ÐÏࡱá>þÿ 7vxþÿÿÿefghijklmnopqrstu{|}~€‚ƒ„…†‡ˆ‰Š‹Œ`µ¶ËLÍPQRSTábãdåfçiÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿì¥Á€ø¿Gú bjbj€Î€ÎÅXâ¤â¤Ö¹ X%ó"ÿÿÿÿÿÿ·¤¤ò²¤|t't't'tÿÿÿÿè'è'è'È°(,Ü+<è'ÈR;F^J"€J€J–J£~ ¯‘4ã—Ç’Ç’Ç’Ç’Ç’Ç’Ç$cË¢ÎÀ¶Çt'Ò¶[wH£~Ò¶Ò¶¶Ç  €J–JÅ,ËǬ+¬+¬+Ò¶zA €Jt'–JǬ+ҶǬ+¬+¶¤¶` "%RLÇ–Jÿÿÿÿà–ù"3+Ëè'LøFÄ\|ÇáÇ0È`ÅìÅÎ’¼ÅθLÇÅÎt'LÇ0ÿšˆ‡¡ª¬+1¦¼í©å ÿšÿšÿš¶Ç¶ÇN+^ÿšÿšÿšÈÒ¶Ò¶Ò¶Ò¶ÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÅÎÿšÿšÿšÿšÿšÿšÿšÿšÿš¤ ¸: Educare para Jovens Valores para cabeça, coração e mão Índice  TOC \o "1-2" \h \z  HYPERLINK \l "_Toc69819122" Índice  PAGEREF _Toc69819122 \h 3  HYPERLINK \l "_Toc69819123" Prefácio à edição original  PAGEREF _Toc69819123 \h 5  HYPERLINK \l "_Toc69819124" Prefácio à Edição Brasileira  PAGEREF _Toc69819124 \h 8  HYPERLINK \l "_Toc69819125" Breve histórico  PAGEREF _Toc69819125 \h 8  HYPERLINK \l "_Toc69819126" Sobre a versão em português  PAGEREF _Toc69819126 \h 8  HYPERLINK \l "_Toc69819127" Quem deve aplicar o Educare para Jovens  PAGEREF _Toc69819127 \h 8  HYPERLINK \l "_Toc69819128" Quem é o responsável pelo PEJ no Centro Sai  PAGEREF _Toc69819128 \h 8  HYPERLINK \l "_Toc69819129" O público alvo  PAGEREF _Toc69819129 \h 9  HYPERLINK \l "_Toc69819130" Como iniciar  PAGEREF _Toc69819130 \h 9  HYPERLINK \l "_Toc69819131" O PEJ fora da Organização Sai  PAGEREF _Toc69819131 \h 9  HYPERLINK \l "_Toc69819132" Futuras versões do Manual  PAGEREF _Toc69819132 \h 10  HYPERLINK \l "_Toc69819133" Introdução  PAGEREF _Toc69819133 \h 11  HYPERLINK \l "_Toc69819134" Por quê o Programa Educare para Jovens?  PAGEREF _Toc69819134 \h 11  HYPERLINK \l "_Toc69819135" Perfil de um Adolescente Moderno  PAGEREF _Toc69819135 \h 14  HYPERLINK \l "_Toc69819136" Universalidade dos Problemas da Juventude  PAGEREF _Toc69819136 \h 15  HYPERLINK \l "_Toc69819137" Paradigma da Continuidade  PAGEREF _Toc69819137 \h 19  HYPERLINK \l "_Toc69819138" O Facilitador do Educare para Jovens  PAGEREF _Toc69819138 \h 22  HYPERLINK \l "_Toc69819139" Perfil de um Facilitador  PAGEREF _Toc69819139 \h 22  HYPERLINK \l "_Toc69819140" Desafios do Facilitador  PAGEREF _Toc69819140 \h 24  HYPERLINK \l "_Toc69819141" Ferramentas de apoio  PAGEREF _Toc69819141 \h 27  HYPERLINK \l "_Toc69819142" Facilitação  PAGEREF _Toc69819142 \h 34  HYPERLINK \l "_Toc69819143" A Arte da Facilitação e sua Importância  PAGEREF _Toc69819143 \h 34  HYPERLINK \l "_Toc69819144" Interrogatório  PAGEREF _Toc69819144 \h 35  HYPERLINK \l "_Toc69819145" Estilos de Facilitação  PAGEREF _Toc69819145 \h 37  HYPERLINK \l "_Toc69819146" Estratégia para a Facilitação  PAGEREF _Toc69819146 \h 37  HYPERLINK \l "_Toc69819147" Missão do Facilitador  PAGEREF _Toc69819147 \h 38  HYPERLINK \l "_Toc69819148" Dinâmicas da Mente  PAGEREF _Toc69819148 \h 39  HYPERLINK \l "_Toc69819149" Objetivos:  PAGEREF _Toc69819149 \h 39  HYPERLINK \l "_Toc69819151" O poder da mente Humana  PAGEREF _Toc69819151 \h 40  HYPERLINK \l "_Toc69819152" Visualização  PAGEREF _Toc69819152 \h 41  HYPERLINK \l "_Toc69819153" Princípios da Visualização Efetiva  PAGEREF _Toc69819153 \h 41  HYPERLINK \l "_Toc69819154" Material de Apoio – Poemas e Citações Inspiradoras  PAGEREF _Toc69819154 \h 61  HYPERLINK \l "_Toc69819155" Contato com a Consciência  PAGEREF _Toc69819155 \h 64  HYPERLINK \l "_Toc69819156" Objetivos  PAGEREF _Toc69819156 \h 64  HYPERLINK \l "_Toc69819157" Introdução  PAGEREF _Toc69819157 \h 64  HYPERLINK \l "_Toc69819158" Oração  PAGEREF _Toc69819158 \h 64  HYPERLINK \l "_Toc69819159" Mantra  PAGEREF _Toc69819159 \h 66  HYPERLINK \l "_Toc69819160" CIC – Consciência Integrada Constante  PAGEREF _Toc69819160 \h 71  HYPERLINK \l "_Toc69819161" Comprovações científicas  PAGEREF _Toc69819161 \h 73  HYPERLINK \l "_Toc69819162" Relatos de experiências  PAGEREF _Toc69819162 \h 78  HYPERLINK \l "_Toc69819163" Pensamentos que elevam  PAGEREF _Toc69819163 \h 83  HYPERLINK \l "_Toc69819164" Citações e poemas inspiradores  PAGEREF _Toc69819164 \h 86  HYPERLINK \l "_Toc69819165" Metodologias  PAGEREF _Toc69819165 \h 92  HYPERLINK \l "_Toc69819166" Música e Criatividade  PAGEREF _Toc69819166 \h 101  HYPERLINK \l "_Toc69819167" Notas para a Versão Brasileira  PAGEREF _Toc69819167 \h 102  HYPERLINK \l "_Toc69819168" Objetivo  PAGEREF _Toc69819168 \h 102  HYPERLINK \l "_Toc69819169" Escolha das Músicas  PAGEREF _Toc69819169 \h 102  HYPERLINK \l "_Toc69819170" Metodologia  PAGEREF _Toc69819170 \h 103  HYPERLINK \l "_Toc69819171" Orientações Adicionais  PAGEREF _Toc69819171 \h 104  HYPERLINK \l "_Toc69819172" Seleção de Canções  PAGEREF _Toc69819172 \h 122  HYPERLINK \l "_Toc69819173" Efeito da Música Sobre a Mente Humana  PAGEREF _Toc69819173 \h 122  HYPERLINK \l "_Toc69819174" Categorias das Músicas Selecionadas  PAGEREF _Toc69819174 \h 123  HYPERLINK \l "_Toc69819175" Índice das Músicas Selecionadas  PAGEREF _Toc69819175 \h 123  HYPERLINK \l "_Toc69819176" Lista de Músicas Selecionadas  PAGEREF _Toc69819176 \h 125  HYPERLINK \l "_Toc69819177" Modelação do Caráter  PAGEREF _Toc69819177 \h 140  HYPERLINK \l "_Toc69819178" Objetivos  PAGEREF _Toc69819178 \h 140  HYPERLINK \l "_Toc69819179" Introdução  PAGEREF _Toc69819179 \h 140  HYPERLINK \l "_Toc69819180" Material de Referência e Instrumentos Úteis  PAGEREF _Toc69819180 \h 141  HYPERLINK \l "_Toc69819181" Histórias Selecionadas  PAGEREF _Toc69819181 \h 153  HYPERLINK \l "_Toc69819182" Jogos para a vida  PAGEREF _Toc69819182 \h 193  HYPERLINK \l "_Toc69819183" Introdução  PAGEREF _Toc69819183 \h 194  HYPERLINK \l "_Toc69819184" Níveis de aprendizado  PAGEREF _Toc69819184 \h 195  HYPERLINK \l "_Toc69819185" Jogos  PAGEREF _Toc69819185 \h 196  HYPERLINK \l "_Toc69819186" Propósitos dos Jogos  PAGEREF _Toc69819186 \h 197  HYPERLINK \l "_Toc69819187" Armadilhas a serem evitadas  PAGEREF _Toc69819187 \h 197  HYPERLINK \l "_Toc69819188" Preparação para o Jogo  PAGEREF _Toc69819188 \h 198  HYPERLINK \l "_Toc69819189" Projetando Jogos/Aumentando o Repertório de Jogos  PAGEREF _Toc69819189 \h 198  HYPERLINK \l "_Toc69819190" Preparação do Material para os Jogos  PAGEREF _Toc69819190 \h 198  HYPERLINK \l "_Toc69819191" Estabelecendo um ambiente animador  PAGEREF _Toc69819191 \h 199  HYPERLINK \l "_Toc69819192" Participação  PAGEREF _Toc69819192 \h 199  HYPERLINK \l "_Toc69819193" Introdução ao Jogo  PAGEREF _Toc69819193 \h 199  HYPERLINK \l "_Toc69819194" Conclusão  PAGEREF _Toc69819194 \h 199  HYPERLINK \l "_Toc69819195" Jogos Quebra-Gelo  PAGEREF _Toc69819195 \h 201  HYPERLINK \l "_Toc69819196" 1. Encontrando um Novo Amigo  PAGEREF _Toc69819196 \h 201  HYPERLINK \l "_Toc69819197" 2. Aprendendo o Seu Nome  PAGEREF _Toc69819197 \h 202  HYPERLINK \l "_Toc69819198" 3. Identificando a Cultura do Grupo  PAGEREF _Toc69819198 \h 203  HYPERLINK \l "_Toc69819199" Jogos Experimentais (Aprendizado através da Experiência)  PAGEREF _Toc69819199 \h 204  HYPERLINK \l "_Toc69819200" 1. A Teia de Aranha Humana  PAGEREF _Toc69819200 \h 204  HYPERLINK \l "_Toc69819201" 2. O Labirinto Burocrático  PAGEREF _Toc69819201 \h 205  HYPERLINK \l "_Toc69819202" 3. Construção de uma Ponte  PAGEREF _Toc69819202 \h 208  HYPERLINK \l "_Toc69819203" 4. Jogo da Sobrevivência  PAGEREF _Toc69819203 \h 210  HYPERLINK \l "_Toc69819204" 5. A Perda da Confiança  PAGEREF _Toc69819204 \h 219  HYPERLINK \l "_Toc69819205" 6. Relacionamentos interpessoais – Compreensão das Perspectivas  PAGEREF _Toc69819205 \h 221  HYPERLINK \l "_Toc69819206" Jogos Experimentais Rápidos  PAGEREF _Toc69819206 \h 225  HYPERLINK \l "_Toc69819207" 1. Jogo do Bambolê – A Perseverança  PAGEREF _Toc69819207 \h 225  HYPERLINK \l "_Toc69819208" 2. Cruzando a Linha com Criatividade  PAGEREF _Toc69819208 \h 226  HYPERLINK \l "_Toc69819209" 3. O Experimento da Corrente  PAGEREF _Toc69819209 \h 227  HYPERLINK \l "_Toc69819210" 4. O Exercício da Mão no Queixo  PAGEREF _Toc69819210 \h 229  HYPERLINK \l "_Toc69819211" Desenvolvimento Pessoal (com base em habilidades)  PAGEREF _Toc69819211 \h 230  HYPERLINK \l "_Toc69819212" 1. Gerenciamento do Tempo  PAGEREF _Toc69819212 \h 230  HYPERLINK \l "_Toc69819213" 2. Falar em Público  PAGEREF _Toc69819213 \h 232  HYPERLINK \l "_Toc69819214" 3. Debates  PAGEREF _Toc69819214 \h 234  HYPERLINK \l "_Toc69819215" 4. Oficina de Teatro  PAGEREF _Toc69819215 \h 235  HYPERLINK \l "_Toc69819216" Energizadores  PAGEREF _Toc69819216 \h 236  HYPERLINK \l "_Toc69819217" 1. Yoga  PAGEREF _Toc69819217 \h 236  HYPERLINK \l "_Toc69819218" 2. Aeróbica Verbal  PAGEREF _Toc69819218 \h 239  HYPERLINK \l "_Toc69819219" 3. Zip ou Bong  PAGEREF _Toc69819219 \h 241  HYPERLINK \l "_Toc69819220" Bing Bang Bong  PAGEREF _Toc69819220 \h 242  HYPERLINK \l "_Toc69819221" Exemplos de Planejamento de Sessões  PAGEREF _Toc69819221 \h 243  HYPERLINK \l "_Toc69819222" Sessão de um dia: “O Amor é Compreensão”  PAGEREF _Toc69819222 \h 243  HYPERLINK \l "_Toc69819223" Sessão completa: “Ver para crer”  PAGEREF _Toc69819223 \h 246  HYPERLINK \l "_Toc69819224" Apêndices  PAGEREF _Toc69819224 \h 250  HYPERLINK \l "_Toc69819225" 1. Explodir com Energia  PAGEREF _Toc69819225 \h 250  HYPERLINK \l "_Toc69819226" 2. Quanto Custa?  