar as perguntas e pode nos ajudar. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Obrigado, Deputado Jlio Delgado. Deputada Vanessa Grazziotin, por favor. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor formou recentemente? O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. No final de 2001, na PUC, em So Paulo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O que que o senhor formou? O SR. GERSON CONTE FILHO - Administrao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Administrao de Empresas? O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - A o senhor trabalha na cervejaria de seu pai. O SR. GERSON CONTE FILHO - Estamos l comeando. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor trabalha na mesma sala que ele? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - um sala prxima? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no tinha sala. Depois, agora, eu estou sentando numa sala ao lado. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ao lado da sala do seu pai? O SR. GERSON CONTE FILHO - Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - E voc, como prprio falou, est tomando conhecimento da empresa, porque pretende tocar os negcios da famlia? O SR. GERSON CONTE FILHO - . Isso, isso. Dar uma mo para o meu pai que ele trabalhou a vida inteira sozinho a, e estou querendo dar uma ajuda. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - A sua irm trabalha l tambm? O SR. GERSON CONTE FILHO - A minha irm, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No? Voc tem algum problema de sade? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No? Nenhum problema de sade? O SR. GERSON CONTE FILHO - Problema... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Sim, de sade. Nunca teve? O SR. GERSON CONTE FILHO - No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - O senhor esteve doente recentemente? No? O SR. GERSON CONTE FILHO - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - No. sua me disse que voc estava doente dia 30 do ms passado e, por isso, no foi depor CPI. Porque sua me diria isso? O SR. GERSON CONTE FILHO - Eu no sei. Eu no... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ela esqueceu de combinar com voc? O SR. GERSON CONTE FILHO - No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ento, por que ela diria que voc estava doente? Sua me no foi ouvida na CPI em So Paulo? O SR. GERSON CONTE FILHO - Foi A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Seu pai? O SR. GERSON CONTE FILHO - Tambm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E voc sabia que tinha sido convocado? O SR. GERSON CONTE FILHO Eu fiquei sabendo no dia que meu pai estava indo viajar. Ele estava indo para So Paulo. Da, ele ficou sabendo que ia ser convocado. Foi um aviso, vamos dizer assim. Nada foi, ns no recebemos a intimao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Hum? O SR. GERSON CONTE FILHO Da, no dia mesmo, a hora que meu pai chegou noite, estava tudo convocado, eu no pude comparecer. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pois . A sua me disse que o senhor no estava l porque estava doente, enfermo. Por que ser eu volto a repetir , por que ser que a sua me diria isso para os Deputados? O SR. GERSON CONTE FILHO Eu no tenho conhecimento. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor acha que ela queria lhe poupar de alguma coisa? O SR. GERSON CONTE FILHO No, eu no sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No sabe? A sua me, tem alguma atividade que ela desenvolve dentro da empresa? O SR. GERSON CONTE FILHO No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Vocs viajam muito para o exterior? O SR. GERSON CONTE FILHO No, dificilmente viajo, porque meu pai e minha me tm medo de avio. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tm medo de avio. O SR. GERSON CONTE FILHO Tm. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN ? E voc? O SR. GERSON CONTE FILHO Eu tambm faz muito tempo que eu no viajo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor, desculpa. O senhor tambm no viaja? O SR. GERSON CONTE FILHO H? No, pode chamar de voc, no tem problema. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor... Mas que ns temos problema aqui. No por causa de... O senhor no viaja para o exterior? O SR. GERSON CONTE FILHO Freqentemente, no. Algumas vezes eu viajo em julho, para esquiar com os amigos. S. Mas... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Aonde que o senhor costuma esquiar? O SR. GERSON CONTE FILHO Aqui na Amrica... No Chile. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No Chile. H quanto tempo foi a ltima vez que o senhor foi esquiar? O SR. GERSON CONTE FILHO Faz uns 2 anos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Dois anos. A sua me, eu acho que estava muito nervosa l, porque ela falou tudo muito diferente do que voc est falando aqui. Mas, enfim... O senhor falou que, alm da empresa Conti, o seu pai proprietrio de uma outra empresa. Como o nome? O SR. GERSON CONTE FILHO Casa Di Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Casa Di Conti. Alm dessa, alm da Casa Di Conti? O SR. GERSON CONTE FILHO Tem a Velotran. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Velotran. O que a Velotran? O SR. GERSON CONTE FILHO A Velotran presta servio de aluguel de carros, essas coisas. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas o senhor falou de forma diferente, agora, quando respondeu ao colega Parlamentar. Como que o senhor falou? Transportadora? O SR. GERSON CONTE FILHO A Velotran transportadora de veculos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Transportadora. O que a Velotran transporta? O SR. GERSON CONTE FILHO No, ela no transporta. Ela faz um aluguel de... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No, voc falou Transportadora Velotran, eu ouvi. O SR. GERSON CONTE FILHO o nome, a razo social, n? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN . O SR. GERSON CONTE FILHO Porque locadora e transportadora. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E ela faz locao de automveis? O SR. GERSON CONTE FILHO Do que eu tenho conhecimento, no. Para os representantes. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Que tipo de automveis? O SR. GERSON CONTE FILHO Palio. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN H? O SR. GERSON CONTE FILHO Automvel, carro de uso de representante. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Carros pequenos? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso, isso, Palio. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Palio, Fiat Palio. O SR. GERSON CONTE FILHO . Palio, Fiat. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quantos carros tem a Velotran? O SR. GERSON CONTE FILHO Eu no sei a quantidade. No muita coisa. Eu no sei. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ela, a empresa, tem caminhes tambm? O SR. GERSON CONTE FILHO A empresa tem... No tenho conhecimento de caminhes. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No tem conhecimento. Vocs fazem venda direta de cervejas? O SR. GERSON CONTE FILHO S na cidade da cervejaria, na regional da cervejaria. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Na regio. Com que veculo vocs fazem isso? O SR. GERSON CONTE FILHO Ali feito com caminhes. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Caminhes de quem? Da prpria empresa Conti? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A Conti tem caminhes? O SR. GERSON CONTE FILHO . Isso. Eu no sei o nome se est na Cervejaria ou na Casa Di Conti. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Vocs tm escritrio em So Paulo? O SR. GERSON CONTE FILHO Tem, tem o escritrio comercial. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Fica onde? O SR. GERSON CONTE FILHO Na Alameda Santos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Alameda Santos? Voc pode dar o endereo, assim, nmero? O SR. GERSON CONTE FILHO O nmero da Alameda Santos ... Eu sei que em frente ao Amrica, depois da Campinas. Ele tem frente tambm para Paulista. Nove, quatro, nove. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento, tem 2 escritrios ou tem 1? O SR. GERSON CONTE FILHO No, ele... O prdio faceado, no ? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN D frente para a Avenida Paulista e para a Alameda Santos. O SR. GERSON CONTE FILHO Isso, isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Essa Lemond, que o senhor falou... O senhor j esteve em Ponta Por? O SR. GERSON CONTE FILHO No, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No esteve em Ponta Por. Nunca? O SR. GERSON CONTE FILHO J estive quando era criana. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Depois, nunca mais? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E a Lemond a que faz a venda das mercadorias que os senhores produzem para o Paraguai? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele scio de seu pai, o Sr. Pedro? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No scio? Ele o representante? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso, ele faz a exportao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele faz a exportao. E como que ele, como o relacionamento comercial da empresa Conti com a empresa Lemond? O SR. GERSON CONTE FILHO No entendi, como assim? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como que se d o relacionamento? Ela faz a exportao de que forma? Como que adquire a mercadoria, como que leva? O SR. GERSON CONTE FILHO Ela compra a mercadoria na fbrica. Da exportao, eu no sei que forma ela faz essa exportao. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E qual o volume de mercadoria que ela compra, o senhor sabe? O SR. GERSON CONTE FILHO No, eu no tenho conhecimento. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No tem conhecimento? Vocs tm representantes? Os senhores tm representantes das empresas no Brasil inteiro? Ou no? O SR. GERSON CONTE FILHO Da Cervejaria? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Da Cervejaria, todas as empresas. No tem a Casa Conti e a Cervejaria Conti? O SR. GERSON CONTE FILHO A Contini tem representantes comerciais que trabalham em quase tudo, mas no tem... acho que no d todo o Pas, no. No sei se de Estado por Estado. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No Norte tem representante? O SR. GERSON CONTE FILHO Do Contini, acredito que sim; cerveja, acho que no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Contini, cerveja no. E Nordeste? O SR. GERSON CONTE FILHO Tambm acho que no Contini. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Foi perguntado para o senhor sobre esse Sr. Marcelo e o Sr. Lobo. O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor podia explicar? Vocs ficaram sabendo disso pela imprensa? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso, pelo Estado de S.Paulo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pelo Estado de S.Paulo. Como foi? O senhor pode contar para a gente? O SR. GERSON CONTE FILHO Um amigo nosso ligou, falou que tinha sado, ns fomos checar. Da, ns lemos a notcia no Estado. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o que que dizia a notcia? O SR. GERSON CONTE FILHO Eu no sei certinho. Eu sei que falava sobre o Lobo, que tinha o interesse de compra de uma cervejaria numa cidade de Cndido Mota, no interior do Estado de So Paulo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o seu pai teve contato com esse Sr. Lobo? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como que o senhor sabe que no? O SR. GERSON CONTE FILHO Ele posicionou para mim que no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele falou que no, que nunca teve contato? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o contato dele foi com quem, para vender? Ele falou, em algum perodo que voc se recorda, do interesse dele em vender a fbrica? O SR. GERSON CONTE FILHO No, no. No conheo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor nunca ouviu essa conversa? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN De vender a fbrica? O senhor Gilson, ele ... qual a funo dele? O SR. GERSON CONTE FILHO Ele representante comercial. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Gilson? Ele representante comercial? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso, do Contini. E ele faz um apoio tambm na cerveja. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E como o nome do Diretor Comercial dos senhores? O SR. GERSON CONTE FILHO Tem um gerente comercial, que o Pedro Gimenez Jnior. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Gimenez? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ele diretor? O SR. GERSON CONTE FILHO Gerente comercial. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Gerente comercial. E qual o relacionamento dele? Ele uma pessoa poderosa l dentro da fbrica? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A empresa, acho que uma empresa familiar, no tem ningum muito poderoso no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E, depois, os senhores foram, depois que souberam dessa matria pela imprensa, que tomaram conhecimento, foram procurar saber. Ele falou alguma coisa para vocs, o Gimenez? O SR. GERSON CONTE FILHO O Pedro Gimenez? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN H. O SR. GERSON CONTE FILHO Ele s posicionou que ele teve um contato com o Sr. Marcelo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quantas vezes? O SR. GERSON CONTE FILHO Ah, eu no sei. A quantidade eu no sei. Que queria abrir uma distribuidora... Foi nesse ponto s. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No falou nada de proposta de compra? O SR. GERSON CONTE FILHO De compra, no, no, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nada? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN No falou nada. E o senhor chegou a ver o cadastro da empresa que queria ser representante comercial? O SR. GERSON CONTE FILHO No, no vi o cadastro. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor no viu o cadastro? Mas diz que tem a carteira de identidade l, dessa pessoa que foi propor, desse que saiu no jornal, l na portaria. Como que ? As pessoas chegam na fbrica tm que deixar identidade? Como que ? Se apresentar? O SR. GERSON CONTE FILHO No. Elas chegam, se apresentam. Da, se vai falar no Departamento comercial, liberada para o Departamento. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Deixa o nmero do documento, tudo l? O SR. GERSON CONTE FILHO A no sei certinho se deixa algum documento e tal, porque eu no... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nmero, para copiar o nmero do documento. O SR. GERSON CONTE FILHO Eu no tenho informao se... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas voc no teve a curiosidade de ver, o senhor no teve a curiosidade de ver o cadastro da empresa que envolveu a cervejaria de propriedade do seu pai? O SR. GERSON CONTE FILHO No. O cadastro estava na empresa, mas eu no tive oportunidade de parar e olhar o cadastro em si. Eu no parei para ler o cadastro, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor conheceu esse Marcelo? O SR. GERSON CONTE FILHO No. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o Roberto Eleutrio? O SR. GERSON CONTE FILHO Tambm no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tem aeroporto l em Cndido Mota? uma cidade pequena, n, Cndido Mota? O SR. GERSON CONTE FILHO Tem perto de 30 mil habitantes. pequena. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Tem aeroporto? O SR. GERSON CONTE FILHO Cndido Mota, no. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Nem aeroporto pequeno para avies pequenos? O SR. GERSON CONTE FILHO Na cidade vizinha de Assis tem aeroporto. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Quantos quilmetros do de Assis at l? O SR. GERSON CONTE FILHO Ah, uns 13, 10 quilmetros. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ento, quem quiser chegar rpido a Cndido Mota vai de avio at Assis e de l vai de carro? O SR. GERSON CONTE FILHO , mas no aeroporto de linha.... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Sim, de linha comercial. de avies, para avies pequenos, txis areos, monomotor, essas coisas. O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor tambm no sabe se essa pessoa que foi visitar l a fbrica no foi de avio? O SR. GERSON CONTE FILHO No, no tenho informao do que ele foi. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Est. Obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Obrigado, Deputada Vanessa Grazziotin. Para encerrar essa audincia e podermos ento chamar o Sr. Gerson Conte. Gostaria de, enfim, deixar de pblico aqui que a audincia se realiza muito em funo das investigaes da CPI, que chama ateno ao fato... Alis, antes disso eu queria colocar... Qual o seu carro? O SR. GERSON CONTE FILHO Cargo? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Carro, automvel, o seu? O SR. GERSON CONTE FILHO Carro? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes.) . O SR. GERSON CONTE FILHO Eu uso uma Mercedes. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Qual o modelo da Mercedes? O SR. GERSON CONTE FILHO uma srie C. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) E o do seu pai? O SR. GERSON CONTE FILHO uma 540, BMW. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) E a Mazerati de quem? Quem usa a Mazerati cup, 320. O SR. GERSON CONTE FILHO A Mazerati j foi vendida. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Foi vendida. Os carros... O carro da sua me qual ? O SR. GERSON CONTE FILHO Uma Cherokee 97. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) E o carro da sua irm? O SR. GERSON CONTE FILHO uma 330. O ano eu no me recordo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Mercedes tambm? O SR. GERSON CONTE FILHO No, BMW. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) BMW tambm? Essas 2 BMWs, a Mercedes e a Cherokee so da empresa? O SR. GERSON CONTE FILHO Eu no sei em nome de quem esto os veculos. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) U, voc usa o carro e no sabe em nome de quem? Voc no tem os documentos do carro para o seu uso? O SR. GERSON CONTE FILHO , o carro ou deve estar em nome da empresa ou em nome do meu pai. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Olha, eu, enfim, eu lhe agradeo a forma como voc est comparecendo. Voc um jovem formado em Administrao de Empresas. Deveria saber pelo menos em nome de quem esto os automveis que voc est usando. O SR. GERSON CONTE FILHO que eu no tenho a certeza. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Mas estranho. Quer dizer... O SR. GERSON CONTE FILHO Acredito que esteja em nome da empresa. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Me permite um aparte, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Pois no, Deputado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse automvel o do seu uso pessoal? O SR. GERSON CONTE FILHO Oi? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse automvel o automvel do seu uso pessoal, o automvel que o senhor usa no seu dia-a-dia? O SR. GERSON CONTE FILHO Isso. Em casa eu uso o carro. Tem o meu... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E os documentos ficam no carro, ficam com o senhor? O SR. GERSON CONTE FILHO Oi? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Os documentos ficam... O SR. GERSON CONTE FILHO No carro. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E o senhor nunca abriu o documento, no se lembra de ter aberto, de ter lido? O SR. GERSON CONTE FILHO No, o documento desse est no nome, desse que eu estou usando, quase certeza, est no nome da Casa Di Conti. Eu no tenho... O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) A curiosidade que ns manifestamos nesse sentido porque ns temos a informao de um automvel subfaturado, da marca Mazerati, que teria sido comprado por um valor inferior quele que, enfim, considerado o valor de mercado do automvel. Pela anlise que fizemos, rpida, disso, o valor seria um bem superior 100 mil reais quilo que ele foi manifestadamente faturado. Uma outra coisa que chama a ateno da CPI, que eu gostaria que o senhor nos desse algum esclarecimento, se que pode, porque o primeiro contato entre a Krones e a fbrica Conti era no valor de R$ 1.853.661,53. Foi elaborado para pagamento de 15 de julho de 2000, 15/07/2000, sendo que a ltima paga em 15/12. S que a Conti no honrou esses financiamentos. O senhor tema alguma informao com relao a isso? O SR. GERSON CONTE FILHO No, disso a eu no tenho conhecimento, no. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Ento eu vou lhe dar uma informao de que a CPI dispe. Que, mesmo no tendo a dvida quitada em nenhuma das parcelas avenadas at 15/9/2002, foi feita uma confisso de dvida no valor de R$ 3.184.518,00, referente dvida vencida do contrato anterior, para agora um novo repagamento em 54 parcelas, sendo a primeira parcela em 20/12/2002 e a ltima em 20/05/2007. Desses fatos o senhor tem conhecimento? O SR. GERSON CONTE FILHO No, no. Isso a eu no conheo. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Ento, para que fique pblico e registrado, a maior estranheza que tm os Deputados desta CPI, enfim, que um fato interessante e muito relevante, e para que fique consignado, que o objeto de prestao de servio do primeiro contato de readequao de lay-out entre a Krones e a Cervejaria Conti de junho de 2000. E o que interessante que a empresa nem sequer fabricava esse produto ainda. O senhor declarou aqui que a Krones teria vindo para uma ampliao depois da bem-sucedida operao... O SR. GERSON CONTE FILHO Ela comeou do incio.... O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Veja bem... S um minutinho. O senhor disse que Krones veio porque os senhores tinham comeado uma cervejaria. A cervejaria estava indo muito bem. Ento, ela veio para fazer uma operao turn-key no valor de 20 milhes. No verdade, porque ela primeiro fez um financiamento no valor de R$ 1.850.000,00, que no foi pago. Foi convertido num financiamento de R$ 3.184.000,00, que tambm no foi pago, que foi convertido num outro financiamento, no valor de 20 milhes. O SR. GERSON CONTE FILHO S vou expor melhor esse fato da Krones ter vindo depois. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Pois no. Por favor. O SR. GERSON CONTE FILHO No incio, ela estava junto, porque ela forneceu todos os equipamentos. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Bom, tudo bem, mas os contratos em cima dos quais a CPI est se baseando...Quer dizer, o contrato inicial de R$ 1.853.000,00; o outro contrato, que tambm no foi pago, R$ 3.184.000,00. E isto o fato, ento, relevante: que a readequao do lay-out da cervejaria... ningum pode fazer a readequao de alguma coisa que nem sequer foi feita ainda. Esse o fato que realmente nos chama a ateno. E ainda, para terminar, o fato que causa ainda realmente uma curiosidade muito grande que, mesmo estando inadimplente com todos esses contratos e, a, com as prestaes j vencidas dos contratos anteriores , a Conti vai e celebra um novo Contrato Silver, superior a 20 milhes, mesmo estando os outros contratos no pagos, enfim, e tendo sido repactuado por 2 vezes. Era isso. O senhor no tem nenhuma outra informao com relao a isso? O SR. GERSON CONTE FILHO No, no. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Pois no, Deputado Jlio Delgado. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO S uma pergunta rpida. Pelo seu conhecimento, voc... o senhor demonstra, Gerson, que conhece alguma coisa do aprendizado que o senhor est tendo dentro da empresa, trabalhando com o seu pai. O SR. GERSON CONTE FILHO Sim, sim. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Outra: com relao ao seu carro, essas coisas, o senhor tem um desconhecimento. Eu gostaria de fazer uma pergunta. A sua famlia a, pelo seu conhecimento seu pai, sua me, voc e sua irm sobrevive exclusivamente da renda atribuda da Conti, Casa Conti e Cervejaria Conti, ou vocs tm alguma outra fonte de renda? O SR. GERSON CONTE FILHO Tem. Meu pai tambm mexe com agricultura. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Agricultura. O SR. GERSON CONTE FILHO Isso, porque tem uma fazenda em Teodoro Sampaio, que eu citei no comeo... O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Ah, isso eu no... Eu no estava aqui. O SR. GERSON CONTE FILHO . E desse ponto dessa fazenda tambm, n. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Ento ele tem o rendimento da fazenda e das outras duas... O SR. GERSON CONTE FILHO . Isso. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO S isso. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Obrigado, Deputado Jlio. Vamos encerrar ento, esta audincia, e pedir nossa assessoria que encaminhe sala o Sr. Gerson Conte, a fim de que possamos dar incio prxima audincia. Obrigado ao senhor. O SR. GERSON CONTE FILHO Boa tarde a todos. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Uma boa noite. O SR. GERSON CONTE FILHO Muito obrigado. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Sras. e Srs. Deputados, membros desta audincia pblica, com a presena do Sr. Gerson Conte, vamos dar incio, ento, a esta nova audincia. O senhor comparece na condio de indiciado. Tem o direito de permanecer em silncio e de no produzir prova contra si mesmo. Ns vamos iniciar a audincia dando a palavra ao Deputado Relator, Deputado Josias Quintal. Com a palavra o Deputado Josias Quintal. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Sr. Gerson, uma boa tarde. O SR. GERSON CONTE Boa tarde. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL O senhor j est qualificado, j foi ouvido anteriormente. Eu creio que o seu interrogatrio no deva ser muito longo, porquanto uma srie de anlises de depoimentos, de documentos sero feitas. Ento, eu penso que no ser muito longo. Mas, da parte do Relator, eu queria s que o senhor explicasse, assim, com detalhes tanto quanto possvel, essa questo dessa operao de financiamento da empresa. Como que a empresa consegue, ainda estando inadimplente, ainda havendo contratado emprstimo a ttulo de algo que no estava ainda sendo realizado, que era a fabricao de cerveja e, ainda que estivesse inadimplente, no tivesse coberto essa prestao da dvida, como que ela consegue apanhar ainda mais um emprstimo vultoso? Como que o senhor explica essa operao? Porque, primeira vista, salta aos nossos olhos uma suspeita, nos parece uma operao complicada, confusa. O senhor entendeu as colocaes que eu fiz? O SR. GERSON CONTE Entendi. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL O senhor pode fazer um relato aos Deputados acerca disso a, esclarecer melhor para que se dissipem essas dvidas que esto tomando conta de nosso pensamento. Por favor, ento, o senhor faa uma abordagem bastante explicativa acerca dessas questes que eu coloquei. O SR. GERSON CONTE Est legal. Na montagem da cervejaria, a Casa Di Conti, que j vinha num trabalho depois de todos os anos... como j foi dito, desde 1947 que vem vindo esse trabalho familiar, e eu dei a continuidade nessa mudana de rota que foi da Casa Di Conti de bebidas quentes e para cervejaria. Foi o momento em que a Casa Di Conti viu uma possibilidade dessa mudana. At ento, o BNDES nos financiou a parte necessria para dar incio primeira etapa da cervejaria. Assim o fez dentro de planilhas viveis cervejaria, e a Casa Di Conti apoiando, que a empresa que detm a marca Contini, que tinha um faturamento, tinha um faturamento da ordem de 2,5 milhes a 3,5 milhes, na poca, que nos levou a buscar novos horizontes no mercado. Mesmo tendo um compromisso com o BNDES, nunca tendo atrasado com esse compromisso junto ao BNDES, conseguimos junto Krones-Steinecker um novo financiamento em razo de que ns seramos praticamente a primeira cervejaria montada pela Steinecker e Krones completamente deles, o que era de grande interesse do grupo alemo hoje estabelecido aqui no Brasil. Praticamente, ns estaramos sendo quase como uma cobaia nessa nova etapa junto a eles. Houve um interesse inicial, vendo que o processo vinha vindo muito bem, a cerveja saiu de uma qualidade acima do esperado, como ela est acontecendo no mercado. Ela nos financiou na quantia de 20 e poucos milhes, quase 27 milhes, num prazo de 50 e poucos meses, no crdito, pelo tempo, pelo currculo dessa empresa, que j havia passado por outros projetos de financiamento junto ao BNDES e junto ao prprio mercado. Acredito que em cima disso, eu acho que o nosso currculo foi o maior aval desse processo desse financiamento. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Esse financiamento na Krones, em torno de 27 milhes, esse financiamento foi dividido em quantas parcelas? Qual foi o valor de cada uma dessas parcelas? Qual seria o desembolso mensal para cobrir esse emprstimo? O SR. GERSON CONTE - Hoje eu tenho um nmero total, eu no tenho o nmero separado, porque so vrios, cada mquina tem o seu valor de financiamento. Mas o total hoje que a empresa tem de responsabilidade no ms de novembro de 1 milho, 300 e alguma coisa, mensais. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Um milho e 300 mensais. Isso com a Krones. O SR. GERSON CONTE No, junto Krones, o BNDES, o FINAME, todo o processo hoje que a empresa tem. Compromisso de pagamento parcelas de financiamento. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL Deputado, da minha parte est bom. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Com a palavra o Deputado Julio Semeghini. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor est h muitos anos no ramo de bebida. A Krones est h quanto tempo no Brasil? O SR. GERSON CONTE Olha, pelo que sei, a Krones est no Brasil acho que h mais de 20 anos. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Quando o senhor comeou a conversar, qual foi...Com quem e quando o senhor comeou a tratativa desse financiamento com a Krones? O SR. GERSON CONTE O financiamento direto feito com a Krones com o prprio Presidente, uma pessoa... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor lembra o nome do Presidente? O SR. GERSON CONTE Lembro. O Sr. Hoyer, que o Presidente, Rogrio, que um diretor comercial da Krones, o Slvio, que um gerente da rea de vendas. So as pessoas de maior contato. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Est timo. Ou seja, essas so as pessoas. Quanto tempo, mais ou menos, comeou esse contato, essa negociao da sua empresa com a Krones? O SR. GERSON CONTE Olha, mais de 6 meses. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esses 6 meses foi o perodo de negociao? O SR. GERSON CONTE Perodo de negociao at fazer a segunda implantao. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E a eles fizeram a implantao total no Brasil? O SR. GERSON CONTE Do meu financiamento. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Do seu financiamento. Quanto tempo demorou o perodo de implantao dessas linhas de mquinas da Krones na sua empresa? O SR. GERSON CONTE A segunda etapa? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI A primeira etapa, pelo que vejo, foi uma coisa muito pequena, o papel da Krones. Na verdade foi contratada uma compra, na verdade. Nessa segunda etapa, onde o investimento maior, a ampliao e essa parte toda que ele teve? O SR. GERSON CONTE Por volta de 5 meses, acredito. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E, no incio, antes de o senhor comear essa implantao dos 5 meses, quando foi que o senhor concluiu, que o senhor comeou essa implantao da Krones? Qual foi a data mais ou menos? O SR. GERSON CONTE O incio da cervejaria? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No, quando o senhor comeou a implantar essa segunda linha que a Krones instalou na sua empresa? O SR. GERSON CONTE Terminamos de implantar h cerca de 3 a 4 meses. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ento, mais ou menos uns 8, 10 meses que o senhor comeou essa negociao com eles, isso? O SR. GERSON CONTE Mais ou menos. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI S uma coisa com relao a isso a. Quando o senhor, na verdade, ento, estava comeando a implantar essa instalao, qual foi o estudo que a sua empresa deu? Que documentos o senhor entregou? Qual a anlise de viabilidade a Krones fez? O SR. GERSON CONTE Na verdade, o currculo da prpria empresa e o prprio sucesso do produto no mercado que deu a maior confiabilidade para que ela pudesse investir. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Qual era a produo do senhor 10 meses atrs quando o senhor teve a aprovao da Krones? Qual era o volume de caixas ou de vasilhame que o senhor produzia? O SR. GERSON CONTE Ns j vnhamos trabalhando na ordem de 150 mil caixas. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor deu um salto de 150 mil para 230 mil com a implantao da Krones? O SR. GERSON CONTE Sim, quase 300 mil caixas. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E qual foi a garantia ou o que houve nessa negociao que o senhor fez com a Krones para poder fazer...? O SR. GERSON CONTE A garantia que existe do prprio equipamento, no existe outra garantia, simplesmente o equipamento. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O prprio equipamento? O SR. GERSON CONTE Exato. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI comum uma empresa que vende equipamento dar o equipamento que depois de anos j usado em garantia sem nenhuma outra garantia? razovel isso? O SR. GERSON CONTE Olha, meu primeiro negcio nesse sistema, no conheo outro igual, na verdade. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Nem eu, tambm realmente no lembro de algum que pudesse fazer isso. O SR. GERSON CONTE Acho que o que esclarece muito a exatamente o sucesso do produto, a confiana que eles tiveram e o interesse de nos usar tambm como cobaia nesse processo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Est certo. Desses ltimos 5 meses para c, como a Krones est usando, na verdade, essa linha que o senhor implantou? O SR. GERSON CONTE No, ns estamos utilizando a linha... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No, claro que o senhor est produzindo. Como ela est explorando o fato de ter implantado uma linha completa na sua fbrica? O SR. GERSON CONTE Bom, ela tem conseguido alcanar outros negcios no Brasil, que at ento tinha certas dificuldades. Com a implantao da cervejaria e a qualidade do produto, outras cervejarias se interessaram e sabido que j esto adquirindo esse mesmo equipamento, o mesmo equipamento colocado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E essas empresas tm ido visitar essas linha na sua empresa? A Krones leva essas empresas l? O SR. GERSON CONTE Leva, a Krones tem levado... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Quem da Krones tem feito esses acompanhamentos, tem feito essas visitas? O SR. GERSON CONTE Slvio, Arton, que so as 2 pessoas da rea comercial que trabalham, uma rotina quase constante, mensal, visitas, entendeu? s vezes... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor tem a cpia do contrato que o senhor assinou com a Krones na sua empresa? O SR. GERSON CONTE Tenho, claro. Tem tudo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse contrato registrado em algum lugar? O SR. GERSON CONTE Registrado em cartrio. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI um contrato de cartrio? O SR. GERSON CONTE De cartrio. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse cartrio...qual o cartrio? O SR. GERSON CONTE De Cndido Mota. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI T, ns j pedimos e eu s gostaria, ento, que estivssemos com a cpia registrada quando o senhor enviasse para a gente, por favor. O SR. GERSON CONTE Tenho 3. T. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse contrato, ele pediu alguma entrada? Ele teve algum pagamento fora do Brasil? Teve algum contato do senhor com alguma pessoa l fora? O SR. GERSON CONTE No, nada, nada. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Alguma coisa desse tipo? O SR. GERSON CONTE No, somente aqui, no Brasil. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No houve garantia, a garantia foi o prprio equipamento, somente aqui no Brasil que foi feito esse pagamento? O SR. GERSON CONTE Exato. Correto. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Nesse perodo, quando o senhor estava acabando o BNDES at aqui, o senhor contraiu algum emprstimo pessoalmente no mercado, de alguma outra pessoa, banco, agiota, alguma coisa desse tipo, que seja significativo ou relevante para esse processo que o senhor queira citar? O SR. GERSON CONTE No, emprstimo... No sei... No, no me recordo de algum emprstimo vultoso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Nenhum emprstimo que seja vultoso que o senhor tenha que ter colocado nessas coisas? Como o senhor comeou o processo de exportao da sua cerveja? O SR. GERSON CONTE O processo de exportao comeou atravs dessa exportadora Lemond. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor conhece pessoalmente o pessoal da Lemond? O SR. GERSON CONTE Conheo, o Sr. Pedro, que esteve aqui presente. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Como comeou, na verdade, esse processo? O senhor teve algum contato nesses dias que passou para tratar desse assunto com o Sr. Pedro? O SR. GERSON CONTE No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Sobre o dia de hoje? O SR. GERSON CONTE Sobre o dia de hoje? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Do que o senhor falaria aqui ou do que o senhor estaria falando? O SR. GERSON CONTE No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O Sr. Pedro no fez nenhuma pergunta para o senhor? No pegou nenhuma informao? No esclareceu nenhuma dvida? O SR. GERSON CONTE No. A dvida at nossa de por que estamos aqui? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Depois acho que o Presidente ou ns mesmos podemos tentar colocar um pouco mais essa dvida que o senhor tem a. E o senhor h quanto j exporta para o Paraguai? O SR. GERSON CONTE J faz muitos anos que eu exporto; fazia exportao na linha de bebidas quentes, da Contini... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor exportava na linha de bebidas quentes com quem? O SR. GERSON CONTE Olha, so vrias e pequenas empresas que faziam a reexportao. Na verdade, ns vendemos para o exportador e o exportador faz a exportao, volumosa, uma parte de volume veio agora com a cervejaria. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI A Lemond entrou s na hora da cerveja? O SR. GERSON CONTE Da cerveja. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ela usou alguma empresa nesse perodo para iniciar o processo de exportao antes de que ela mesma pudesse exercer a exportao diretamente? O senhor chegou a faturar contra alguma outra empresa? O SR. GERSON CONTE Foi faturado para, se no me falha a memria, Topzio. Estou recordando aqui e poderia averiguar se tem outras. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Quem indicou a Topzio para o senhor? O SR. GERSON CONTE O prprio Sr. Pedro. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor sabe se o Sr. Pedro... Bom, s 1 minutinho, foi o prprio Sr. Pedro quem indicou essa... Qual o benefcio que o senhor tem quando o senhor exporta esses produtos para o Paraguai? O SR. GERSON CONTE O mesmo, o mesmo que eu tenho quando vendo no mercado interno. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor tem crdito de IPI? O senhor tem crdito de alguma coisa que na verdade traga algum benefcio? O SR. GERSON CONTE Temos a iseno do IPI quando feita essa... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Mas o senhor se credita de algum valor desse benefcio tambm quando faz a exportao, no? O SR. GERSON CONTE No, nenhum. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No h nenhum benefcio para o senhor exportar, apenas a iseno dos impostos? O SR. GERSON CONTE S a iseno dos impostos e ganhamos o mesmo que ganhamos no mercado interno. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI S tirando os impostos por se tratar de exportao? O SR. GERSON CONTE Exatamente. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor alguma vez acompanhou para saber se esses produtos se dirigem realmente para fora do Brasil ou se eles ficam no Brasil? O SR. GERSON CONTE No, nunca acompanhei. A nica que tenho so os documentos que me comprovam dos carimbos da Receita Federal que o produto, todo o processo fecha dentro do processo da lei. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Quando o senhor vendia 150 mil caixas, o senhor j vendia 30 mil caixas de exportao atravs da Lemond, para o Paraguai? O SR. GERSON CONTE No tenho esse nmero, entendeu? Mas poderia passar esse nmero exato. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse nmero foi dado por todos que passaram aqui, aproximadamente 30 mil caixas de cerveja. Eu no tirei de lugar nenhum, isso na verdade veio de todos eles. O SR. DEPUTADO RUBINELLI S um aparte, Deputado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Pois no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Esse nmero foi dado pelo senhor no depoimento anterior do senhor. O SR. GERSON CONTE Isso, mas estava falando... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No estou discutindo nmeros exatos, no quero confundi-lo, no se preocupe, no uma presso. S quero saber o seguinte: o senhor j exporta cerveja desde que comeou sua cervejaria, pelo que entendi. O SR. GERSON CONTE Sim. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor j exportava bebida quente, quando entrou a cerveja... O SR. GERSON CONTE Mas no nesse volume. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No nesse volume? O SR. GERSON CONTE No nesse volume. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse volume foi gradativo? O SR. GERSON CONTE Foi gradativo, recente. Isso que quis colocar. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E o senhor tem outros vendedores de cerveja l na divisa com o Paraguai? O senhor distribui a Conti tambm naquela Regio? O SR. GERSON CONTE Olha, estamos comeando um trabalho em Assuno, com uma importadora direta. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No, do lado do Brasil. O senhor distribui ali na divisa com o Paraguai do lado brasileiro? O senhor tem distribuidores que vendem essa cerveja l naquela regio? O SR. GERSON CONTE Tenho, do lado do Brasil tenho. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E quem esse seu distribuidor? O SR. GERSON CONTE Olha, precisaria pegar, porque so vrios. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse seu distribuidor, por acaso, alguma vez j lhe fez alguma denncia ou reclamou que o volume de cerveja que tem sido vendido l, numa concorrncia desleal, que ele no consegue sobreviver, poderia provavelmente ser parte dessa exportao que no acontecia e ficava no lado brasileiro? O SR. GERSON CONTE Pode. Isso no tenho dvidas de que pode. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Isso pode acontecer? O SR. GERSON CONTE Pode. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor pode fornecer para ns o nome do distribuidor na regio que o senhor tem, depois, por favor? O SR. GERSON CONTE Posso. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Espero que isso seja solicitado, Presidente. O senhor teve contato com o dono da Lemond? O senhor chegou a conhecer...ter algum tratamento com as pessoas que cuidam do processo de exportao dele na cidade ou com os seus contadores ou o seu contato da empresa direto apenas com ele? O SR. GERSON CONTE No, conheci o Seu Pedro na empresa. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Na empresa? O SR. GERSON CONTE Somente na empresa. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor conheceu o Sr. Marcelo ou algum da empresa Bfalo Branco que tentou pegar crdito com o senhor? O SR. GERSON CONTE No, senhor, no conheci. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No conheceu? O senhor foi consultado alguma vez de ter que de repente abrir uma exceo, liberar algum produto para eles cujo crdito o senhor Ney tinha sido dado (ininteligvel), alguma coisa? O SR. GERSON CONTE No, na verdade, eu at disse isso j, mas fiquei sabendo, atravs do prprio jornal, uma informao que eu tive, quando O Estado se posicionou, ele deu uma reportagem disso que eu fiquei sabendo. A que eu perguntei para o meu departamento o que estava acontecendo, e fui informado que a pessoa do Marcelo tinha estado l para montar uma distribuidora de cerveja. Mas eu mesmo no tive esse contado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ele falou qual o local dessa distribuidora de cerveja? O SR. GERSON CONTE Acho que era em So Paulo, no Ipiranga. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E o senhor no foi nem uma vez consultado para abrir uma outra distribuidora no Nordeste de alguma empresa ligada ao Bfalo Branco ou a essas pessoas? O SR. GERSON CONTE Sim, os prprios. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Os prprios? O SR. GERSON CONTE Os prprios. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E qual era o Estado, no Nordeste? O SR. GERSON CONTE No tenho. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Foi o prprio Marcelo que teve esse contato? O SR. GERSON CONTE O prprio Marcelo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E o senhor no parou para avaliar, de repente, se era um bom negcio? O senhor no vende para o Nordeste, vende diretamente? O SR. GERSON CONTE No, na verdade... Algumas coisas, sim O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI A cerveja Conti vendida? O SR. GERSON CONTE Ns temos feito algum trabalho, entendeu? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Mas volume significativo que o senhor tenha vendido? O SR. GERSON CONTE No, no . O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor no parou? No foi o senhor pessoalmente quem analisou para saber por que foi negado? De repente o senhor no estava perdendo um grande negcio de vender isso para o Nordeste? O SR. GERSON CONTE No, porque realmente chega muito processo, bastante o interesse e poucos aqueles que conseguem abrir uma distribuidora por motivo de capital, algumas exigncias... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor chegou a analisar... Desculpe se interrompo, porque a gente est com problema de horrio, mas que no queria perder o raciocnio, o senhor me perdoe, no falta de respeito, s at para poder... acho que no precisa... O SR. GERSON CONTE vontade. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor chegou a ver esse processo que foi consultado da Bfalo Branco, de vender para o Nordeste, qual era o Estado, quem era a pessoa que se tratava? O SR. GERSON CONTE No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No? Como o senhor teve o contato para saber se, alm de So Paulo, tinha o Nordeste? Foi s o Marcelo que disse verbalmente ou houve outra forma? O SR. GERSON CONTE Foi pelo cadastro. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Pelo cadastro? O SR. GERSON CONTE Pelo cadastro, que, quando fiquei sabendo... Existem 2 cadastros l na empresa. Ento, se no me falha a memria, um desse era para o Nordeste. Se no me falha a memria, um desse era para o Nordeste. Quando fiquei sabendo, porque pedi para o departamento que analisou o processo que no foi aprovado, que eu tive condies de ir olhar. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Sr. Presidente, perdoe-me, gostaria apenas... no por nada, Advogado, mas que gostaria que o senhor ficasse um pouco mais longe, realmente, da pessoa que est depondo, por favor. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Fisicamente. Fisicamente. No estou duvidando de nada, mas eu s queria que o senhor se posicionasse fisicamente um pouco mais distante do seu cliente. O senhor disse que, ento, desses 2 cadastros, um dos 2 poderia na verdade estar sendo do Nordeste. O SR. GERSON CONTE Poderia sim, poderia, e temos ele em poder. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor tem os 2? O SR. GERSON CONTE . O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ento, eu gostaria que, ao invs de um, fossem enviados para ns os 2 cadastros que na verdade constam l e no um s. O SR. GERSON CONTE T. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor teve algum outro contato, alguma outra informao que na verdade pudesse se tratar desse Lobo? O SR. GERSON CONTE No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Que depois o senhor leu no Estado e ficou sabendo? Teve qualquer outra coisa? O SR. GERSON CONTE No, nenhuma. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor sabe que o senhor foi citado, a sua cervejaria foi citada e Cndido Mota tambm, a prpria cidade, portanto...? S tem uma cervejaria em Cndido Mota ou tem mais? O SR. GERSON CONTE Tem. Foi citada pelo Estado. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E o senhor sabe que no foi citada pelo Estado, foi citada, na verdade, fruto da transcrio de uma conversa telefnica que tinha entre algumas pessoas que estava sendo discutido. O SR. GERSON CONTE Certo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E foi citada a sua cidade, foi citado o valor, foi citada a inteno do Lobo em investir, valores que na verdade estavam sendo investidos e era mais ou menos uma poca que se trata do perodo que o senhor estava implantando a linha na sua empresa. E o senhor no se lembra de ningum ter recebido, naquele dia que foi dito l, nenhuma pessoa em nome de Eleotrio, em nome de Lobo ou Marcelo que foi falando disso? O SR. GERSON CONTE No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor se preocupou em saber por que o seu nome pode estar relacionado com o nome do Sr. Eleotrio, com o Lobo? O SR. GERSON CONTE A preocupao existe, quando vi no jornal tudo isso, mas no existe nada, ento, ficou para mim... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor procurou advogado naquele momento? O SR. GERSON CONTE No, no. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor pediu alguma informao da Polcia Federal? O SR. GERSON CONTE No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O senhor no procurou nada? O SR. GERSON CONTE No. Nem tanto que, na primeira CPI, eu no estava presente com advogado. Vim s. Eu tambm no sabia. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Essa bebida que o senhor manda, na verdade, para o Paraguai, o senhor sabe em que tipo de caminho isso transportado? O SR. GERSON CONTE Transportado em carretas. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Carretas? O SR. GERSON CONTE Carretas. s vezes, caminho-truque, menor que uma carreta, mas sempre ... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Sei que no de sua responsabilidade, mas eu gostaria de que o senhor pudesse nos ajudar se o senhor tiver a informao. O SR. GERSON CONTE Posso. Eu tenho todas ... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Essas carretas voltam depois vazias, elas transportam alguma outra coisa, elas prestam servio para algum? O senhor sabe, o senhor tem alguma informao desse tipo? O SR. GERSON CONTE No, no. No sei. No, no sei. Algumas voltam com o prprio vasilhame. Tem tambm exportao que feita com o prprio vasilhame, alguns casos. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Como alguns? O senhor tem outro tipo de exportao que no seja atravs de vasilhame? O SR. GERSON CONTE No, no. o mesmo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI s com o vasilhame? O SR. GERSON CONTE S. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ento, toda a sua venda atravs de vasilhame? O SR. GERSON CONTE Vasilhame. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ento, todos os que vo devem estar voltando, mesmo que no voltem na mesma carreta, mas que na verdade tem de voltar... O SR. GERSON CONTE No, tem alguns que no. Tem ... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Essa parte fica l? O SR. GERSON CONTE Fica. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse produto fica l. O SR. GERSON CONTE Com vasilhame e tudo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Esse seu produto que o senhor vende, ele diferenciado, ele tem alguma coisa? possvel a gente identificar no mercado nacional se ele um produto fabricado para exportao? A sua lata tem alguma identificao? Se esse seu distribuidor regional l da divisa quiser ver se esse produto consumido um produto que ele distribuiu, se esse que saiu para exportao ... O SR. GERSON CONTE Sim. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI possvel alguma forma de a gente identificar? O SR. GERSON CONTE Tem. Tem no rtulo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No rtulo? O SR. GERSON CONTE O rtulo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI O rtulo que sai do Brasil na verdade no tem o valor de importao? O SR. GERSON CONTE Ele tem. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Ele sai ento identificado que para ser para fora do Brasil? O SR. GERSON CONTE Identificado de que ele para exportao. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Bom, da minha parte, eu queria s mais uma pergunta para o senhor. O senhor, nesse perodo todo em que teve os financiamentos,... est sendo pago essas coisas tal, as garantias que o senhor deu ao BNDES so garantias que foram dadas nesses bens que o senhor tem? Essas garantias ainda esto sendo pagas? Elas fazem parte do seu dia-a-dia? Que tipo de garantia, alm da fbrica ou do seu prprio imvel, o senhor acabou cedendo ao BNDES? O SR. GERSON CONTE Meu apartamento que tenho em So Paulo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI A fazenda fez parte? O SR. GERSON CONTE A fazenda no fez parte porque ela em parte devoluta. No foi aceita. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI E esse contrato com o BNDES encerrou? Est sendo pago normalmente? O SR. GERSON CONTE Est sendo pago. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI No tem nada a ver com a ampliao depois, posteriormente? O SR. GERSON CONTE No, no, no. Est normal, est tudo normal. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Obrigado, Deputado Julio Semeghini. Com a palavra o Deputado Rubinelli. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Primeira dvida que eu tenho a seguinte: no primeiro depoimento do senhor, o senhor nos falou que, numa empresa do senhor, esteve presente por duas vezes o Marcelo. O SR. GERSON CONTE Sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI O senhor se lembra? O SR. GERSON CONTE Lembro. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Est aqui. O SR. GERSON CONTE Por informaes da Secretaria. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Isso. E o senhor falou para ns aqui que existia uma pessoa com ele. O SR. GERSON CONTE a informao que eu tive. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Est aqui, olha: Quem esteve presente na empresa foi o Marcelo. Acho que por duas vezes. Esteve presente na empresa. Estava acompanhado. Mas no sei. O companheiro a gente no sabe quem . O SR. GERSON CONTE No sei. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento, o senhor disse que no sabe quem . S que o Jnior disse para ns que todo o mundo que entra l tira xerox da RG. O SR. GERSON CONTE Sim, na entrada. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim, ento, o senhor no teve curiosidade de saber quem estava com o Marcelo? O SR. GERSON CONTE No, no, no. No. Nenhuma. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Como que fisicamente o Marcelo? O SR. GERSON CONTE No conheo. No vi o Marcelo, no conheo o Marcelo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI A, tem outro problema. O Jnior falou para ns tambm que o Marcelo esteve l sozinho, que s o Marcelo foi falar com ele e que o Marcelo... at, se eu estivesse enganado, eu gostaria que algum Deputado me corrigisse, sobre o que o Jnior falou no foi, Deputada Vanessa? , que o Marcelo foi sozinho. E o senhor disse que o Marcelo foi acompanhado. Ou o senhor ou o Jnior, um dos dois est mentindo para ns. O SR. GERSON CONTE No, isso que eu quero colocar, porque quem entrou para ser atendido o Marcelo. Agora, pode ter ficado para fora, na portaria, a pessoa acompanhante, porque a informao que eu tive da portaria que teria um acompanhante. Essa foi a informao que eu tive. Por isso que a coloquei. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento, nem o registro da RG no vamos mais ter, porque o senhor disse que ele ficou para fora da firma? O SR. GERSON CONTE No. Ele ficou ... No, a portaria dentro da empresa. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sei. Ento, esse xerox do registro da pessoa, com certeza ... O SR. GERSON CONTE Tem que estar, tem que estar. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Tem que estar. Ento, ns gostaramos que o senhor providenciasse isso para ns. O SR. GERSON CONTE - Com certeza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - ...do Marcelo e dessa pessoa. O SR. GERSON CONTE - Sem dvida. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sabe por qu? Porque o Jnior falou para ns que as caractersticas do Marcelo so determinadas caractersticas que no batem com realmente as caractersticas do Marcelo. O SR. GERSON CONTE - Certo. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Que so mais parecidas com... O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - S para esclarecer, Deputado Rubinelli, quem disse das caractersticas do Marcelo no foi o Jnior. Foi o gerente comercial. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Sim, qual o nome completo do gerente comercial? o Jnior. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Porque eu pensei que o senhor estivesse se referindo... O advogado me pediu para adverti-lo. O SR. RICARDO VITA PORTO - Os dois so Jnior. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sim. Ento, mas o nome completo do diretor comercial Jnior, ele tem Jnior no nome. O SR. RICARDO VITA PORTO - O filho tambm tem. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - No, no, eu estou dizendo o diretor comercial do senhor. O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO RUBINELLI No o seu filho. O Jnior que eu digo o diretor comercial. O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento, ns temos aqui um problema, porque o Jnior nos disse que era uma pessoa; o senhor nos disse que eram duas. Muito embora, o de positivo que o Jnior falou que fica registrado l, e ele se comprometeu a nos fornecer a cpia da entrada da pessoa. O SR. GERSON CONTE - Correto, com certeza. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Tem uma outra coisa tambm aqui que eu acho um pouco estranha, que o senhor falou que o senhor j exportava para o Paraguai. Hoje o senhor falou aqui, agora, para ns, no falou? O SR. GERSON CONTE - Sim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI T. No primeiro depoimento do senhor, eu perguntei paro senhor... A seguinte pergunta eu fiz: O senhor, sabedor que do processo de exportao, o senhor nunca procurou exportar diretamente, ao invs de ter esse atravessador a, o distribuidor? No era mais fcil o senhor exportar? A o senhor respondeu, no primeiro depoimento: Olha, seria, mas eu no consegui ter esses caminhos que eles tm. J fiz tentativas, mas no consegui eu mesmo conseguir uma empresa com uma rede dentro do prprio Paraguai para dissolver o produto. O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ou seja, hoje o senhor disse para ns que j exportava. No primeiro depoimento, o senhor falou que no exportava. Est aqui, est registrado. O SR. GERSON CONTE - Veja bem, eu exportava indiretamente, que o mesmo caso da Lemond. Essa exportao, ela feita indiretamente. Quando eu coloco exportao, seria minha exportao direta, que agora que ns estamos conseguindo uma empresa que est comeando uma exportao direta para poder fazer um trabalho diretamente. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas a pergunta que eu havia dito paro senhor era exportar paro Paraguai, por que o senhor no exportava direto. O senhor respondeu que no, porque o senhor no tinha os caminhos que eles tm. E hoje o senhor falou para ns que o senhor j exportava paro Paraguai anteriormente. O SR. GERSON CONTE - Mas indiretamente tambm, por empresas, igual a da Lemond, que no uma exportao nossa, direta. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Uma outra coisa que eu acho no mnimo estranha: quando eu perguntei para o senhor quem fazia, no primeiro depoimento, a distribuio das 30 mil caixas, quem vendia para o Paraguai, o senhor me deu o nome de duas distribuidoras, a Lemond e a Topzio. O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Veja o senhor, o senhor me deu o nome de uma distribuidora que trabalhou 15 dias para o senhor. O SR. GERSON CONTE - Sim, mas ela fez. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ou seja, a empresa efetivamente que fazia a distribuio para o senhor era a Lemond. O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - A Topzio, pelo que nos foi dito aqui, ela quebrou um galho da Lemond com relao nota fiscal. O SR. GERSON CONTE - Ela faz parte de uma lista de cliente. Por isso que eu a coloquei. Est junto aos documentos. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Ento, na realidade, uma distribuidora que manda as 30 mil caixas de cerveja para o Paraguai. A Topzio, eventualmente, me parece, ns vamos checar isso tambm, foi s durante 15 dias. Agora, uma outra coisa tambm que eu gostaria que o senhor nos explicasse como que foi feito o contado da Lemond com o senhor, como que o senhor conheceu o pessoal da Lemond. O SR. GERSON CONTE - Atravs do departamento. O departamento comercial que tem esse contato. E numa das estadias deles l na fbrica que eu conheci a pessoa... O SR. DEPUTADO RUBINELLI E por que no tem contrato com a Lemond e tudo no fio do bigode? O SR. GERSON CONTE - Paga adiantado. feito o pagamento antecipado para levar a mercadoria. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Mas, mesmo assim, o senhor no acha estranho? Todo mundo que paga, em dinheiro, que paga... tudo o que a gente faz, a gente... Uma empresa do porte da sua empresa no ter um contrato , no mnimo, estranho. O SR. GERSON CONTE - Olha, at gostaria de colocar isso. Nenhuma distribuidora que trabalha conosco j est com o contrato firmado. Todas esto praticamente numa fase de experincia, para depois assinar um contrato. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Olha, eu acho estranho, e vou explicar para o senhor por qu. Sou advogado tambm. O senhor, no tendo contrato, juridicamente, tudo o que acontecer nessas estradas, o senhor que responde, porque o senhor no tem contrato. O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO RUBINELLI E o senhor sabe disso. O SR. GERSON CONTE - No. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - O senhor deve ter um jurdico na sua empresa. O SR. GERSON CONTE - No, isso no. O SR. DEPUTADO RUBINELLI Ento, no mnimo estranho no ter um contrato de prestao de servio da transportadora com o senhor, porque, ou seja, se esses caminhes atropelarem algum, fizerem qualquer barbaridade, para todos os efeitos, o responsvel a Conti, porque o senhor no tem um contrato de prestao de servio. O senhor uma pessoa inteligente, uma pessoa que consegue linha de financiamento com o BNDES, eu gostaria que o senhor explicasse isso para ns, como que no existem esses contratos com as transportadoras. O SR. GERSON CONTE - No com a transportadora. Estou falando contrato com a distribuidora. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Com a Lemond. O SR. GERSON CONTE - Com a Lemond e nem com outras distribuidoras que trabalham conosco. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sim. Ento, se um contratado... Ela contrata por frete. Se um caminho desses fizer uma barbaridade, o senhor que responde. Como que no tem contrato? Explica para mim. O SR. GERSON CONTE - Existe um seguro do transporte, porque o caminho no nosso, o caminho de terceiros. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sim. O SR. GERSON CONTE - Mas aonde fica a minha responsabilidade? O SR. DEPUTADO RUBINELLI Total. O produto do senhor. Quem, ento, tem responsabilidade, se no tem um contrato? O SR. GERSON CONTE - Eu acho que o seguro... O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Como que vai ser da Lemond, se no tem nenhum papel dizendo que ele tem contrato com o senhor, que ele trabalha para o senhor? A mercadoria que est em cima do caminho sua, quem responde o senhor. Se houver um acidente, uma morte, qualquer evento, o senhor que responde por isso. O SR. GERSON CONTE - Bom, eu vou at aprofundar nesse assunto, para que eu possa colocar... O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - S para eu entender tambm. O senhor vende em depsito na sua fbrica ou o senhor vende colocado na fronteira? O SR. GERSON CONTE - Eu vendo na minha fbrica. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - A a responsabilidade de quem comprou para transportar. O SR. GERSON CONTE - Tambm acho, Deputado. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Sim, mas veja voc, sequer tem um contrato com a Lemond e com ele em qualquer aspecto. E esse transporte que feito? O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Deputado Rubinelli, volta e meia eu estou interferindo a, s vezes, at atrapalhando o raciocnio de vocs, mas eu estou com uma dvida aqui e precisava sanar. Sr. Gerson, me permite? O SR. GERSON CONTE - Pois no. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Uma caixa de cerveja, qual a carga tributria que incide numa caixa de cerveja? Qual o custo de produo, considerando a matria-prima, a mo-de-obra, enfim, o senhor, como empresrio, tem isso tudo muito bem calculado. O SR. GERSON CONTE - Mais que 50%. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Mais de 50% ... O SR. GERSON CONTE - Da carga tributria. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Da carga tributria. E custo de produo, ou seja, o preo final de uma caixa, ele vai dar quanto de lucro? Qual o lucro que representa a produo de uma caixa de cerveja? Tira a matria-prima, tira o custo operacional de fabricao, energia... O SR. GERSON CONTE - Ela chega a 1,60 de rentabilidade por caixa. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - 60 de... O SR. GERSON CONTE - 1,60. Um real e sessenta centavos. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - Em termos percentuais, quanto que representa? O SR. GERSON CONTE - Representa de 10 a 11%. O SR. DEPUTADO JOSIAS QUINTAL - 10 a 11% o lucro lquido que d a produo de caixa de cerveja. Srs. Deputados, eu pediria que os senhores observassem o detalhe da pergunta. Ele tem uma produo mensal, tem um compromisso de financiamento da ordem de 1 milho e pouco. Ento, que ficasse registrado que os senhores observassem esse ponto a, t? A produo que ele tem, a carga tributria que incide, o custo de fabricao e o que sobra de lucro lquido para cobrir essa dvida. Enfim, s isso para mim. O SR. DEPUTADO RUBINELLI - Eu estou formulando uma pergunta aqui. Ento, eu passo aqui para o Deputado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Pois no, Deputado Jlio Delgado. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Vou fazer uma indagao para o senhor raciocinar comigo, porque, se o senhor ficou surpreso na leitura do jornal, quando saiu que provavelmente o Lobo estaria comprando a fbrica do senhor, o senhor e sua famlia disseram que ficaram sabendo isso pelo Estado de S.Paulo? O SR. GERSON CONTE - Foi. Exato. Est certo. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO Eu tenho certeza que o senhor tambm pensa. A gente verifica sua boa vontade. Estamos sabendo o que estamos fazendo aqui. E, s vezes, a gente fica em dvida e falamos assim: o que ns, Deputados, com uma CPI estamos fazendo para poder tentar esclarecer essa situao para a sociedade? Para a sociedade, porque surgem dvidas e por isso a gente vai esclarecendo, os Deputados perguntam e ns mesmos, a cada momento, temos uma elucidao de alguma coisa. Gostaria de perguntar para o senhor: eu emprestei dinheiro para um amigo todos ns aqui podemos fazer isso , na confiana. No sculo XXI difcil a gente ter contrato no fio do bigode. Tirando a prestao que o senhor paga no BNDES, o resto tudo foi no fio do bigode. um prestgio muito grande que no s a sua famlia e o senhor obteve nas mais diversas reas. Se na primeira vez ele me deu calote. E a de novo ele vem me pedir emprstimo. Eu viro para ele e falo assim: No, mas voc j est me devendo e voc no cumpriu, como que eu vou te emprestar de novo? Mas a vai na confiana e mais uma vez a gente refaz. E isso j aconteceu comigo, deve ter acontecido com o senhor, deve acontecido com muita gente. Mas tem uma hora que a gente aprende e fica aquilo como dbito da vida da gente para trs e a gente tem que... Ento, eu queria que o senhor esclarecesse para ns, porque seno, seno for dessa forma, ns vamos ter que fazer uma outra lgica. O senhor pegou um emprstimo com a Krones. No quitou. Reconheceu uma dvida maior e reparcelou. No quitou, porque tinha dbitos que o senhor vinha na cervejaria. E depois conseguiu o terceiro emprstimo em valores 5 ou 6 vezes maiores do que os anteriores. O SR. GERSON CONTE - O segundo. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - No, porque tinha um de... O senhor fez de 1.800, reconheceu um dbito de 3.184, 3 milhes 184 mil, para dividir em tantas parcelas, e depois disso... O SR. GERSON CONTE - Sim. Correto. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO -... quando o senhor implementou, conseguiu um de mais de 20. O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E a o senhor falou que foi na credibilidade da empresa... O SR. GERSON CONTE - Foi. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO -... foi na qualidade do produto... O SR. GERSON CONTE - Foi. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Ento, ns vamos ter de chamar a Krones aqui, porque eu me disponho, na qualidade do seu produto, na qualidade do seu produto, na credibilidade da sua empresa, ns vamos nos instalar e eu tambm quero ser scio dessa empresa a. Eu tambm quero ser scio. Quero instalar uma l em Minas. L no tem em Minas, ainda. O senhor est indo para o Mato Grosso do Sul e para o Paran. Eu preciso colocar em Minas, porque eu tenho uma produo de gua boa, e o senhor tem credibilidade na Krones, tem refinanciamento, tem todo esse emprstimo e o senhor tem um crdito louco com a Krones e uma credibilidade de um produto de altssima qualidade, para poder entrar em competitividade, da qual nenhum ser racional ou normal no queira fazer parte. Se uma coisa que te assusta normal, no tem problema e consegue um emprstimo. Eu tambm quero fazer parte. Qualquer cidado tem o direito de fazer parte, porque tinha um demonstrativo anterior, do qual o senhor no quitou ou teve dificuldade incrvel. Ela vem injetando 20 vezes a mais do que tinha no primeiro emprstimo... O SR. GERSON CONTE - Correto. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO -... na credibilidade, porque no tinha sido pago. Eu chego para os meus devedores e falo o seguinte: se eu te emprestei uma vez e no pagar at bom, porque tenho certeza de que voc no vai voltar a mim. Eu acho at bom no me pagar, porque vai dar calote uma vez s. E, muito pelo contrrio, com o senhor aconteceu o inverso, vem de novo e consegue 20 vezes a mais do que o primeiro emprstimo, e pela qualidade do produto, por um produto que est restrito a uma regio, que, por coincidncia ou no, porque a que eu quero que o senhor entenda, por coincidncia ou no, o senhor est ampliando a sua ao para o Mato Grosso Sul e para o Paran. A eu quero dizer para o senhor que estou disposto, com a sua credibilidade na Krones... Fala para a Krones l: vamos l fazer uma investigao. A gente tem um manancial de gua substancial para criar uma Cervejaria Conti com essas condies, porque eu tenho certeza de que ela vai apostar na qualidade de seu produto, de novo. O senhor tem que, de alguma forma, nos convencer ou nos esclarecer como que isso acontece sem que no haja uma injeo. E ns s queremos elucidar. Na hora em que isso estiver s claras desta compreenso, eu tenho certeza de que no vai pairar suspeio por ningum que est aqui. O SR. GERSON CONTE - Est certo. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E nem para o senhor. H dvida em tudo que o senhor est dizendo. A CPI, eu gostaria que o senhor soubesse, tem condies e prerrogativas para ir l fora e saber se h algum financiamento externo; a CPI tem condies de apurar as parcelas na Krones; a CPI quer saber se a Krones apostou na credibilidade do seu produto e na confiana do fio de bigode, no sculo XXI, para lhe aportar outro emprstimo. A CPI tem condies de levantar isso tudo, de fazer... Amanh, o Presidente e o Sr. Relator vo pegar um avio e vo na Krones, na Alemanha. Existe algum financiamento externo para a Conti, Casa Conti, Cervejaria Conti no Brasil? Cad o parcelamento? E se no existir, Sr. Gerson? O SR. GERSON CONTE - Mas ele existe aqui no Brasil. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - No, a matriz est l. Eu quero saber se existe no Brasil com essa injeo toda? O SR. GERSON CONTE Existe. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - E a eu tenho certeza que a Krones vai perguntar com qual objetivo, com qual perspectiva que o senhor falou, que foi da ampliao, ela no tem interesse de fazer mais ou de ampliar os seus negcios? Porque eu no conheo a eu quero dizer , em nenhum outro lugar do Brasil, que a Krones tenha tido tanta boa vontade como teve com o senhor. E a eu quero que o senhor pense comigo: todo mundo tem direito a essa oportunidade, a ter tanta sorte como o senhor teve. O SR. GERSON CONTE - Eu concordo com voc. Eu tive essa. Eles acreditaram em mim. Est l. A Krones do Brasil, ela em So Paulo. Eu gostaria que vocs averiguassem tudo isso, porque eu fico numa situao delicada. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Mas tem que ficar, porque essa questo do parcelamento... O senhor fala que tem um parcelamento que comeou um processo h uns 5, 6 meses. Ento, o Deputado, acho que o Julio Semeghini, comeou um processo, disse que o senhor comeou esse processo novo h uns 10 meses e a fica uma confuso de datas, de perodos e os 10 meses, os 5 meses, a gente quer saber a prestao das parcelas que so pagas para a Krones, porque o BNDES uma instituio pblica, e os emprstimos o senhor tem que quitar, porque, e haja vista no qualquer empresrio, e eu disse isso para o senhor l em So Paulo, que consegue ter a sorte de conseguir sem que seja de empresas vtimas de concesso pblica, de processo de privatizao, que tenham conseguido emprstimos no BNDES, j louvvel. Agora, acima disso, conseguir de uma empresa privada do exterior sem que tenha essa garantia, a eu te pergunto: e se isso no tiver, e se no tiver do conhecimento da Krones, como que fica? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Deputado Jlio, eu gostaria de dar continuidade, porque o senhor chega aqui perguntando. Eu no estava na outra vez que o senhor foi falar perante esta CPI em So Paulo, mas o senhor volta aqui hoje, de novo, dizendo: eu no sei por que eu estou aqui, qual a razo. Primeiro, o nome da sua empresa sai no jornal com possvel envolvimento com o Sr. Roberto Eleutrio, que est preso at hoje. Segundo, o senhor nega que tenha tido qualquer relacionamento entre a sua empresa e esse cidado. O SR. GERSON CONTE - Nego. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Mas j confirma que o Sr. Marcelo... O SR. GERSON CONTE - Esteve na empresa. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - ... esteve l. Analisando os documentos que o senhor mandou, que parece que os documentos no esto completos, mas analisando, nenhum documento, Deputado Jlio, est registrado em cartrio, ou seja, na confiana. difcil para todos ns, que no conseguimos um emprstimo pessoal de 5 mil reais sem darmos garantias, salrios, ns que aprovamos a legislao brasileira aqui, difcil. Nenhum cidado brasileiro tem acesso a isso que o senhor teve, de 20 milhes sem contrato, sem nada, e j tendo sido inadimplente em contrato de prestao de servio anteriormente. No ? Ento, para ns, e ns estamos analisando, faltam documentos e ns vamos solicitar mais documentos, mas fica parecendo que o produto j foi pago e no sabem como se chegou a, porque difcil trabalhar com contratos que eles no esto registrados em cartrio e tudo mais. O SR. GERSON CONTE - Mas eles esto registrados. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Pelo que o senhor falou, os dados aqui, o Deputado Relator veio fazer umas contas conosco aqui. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) S um minutinho, Deputada Vanessa, ele est afirmando aqui que esses contratos com a Krones esto registrados em cartrio. s ele nos enviar e ns vamos verificar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN A informao que ns temos que no esto registrados em cartrio de prestao de servio e tudo mais, que no esto registrados em cartrio. Bom, mas fizemos uma conta rpida aqui. Se o senhor vendesse 300 mil caixas de cerveja, o seu lucro mensal no ultrapassaria 500 mil reais. O SR. GERSON CONTE - No, eu coloquei que ns temos... A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Qual o lucro da bebida quente que o senhor tem? O SR. GERSON CONTE - Eu tenho hoje uma rentabilidade que gira em torno de 10 a 15% do meu trabalho coletivo de toda bebida quente e a cerveja. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Como ? 10 a 15% de que? O SR. GERSON CONTE - Eu faturo hoje 11 milhes de reais. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN um milho e pouco de reais que o senhor tem de lucro? O SR. GERSON CONTE - Um milho e pouco. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN - Ento, o senhor usa esse dinheiro todo para pagar essas prestaes? O SR. GERSON CONTE - Exatamente. Todo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Todo para pagar? O SR. GERSON CONTE - Todo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E estando inadimplente ou est em dia com esse pagamento aqui dos 20 milhes? O SR. GERSON CONTE - Deve estar. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E da prestao de servios, o senhor estar em dia do contrato feito? O SR. GERSON CONTE - Estou. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Os documentos que ns analisamos, que a CPI recebeu... O senhor mandou documentos, no mandou? O SR. GERSON CONTE - Mandei todos. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN O senhor est um bocado atrasado, pelo que ns sabemos. E a, onde que fica essa contradio? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI Me perdoe, eu gostaria de fazer mais alguma pergunta aqui para senhor. Primeiro, esses contratos estavam registrados j h algum tempo ou o senhor registrou agora recentemente. O SR. GERSON CONTE - No, j faz tempo. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - No teve nenhum registro? O SR. GERSON CONTE - No. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O contrato que ns vamos receber ter a data do registro, com certeza? O SR. GERSON CONTE - Sim, ter a data do registro. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Outra coisa que eu queria falar com o senhor. Esse contrato maior que o senhor tem com essa empresa Krones, ele comeou a vencer quando? O SR. GERSON CONTE - O maior? O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - O maior. O SR. GERSON CONTE - Uns 2 a 3 meses. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Uns 2 a 3 meses. E o senhor est em dia com essa prestaes? O SR. GERSON CONTE - Estou. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - E o senhor est pagando em banco, pagando direto para eles? O SR. GERSON CONTE - Pagando em banco. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Em banco? O SR. GERSON CONTE - Em banco. O SR. DEPUTADO JULIO SEMEGHINI - Eu quero que seja anexada a cpia que eles mandam junto com o contratos, tambm a cpia de pagamento que foi feita no banco para eu saber a data e o valor, por favor, para ver se h vnculos com o contrato. Muito obrigado. O SR. GERSON CONTE - Eu gostaria s de posicionar. Quando a senhora coloca o contrato, os contratos, para mim, esto todos registrados. Eu no entendi. A senhora est colocando que um contrato no est registrado ou todos? A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Ns temos informaes, o senhor diz que todos esto... O SR. GERSON CONTE - Registrados. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Registrados. Ento, no caberia essa pergunta e ns estamos aqui para lhe fazer pergunta e eu vou, em deferncia a sua pessoa, eu quero dizer que, no mnimo, o contrato de prestao de servios, a anlise feita, no est registrada em cartrio. O SR. GERSON CONTE - Isso a no do meu conhecimento. Agora, que eu entendi a que a senhora estava colocando. Me desculpa. Agora, que eu entendi. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN E o senhor vai ter que, com todos os documentos que o senhor ficou de enviar, completar aquilo que o senhor j mandou, o senhor vai ter que comprovar que est registrado em cartrio, que o senhor est em dia, porque eu repito outra coisa que eu falei, o senhor no est em dia. O senhor aqui afirma que est, com todas as prestaes, todos os contratos e anlise feita por tcnicos aqui da Comisso que o senhor no est em dia com o pagamento, mesmo que o senhor fosse pagar, pelo que o senhor fala, o senhor ficaria sem um centavo para viver durante um ms, que todo o dinheiro estaria comprometido, ou seja, o senhor vai ter que explicar muito bem, porque essa apenas uma parte do trabalho. Ns vamos analisar os documentos do senhor. O SR. GERSON CONTE - Est certo. A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN Certo? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) No havendo mais nenhum outro Deputado que queira inquirir, eu queria ento concluir e s para entender a natureza da operao que foi realizada entre a Krones e a Conti. Foi uma operao de venda do maquinrio, foi uma operao de emprstimo, foi uma operao de leasing, qual a caracterstica da operao na venda do maquinrio, porque, enfim, uma pergunta importante. O SR. GERSON CONTE - Sim, foi feita uma operao de venda. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Quer dizer, as mquinas foram vendidas para o senhor com financiamento? O SR. GERSON CONTE - Com financiamento. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Qual o imposto que foi recolhido nessa operao? O SR. GERSON CONTE - No tenho esse nmero, mas poderia informar. No momento eu no tenho. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - porque o senhor sabe que esta CPI a CPI da Pirataria e da Sonegao Fiscal. Interessa-nos muito a caracterizao das taxas recolhidas quando da venda da Krones para a Conti. Esse contrato importante que nos seja remetido tambm e eu gostaria de saber qual o recolhimento da Conti para a Fazenda estadual e essa sucesso. O senhor poderia me informar? O senhor est falando que o senhor tem um faturamento hoje de 11 milhes de reais. Certo? Ento, o senhor recolhe em torno de 5 milhes por ms Fazenda? O SR. GERSON CONTE - Eu gostaria de poder informar isso, porque eu tenho crdito tambm de produtos que eu recebo que abatem nesse imposto. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) claro. O SR. GERSON CONTE - Mas eu poderia informar isso. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Que da ordem de quanto que o senhor imagina que os seus crditos seriam da ordem de quanto? O senhor compra insumos da ordem de quanto? O SR. GERSON CONTE - Eu devo estar hoje recolhendo mais de 2 milhes, 3 milhes de tributaes entre o Estado e a Unio. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Quer dizer, ento, o senhor recolhe mensalmente entre 2 e 3 milhes mensais? O SR. GERSON CONTE - Mensais O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) As suas guias esto em dia? O senhor est em dia com o ICMS? O SR. GERSON CONTE - Em dia com o ICMS, com o Estado, com a Unio. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) A taxao da cerveja especificamente qual no total? O senhor falou em torno de 50%, mas o senhor poderia ser mais preciso? O SR. GERSON CONTE - Ela tem mais ou menos um valor de percentual quase de 20 a 25% sobre o valor dela, do IPI, PIS e FINSOCIAL. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Vinte a 25%? O SR. GERSON CONTE - No tenho o nmero exato. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Sim, mas a acresce a isso o estadual? O SR. GERSON CONTE - E o federal. O estadual mais 25%, cinqenta e poucos por cento. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Perfeito. Qual o valor ento que o senhor vende uma caixa hoje? O SR. GERSON CONTE - Ns vendemos hoje uma caixa, dentro do Estado de So Paulo, na ordem de 19, 19 e 40 a caixa. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) E para exportao? O SR. GERSON CONTE - Sai a 10 e alguma coisa. No tenho o nmero preciso. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) O seu faturamento na ordem de exportao qual ? O SR. GERSON CONTE - Exato, no tenho. Mas ele deve gerar em torno de 300, mais ou menos, mil reais. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) Est perfeito. Bom, eu gostaria de agradecer a sua presena aqui hoje mais uma vez, manifestando o nosso respeito para com o senhor enquanto cidado, enquanto empresrio e de que todo o nosso procedimento no sentido de que se elucidem dvidas que foram trazidas a esta CPI por uma investigao do Ministrio Pblico, que acabou por flagrar criminosos falando repetidas vezes na sua empresa e no interesse que tinham em fazer negcios com o senhor e, eventualmente, comprar inclusive a sua empresa. Ento, o senhor j deve estar advertido disso, j est consciente disso, mas como o senhor no disse, disse que no sabia, eu estou apenas, em respeito a sua cidadania, ao senhor e ao seu comparecimento aqui, lhe advertindo que isso tudo pode ser inclusive uma enorme m sorte de alguns criminosos terem sido flagrados pelo Ministrio Pblico numa investigao falando repetidas vezes sobre a sua empresa, sobre a possibilidade de fazerem negcio com ela e at o eventual interesse de adquiri-la. Eu queria pedir ao nosso pessoal da assessoria que encaminhasse os demais depoentes aqui hoje para que ns pudssemos encerrar e ns ainda temos que votar aqui alguns requerimentos. O SR. GERSON CONTE - Eu agradeo muito. Obrigado. Desculpa se eu no consegui bastante ser bastante transparente com vocs, mas eu estou aqui para poder colaborar e ser transparente como sempre fui. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Eu basicamente convidei os senhores para retornarem aqui para agradecer a presena de todos, dizer que esta CPI e essas investigaes tm para com todos os senhores grande respeito enquanto cidados, enquanto empresrios e trabalhadores e que cada um de ns, Deputados, est prosseguindo no dever que temos de melhor contribuir para a corporao dos fatos que aqui se tenta apurar. Basicamente isso. Se for necessrio, ns ento solicitaremos novamente a presena dos senhores, a fim de que fique claro a todos, j o fiz com o Dr. Gerson, apenas estamos prosseguindo nas investigaes em funo de que o Ministrio Pblico flagrou vrias conversas entre criminosos, fraudadores da Receita, fraudadores do Fisco e criminosos de vrias aes criminosas falando sobre operaes com a Conti, inclusive no desejo de adquirir a companhia. por essa razo, que esta CPI trabalha na direo dessa investigao. Esperamos, ento, que os senhores possam nos enviar os dados, a fim de que esses fatos sejam devidamente elucidados. Era isso. Agradeo a todos os presentes. Muito obrigado. Encerro esta sesso de audincia pblica, pedindo aos Srs. Deputados que permaneam para que ns possamos ento votar os requerimentos. Agradeo a presena de todos. Tenham uma boa noite. Muito obrigado. Srs. Deputados, requerimento da Deputada Vanessa Grazziotin no sentido de: nos termos regimentais, requer que sejam requisitadas ao Sr. Diretor-Geral da Polcia Federal as informaes que menciona. Em razo do sigilo, os Srs. Deputados que quiserem verificar aqui na Mesa... Estando todos de acordo, ento, aprovado. Requerimento do Deputado Jlio Lopes que requer, nos termos regimentais, que sejam intimados a prestar esclarecimentos nesta CPI as pessoas que menciona: Sr. Laerte Gonalves de Magalhes; Sr. Jos Eudsio Ferreira Lopes, Sr. Roberto Juliani, Sr. Jos Ricardo Gonalves da Silva. Os Deputados que estiverem de acordo... Aprovado. O SR. DEPUTADO JLIO DELGADO - Sr. Presidente, eu acho que foi falta da correo que seria feita, depois de terem sido feitas as correes devidas, que ns aprovssemos a ata da reunio anterior. Tranqilo? O SR. PRESIDENTE (Deputado Jlio Lopes) - Estou de acordo com a sua solicitao, na prxima reunio, aprovaremos a nova ata. Muito obrigado a todos. Uma boa noite e obrigado.  CMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAO FINAL Nome: CPI - Pirataria  CPI - Pirataria Nmero: 2109/03 TRANSCRIO IPSIS VERBIS Data: 26/11/03 PAGE 224  CMARA DOS DEPUTADOS  PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:1 Taq.:Lelaine Rev.:Anna Augusta PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:2 Taq.:Lelaine Rev.:Anna Augusta PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:3 Taq.:Lelaine Rev.:Anna Augusta PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:4 Taq.:Lelaine Rev.:Anna Augusta PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:5 Taq.:Maria Llian Rev.:Anna Augusta PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:6 Taq.:Cludia Almeida Rev.:Anna Augusta PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:7 Taq.:Ana Tokarnia Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:8 Taq.:Ktia Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:9 Taq.:Ktia Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:10 Taq.:Stella Maris Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:11 Taq.:Ana Cristina Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:12 Taq.:Ana Cristina Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '" Grafia no confirmada. PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:13 Taq.:Beatriz Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:14 Taq.:Beatriz Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:15 Taq.:Cludia Mrcia Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:16 Taq.:Cludia Mrcia Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:17 Taq.:Rosane Resende Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:18 Taq.:Rosane Resende Rev.:Irma PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:19 Taq.:Nini Rev.:Rosa Arago PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:20 Taq.:Nini Rev.:Rosa Arago PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:21 Taq.:Herieudes Rev.:Rosa Arago PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:22 Taq.:Herieudes Rev.:Rosa Arago PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:23 Taq.:Clia Maria Rev.:Lia PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:24 Taq.:Clia Maria Rev.:Lia PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:25 Taq.:Marlcia Silva Rev.:Lia PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:26 Taq.:Denise Miranda Rev.:Lia PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:27 Taq.:Denise Miranda Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  PAGE \# "'Pgina: '#' '" No consegui confirmar este nome nem os que vm logo a seguir. PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:28 Taq.:Denise Miranda Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:29 Taq.:Denise Miranda Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '" Sem confirmao da grafia. PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:30 Taq.:Genilda Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:31 Taq.:Genilda Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:32 Taq.:Luciene Motta Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:33 Taq.:Luciene Motta Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:34 Taq.:Luciene Motta Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:35 Taq.:Silvanda Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:36 Taq.:Ftima Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  No consegui conferir essa grafia.Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:37 Taq.:Ftima Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:38 Taq.:Sheila Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:39 Taq.:Lgia Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:40 Taq.:Sherlei Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '" Nomes no confirmados: Ulisses Calamita, Ricardo Coloniesi, Osvair Zani e Borela. PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:41 Taq.:Maria Cristina Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '" Sr. Supervisor, no tive onde confirmar este nome. M Cristina. PAGE \# "'Pgina: '#' '" Idem, nota anterior. PAGE \# "'Pgina: '#' '" Idem. PAGE \# "'Pgina: '#' '" Idem nota anterior. PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:42 Taq.:Jacira Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:43 Taq.:Sheila Maria Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:44 Taq.:Sheila Maria Rev.:Zilfa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  No sei se essa receita se refere ao rgo oficial, Receita, ou se a receita da fbrica, no sentido mais comum do termo. No tive como tirar qualquer concluso. Sheila Maria. PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:45 Taq.:Tereza Augusta Rev.:Wanessa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:46 Taq.:Tereza Augusta Rev.:Wanessa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:47 Taq.:Tereza Augusta Rev.:Wanessa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:48 Taq.:Clia Maria Rev.:Wanessa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:49 Taq.:Eva Rev.:Wanessa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:50 Taq.:Paulo Rev.:Wanessa PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:51 Taq.:Rosria Rev.:Madalena PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:52 Taq.:Hely Ccia Rev.:Madalena PAGE \# "'Pgina: '#' '"  No tenho certeza. PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:53 Taq.:Margarida Rev.:Madalena PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:54 Taq.:Margarida Rev.:Madalena PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:55 Taq.:Marina Hernandes Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:56 Taq.:Helena Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:57 Taq.:Helena Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:58 Taq.:Helena Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:59 Taq.:Carlos Eduardo Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:60 Taq.:Christiane Monteiro Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:61 Taq.:Miriam Rev.:Paulo Domingos PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:62 Taq.:Marlcia Silva Rev.:Paulo Domingos PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:63 Taq.:Llian Rev.:Paulo Domingos PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:64 Taq.:Llian Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:65 Taq.:Llian Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:66 Taq.:Llian Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '"  Sesso:2109/03 Quarto:67 Taq.:Llian Rev.:Eliana PAGE \# "'Pgina: '#' '" Grafia no confirmada. |;>`ab ' H X y  .IXhR#S#)%J%s%%%&&&&'.. 00L0k0556668889[>|>6CJOJQJj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJ 5OJQJ56CJOJQJ5CJOJQJI01VWop"/;$$F <~#$$$F4#$$$ C"& W -W(%r%%&&. 0K0688Z>??>@@I*NkNWZZ"[ \]]]?effWhhrZu;-0SɍZt=]Z+Ζ> AjϙBm,z8Bȝ', աK{Säd;<=>`abP $$$F#$$$$F <~# (Kg& W -W(%r%%&&. 0K0688Z>$dh$$F#$Z>??>@@I*NkNWZZ"[ \]]]?effWhhrZu;-0Sɍ$dh$dh|>?????@O@@@GGII+N[ \\]]]]]^?e`eQfRffff g#hThXhihhhhhhh6i7i_i`immmmnnrr[uluuu|yyyzz?zT{o{rsՃ jCJOJQJ6CJOJQJj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJRՃ<].?ƊΊ1JTeɍڍ;C[tu*>O^|ѓ[z+,Jϖ.?]ӗ +B]kɘЙCam->{›'9JCbj0J<CJOJQJU6CJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJVɍZt=]Z+Ζ> AjϙBm,z$dh$dhz8Bȝ', աK{Sä>y$dh$dhɝ(9Ҟ-KȠɠ աԢKf{6Spä6>[yХ c~̦ͦا ̨ިv x̪.@[hë˫8@] jCJOJQJj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJU>ycިvx̪@h˫@¬|?ht԰3 hִ(L{յ5hɶEyOtƸ_Dʺֻټ"](R _:l[6aecިvx̪@h˫@¬|?h$dh]¬߬|7?Zh7tİ԰# +3P &iŴ״)DMj|ֵ6Qiʶ ;Fcz :PkuǸ4`{j0J<CJOJQJU6CJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJVt԰3 hִ(L{յ5hɶEyO$dh$dhOtƸ_Dʺֻټ"](R _$dh{5Eb˺ 4ƻ׻ڼ#@^yܽ)DSpϾ (`{;Xm =\w 7Rb <=Mhy8j0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY:l[6aLx7c)U $dhaLx7c)U Hc9 b4n$cu IXHf^ Er@wGw5Av7YRxCk@HSe8Sd*EVs %If9d:K .FNcs5Ro %HdqrBv6CJOJQJj0J<CJOJQJU jCJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJR Hc9 b4n$cu I$dh$dh!DJWXf #$2Y| IVWe;gtu_lm{ /FSTbsAdxHkx CJOJQJ5CJOJQJ_XHf^ Er@wGw5$dh6YBew*8EFTZ} AS`aoyDQR`l#Ad&'5Il %Tw5CJOJQJ CJOJQJ_Av7YRxCk@HS$dhS=aHRk)M<b$Os3jZSEuSw 4X)]K8p1U; .aPe>KLZb<IVWeAS`ao)lyz *78FNq(=JKYc%23A CJOJQJ5CJOJQJ_=aHRk)M<b$$dh$Os3jZSEuSw $dh 5P]^ltA4ABPk [hiw,-;TeFVv#Tabpxyzj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY -5BCQYZ[| *+,M^klzLYZh"#19:;\q~2?@NVWXy CJOJQJ5CJOJQJ_ 4X)]K8p1U;$dh$dh"#1<=>_ '/01R:bop~ Q^_m&<IJX .J5CJOJQJ CJOJQJ_ .aP;~I|rl$dh$dh;~I|rl8gF'y 91c^(M,h&gzZ     A m    D v   v   $ x  b,1d'L :A}eJKLm}s3mz{+9:;\huvGHIj(56Dz ( CJOJQJ5CJOJQJ_8gF'y 91c^(M$dh(:;<]234Udqr@_lm{)67ENOPq-:;Iijk&'(Ihuv5CJOJQJ CJOJQJ_,h&gzZ     A m    D v   v $dh$dh{|} [ h i w              + , : B C D e n { |             3 E R S a w x y         ! w            % ' ( I x    j0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJYv   $ x  b,1d'L :A}$dh$dh 13b},G1Ld'BLo (:]7Ad}/JX{:Qt)@c'J *EX{ 6c~*5CJOJQJ CJOJQJ_}/XQ@'*Xc*_$dh/XQ@'*Xc*_%l"Qr uJ   !R!v!!!"=""""4#_####$?$$$$*%%%%&\&&&&K'}'''0(U((()U))*l**)+W+++,0,_,,,,4-W--e*M_z%@l"EQlr (u J e     !4!R!m!v!!!!!!"5"="`"""""" #4#W#_#z######$$6$9$?$b$$$$$$%*%M%%%%%%&6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJ\%l"Qr uJ   !R!v!!!"=""""$dh"4#_####$?$$$$*%%%%&\&&&&K'}'''0(U((()$dh&&?&\&w&&&&&&'K'f'}'''''(0(K(U(x((((())U)x)) **=*l****)+D+W+z+++++,,0,S,_,z,,,,,,-4-O-W-z-----.8.@.c.k......./7/R/a/c/d////%0@0L0j0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY)U))*l**)+W+++,0,_,,,,4-W---.@.k....7/`/a/$dh--.@.k....7/`/a//%0L000)1V1273v33334=4_44 5=5f55*6O6{66667B7l7777+8]888999+:q::: ;w;;b<<<3=== >M>>>7?_???!@@A4AABBBCBCCC-DDDE&FIFFGyG7HuHHHHxIIIJea//%0L000)1V1273v33334=4_44 5=5f55*6O6{66667$dhL0]000000)1F1V1g12273T3v3333333 44,4=4Z4_4q444 5$5=5X5f5555*6E6O6j6{66666667717B7]7l77777778+8F8]8x8888999999:+:F:q:::::: ;$;w;;;;b<}<6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJ\7B7l7777+8]888999+:q::: ;w;;b<<<3=== >M>>$dh}<<<<<3=N===== >$>M>h>>>> ?7?R?_?z?????!@<@@@AA4AOAAAB4BBBBCC9CBC]CCCCC-DHDDDDEEE&FAFIFdFFFGGG!GyGG7HRHuHHHHHHHIxIIIIIIJ"JaJj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY>>7?_???!@@A4AABBBCBCCC-DDDE&FIFFGyG7HuH$dhuHHHHxIIIJaJJJKKLZLL$MOMN.NRO1PyPPPP\QQQ$dh$dhJaJJJKKLZLL$MOMN.NRO1PyPPPP\QQQ.RaRRRR(SSOTTTTSU~UUVV\WWXSX~XYYY#ZLZZZZ\5\d\\\]r]]u^^D_g__0``'aWaab@bbbb"c}ccQdxdddeee`fg-g+iNiklmVm8n]nno_oo1pYppeaJ|JJJJJK,KKKL&LZLvLLL$M@MNMnMoMpMN N-NINJNKNUNVNTOoO1PLPyPPPPPPPQ\QxQQQQR.RIRaR}RRRRRRS(SDSSSOTkTTTTTTTTTSUoU~UUUUVVV W\WwWWWX!XSXoX~XXY8YYY CJOJQJ5CJOJQJ_Q.RaRRRR(SSOTTTTSU~UUVV\WWXSX~XYYY#ZLZZZ$dhYYZ#Z>ZLZhZZZZZZ[\,\5\P\d\\\\\\]4]q]]]]u^^^ _D_`_g____0`K``a'aBaWasaaaaab/b@b[bbbbbbb"c=c}cccdQdmdxddddddeeeeeeee`f{fg$g6CJOJQJj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJVZZ\5\d\\\]r]]u^^D_g__0``'aWaab@bbbb"c}ccQd$dhQdxdddeee`fg-g+iNiklmVm8n]nno_oo1pYppq#rFrs$dh$g-gHg+iGiNiiikkllm/mVmqm8nTn]nxnnno1o_o{ooo1pMpYptpppqq#r?rFrcrsssthtttttt7uTu[uwuuuuvv8vvvvvw#wLwiwwwx8xxxxxxy y&y?y@yyy`zazbzj0J<CJOJQJU jCJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJUpq#rFrsshttt7u[uuuvvvwLwwxxxx ybzz|C|i|||}׀T,O2`8]RφcxԈ*kK jT @Gpސ8kl#WÓ)bInesshttt7u[uuuvvvwLwwxxxx ybzz|C|i|||}$dh$dhbz~zzz|3|D|a|j||||||},}}}؀3Urʁ,GOl܂ 3Pa|ƒ9T^{3SpƆІdyՈ!+Hl/L]Ɋ; 46CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJ\׀T,O2`8]RφcxԈ*k$dh$dhK jT @Gpސ8kl$dhnj (kUp)A`Hcqߐ $9Xlבmϒ$?Xwē*Ic~ ;Jioѕӕԕ"^y 6uۗ j0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJY#WÓ)bInЕ]t W%I$dh$dhЕ]t W%I&J>;^Ϝ۝>3.S֠x¡$wV֥k+V˧Nʨ é/W ['j7m%gîAe<sDZ6г8ee !<Xwژ&AJiə'BKjȚך>]:;V_~ȜМƝ۝5?^۞4S/JTs֠yáޡ%Dxޢģ&ͤ ;CJOJQJ6CJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJYI&J>;^Ϝ۝>3.S֠x¡$w$dh$dhV֥k+V˧Nʨ é/W $dh$dh$dh4Wrťץl,GWv̧NiĨȨ˨!@ĩ0KXw '\{(Gj8Wnح&AhĮ>دA\f=\tȱ7R6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJ\ ['j7m%gîAe<sDZ6г$dh$dh$dhdzѳӳԳ8TePQ9Ok˶ݶ`Ÿ:B^Һƻ<XlҼ"ڽ{ <\{ؿ!Qp(DUt6CJOJQJj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJVг8eOݶ^Bƻ<lҼ{ \$dh$dh$dhOݶ^Bƻ<lҼ{ \Q(U+~5].T6p6Zj~y).2\ <s'[exXe\Q(U+~5].T6p$dh+J~5TIb>]y.JTs06Rp-6RZy &j=~$y)H".Jj0J<CJOJQJU6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJVp6Zj~y).2\ $dh0Q\x *<Xs'F[we5x- Xt+D`l (Nm &EUqg CJOJQJ5CJOJQJ_ <s'[exXDl N$dhDl N&UgKpOF!IhH|-K;^  2;=a{&#lg3Y yYqeN&UgKpOF$dh$dh KgpXYPl1G`2">Jc 0i0Ib}.G-Le<X_x!:6CJOJQJj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJV!IhH|-K;^ $dh$dh: &3L<X>Yb{|'@$=mh4PZs*z ;Zs ,r j0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY 2;=a{&#lg3Y$dh yYqKoQZ  $dh$dhqKoQZ    2  D  b  DxDn[  U={,T mDDrZK  !,!!!!#"X"$L$$$%B%% &|&&Q'u''m(y))*eKgnop 9PQRk4Z v           2 M     D _     b ~     D`wxyD`mno:Z[ CJOJQJ5CJOJQJ_   2  D  b  DxDn[  U$dh$dh[\u  #!AC !:Uq =Xz{|$,GSTUn )nDf j0J<CJOJQJU6CJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJV={,T mDDrZ$dh$dh D`rZs K g     !!,!E!!!!!!!#"<"X"i"$9$L$]$$$$$%+%B%S%%% &&|&&&&Q'm'u''''m(~(y))))*-***I,e,l,},.7...0000x11(29222335CJOJQJ CJOJQJ\K  !,!!!!