PAGEREF _Toc69819226 \h 251  HYPERLINK \l "_Toc69819227" 3. Estudos de Casos  PAGEREF _Toc69819227 \h 252  HYPERLINK \l "_Toc69819228" 4. História sobre Percepção  PAGEREF _Toc69819228 \h 255  HYPERLINK \l "_Toc69819229" 5. Histórias Ilustradas  PAGEREF _Toc69819229 \h 257  Prefácio à edição original Um epitáfio de Amor A quem originou o Programa SAI para adolescentes na Malásia Este Programa de Adolescentes está dedicado à memória de Shanti Jagadeesan, quem está registrada como a devota pioneira de Bhagavan Baba que começou a primeira classe de adolescentes em uma base formal semanalmente para jovens de idades entre 16 e 21 anos; isto é, aqueles que haviam terminado Bal Vikas (e inclusive os que nunca tinham assistido a Bal Vikas) e que eram muito jovens ou não sentiam que se ajustavam às categorias dos jovens, adultos jovens e adultos. Shanti aceitou o desafio porque observou que esses “adolescentes”, a maioria dos quais eram ainda estudantes, a menos que sentissem a mão amorosa de uma guia confiável, poderiam se desencaminhar ou serem desencaminhados por outros em direção a problemas, dores ou pesares. Ela começou a turma com 2 ou 3 jovens e esforçou-se para fazer deste um programa excitante e isto, por sua vez, atraiu a outros até que suas turmas eram de mais de 20 adolescentes por vez. Seu desafio não consistiu somente no fato de que as aulas fossem semanais, mas sim em que não tinha modelo algum no qual basear suas aulas, nem resumo, nem guia humana alguma – apenas a divina inspiração de Bhagavan Baba e um crescente corpo de adolescentes e adultos jovens que foram atraídos ao dinâmico e inspirador trabalho levado a cabo pelos Centros SAI em Kuala Lumpur. Shanti era uma dona de casa, sem Educação Universitária (só até o Ensino Médio), mas sua inteligência inata e sua necessidade de fazer algo produtivo fizeram que ela lesse muito e profundamente, todas as fontes que pudessem ser usadas como um instrumento educacional dinâmico para os jovens. Minha casa encheu-se de livros de gerenciamento, livros de sociologia, padrões de comportamento humano, etc., somados a toda a literatura SAI. Eu era o economista na família, mas nenhum dos livros de Gerenciamento e Sociologia eram meus. Todos eram de Shanti, em sua vontade de encontrar novos materiais e novos métodos de ensino de adolescentes – para criar uma excitante mistura de Educação em Valores com o contexto do meio ambiente do adolescente moderno. O que se apresenta aqui é um livro que passou por muitas revisões para levá-lo o mais próximo possível da perfeição, como um oferecimento a Deus. Ele também não é um livro teórico, já que cada lição deste livro foi testada por Shanti em suas próprias aulas de Adolescentes, e posteriormente tomado por outros em outras classes de adolescentes na Malásia. Se podemos julgar de algum modo o valor deste esforço para os adolescentes (inicialmente um esforço solitário de uma dedicada trabalhadora SAI) é nos adultos jovens que vemos ao nosso redor hoje em dia – os que estiveram nas turmas para adolescentes originais de Shanti. Todos eles estão agora em Universidades ou formaram-se e converteram-se em uma fonte de orgulho para si mesmos, para seus pais e para a Organização Sai. Quase todos agora são parte da dinâmica força SAI em Kuala Lumpur. Shanti terminou seus deveres na terra em 25 de Novembro de 1996, mas entre suas tarefas interminadas estava a publicação do manual de Adolescentes SAI – o conteúdo já tinha sido completado por ela, mas os toques finais, a edição, etc., estavam ainda por ser terminados... os anjos vieram cedo demais e ela se foi. Hoje, quando os pais vêm a mim e, com lágrimas em seus olhos dizem “Devo a Shanti o que meu filho é hoje”, meus olhos se embaciam com lágrimas, porque ela não sobreviveu o suficiente para entregar o livro completo a Bhagavan Baba e a Sri Indulal Shah, o Vice-Presidente Mundial da Organização Seva Sathya Sai, a quem respeitava grandemente. Agora este livro está terminado. Está designado como um modelo para qualquer um que queira usá-lo para o benefício dos Adolescentes. É uma oferta ao futuro de uma alma que já partiu, que vivendo sua vida, encheu as vidas de outros com significado e alegria. Mas, além das palavras deste livro, Eu ofereço um conselho aos futuros professores do Programa de Adolescentes. Mais do que o conteúdo e a metodologia de ensino, Shanti converteu-se ao mesmo tempo em mãe, irmã, tia, amiga, confidente, conselheira, etc. para os adolescentes e jovens. Eles a amaram carinhosamente, já que ela foi capaz de conectar-se com sua vibração, seus desejos e aspirações. Ela se converteu na caixa de ressonância, no divã do psiquiatra, o reflexo de algo Divino com o qual os jovens queriam falar mas não podiam ver – e isto significou numerosas horas de sacrifício ao telefone e dedicadas ao assessoramento pessoal para encontrar as necessidades desses jovens. Este é o desafio do Guru e especialmente do Guru de Adolescentes – cujos filhos estão agora mesmo no limiar de entrar em um “perigoso” mundo instável com todas suas tentações e atrativos. Se o Guru prevalece em amor, o lótus florescerá em beleza. Com SAI como nosso guia – só podemos ter êxito – se dedicamos tudo o que fazemos a Seus pés de Lótus. Estou anexando abaixo um prefácio que eu havia escrito e dado a Shanti para este manual, respondendo a seu pedido, antes de seu falecimento – Estou deixando-o aqui porque sei que ela o teria desejado assim!!! O prefácio está expresso como uma carta para todos os jovens. “Queridos Jovens – Amados meus, Nem todos os lótus florescem (ao mesmo tempo) quando são agraciados pelos raios do sol da manhã. Cada um florescerá a seu próprio tempo, e logo experimentará a pura alegria e contentamento do sol, do vento e da chuva – no lodo – contudo, sem ser afetado. Cada jovem, cada indivíduo no mundo é um lótus com o potencial de florescer completamente – mas para a imensa maioria, as pétalas estão dobradas e as que se encontram no centro experimentam apenas a escuridão. No entanto, o botão do lótus também sente a carícia do sol em suas pétalas mais externas e sabe que algo grandioso se aproxima. Contudo, está impossibilitado de abrir seu coração e experimentar o Amor, o Sorriso de uma limpa, saudável e dinâmica vida...!!” Todos vocês também têm o potencial de converter-se em esplêndidos lótus. Os raios da Graça de Bhagavan Baba estão ajudando a enfocar esses raios mais fortemente sobre vocês – mas apenas vocês podem permitir que o lótus floresça com absoluta glória. Se vocês querem ser um lótus no jardim de Deus, dando fragrância a todos, experimentando amor altruísta, contentamento e alegria em vocês, dirigidos a vossos pais e à sociedade, trata-se de uma decisão que vocês mesmos devem tomar (a alternativa é, assim como o lótus sem abrir, ficar com a fragrância, alegria, amor e encanto, egoisticamente para vocês – e isto é a escuridão). Converter-se num lótus, ser um lótus, inspirar a outros com vosso exemplo, querer florescer em amor e sorriso não é fácil. Pureza de pensamento, palavra e ação é o caminho, mas muitas distrações, tentações e prazeres temporários que possam causar dor a longo prazo podem ser o obstáculo que o impeça, como as doces canções das sereias que tentaram atrair a Ulisses à destruição entre as rochas enquanto navegava os oceanos procurando seu destino. Ulisses tapou seus ouvidos e os da tripulação com algodão e argila; nós mesmos podemos tapar nossos ouvidos e mentes, cantando doces canções a Deus, mantras, através do amor e do serviço. Que Bhagavan Baba abençoe a todos nós enquanto navegamos neste grande Oceano da Vida procurando nosso destino! Com amor em Sai, Jega Jagadeesan (facilitador mundial do Programa de Jovens) PS: Desejo registrar meu agradecimento ao Irmão Dr. Suresh Govind e à minha esposa, Shanti Jagadeesan pelo esforço pioneiro de cimentar a criação deste programa para Adolescentes não como um documento teórico e sim como o que se ofereceu depois de 2 anos de implementação real em um contexto de sala de aula. Todos os outros Adultos Jovens que ajudaram nesta tarefa, como o Irmão Vasu, a Irmã Kunaveni e a Irmã Lalita, merecem um buquê de agradecimento por um trabalho bem feito. Minha gratidão a 3 Educadores – o Irmão e a Irmã Jegatheva e Dr. Santhiram pela valiosa guia e estímulo oferecidos a Shanti para converter isto numa realidade. “Acima de tudo, sejam conscientes de que as crianças são tesouros preciosos; vossa é a grande tarefa de conduzi-las a ser devotas servidoras de Deus e sinceras buscadoras do caminho espiritual.” Sathya Sai Baba Prefácio à Edição Brasileira Breve histórico Como já foi visto no prefácio à edição original, o Programa para Adolescentes (Teen Youth Program) foi criado na Malásia com base na experiência prática de alguns devotos que desenvolveram um trabalho voltado aos jovens adolescentes da Organização Sai daquele país. No Brasil, ao invés de fazer uma tradução literal do nome original em inglês, resolvemos adotar “Programa Educare para Jovens” – PEJ como nome oficial desse programa. Isso foi feito porque constatamos que o termo “adolescente” em nossa sociedade geralmente traz uma conotação de dificuldade e de problemas. Adolescente para muitos é sinônimo de aborrecente, e caracteriza aquela “fase chata e complicada da juventude...”. Além disso, os próprios adolescentes não se sentem muito à vontade de serem rotulados dessa forma. Então, para que o público alvo desse programa se sinta mais à vontade com ele, resolvemos adotar o nome “Educare para Jovens”, que enfatiza o profundo objetivo do trabalho, ou seja, de favorecer o florescimento dos valores humanos intrínsecos aos jovens... é o Educare aplicado aos jovens. No VII Encontro Latino Americano de jovens Sai, ocorrido na Bolívia em março de 2002, esse programa foi lançado oficialmente para toda a organização Sai da América Latina. Nesse evento, foi distribuída para os responsáveis pelo PJSS de cada país uma versão do manual em Espanhol. A partir de então, ficou sob a responsabilidade do Programa de Jovens Sathya Sai de cada país da América Latina difundir e implementar o Programa Educare para Jovens. O PJSS do Conselho Central da Organização Sai do Brasil reuniu alguns jovens que se empenharam na tradução e adaptação do manual original em Inglês para o português. Sobre a versão em português A edição que aqui está é a primeira versão do Manual do PEJ em Português e, basicamente, compreende o conteúdo original em Inglês com algumas pequenas modificações, com destaque para as adaptações à cultura brasileira (ex: informações sobre os problemas com a juventude no Brasil adicionadas ao tópico “Universalidade dos Problemas com a Juventude”) Quem deve aplicar o Educare para Jovens No prefácio à edição original, encontramos termos como “facilitador”, “guru”, “professor”, etc. para referir-se à pessoa responsável pela aplicação das atividades do PEJ junto aos jovens. Na versão em português, escolhemos o nome “facilitador” para designá-la. E quem é esse “facilitador”? Basicamente, é um jovem da segunda faixa etária do Programa de Jovens Sathya Sai: 22 a 35 anos. Nada impede, no entanto, que tenhamos um facilitador mais jovem, ou mesmo além da faixa etária acima, desde que ele (ou ela) consiga desenvolver empatia suficiente com os jovens e tenha disposição, boa vontade e energia suficiente para aplicar o programa. É muito importante que todos aqueles que desejem assumir o papel de “facilitador”, façam uma auto-avaliação sincera com base no “Perfil do Facilitador”, descrito neste Manual. Quem é o responsável pelo PEJ no Centro Sai Onde existir um Programa de Jovens, o Responsável pelo Programa de Jovens Sathya Sai (PJSS) deverá coordenar a aplicação do Programa Educare para Jovens (PEJ) no seu Centro ou Grupo. Na ausência do PJSS, entretanto, nada impede que outro dirigente assuma esta tarefa, como, por exemplo, o coordenador de Devoção ou de Educação. O público alvo A primeira faixa etária do PJSS – 16 a 21 anos – é o público alvo do PEJ por excelência, mas os responsáveis devem estar abertos à possibilidade de admitirem jovens abaixo da faixa prevista. A “adolescência” é um período bastante indefinido, e muitos jovens já entraram nela aos 12 ou 13 anos. Vale lembrar que temos sob a coordenação da área de Educação em nossa Organização o programa Educação Espiritual Sai (EES) - antigo Bal Vikas – que prevê uma terceira faixa etária (13 a 15 anos) chamada de Grupo 3. Onde esse programa esteja sendo aplicado, sugerimos que o instrutor seja um jovem do PJSS, pois assim, a ponte entre os adolescentes que terminam a EES e o PJSS será facilitada. As atividades desse manual podem beneficiar esse trabalho com o Grupo 3 da EES e a participação dos jovens do PJ na EES vai facilitar esse intercâmbio de atividades e experiências com a Área de Educação. Como iniciar Haverá sempre o caso isolado daquele jovem que, lendo o manual, se sinta inspirado a colocá-lo em prática imediatamente, e sua tentativa seja um sucesso! Entretanto, pela dedicação que o trabalho requer, recomendamos que seja feito por uma equipe de jovens da 2ª faixa etária. Sugerimos a seguinte seqüência de trabalho: Leitura e discussão em grupo da parte introdutória do manual. Escolha de atividades para aplicação dentro do próprio grupo, com os participantes alternando-se no papel de facilitador. Identificação de um grupo de jovens interessados em participar, dentro do Centro/Grupo Sai. Montagem de uma programação periódica com eles. Assim como normalmente temos um horário semanal de atividades do PJSS, teríamos também um outro horário específico para esse trabalho com os adolescentes. Os facilitadores deverão alternar-se na aplicação de atividades com os adolescentes para desenvolverem suas habilidades, e deverão reunir-se periodicamente para avaliar o desenvolvimento do trabalho. Uma atividade importante a ser desenvolvida pela equipe é a pesquisa de novas atividades, e sua experimentação dentro do “grupo de controle” formado pelos próprios facilitadores antes das mesmas serem aplicadas com os adolescentes. O PEJ fora da Organização Sai A leitura deste manual deixa claro que o programa foi projetado para ser aplicado dentro da Organização Sathya Sai. Entretanto, é uma ferramenta importante para servir à sociedade como um todo, sendo aplicado em escolas, por exemplo. Várias atividades do Manual poderão ser aplicadas a qualquer grupo de jovens, ao passo que outras serão bastante inadequadas ou precisarão de adaptação. Fica a cargo do Centro ou Grupo a avaliação desta possibilidade, mas é importante destacar que a equipe deverá estar bastante segura e estruturada para garantir a eficácia e a continuidade do serviço prestado. A experiência em nossa própria organização mostra que os jovens que nela participam, naturalmente desenvolvem o espírito de serviço e, invariavelmente, vão se lançar a algum projeto de serviço junto à sociedade. Várias iniciativas dos jovens que participam do programa de jovens evidenciam esse movimento natural. O projeto Informatizando com Amor é um exemplo típico. Sendo assim, fica claro que nosso empenho deve ser grande “dentro de casa”, ou seja, voltado para o desenvolvimento dos jovens que estão dentro da organização, pois estes naturalmente vão se tornar esses líderes exemplares, de coração puro e um forte caráter, que é o desejo de Swami. Futuras versões do Manual Todos aqueles que irão colocar em prática o programa para adolescentes são parte de um trabalho contínuo de melhoria desse manual. Hoje, o seu conteúdo é praticamente o mesmo da edição original, mas, à medida que o programa for sendo implementado aqui no Brasil, vamos poder enriquecer o manual com novas experiências, dinâmicas e informações, e criar novas versões. Convidamos àqueles que se lançarem à tarefa aqui proposta a compartilhar suas experiências, críticas e sugestões encaminhando-as ao PJSS do Conselho Central através das vias normais de comunicação da Organização Sai. Introdução Por quê o Programa Educare para Jovens? O programa Educare para Jovens teve seu desenvolvimento inicial na Malásia no ano de 1988, sob o nome de Programa de Adolescentes Sathya Sai. Tornou-se aparente que existia uma lacuna no processo de desenvolvimento dos jovens, uma vez que a Educação Espiritual Sai (Bal Vikas) e a EVHSS só atendiam às necessidades das crianças até a idade de 15/16 anos. A ala de Jovens, por outro lado, tinha um programa em andamento para jovens que tivessem entre 20 e 21 anos e até mais. Isso deixou uma lacuna aberta para os jovens de idades entre 15/16 e 19/20 anos que não tinham um programa apropriado às suas necessidades para o desenvolvimento do caráter em sua totalidade. Foi então que se tomou consciência de que existia uma necessidade extrema de criar um módulo sustentável para este grupo especial de jovens os quais tinham surgido dos programas de Educação Espiritual Sai (Bal Vikas) e EVHSS. Tornou-se até mais crítico, já que as necessidades e demandas deste grupo eram diferentes, e também para que não ficassem em uma situação na qual tivessem como única opção arranjar-se por conta, sem guia alguma durante esses jovens e turbulentos anos de transição em suas vidas. Existem três tipos de jovens que tipicamente caem nesta categoria: Aqueles que passaram pelos 7 anos completos de Educação Espiritual Sai (Bal Vikas) ou do programa EVHSS. Aqueles que completaram partes da Educação Espiritual Sai (Bal Vikas) ou do programa EVHSS. Os recém-chegados, de idades entre 15 e 21 anos, que não tinham sido previamente expostos à Educação Espiritual Sai (Bal Vikas) ou ao programa EVHSS. (Há um número crescente de jovens participando nas atividades da Organização Sai – de 16 anos