#"X"$L$$$%B%% &|&&Q'u''m(y))**I,$dh**I,l,..00x1(2234Q5.6G6667CDDFFaGGG)HHHJKK,LPLLMNNQO{OOOPPLQQQQR>>"???bAAABfBCCDE9Ee[l0X~o!!!!!%""""#&#7#v#####$#%4%q%%%%T&}&&&&')':'j''''''O+h++++ ,O,j,,,,,,-@-[---s..../7/{////%0>0^0o0011.1'2B2j0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJYu###"%q%%T&&&('i''O+++O,,,,@--s../{//%0^00$dh$dh01'2o23:3334X4445@5&6667(777U8$9k:;<4<j<<$dh$dhB2o223/3:3K3333344X4s444445/5@5[5&6?666667 7(7A7777 8U8p8$9=9k::;;;; <#<5<N<k<<<<<<<<%=>={>>>>>?#?>>"???bAAABfBCCDE9EEE6FFvHFIqJJJ*KK$dhE1E:ESEEEEE7FQFFFwHHGI`IrJJJJKK+KDKKKKKLMfMMMN+N4NMN{NNNNFP`PQQRRPRiRRRRRRSLSfSSSSSSS#T=TTTTUUUUVV2VNVhVVV6WPWWWVXpXXXXXEY^Yj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJY9EEE6FFvHFIqJJJ*KKKKMMN3NzNNEPQRORRRKSSSS#TTTUUVNVV6WWVXXXDYYVZZ[[[e\\l]c^^^___y`aJbmbucc7djdddghbiiiij:jyjjj!ktkkkWlllmmTnoo@pspp%qTqqqKrr:shseKKKMMN3NzNNEPQRORRRKSSSS#TTTUUVNVV6WWVX$dh$dhVXXXDYYVZZ[[[e\\l]c^^^___y`aJbmbucc7djddd$dh$dh^YYYWZpZZ[[[[[[\f\\\\m]]]^d^~^^^^^_,_____z``aaKbebnbbvccdd8dRdkddddddg hhhci}iiiiiiij.j;jTjzjjjjjk"k;kukkkkkkkkYlrllllj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJYdghbiiiij:jyjjj!ktkkkWlllmmTnoo@pspp%qTqq$dhllmmmmUnonooopApZptpppp&q@qUqnqqqq rLrfrrr;sUsisst/t8tQtutttttuu4uQukuuuuuu vvvvv w:wCw\wnxxxx!y;yQyjyyyyz{+{8{Q{{||1|f||||||}!}0}J}^}w}1~K~ CJOJQJ5CJOJQJ_qqKrr:shst7tttttuPuuuuvvwBwmxx yPyyy{7{{|$dhhst7tttttuPuuuuvvwBwmxx yPyyy{7{{|f|||}/}]}0~~/YЀbKJ;EօO|ʆhڇd8ԊKՌVяWV=~_ѕ'q9>ye|f|||}/}]}0~~/YЀbKJ;E$dh$dhK~~~0IZtр :c|ځLe6Kd̓<U؄ F_Ѕׅ!Pj}ˆ4iڇ܇݇0d8SԊ5Kf,֌j0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJYօO|ʆhڇd8ԊKՌVяW$dh$dh/[^Vuя#WvVq=\~Ó_zє<ѕ'Bqז9T>]yҘ+2Qc~ș˚XsȜ (Ν-Gb̞LgnƟ6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJ\WV=~_ѕ'q9>y2c˚$dhy2c˚X GLnƟ$\P"Ps!ɧ+ ,ĩ'3*tۮ`8vVڳ Hnִ=x&`Eܷ E|$O{Ź*wͺ @weX GLnƟ$\P"Ps!$dh$dh4$Cۡ]wQp̥#BQkt"Aʧ,K $-Lũ׫(G4S+EuĮۮa{9Sw 3Wqj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJY!ɧ+ ,ĩ'3*tۮ`8vV$dh$dhq۳ .IcoǴ״3=`y'Ja{۶4F`Ʒݷ :Eh|۸ $GOi{Ź߹*DwǺͺ &@cw "ETn&j0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJYڳ Hnִ=x&`Eܷ E|$O{$dh$dh{Ź*wͺ @w"T&gͽ SwS$dh"T&gͽ SwScQ:#R1U=>w>yS%du1G)n s7|w2YX{1xCi]e&@gĽͽ CSmwSmֿ)Cc-Qt-;^ !$GSm2L7Vp>a)j0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJYcQ:#R1U=>$dh$dh)>Xx?YzTw&IeVWv2UHk*Mo %t8[ :}w3MZ}+Ys|j0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY>w>yS%du1G)n s7$dh$dh|w2YX{1xCi]%$dh$dh|)2UyD^j :^x&@+E|Pj{=`A[)CpRu>`z/R(?bt1Kj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJY%+{Oz<@(oQ_. >s1jFgm.b}?xN#m(w +wc&:{g2RR82TT20j&ye%+{Oz<@(oQ_. >s$dh$dh1jFgm.b}?xN#m($dh$dhKk Gahjk8n.Qb|2}:?YxNh#Fm (K+w #+Nwc} &I:]{be6CJOJQJj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJVw +wc&:{g2RR82$dheg12LQu9Rq8R2LTs/Ts!0U0Jj&Iy &t  !;Dgl/6CJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJ\2TT20j&y t!Dl$dhy t!Dl/nI-O~UN*w?s% d   Z    . ]     < x   R;aB g:s ]YY|el/nI-O~UN*w$dh/Rn>Id!-GOr~5Ux9Nh!*Mw25=?bs % H d ~    8 Z }       . Q ] w  6CJOJQJj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJV?s% d   Z    . ]     < x   R$dh$dh       5 < _ x     =Rl;UaBe #g :]@s ,]w!Y{%Ys|6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJ\;aB g:s ]Y$dh$dhYY|DqQu Qs11\$dh9Dfq"Qku BQks1T*1T \v:t  * = N i!!!!!!!!#"4"n""""$#>#e#v#### $$$$$%"%%%%&Y&s&&& ':'R'T' CJOJQJ5CJOJQJ]DqQu Qs11\t = i!!!#"n""$#e###$$%%%Y&& 'R'''7((9)p)))Y* +++Y,N---[..///00411+2V223Y33A44(5|55&6"7L7777X88a9z9\:<T==>3>~>!???et = i!!!#"n""$#e###$$%%%Y&& 'R'''7(($dhT'U'd'''''7(Q(((9)S)p))))))Y*s* ++++++Y,j,N-h----.[.l...///'/////000041N111111+2E2V2g2223(3Y3t333A4[444(5C5|5555&676"70J<CJOJQJ6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJj0J<CJOJQJUR(9)p)))Y* +++Y,N---[..///00411+2V223Y33A4$dhA44(5|55&6"7L7777X88a9z9\:<T==>3>~>!????"@@@$dh$dh"7<7L7]7777778X8r888_9a9z99Q:Z:[:\:<$<U=m==>>&>3>Q>~>>!????????@"@@@@@@AAAABB'BBC7COCCCCD'DEDJDbDEEYFqFFFFFG&G-GEG]G{GG HuHHHHHj0J<CJOJQJU6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJV??"@@@AABB7CCC'DJDEYFFFG-G]GGuHHHLIIJ/JJJK0K~KKKILMIMmMM!NYNOqOO2PPPAQQRSTT U6U+VQVVsWW1X>YoYY"ZQZZZ[T[[[[I\\]]%^_<_w___``eaaaabb c,ckccdadefwfe@AABB7CCC'DJDEYFFFG-G]GGuHHHLIIJ/JJJK0K$dh$dhHILIdIIIJJ/JMJJJJJKK0KNK~KKKKKKKKILgLM&MIMgMmMMMN!N9NYNwNO-OqOOOO2PPPPPPQAQYQQQRRS SSTTTTT U%U6UTU+VCVQVoVVVVVsWWWX1XBX>Y]YoY6CJOJQJj0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJV0K~KKKILMIMmMM!NYNOqOO2PPPAQQRSTT U6U+VQVVsW$dhsWW1X>YoYY"ZQZZZ[T[[[[I\\]]%^_<_w___``eaa$dhoYYYY"Z:ZQZoZZZZ[[4[T[r[[[[[[\I\g\\\]5]]]%^C^_._<_Y_w_y_z_____``8```ea}aaaaaabbbbb c#c,cKckccccddaddeef#fwffrggWhohhhhhhiMieij0J<CJOJQJU CJOJQJ5CJOJQJYaaabb c,ckccdadefwfrgWhhhhMi{ij[jjj k:kk)l$dhwfrgWhhhhMi{ij[jjj k:kk)lellRm/nn%oooppKquqstuuwx1yySzuz{{*|T||,}}}~ԁ Al=e:hhRwY@m,c*]`yNӑWkVATeei{iij1j[jzjjjjj k$k:kYkkk)lHlel}lllRmjm/nNnno%oDoooooppppKqcquqqssttuuuvwwwwxx2yKyyzTzmzvzz{5{{|+|D|U|t||}-}L}}}}}~~5Ձ +Bj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY)lellRm/nn%oooppKquqstuuwx1yySzuz{{*|T||,}$dh$dh,}}}~ԁ Al=e:hhRwY@m$dhB[m҂>Nƒf);XiiׇSlxZwʼnA^n‹-Fd+DL\^{8a~ߏ z+Olԑj0J<CJOJQJU6CJOJQJ CJOJQJ5CJOJQJVm,c*]`yNӑWkVA$dh$dh9Xp7l˔$Wo "A^֗Ur=Zp,ȚVn*BWt@X՝*1NО \tơޡPh͢ >hä`~ӥ,6Tɦ CJOJQJ5CJOJQJ_T<oǚU)V?ԝ0~[šOg$dhT<oǚU)V?ԝ0~[šOg_ҥ5ԧCkè]ЩKr*_[|'.l-޲M)ɵܷ)иùQ>AgHe_ҥ5ԧCkè]ЩKr*_[$dh$dhɦէD\lĨܨ^}ѩ9L_s*,-I4`}׬\{Ȯ.}(@/Gmٱ.F߲Nj3Ŵ*Fʵ2зݷj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJY|'.l-޲M)ɵܷ)иùQ$dhݷ*BѸĹܹúRj?P׼Beӽ 6h3IaϿ39\~ Ce}D\e "<_)AIlx CJOJQJ5CJOJQJYQ>AgH8}dCd$dh8}dCd ;(HwWc6f+dC e QJ4\*n`hR:k2&L(5ed ;(HwWc6f+$dhXq>d7Y%&g,De1Df $f %RtKd5M CJOJQJ5CJOJQJj0J<CJOJQJUY+dC e QJ4\*n$dh$dh/]*Mo'a8i 8Sk;]l3U'?Mo )K-6XOg%= Ce - CJOJQJ5CJOJQJ_n`hR:k2&L($dh5N$B }2tE7pX`$dh$dh5N$B }2tE7pX`Wp uN'H|3u"VT*]vJ39`Iw [TyfK!De-~3Uu&Eh7P]opPVX{`4Wyp /uNq'@Hk|3Lu6CJOJQJj0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJVWp uN'H|3u"VT$dh"EVo8Tw*C]v"Jc3V  9R`8Ibw 0[t.Tw yf4K\!2}5CJOJQJ CJOJQJ]T*]vJ39`Iw [T$dhyfK!D&oO$dh$dh}~1DU&7pPh9c{ On$CDE0An    }      #+j{ -6CJOJQJ5CJOJQJ CJOJQJj0J<CJOJQJUV&oObN#/m  |  i ) 2 q\KDf&"E"p#3**+6,,-b--2..5///0Q1~112k2213X3[44l556e6678899<:m::u;;;~<<M=>>eObN#/m  |  i )$dh$dh$dh-4*G $3P/0 "r\t/BKL]&EWf'"9"F"d"q##4*R**+<+7,U,,,- -!-?-c-s---3.E...6/H/////0j0J<CJOJQJU5CJOJQJ CJOJQJ6CJOJQJV) 2 q\KDf&"E"p#3**+6,,-b--$dh$dh-2..5///0Q1~112k2213X3[44l556e6678899<:m::$dh00R1d11111282l2~22223D3Y3x3\4n444m5555616f6666 7(78*8889999=:O:n::: ;v;;;;;;<<<=N=`=>">>>>>z??@@+A=A^A}AAAjBBBBC-C\CnCCCCCC D0DBDWDYD CJOJQJ5CJOJQJ]:u;;;~<<M=>>>y?@*A]AAiBB C[CCCC/DVDD"EEE1FeF$dh>>y?@*A]AAiBB C[CCCC/DVDD"EEE1FeFFGMHHjIIJ^JK"KYKKKLLLMNqNNOOOP&QnQQwRRWSSTn]nnoo;oMo_oppqqrrr s"s4s;sZssss tyttttuu)uHuu v!v'v*vIvsvyvwwwVXYZ &()*cd|~   @AY[\]9: j0JU jU0J_c@9,r[o!RH !o!!"t":RTUV,-EGHIrs')*+[\tvwx2456op!":<=>RSkmno j0JU jU0J_    H I a c d e !!0!2!3!4!o!p!!!!!!!!!!!" "8":";"<"t"u"""""""""""##)#+#,#-#b#c#{#}#~##########$$$$<$=$U$W$X$Y$$$$$$$$$%%%%8%9%Q%S%T%U% j0JU0J jU_t""#b###<$$$8%%%-&&&?'''4((()))$dhU%%%%%%%%%%%%%-&.&F&H&I&J&&&&&&&&&&&&&?'@'X'Z'['\''''''''''(((4(5(M(O(P(Q((((((((((((()) CJOJQJ j0JU0J jUD" 00. A!"n#$%n7V^3;* #.zBUPNG  IHDRS[.:gAMA pHYsBB#5 IDATx|gXSNH!Bz&RA@,eEcC (M#-BB ^.sfΙu v^k{glWcoillB*((|& !O翩Ϲ\rMM DlvKK+++h4I3r6݅L&r\4 éTjUUǏ_Y,VVV֛7oz{{WVV*++ކfO>Ùp8dppJ.//P oV>fH$RQQrQQ@011}򲡡χBt:d~@ܽ{744HXXXMMNx<t͛7t:F{䉗Wcc[/\cǎA(JPutt$BIIIzzz###d2Y__dX,$)""BӇuuuQ(T[[hmmk^^ڿ ynnujkkt" 萒t:͛7l6Fh4www{{̨mmm&`0TUUEEElȈ؇ggg[[[1 9~F_XXD %%%;w޽`XT*5%%YYYsssdqqQ___CC#??@ZZZȼ^QQQYYi_^WVV ?>66vA mm_reee%33… Ç۶mP(%%%^ڵkP( fiiIUU^XX333&&&l og2޽c2SSS&&&>>>7o\ZZ`FFF_ǏH$rdddhhL&}q֭999>lnnNMM522"jjj4MEEEUUݝBaX>hddΩ UUUmmmdee߽{WYYieeb޿222`0Ǐ {{{pŋ ѣGSQQYZZ&ɱBBB!%%ebbD"1**iaaѣG_8NHHɩ^RRȨHOOOLL222666O>|ڵk㵴LM꼼 ʮt:NܻwٳP(T[[;55իW޽{⢅EcccZZڣGȭ,,,z{{EDDZZZ Hwwݻnݺkܬo߾dϟ?XYY7 SUU舍f0(jqqqddiiD"uvvXYYUWWGFFz%%!__߿ yqqq{~ס!AAAE]ZZzY!!!KKqoߎP($fŗi4ڞ={H$ҶmۤQ(1D:tPLLvvv,Ύfq8Ų?>(طoinn2LF x< ZXX޾}{... ;v숉YYYvZxx8񩩩ׯwppCP0lnnȼ}v޽GP KKK8.<<\GGN[[[+++?}ŋUUURRRAAA_sYZZVUUiii555=~J~}jjJNNn˖-|>Ç\.ĉAAAw&HׯINN}=g0***bbbAAA_B\.WBBbqqqff&..N\\/))vzzZZZ ՕX, U___WW5===??\OO Dccr777`0LMM ޽{gffVXXp^~]SS}}}UUU'N8wѣGŷo5==mllF#8BX,WW#G_r%::tiii֭:::$izz痗KJJ>|x||<===!!AJJ#!!aiiippPNN.""@+-,,\]]edd4mrr2<<<,++;88899inn~->}vYY;vܸq(**."2`߹sGAARRR::::::X,VSSszzL&777 Hለ۷o744:tHUU/#QPP(..z* C%H$|X,VPPPXXJ>|833@X,B"DDDH$ͱcLMM300k׮p[[[AA>[oaa_JJJQQhjjꊋ/,, uttxxx?~\JJ!Bᵵh4ɓ'%%%۷oߴiٖ-[ſ={9k.!!)ooo ٳ---,2::J$ggg.gffիW555N`0"""ຳ0<< B!ӧ1̕+W`0Xdd؟EN$߿bgzzӧOO>}G|}}}EDDVmll,--=t萛-((tvv Ϟ=[^^%%%cbbdddZZZ+))a0ZZZ ,p"Ñx\.whhJ.,,hk׮x޽{...hii믿޸qnnnY^^nkk;xO>|`6m{ȑW^@mmm1˗hSSS;v}7 544J&kkk W̄ o߾'Ndddjjj:tHPP022D"---] E))7opرr''' x;v x1pR'Ohiix\WWgooBBBBʦ---gggϝ;'%%}Xanll444qXݻwONN XXX_@TVVNMM@" LE222JJJ%%%BBB>*+++,,577_?~>a777{!p}m9B %%%366faaA&LLLT͛._-##PRRrڵV%ɝ...uuu`KJJjhh988SUUU11Yeeys(*,, "i&cjj JKKq8L__VSS>\IIx$dݏ?9{]TUU UUUO8!**`tϟEEEGFF h4mee%߯jkkZIOOѣGA:D"***#]__877-==ٳϟhžW^utt؈᜝UUU%%%`2o߾޺uwn߾s1==D"[ZZ"##uuu ?}tRR ̌g@IDAT WEEtjj;w:;;8ϟ)޽{}}}SSSͪ=܋/H$Np¶m۸\.@(--upp`0CCCaaa޽Vzz c0ׯ# GRpܜұcݻWQQ :^JR H$Lи~!x uss@ 222,H$)~I$ܜCaa!Ǔ}mddd``wAAQ(ԍ7t KKKZ]QGGGw؁D"߾}ljD}.\ϟݷo ۷oguuul6[CCu׮]X,V\\jnnnӦM?sOlll@'GGAWWbFGG߽{urrrll }v׮]"""np BSSS߾}~0*pXs@pppppp`XǏ 11󝝝֭SVV xBBBށQQQϞ= vuu5 񚟟GgOLLtuu ۳X'O[ŋL&3999!!aƍ"Jnݺ[QQ1??d2m}% QQQ=AIݻSZZӧ5ktwwoaaa֭[\\Xmjj]ZZ ;gϞR>ee厎 6>>$$DJJ5--m||<&&&..G.--A 999eee]\\\Ҕ޽sNХ722P(]?Ϲ\nUUUooO:E Z[[X,H69::0 kkkۻwݻwDzzz`0UUU---X,vii > x<^@@~[nxڿ+(wbrrr?JwwwkkTgg'"HXe8v8ya%--r-v>ttth9B ͙L&\\\Eo`0SSSKKK|>?%%b]p `3DEEO>]SS`0iii{A<ёSNA ;;;D"6g9[ZZ=*##J ggg;::X }ȓcc|.M$TjPPPOOOWWWLLαcġCLMM9"$$d``-&&644rmmmO:511166{nw rtuuuuuTUU:;;lmm޽+--^x^zu]722r&$$*##3>>ϡPAXXӧjkk @<)))"""uuu[l{4; |n[[[vvB{{O?tip`ٶ/_Bߜmmm)dUUUaa_\\L%Q`0H$0s~aaa$N۟BchhܼnݺbKK˱N'))YZZ*!!RRR244$""255555cbbRZZ 2"##@ƛ7oN>pn޼`0vwwoڴB(T߿?++z*$y:fmm LD"QMM̬dUUU0-++@=f͚ 444444::ƦJ޽FP(&bGGGEDD@_pÆ l6[WWx?aaa+++\077WSS_QVVΗ/_0𰡡ׯWaU4.{Ν۷o͚5Ʊ'Nmkk+..~UiiwY,r___:~ܹowvv&%%]z|R^^ٳOu\!,,ݽj7nZ|}ر_ _~AYYtfffNN9߿˖-''''qԩ5k/,,j Vѣߕh05ёD"{zzӧOkiiPVVK///SSSww2Қ9rz¤---kkkAuTN'"""݆M^^111׽_~% \zu~~LJb|ykkk pBBB¶nݺnݺϟ׻Nή.*JR|/\X7n\YY~UUUgg zzzΝ;Π ~()):t;77w``buww_rlmmUVV޾}jSi4>8kV/effr0$(..8>>355lrdddbb"XܡCԤܹ311177gss@EEEgggMM͈}}}++H555P //ᡯuVuuuyyyooogg稨(|CBB|ݻ@ 󾾾|>pp0 @CCcdd 33؝;wZZZyWWWpA"O<0}}}QQQ6lBP~~~L& yxx@ (ӧQQєWZZ uuu?~*,,|p`ذ_t޽{ RRR׮]H$ DGGoذ!$$HTT4''9۷o5\__-66ҥKׯ_{ٶmؘ ñڽ{;>|pʕhjj666jiiݼysddDNNN__(v#GwUUU)))n:q+UTTnٲAZZ://p8PK* Zϟ?ŋ/_ ܸqc~~GQQdÆ   677Yӧ+++.,,={L&oڴ̙ͭ3`6͛7EEElllBCCPSS`Ş IHHwӦMorrrpNNNꩩL&>22 봲wރn߾d۶m`Q:///99kd۷oCCC㣣reeƍCBB222TTT o߾ݝXWW'!!t:L"x|II Fc0`Z訽}NNTxx،Z---ooo]]ݾWnٲۻ  y ;w_vkJNN?;;y۷oĮ_~̙##ooСTP(TxxÇmmm|>Dbsss}}}ˊP( BIIIVUUX,6d2š|"""b``0??DPRWW) ǧ_tWOOϢqcc㙙/_%&& 6߿GG[nihhgϞpb; %''gee`0ddd'&&fff܎;(//rdb\\\rr-[{xxHIIa0 IIܹs֭vcqqq>>>`FMԩS foٲ 3 ;;>455Y $ĉNNNl6ǏL&B9999;;[[[kkk޽{WNN i+**:99ݺuf744\~2//CNNرcՕ-<#ٳgEEE?^YYAP–meeUZZzm+++"zm7::ro޼V[[khh~Ryyy޾ ֦hh4zppPBB"==oppJ 6mJHHp{wppA3(}?s\?y潱ٳg PǏꔔbcc;;;׬Yب}v8k!!u֥Ԁ_qww ⹹՚]]]999 s۶mp8\MM/_tqq! ^^^O<),,\\\W\166>q℥mן怬u||<ۼy3a2'N"߼ys[[@PEz;w eVVV999$"''GDDdaaappPZZz֭H$RSSsƍEEE&w .]sN>  HBB‘#G+nZyfffMM˗ VVV@յ5%%ettXdy{{{{{aiii@@@aa(-innFPXKKKXX t1@ <ٳg4mͷoy? uvv޲e 8|pLLLDDƍ1N/...((,--UWWMsss :&0444== illӨ]\\&&&|֭[utt>|077WTT$--}U|̧O!}G ZHlmme$22GWp7oހwZZZYYY򋽽}BB¥K?p@(:p911ӣlbb dcx<~hhhff&<< O0J2***@?޽{766z&1>?:JIENDB` [(@(NormalmHnHD@DTtulo 1$$d@&5CJOJQJ6A@6Fonte parg. padro6Z@6 Texto simplesOJQJF@F Cabealho$d C" CJOJQJ@ @@Rodap$d C" CJOJQJ8'@!8Ref. de comentrioCJL@2LTexto de comentrio $dOJQJJB@BJCorpo de texto $d5CJOJQJXC@RXRecuo de corpo de texto d CJOJQJ0)@a0Nmero de pginaP_5827P_4170P_5863P_4163P_4090P_4162P_5328P_6282P_6186P_6261P_5201P_4182P_5907P_4173Cmara dos DeputadosR1CnRQbqrȜ <' c+C]`vӑӯX/FPP f}uuf#78Ng܃ҽ VjT#-Z6Gy[s,}/ )Y@Zu8%P<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBRA<'l00FBRA<'l00FBRA<'l00FBRA<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBP<'l00FBMSOffice0FBP<'l00FBP<'l00FMSOffice0FCMSOffice0FCP<'l00FMSOffice0FCMSOffice0FCMSOffice0FCMSOffice0FCMSOffice0FCMSOffice0FCP<'l00FCMSOffice0F CP<'l00F CP<'l00F CP<'l00F CP<'l00F CP<'l00FP<'l00FCP<'l00FP<'l00FP<'l00FP<'l00FP<'l00FCP<'l00FCP<'l00FCP<'l0 0FP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCMSOffice 0FCP<'l0 0FMSOffice 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0FCP<'l0 0F CP<'l0 0F!CCD<'l00F"CCD<'l00F#CCD<'l00F$CP<'l0 0F%CP<'l0 0F&CP<'l0 0F'CP<'l0 0F(CP<'l0 0F)CUT ]F nfb bX | ( ` S M / } ;mc60&WXEOTAux%h|>Ճ]{8 J( *&L0}<aJY$gbz :[ 3`R\opQy:[B2E^YlK~q&)|Ke/ T'"7HoYeiBɦݷ-}-0YDVgy"UZ^:U%)(./258;=?BEFHKMOQTW[]acfilortxz~  !#')-.013; Z>ɍzO $ v }")a/7>uHQZQdsI г\p N I,JTZb'v~ȉü+!1u#0<KVXdq|W!{>%2lY(A4@0KsWa)l,}mQd+nTO)-:eFR ^iw^ڧN;ct"))+,-014679<>@CDGILNPRUVXZ\^_bdehjkmpqsuwy{}    "%&(*,/2aS-Jpq*^ h~9Ehsyy?wfT5>2hTc)*3:AJSY`gnv|$+!UpTo &]xFa ;n,f+b} &b}Xs  ; | ( C ` {  S n  M h / J } 4;Vm*c~6Q0K&AWrXsE`Oj To A\x!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!t   ,b$ #.zBU7$h@ 0(  B S  ?(  (H0 (B    C rAZC:\Arquivos de programas\SITAQ II\Brasao.bmp(B    C rAZC:\Arquivos de programas\SITAQ II\Brasao.bmp%I5k"u5k"uG BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBCCCCCCCCC C C C C CCCCCCCCCCCCCCCCCCC C!C"C#C$C%C&C'C(C)CP1CiRKbqpŜ 8% a+C][vёѯP/FPf{u\#78NgڃhR#Q6Gw[s*,)W@Zu6   !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFR1CnRQbqrȜ <' c+C]`vӑӯX/FP f}uf#78Ng܃jT#Z6Gy[s,/ )Y@Zu8   e q  %P_4372b\\secpi_13\publico\SERVIO DE CPI'S\CPI - PIRATARIA (Silvio Souza)\NotasTaquigrficas\NT261103.rtfP_43721\\srv_intra_01\comissoes$\cpi\PIRATA_NT261103.docTi48~ ))OJQJo(Ti4@8V%P@GzTimes New Roman5Symbol3& zArial?5 zCourier New"0404a !0A.DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISO E REDAOP_4094P_4372Oh+'0 $0 L X dpx/DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISO E REDAO0EPAP_4094M_40_40NORMALMP_4372M243Microsoft Word 8.0U@F#@p=@p=a՜.+,D՜.+,p, hp  Cmara dos Deputadosp A1 /DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISO E REDAO Ttulo(RZ _PID_GUID _PID_HLINKSAN{BAEC713A-FC55-4DA1-829A-FB117B253D7A}A$ P%-C:\Arquivos de programas\SITAQ II\Brasao.bmpP%-C:\Arquivos de programas\SITAQ II\Brasao.bmp  !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefghijklmnopqrstuvwxyz{|}~      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefghijklmnopqrstuvwxyz{|}~      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefghijklmnopqrstuvwxyz{|}~      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefghijklmnopqrstuvwxyz{|}~      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefghijklmnopqrstuvwxyz{|}~      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefghijklmnopqrstuvwxyz{|}~      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefghijklmnopqrstuvwxyz{|}~      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOQRSTUVWXYZ[\]^_`abcdefhijklmnpqrstuvRoot Entry Fl^`"1TableP^,WordDocumentSummaryInformation(gDocumentSummaryInformation8oCompObjoObjectPool`"`"  FDocumento do Microsoft Word MSWordDocWord.Document.89q