ou mais – sem contato algum com a ESS e a EVH. Eles tinham se unido ao movimento por seus pais, pelo amor aos cânticos devocionais e a Sai, e/ou eram atraídos pelas dinâmicas atividades dos jovens conduzidas pelos jovens adultos Sai – de 22 a 35 anos de idade). As primeiras tentativas de colocar em prática um programa para jovens na Malásia, seguindo o bem estabelecido módulo de aula ESS/EVH, foram consideradas ineficientes para manter o interesse e o entusiasmo dos mesmos, e também não foi proporcionado apoio para suas necessidades especiais. Assim, evoluindo a partir das lições aprendidas de EES e EVH e do conhecimento extraído por mais de uma década de programas dinâmicos para o desenvolvimento para jovens e atividades relacionadas ao centro Sai, foi sendo desenvolvido um Programa para Adolescentes na Malásia. A Comunidade Sai Mundial ouviu falar pela primeira vez sobre Programa para Adolescentes durante a primeira Conferência Mundial para Jovens (WYC) que ocorreu em Prashanthi em 1997. Foi nesse momento que a universalidade dos problemas enfrentados pelos jovens foi reconhecida! A solução foi a introdução de programas especiais para jovens. Depois da aprovação da Conferência Mundial de Jovens, um Programa de Treinamento iniciante foi realizado na Tailândia, no Instituto Sri Sathya Sai, em agosto de 1998. É de fazer-se notar que os participantes tinham vindo à Tailândia para o primeiro programa de treinamento oficial em EVHSS, que duraria vários meses. Os organizadores deram boas-vindas a uma apresentação de jovens durante uma sessão de fim de semana! Isto foi muito bem recebido e convenceu os criadores do Programa para Adolescentes de que estavam no caminho certo. Em dezembro de 1998, outra sessão de Treinamento no Programa para Adolescentes foi realizada na Malásia, desta vez com participantes da Malásia, Singapura, Indonésia, Filipinas e Nova Zelândia. O Programa começou a evoluir ainda mais! Em novembro de 2000, na oficina para jovens realizada paralelamente à Conferência Mundial da Organização Sai, o assunto dos adolescentes foi amplamente reconhecido como uma necessidade entre todas as Nações! Uma das resoluções da Conferência Mundial de novembro de 2000 – com relação aos jovens – diz o seguinte: Diz Bhagavan: “Apenas os jovens podem transformar os jovens”. Com isto em mente, os jovens podem dirigir qualquer atividade que seja apropriada a outros jovens e a suas famílias. Algumas atividades possíveis para conseguir isto são: ... para enfrentar a questão do alto índice de jovens que deixam a Organização Sai, principalmente os adolescentes que terminam o SEE/Balvikas, será apresentado a Organização Sai em 2001 um Programa para Adolescentes.” Algumas diferenças entre as crianças na faixa etária de EES/Bal Vikas e os adolescentes (16-21 anos) Para compreender a complexa mente do adolescente moderno, foi realizado um estudo para destacar as grandes diferenças entre as crianças de EES/EVH e os adolescentes. Tomando como critério o chamado de Bhagavan para 3VH (valores para a cabeça, coração e mãos), temos algumas diferenças básicas muito notáveis. É importante estudar estas diferenças para compreender por que a imperiosa necessidade de um programa que seja extremamente dinâmico para manter a atenção dos jovens. Diferenças Básicas entre Crianças e Adolescentes CRIANÇASADOLESCENTES 1. escutam as instruções dadas (respeito incondicional aos mais velhos)1. escutam, mas possivelmente não seguirão (questionam-se: por que devo fazê-lo?)2. geralmente aceitam2. lutam para não se conformar3. menos influenciados pelo meio3. são mais facilmente influenciáveis (pressão dos colegas) 4. geralmente respeitam os pais e maiores4. tendem a tratar os pais e os mais velhos como iguais, também rebeldes à cultura e à tradição5. ambiente escolar mais relaxado5. maior pressão sobre o desempenho escolar6. atentos6. atenção seletiva (dirigida ao que lhes interessa)7. menos distraídos7. mais distraídos8. pode-se ensiná-los a se concentrarem8. sonhadores acordados9. dispostos a tentar9. difíceis de convencer10. menos problemáticos quanto à sexualidade.10. mais problemáticos, pois estão em pleno desenvolvimento emocional, descobrindo sua própria sexualidade.11. menos rebeldes11. mais rebeldes: questionam e desafiam tudo12. gostam dos trabalhos manuais, desenhos, etc.12. idade de experimentação: são mais exigentes quanto ao que querem ou não fazer; são menos voltados a agradar seus pais e professores, e mais voltados para seus amigos13. satisfeitos com a atenção recebida em casa (TV, vídeo, jogos e saídas com os pais)13. atraídos por filmes, boates, música moderna e dança e menos inclinados às saídas com os pais. Interessam-se mais em sair com os amigos e namorados/as. Perfil de um Adolescente Moderno   EMBED PBrush  Universalidade dos Problemas da Juventude A realidade da modernização é o declínio nos valores. No despertar do surgimento do novo milênio, os problemas dos adolescentes mostram-se grandes, difíceis de enfrentar e muito complexos para lidar. O mundo progride com a benção da ciência moderna, e o homem - com várias e maravilhosas invenções e descobertas - providencia inimagináveis confortos, nunca antes vistos na história da civilização humana. Diante disso, é de fato um paradoxo, que o jovem de hoje permaneça confuso e incapaz de se apaziguar com a rápida mudança de tendências e desafios. Estes jovens estão respondendo à modernização com padrões de comportamento negativos que criam ondas de choque ao redor do mundo. Estes padrões negativos incluem suicídio, gravidez na adolescência, delitos sexuais, alcoolismo na adolescência, abuso de drogas, tiroteios de gangues de adolescentes, enfim, a lista é interminável. Os tópicos seguintes mostram alguns trechos tirados de vários estudos autênticos que foram realizados com relação a esses problemas da juventude. Alguns dos modelos mencionados anteriormente incluem estatísticas muito assustadoras e preocupantes. Suicídio * Foi realizado um estudo para comparar índices de suicídio entre jovens australianos de idades entre os 15-24 anos no período desde 1964 até 1993, em áreas metropolitanas e rurais (Dudley et al, 1998, Medical Journal of Australia, julho 1998, 20;169 (2): 77/80). Também se destacavam diversas formas de cometer suicídio, por exemplo, com armas de fogo, por escape de gás dos automóveis e enforcamentos. Os resultados mostraram que o índice de suicídio dos homens aumentou substancialmente nos últimos 30 anos em toda a Austrália, enquanto que o das mulheres não aumentou. Os índices de suicídio por exposição ao gás do cano de escape dos carros foram altos também na Austrália Ocidental, e por armas de fogo na Tasmânia e em Queens Land. * É interessante notar que durante os anos 90, Aotearoa/Nova Zelândia experimentou um alarmante aumento no suicídio dos jovens nas populações Maoris (povo indígena da Nova Zelândia, N.da T.) e não Maoris. Uma investigação do Fundo para as Crianças das Nações Unidas (UNICEF, 1996) em 32 países coloca a população masculina de Nova Zelândia em terceiro lugar em conduta suicida com resultados fatais, e a população feminina como a oitava, com o maior número de casos na faixa entre 15 e 24 anos. * Dos que efetivaram o suicídio, 74% apresentavam desordens mentais. A tentativa suicida foi expressa previamente por 48%, mas poucos (24%) tinham recebido tratamento, apesar dos serviços de saúde bem desenvolvidos. Uma história de desordens disfuncionais (17%) e abuso de substâncias (10%) foi encontrada com menos freqüência que em estudos prévios, mas o hábito de beber e sair de festejo pode contribuir ao maior índice de suicídio entre os adolescentes (Groholt et al, Suicídio – conduta de ameaça à Vida. 1997 Outono; 27 (3): 250-63)). Delitos Sexuais * Um estudo sobre abuso, uso de violência e uso de drogas na escola entre jovens do sexo masculino que interatuam em sua conduta sexual com parceiros do mesmo sexo foi realizada por Du-Rant et al (J. Pediatr.1998 Jul;133 (1):113-8). Os jovens do sexo masculino sexualmente ativos (N=3886), nas séries desde 8ª à 12ª (no Brasil, são equivalentes à 8ª série do ensino fundamental e ao 1º, 2º e 3º anos do ensino médio), foram investigados através do estudo de Risco de Conduta dos Jovens de Vermont. Os resultados mostraram que um total de 8,7% dos jovens do sexo masculino haviam tido um ou mais parceiros sexuais masculinos. O álcool, a maconha e o tabaco sem fumaça eram usados na escola. Muitos jovens não freqüentavam a escola por temor, tinham sido ameaçados ou feridos com uma arma na escola, e o porte de armas na escola respondia por 15,8% da variação no número de parceiros sexuais masculinos (p<0,0001). Sexo e Diversos Abusos * Em outro estudo, também muito interessante, a conduta suicida e o abuso sexual/físico entre 775 jovens da rua, com idades entre 12 e 19 anos (Molnar et al, Abuso e Negligência de Crianças, 1998, Mar; 22 (3): 213-22), revelaram que 48% dos adolescentes do sexo feminino e 27% do sexo masculino haviam tentado suicidar-se. A média de tentativas de suicídio foi 6,2 (DP=12,9) para as moças e 5,1 (DP=7,6) para os rapazes. * No mesmo estudo entre moças, 70% relataram abuso sexual e 35% abuso físico. Entre os adolescentes do sexo masculino, 24% informaram abuso sexual e 35% abuso físico. O abuso físico e sexual antes de abandonar o lar foram prognósticos independentes das tentativas de suicídio para adolescentes do sexo feminino e masculino. * As crianças de rua na África do Sul, com idades entre 11 e 17 anos, viram-se envolvidas em estupro, prostituição, sexo casual, descarga sexual e relações românticas sexuais (Soc Sci. Med 957-66). * Também houve um acentuado aumento em infecções de HIV nos Estados Unidos, Europa e África, devido à conduta sexual de alto risco entre os jovens. * 210 adolescentes aos quais foi perguntado sobre a gravidez entre adolescentes disseram que a falta de conhecimento sexual foi a principal causa (Curaciones, 1995 (Agosto) 18 (3) 48-52). Divórcio * O aumento no número de suicídios poderia ser atribuído ao aumento do número de casos de divórcios? Gould et al (1998, J. Am. Acad. Child. Adolesc. Psychiatry. 1998 Feb; 37 (2): 155-62) demonstrou em circunstâncias controladas, um estudo de autópsias psicológicas de 120 entre 170 suicídios consecutivos de jovens com menos de 20 anos e 147 pessoas-controle da mesma faixa etária, de sexo e grupo racial semelhante, vivendo na área da grande Nova Iorque. Verificou-se que 58 vítimas de suicídio e 49 controles da mesma faixa etária vinham de famílias de origem não-intacta, indicando a separação permanente/divórcio dos pais biológicos. Homicídio * A partir de 1979, o suicídio e o homicídio têm se alternado como segunda e terceira causas de morte entre os jovens Índios Americanos e os Nativos de Alaska (IA/NSA). * 4.500 casos de estudantes do último ano da escola de ensino médio abandonam as aulas na Califórnia e Oregon. Mais da metade tinha se engajado em violência. Os jovens violentos geralmente sofriam problemas de saúde mental, uso de drogas, e 4 a 21% apresentavam violência co-existindo com outros problemas (Perfis de jovens violentos – Asm. J. Public Health). * Abuso de armas de fogo e tiroteios de bandos também se tornaram uma preocupação maior para muitas escolas nos Estados Unidos nos últimos anos. Abuso de Substâncias Tóxicas * De acordo com o periódico Archives Pediatr. Adolesc. Med. 1995, os seguintes tinham experimentado álcool: 67% da oitava série do ensino fundamental, 81% da décima série (correspondente ao segundo ano do ensino médio no Brasil), 87% dos alunos do último ano do ensino médio. Mais da metade destes estudantes tomavam pelo menos 5 doses em uma só rodada. * Também foi feito um estudo consistente, oferecido como prova de que o uso de drogas era maior entre os estudantes que usavam o tabaco (25%) do que entre os que não o faziam (1,5%). Houve estudos que indicaram haver um número crescente de estudantes no ensino médio que consideravam o tabaco como um “hábito legal”. A Escola de Saúde Pública de Harvard apresentou as seguintes descobertas e recomendações: Descoberta: “A violência está causando crescentes grandes perdas entre os indivíduos por todo o país. A violência deve ser erradicada pela disciplina, e não pela força da lei”. Recomendação: “Prevenir a violência exige não apenas compromisso a longo prazo, mas também um conjunto compreensivo de estratégias e novas sociedades”. Alguns dados sobre o Brasil Como vamos aplicar o programa em nosso país, é importante também que tenhamos uma idéia da magnitude dos problemas aqui no Brasil. Segue abaixo algumas informações que foram todas obtidas em pesquisas na Internet. Violência * Técnicos do Ministério da Justiça no Brasil estimam que os presos entre 18 e 25 anos (jovens) são cerca de 60% da população carcerária no Brasil. * Em 1996, mais de cinco mil adolescentes foram assassinados, o que é uma mortandade só comparável com as que se registram em conflitos armados. No Brasil, as taxas de mortalidade entre homens de 15 a 24 anos são quase 50% maiores que as dos Estados Unidos e 100% maiores que as registradas no Canadá, na França ou na Itália. As taxas de mortalidade por homicídio, nessa faixa etária, cresceram em 130% no período entre 1980 e 1995. Nas regiões Sudeste e Centro Oeste, os índices saltam para 150% e 180%, respectivamente. * Nada menos que 29,5% de todas as mortes juvenis no ano 2.000 foram causadas por armas de fogo. Suicídio * Analisando o gráfico abaixo1 – número de suicídios por idade – percebemos claramente que os casos de suicídio são muito mais numerosos entre os jovens.  EMBED Excel.Chart.8 \s  * Em todo o mundo, o suicídio está entre as três maiores causas de morte na juventude. A cada cinco minutos, um jovem (homem ou mulher) acaba com a própria vida. Anualmente, pelo menos 100 mil adolescentes cometem suicídio 2. Drogas * “A média de consumo de cocaína no mundo não chega a 3%. É um número que se obtém por amostra domiciliar, mais ampla. Entre os universitários do Rio, segundo os dados de uma pesquisa que o Nepad fez há quatro anos, esse índice chega a 12%! A situação está feia, não há controle. Tenho um paciente, que ainda não completou 15 anos, filho único de um casal de classe média alta. Ele faz tráfico de drogas e armas no apartamento da família.” (depoimento da psiquiatra Maria Thereza de Aquino, que dirige o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) da UERJ) * Nos últimos três anos, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, facilitador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), notou mudanças de padrão importantes — e assustadoras — entre os jovens usuários de drogas: a mistura de diferentes entorpecentes (maconha, cocaína, ecstasy, lança-perfume), o crescente uso de álcool associado a essa mistura e algum tipo de envolvimento com o tráfico. — Algum tipo de tráfico já é quase normal entre os jovens. O relacionamento esporádico com o traficante deixou de ser a regra. Eles se cotizam, compram quantidades maiores de droga, dividem entre si e vendem o excedente — afirma o psiquiatra 4. Conclusão Devemos notar que esses problemas enfrentados pelos jovens no mundo ocorrem não apenas em nações desenvolvidas, mas também nas que se encontram em vias de desenvolvimento. É claro que os graus e severidade dos problemas diferem de nação para nação; no entanto, é importante compreender que esses problemas não são particulares de uma nação, eles ocorrem no mundo todo. Não é difícil perceber que todos esses problemas são apenas sintomas de uma única doença que toda humanidade enfrenta: a crise de valores. O homem se tornou muito egoísta e materialista e não manifesta os valores humanos próprios de sua natureza. Ao invés disso, ele age com o único propósito de obter benefícios somente para si, não importando se suas atitudes fazem mal à sociedade. Esse egoísmo é um afastamento de sua realidade Divina inata e é a causa de todo o sofrimento da humanidade. Um viciado em drogas de classe média ou alta não tem consciência de que seu simples ato de comprar alguma droga alimenta toda uma estrutura de crime organizado que é responsável por grande parte dos altos índices de violência e criminalidade que vemos no mundo. Se ele tivesse compaixão aos seus semelhantes, sacrificaria seu desejo pessoal para não ferir a sociedade em que vive (ele quer apenas sentir o “barato” da droga). Exemplos tão simples como este comprovam que essa crise que estamos vivendo, na verdade é uma crise de valores. Fica claro então que o que precisamos é desenvolver o caráter dos jovens – que nada mais é do que a prática dos valores humanos como amor, tolerância, respeito, solidariedade, responsabilidade, etc. O Educare para Jovens, através de todos os seus módulos e suas atividades dinâmicas, tem esse objetivo de propiciar a prática dos valores humanos que são intrínsecos ao jovem. Se for difundido e implementado de modo eficaz, com certeza pode ajudar, de algum modo, a combater essas tendências negativas dominantes que parecem ter criado raízes nas vidas dos jovens modernos. Paradigma da Continuidade O Educare para Jovens baseia-se na idéia de “um paradigma da continuidade”, integrando a essência valiosa da EES e da EVH, desenvolvendo-as para que possam se inserir adequadamente no terreno dos jovens. Também conectando-as com a essência dos Valores para Cabeça, Coração e Mãos (3VH) que Baba apresentou a todos, independente da idade dos grupos de EES/EVH, e cujo estudo está sendo sutilmente praticado nos Centros Sai em todo o mundo. Assim como há 5 técnicas de ensino nos programas de ensino SSE/EVH, Bhagavan de uma maneira sutil, fez de todas as atividades dos Centros Sai uma evolução do programa básico do SSE/EVH. Ou talvez, ao contrário, isto é, Bhagavan desenvolveu as atividades dos Centros Sai e então motivou um programa para crianças baseado nisto. A figura a seguir esclarecerá este ponto:   EES/EVHPONTE PARA ADOLESCENTESATIVIDADES EM CENTROS SAI Harmonização  Dinâmicas da Mente Meditação  Canto em Grupo Música e Criatividade  Cânticos Devocionais Citação  Contato com a Consciência Oração e Mantras Narração de Histórias  Modelação do Caráter Mensagens de Baba, Compartilhar experiências Divinas/milagres Atividade em Grupo  Jogos para a Vida Atividades de Serviço Sai Fundamento Quando vemos as cinco técnicas de ensino dos programas de EES/EVH, podemos ver que as cinco se correlacionam com o que está acontecendo em todos os Centros Sai, de modo que todo Centro Sai é virtualmente um espaço de EES/EVH para adultos. No entanto, para evitar confusões, a expressão usada para tudo o que estivesse fora dos programas de EES/EVH é 3VH – Valores para a Cabeça, Coração e Mãos -, ou seja, o Coração (o Amor) deve avaliar o que a Cabeça pensa, antes que as Mãos entrem em ação para implementar! O círculo fica completo quando nos damos conta de que o que Bhagavan Baba fez foi expressar em um módulo formal de ensino o que tem sido feito nas atividades dos Centros Sai durante anos. Com efeito, os programas de EES/EVH podem, então, ser vistos como evoluindo a partir das atividades dos Centros Sai e expressos através de uma estrutura formal de modo a que possam ser usados como planos de ensino em uma sala de aula, para crianças pequenas! Os componentes básicos se dividiram em seu mais simples denominador comum para adequar-se a todas as crianças! É claro que aos grupos de 6 a 16 anos e aos de 16 a 20/21 não pode ser oferecido o “mesmo prato” de comida. Suas necessidades diferem enormemente, devido aos diversos níveis de maturidade. O último grupo irá requerer um “alimento” mais sutil, ou seja, para a mente, o intelecto e as emoções. É esta profunda compreensão e necessidade de preencher o vazio que induziu o desenvolvimento do Módulo para Jovens, e continua a se desenvolver! As cinco técnicas de ensino são explicadas a seguir: Nos Centros Sai, temos meditação, e Baba nos deu a Meditação na Luz, a Meditação SOHAM, etc. Também muitos adultos Sai têm estado – e ainda estão – constantemente expostos a numerosas outras técnicas de meditação. A partir desta meditação, se desenvolveu o programa “Harmonização”. Para ajudar as crianças a se aquietarem, a acalmar suas mentes, etc, os programas de EES/EVH – embora destaquem a meditação na luz – também evoluíram em direção a um programa passo a passo para crianças, para todos os níveis, para seguir e praticar sem a intimidação da meditação como sendo uma coisa difícil. No entanto, quando as crianças vão crescendo e atingem a idade compreendida entre os 16 e 20 anos, é necessário apresentar-lhes programas excitantes para que se dêem conta de que esta harmonização é extremamente benéfica e pode ser usada em sua vida cotidiana, na escola, na faculdade, na universidade, no trabalho, etc, para melhorar a si mesmos em suas vidas diárias. Assim, pôde-se construir uma ponte, a partir da Harmonização (EES/EVH) até chegar à Meditação (Centro Sai): a ponde é Dinâmicas da Mente! Aqui, ensina-se ao adolescente de maneira científica a aumentar muito mais sua própria capacidade mental e sua compreensão! (Detalhes do programa Dinâmicas da Mente estão disponíveis na seção Dinâmicas da Mente neste Manual, mas outro livro útil de referência seria “Soltando o Poder da Mente Humana”, de J. Jagadeesan. Este livro destaca a importância do trabalho da mente e como se tornar um Mestre da Mente). Depois vêm os cânticos devocionais no Centros Sai, que evoluíram em Canto Grupal para EES/EVH! Aqui, ensinam-se simples músicas com valores, incluindo cânticos devocionais, canções de ação e canções folclóricas. Entretanto, hoje em dia não é possível ignorar a invasão da música popular (pop), seja Inglesa, Indiana, Chinesa, Russa ou Italiana. Nos demos conta de que estas músicas modernas – que, atualmente, proporcionam excitação visual e auditiva através de MTV e de vídeos – têm uma poderosa e invasora influência sobre todos, sejam crianças, jovens ou adultos. Não podemos pedir aos adolescentes que não escutem esta “música moderna” que tem se tornado parte muito importante em seu “Meio Cultural”. Baba diz: “usem um prego para tirar outro prego!”. Assim, a música moderna em si mesma (o terreno dos jovens) é usada para persuadir os jovens a identificarem o que é bom e ruim e a se afastarem dos efeitos negativos e tentadores desta nova cultura de alta potência. Portanto, no Educare para Jovens, a ponte que vai unir as crianças partindo do Canto Grupal (EES/EVH) até chegar aos cânticos devocionais (nos Centros Sai), é a chamada “Música e Criatividade”. Nela, a música moderna não é apenas apreciada, mas também analisada criticamente pela validade de seu conteúdo. São, também, enfocadas músicas baseadas em valores que emergem ocasionalmente da cultura pop! Músicas ao meio-ambiente, a Deus, à Mãe, etc. são usadas para destacar valores positivos. Assim, não repelindo sua cultura, e sim tirando o melhor dela, o jovem é levado pela mão, guiado pela ponte e, eventualmente, conduzido ao Centro no qual se cantam músicas devocionais! Aprender a tocar instrumentos modernos e tradicionais, compor suas próprias músicas baseadas em valores, “de estilo moderno”, são algumas das técnicas empregadas no Módulo de Música e Criatividade. A partir das orações e mantras cantados em muitos Centros Sai, se desenvolveu a “Citação”, componente do programa EES/EVH. Seu propósito é elevar a consciência das crianças, fazê-las pensar em ideais, conseguir que se dêem conta de que existe a Divindade e criar o amor a Deus e a associação com Deus! Enquanto que os programas de EES/EVH e os Centros Sai enfocam (pelo menos inicialmente) uma relação eterna com Deus, o Educare para Jovens faz com que o adolescente busque seu interior para estabelecer contato com uma consciência superior dentro de si! E também para mostrar evidência científica do poder da oração, etc. Também ao longo da oração diária ou semanal, a ponte para jovens chamada “Contato com a Consciência” estimula os adolescentes a transcenderem a si mesmos em todo momento e a sentir a presença constante de Deus. Nos Centros Sai, utilizam-se as mensagens de Baba (Chinna Katta – Pequenas histórias e anedotas) e o compartilhar milagres Sai/experiências com a finalidade de conseguir testemunhos interessantes. Nos Programas de EES/EVH, a narração de histórias das escrituras e das vidas de grandes santos, etc., são meios para transmitir valores. A partir disso, o programa para adolescentes se desenvolveu, tendo o mundo como pano de fundo, como seqüência de imagens da vida! Histórias de fatos reais, na época contemporânea, tomados de jornais, revistas, seleções do Reader´s Digest, etc, são usados e ajudam sutilmente em “Modelação do Caráter”. Em Modelação do Caráter, valores como o heroísmo, o sacrifício, a amabilidade, a coragem, o amor altruísta, etc que vemos no mundo real são compartilhados com o adolescente. A atividade grupal da EES/EVH provém da atividade grupal ou serviço prestado por membros Sai nos Centros Sai. Nos programas de EES/EVH estas são simples atividades de criatividade e diversão! No entanto, as mesmas não podem ser usadas para os jovens modernos. O que foi desenvolvido para este fim chama-se “Jogos para a Vida”, baseados em técnicas sofisticadas de escolas de gerenciamento, de desenvolvimento de perfis da personalidade, etc. Os Jogos para a Vida ajudam os jovens de modo divertido e ousado a interagir com a vida e o viver, e lhes apresenta metodologias para dar o melhor de si. É assim que temos os cinco módulos - a ponte para levar os adolescentes – caminhando com eles em seu próprio terreno – da fase de EES/EVH até as atividades do Centro Sai, com uma mínima taxa de abandono! É crítico compreender que não há na EES/EVH e no Educare para Jovens um programa de estudos padrão. O que se oferece são Técnicas/módulos que cada facilitador deve usar, adotar e adaptar ao território local e ao ambiente! A adaptação ao território local será especialmente significativa com relação à Música e Criatividade e Modelação do Caráter! Dependerá da criatividade do facilitador usar o que tenha à sua disposição no meio local para desenvolver, desse modo, o melhor dos jovens. O Facilitador do Educare para Jovens Perfil de um Facilitador O facilitador aceita um arrojado compromisso quando acolhe a divina responsabilidade de converter-se em um facilitador. Como ele/ela enfrentam esta tarefa que parece tão atemorizante? Bem, a chave para o sucesso deste programa se baseia em um ingrediente muito importante que é o “terreno” do jovem. O facilitador deve compreender esse “terreno” antes de que ele/ela possa conquistar seu amor e admiração. Mas apenas ganhar esse amor e admiração não é suficiente; o facilitador deve motivá-los semanalmente para que alcancem as estrelas e se atrevam a ser divinos, a serem “Flores no Jardim de Deus” e “Estrelas no Céu de Deus” (Baba). Isto pode ser atingido somente se o facilitador estiver em sincronismo com as visões, os sons e o mundo do jovem moderno. O facilitador deveria estar profundamente enraizado na crença de sustentar os mais altos valores e ser capaz de adaptá-los ao “terreno” do jovem moderno. Pré-requisitos para ser um Facilitador Eficiente Um facilitador não deve/não pode sentar-se em uma torre de marfim ou uma “montanha sagrada” e pedir aos jovens “venham e me alcancem!”. Ninguém responderá, a não ser que tal facilitador seja uma divina força carismática! O facilitador deve estar preparado para ir em direção ao terreno dos jovens e caminhar com eles até o topo da “Montanha Sagrada”. Um facilitador eficaz no entendimento do “terreno” do jovem deve estar preparado para escutar os hits modernos de música popular, seja do êxito americano, britânico, espanhol, russo, chinês, hindi, tamil e qualquer outro idioma de seu “terreno”, especialmente a música invasiva que é tão notória nas modernas emissoras, ou seja, nas estações de FM em seus respectivos países. Ele/ela também deveriam manter-se em dia no que provêm da MTV, ou seja, vídeo clips de músicas pop modernas que estão à vista muito facilmente – na TV –, seja nos canais oficiais ou por cabo, em DVDs e mesmo na internet. Um facilitador também deveria estar aberto para ver filmes que estejam sendo exibidos nas salas de cinema, mantendo-se, desse modo, em dia com o que acontece nas últimas “exclusivas”. Um “desperdício” de tempo muito comum, como dizem os pais, é a internet. Passa-se muito tempo na Net, enviando e-mails, chateando ou simplesmente navegando. O facilitador deveria estar consciente do que os jovens têm à sua disposição quando vão se conectar. Por exemplo, tudo o que um jovem deve fazer é digitar a palavra “inspiração” quando está fazendo uma pesquisa na rede – a intenção é a de procurar histórias (motivacionais) que inspirem, e se encontrará sites pornográficos, que também poderiam ser parte da lista de sites possíveis para receber inspiração. Quem teria imaginado que uma palavra como “inspiração” os conduziria à negatividade! Um facilitador que pense que está seguindo estritamente os ensinamentos de Bhagavan Baba pode questionar o requisito anterior. Tomemos o exemplo de um peixe. Vive no oceano – em águas salgadas – e, no entanto, sua carne não absorve o sal. O peixe, embora viva em águas salgadas, ainda assim permanece puro e inalterado. Do mesmo modo, o facilitador deveria poder “caminhar” no ambiente dos jovens e, assim, ser capaz de se comunicar na linguagem/gíria adolescente; e mesmo exposto a elementos negativos, ser o bastante forte para resistir às tentações e manter-se puro como o peixe. Outra analogia obvia é a idéia do “lótus”! Nascido no lodo, vivendo no lodo, mantém-se mesmo assim intocado pelo “lodo” da sociedade! Este desafio também traz consigo a responsabilidade de algumas qualidades que o facilitador deveria lutar para alcançar e manter... O facilitador e suas responsabilidades Os Facilitadores devem ser sensíveis e capazes de criar a empatia com a sempre crescente série de atitudes e atividades dos jovens. Esta é uma idade volátil na qual o jovem passa por uma série completa de emoções e, se não lhe é oferecido um guia adequado, ele não florescerá em um jovem dinâmico e pleno de valores que possa fazer diferença. Portanto, está de mais dizê-lo, o papel do facilitador é crucial, já que pode ajudar a construir e dar forma ao caráter do jovem durante esses anos tão sensíveis. A responsabilidade do facilitador se torna mais complexa porque já não está lidando com crianças que o escutarão pacientemente. O facilitador agora tratará com jovens adultos “emergentes”, os quais acreditam que deveriam ser tratados como adultos. Esta é a parte mais desafiadora da relação. Conseqüentemente, é importante ter os guias para os facilitadores de modo a assegurar que empreenderam seus papéis e responsabilidades e compreenderam totalmente os objetivos do Educare para Jovens. O facilitador para jovens deve estar comprometido e disposto a: Desenvolver respeito pelo jovem como indivíduo (não a exigir respeito, e sim a inspirar respeito, com Amor); Incentivar a comunicação aberta e a prática da confidencialidade (a menos que isto possa ser uma ameaça à vida); Demonstrar que podem aprender a amar apesar das limitações e imperfeições; Explorar todos os caminhos para atingir o desenvolvimento total do jovem; Demonstrar que a espiritualidade também faz seu trabalho no mundo externo (a vida do facilitador deveria ser um testemunho vivo disso); Oferecer aos jovens caminhos para que possam expressar-se criativamente através da arte, da música e de outras habilidades; Compreender a importância dos valores que dão forma ao caráter da humanidade, ou seja, o Amor, a Verdade, a Paz, a Ação Correta e a Não-Violência. AVISO IMPORTANTE: O facilitador não pode se permitir entrar no julgamento das novas e crescentes demandas da juventude. Ao contrário, isto pode ser prejudicial ao desenvolvimento de uma aproximação com o jovem, a qual é vital para o êxito do Programa. Desafios do Facilitador Nestes dias e nesta época em que vivemos, o Facilitador deve desempenhar um papel crítico como “mentor” (amoroso irmão/irmã mais velho, etc.) dos jovens que podem contemplá-lo como inspiração. O facilitador deve estar preparado para aceitar esta responsabilidade de ser o “mentor” com as qualidades/atitudes pessoais (prática espiritual individual) elencadas abaixo, e isto de modo sutil ou óbvio terá um impacto e irá se refletir em uma mudança na conduta. Esta mudança eventualmente pode ser observada por outros – jovens, adultos e o público em geral. A Prática Espiritual em Nível Pessoal Sejam autocríticos, para assim poder reconhecer seus próprios pontos fracos e também os fortes, ou seja, sejam introspectivos; Alcancem um equilíbrio entre os pensamentos e as emoções, um equilíbrio entre a consciência e a mente lógica, um equilíbrio entre a vida espiritual e a material; Não permitam que floresçam os pensamentos e traços negativos. Tenham ideais e façam determinados esforços para realizar estes ideais (o jovem estará observando cada palavra e ação do facilitador); Tenham iniciativa; “A caridade começa em casa” – sejam atenciosos e demonstrem interesse pela família (mostrem respeito e amor por seus pais, então terão o direito de incentivar os jovens); Separem um tempo para orações e meditação para receber força de Deus; Sejam mais ativos, dinâmicos na sociedade e fonte de inspiração; Sejam bons exemplos para as famílias dos jovens – crianças, irmãos... Tenham respeito por si mesmos, amor próprio, autoconfiança; Sejam valentes, mas com perseverança; Tenham pureza de pensamentos, palavras e ações; Tenham amor e fé em Deus. Construam uma relação próxima com Ele; Sejam de princípios firmes. Não os sacrifiquem; Tenham uma mente ampla e aberta. Sejam receptivos às idéias dos demais; Tentem ampliar sempre o próprio horizonte lendo, viajando, escutando boa música, etc. Os pontos anteriores, ao serem praticados, eventualmente conduzirão a mudanças no comportamento externo do facilitador. Os seguintes são pontos de excelência que os jovens eventualmente poderão observar em seu “mentor”. O facilitador deve: Ser exemplo primeiro – transformar-se antes de transformar o mundo (SER! FAZER! VER! DIZER! É a seqüência certa, segundo Bhagavan Baba); Ser humilde, altruísta. Servidor incansável, com sentido de sacrifício; Considerar a todos como uma família – ir além das raças, religiões, denominações, sexo e condição social. Livrar-se dos preconceitos; Aprender com a experiência e não se sentir desanimado pelas derrotas. Ser positivo; Manter-se junto às boas companhias; Apenas ver nos demais a semelhança com Deus; Não perder tempo. Ser encarnação da ação; Ser produtivo e não depender de outros; Lutar para atingir a excelência; Ser cidadão exemplar; não se colocar acima dos outros. Remover todo vestígio de ego. ESCUTAR É A CHAVE PARA O FACILITADOR Quando te peço que me escutes E começas a me aconselhar Não fizestes o que pedi Quando te peço que me escutes E tu começas a me dizer Porque não deveria me sentir assim, Estás ferindo meus sentimentos Quando te peço que me escutes E tu sentes que tens que fazer Algo para solucionar meus problemas, Me falhaste Por estranho que possa te parecer Então, por favor, apenas escuta e me ouve E se queres falar, Espera uns poucos minutos para que seja tua vez Te prometo que te escutarei. Autor desconhecido Os facilitadores ideais devem construir pontes, convidando os jovens com os quais interagem a cruzá-las.  E, após haverem facilitado essa travessia, alegremente dão um passo para o lado, permitindo que os jovens construam suas próprias pontes. Ferramentas de apoio Os cinco módulos, Dinâmicas da Mente, Contato com a Consciência, Música e Criatividade, Modelação do Caráter e Jogos para a Vida, são ingredientes poderosos que precisam ser passados aos jovens. No entanto, nessa idade tão impressionável e mesmo assim “rebelde”, torna-se extremamente importante que o facilitador apresente essas técnicas do modo mais apropriado, excitante e criativo. Os instrumentos a seguir transcritos são recomendados (embora a lista seja não exaustiva) e podem ser usados para acrescentar algo de cor e vitalidade à lição que se esteja preparando. Estas ferramentas podem também ser combinadas e compartilhadas ao empregar qualquer das cinco técnicas. Pressuponha que o “chá” seja as diferentes técnicas de ensino. Podemos preparar o chá usando saquinhos extra de chá para fortalecer seu sabor ou fazê-lo muito claro, tudo para adequar-se aos gostos dos hóspedes (os jovens). Uma vez que o chá tenha sido preparado, devemos escolher as xícaras (ou seja, os instrumentos). Colocaria esse chá em uma jarra, em uma xícara comum, em um copo, ou em um copo de vinho? Com toda certeza irão escolher algo que seja apropriado e que psicologicamente realce o gosto do chá servido. Adequem-se sempre ao terreno! Na Índia, um copo pode ser mais apropriado, enquanto que na Inglaterra uma xícara com pires pode ser a opção preferida! Agora, vamos examinar alguns dos instrumentos que podem ser usados. Quebra-Gelo Por quê? Os quebra-gelos são muito importantes porque ajudam a romper barreiras entre os indivíduos que podem ou não conhecer-se uns aos outros. Uma vez que as paredes tenham sido derrubadas, e que os facilitadores estejam confortáveis entre si (incluindo o facilitador), o compartilhar, o amor, o riso e o processo de aprendizagem começarão. Objetivos: estabelecer uma relação com todos no grupo deixar de lado as inibições de todos no grupo estabelecer um grupo de apoio realçar a aprendizagem para obter um benefício máximo Energizador Por quê? São importantes porque ajudam a mudar o ânimo dos participantes. São usados principalmente para mudar o ritmo de um programa enquanto ele está em desenvolvimento. A mente do jovens fica entediada muito rapidamente. Portanto, o facilitador deve usar energizadores para manter o interesse dos jovens sem perder o ímpeto. Bhagavan Baba diz “a mudança de atividade é descanso”. Os energizadores NÃO são quebra-gelos e não devem levar mais de 5-10 minutos como máximo de duração Objetivos: mudar o estado mental/físico de aprendizagem, no caso de que a sessão seja excessivamente longa ou o assunto muito pesado mudar efetivamente de uma sessão à outra (transição entre tópicos) romper os clichês de modo sutil e melhorar, desse modo, a relação do grupo resolver dinamicamente as vibrações negativas que eventualmente tenham os jovens estimular permanentemente o interesse, porque ao permanecer sentado por muito tempo o jovem pode perder interesse pelo assunto tratado dar aos jovens tempo para reflexão se estiveram sujeitos a sessões altamente excitantes Guias para quebra-gelos e energizadores - o que se deve e o que não se deve fazer: Avaliar as expectativas dos grupos e os antecedentes culturais estar consciente de que os quebra-gelos e energizadores podem dividir-se na seguinte classificação: de baixo risco, de médio risco e de alto risco nível de risco para expor aos jovens deveria depender da composição do grupo, ou seja, idade, gênero, nível de maturidade, etc se os jovens, por razões conhecidas por eles, se sentirem desconfortáveis, seria dada a opção de não participar (o facilitador, neste caso, deve usar a discrição) Para assegurar-se de que o tempo programado seja proporcional à duração do programa, é importante não usar muito tempo para não correr o risco de se perder o impacto do exercício É importante assegurar-se de que o jovem não sinta que está sendo forçado a fazer o exercício. Deveriam sentir-se muito confortáveis, de modo que, quando compartilhassem suas experiências mais adiante, estariam abertos com relação a suas idéias e sentimentos Também é importante que, tanto os quebra-gelos como os energizadores, tenham propósitos claros. As atividades escolhidas devem ser orientadas em direção a metas para garantir que os jovens, ao fim da sessão divertida, aprendam um valor real Para conseguir que os quebra-gelos ou os energizadores sejam eficientes, uma consideração importante deve ser também o tamanho do grupo. Grupos muito grandes ou muito pequenos podem dificultar o funcionamento da atividade É importante, quando se está fazendo um quebra-gelo ou energizador, dar nome à atividade, e não simplesmente chamá-la quebra-gelo, por exemplo. Conferência A Conferência ou palestra é um meio de transmitir informação a um grupo de pessoas. No entanto, não se recomenda para as sessões de jovens, pelo menos da maneira como conhecemos. Se for aplicada, deve ser curta, e seguida de alguma outra atividade dinâmica. Discussão A discussão é uma conversa informal sobre um tema específico. É importante que o facilitador, quando envolvido em uma discussão, incentive o resto dos jovens a expressar suas idéias e opiniões sobre o tema discutido. Em uma discussão não há respostas corretas ou erradas, mas é importante que um facilitador leve de volta a discussão ao caminho apropriado quando os participantes fugirem do assunto. Pode acontecer também de um participante se alongar muito em sua fala. Isso prejudica a atividade, pois diminui a possibilidade de participação dos outros. O facilitador deve intervir amorosamente e explicar essa questão. (É lógico que o facilitador também não deve monopolizar a discussão, sendo o único a falar. Favor olhar o capítulo sobre Facilitação). Debate Um debate é, na verdade, uma discussão formal sobre um assunto particular e tem dois conjuntos de vozes: os que propõem e os que se opõem. É importante que o facilitador selecione tópicos relevantes com grande ênfase na espiritualidade e deve ser neutro sempre. Esta é uma forma de debate. Esquetes Os esquetes são peças curtas que transmitem uma idéia, pensamento ou história particular. O facilitador deve selecionar esquetes baseados em valores para o jovem e, também, deve incentivá-lo a escrever seus próprios esquetes baseados em valores, ou seja, Amor pelos pais, Amor pela natureza, Amor por Deus, amorosidade com os animais, sobre o assunto de abuso de substâncias químicas, etc. Eles são excelentes como fechamento de uma atividade, ou seja, depois que um tema foi debatido, pode-se dividir os jovens em grupos e cada um preparar um esquete curto sobre algum aspecto do tema. Chuva de idéias (brainstorm) Brainstorm é uma técnica conhecida para se levantar idéias ou informações sobre um determinado tema. O facilitador de uma sessão apresenta um tema ao grupo e depois, os participantes vão colocando as idéias que surgem em sua mente relacionadas ao tema. Todos podem falar em grupo enquanto uma pessoa anota ou então, cada participante pode ir escrevendo as idéias que vierem em sua mente. A primeira abordagem é mais dinâmica e motivante para os jovens. É importante fixar um tempo curto (limite de 10 minutos) para que as idéias sejam colocadas rapidamente. Deve ser enfatizada a necessidade da quantidade sobre a qualidade, ou seja, os participantes falam rapidamente o que vem a mente em relação ao tema. Eles não ficam avaliando se o que vão falar é pertinente, se é viável, etc. Depois dessa fase de levantamento, a lista de idéias geradas é avaliada e o facilitador pode continuar uma atividade com algumas delas. Deve ser estimulada a participação de todos os jovens, seja em grupo ou individualmente. Multimídia (vídeo, televisão, computador, etc) Hoje em dia temos uma mídia muito vasta de onde podemos buscar informações e exemplos para trabalharmos com os jovens. Isso é recomendável para que o trabalho com eles seja prático e relacionado com o mundo onde vivem. Mas é importante que o facilitador dê uma introdução adequada para qualquer material que seja apresentado. Por exemplo, quando se comenta sobre a parte de algum filme, é errado acreditar que todos já o tenham visto. Muitos podem não entender. Reflexão Para cada sessão, o facilitador deve deixar um tempo a mais para a reflexão. Ela é importante porque é aqui que o jovem pode ser consciente dos valores que ele/ela não teriam associado a não ser com este exercício em particular. A reflexão também permite aos jovens absorver estes valores em seu subconsciente. Jogo de Papéis O jogo de papéis é crucial para as sessões de jovens. O jogo de papéis é uma base para que os jovens representem papéis/personalidades em um dado cenário. Provocando riso e alegria, o jogo de papéis também serve como instrumento de construção de confiança, pois permite perder as inibições colocando-se em cena e atuando diante de seus amigos. O jogo de papéis também permite ver a própria vida refletida, voltar a visitar condutas passadas e atuais. Podem ser auto-descritivos ou tomados dos épicos, fábulas ou cenas de filmes. É importante que o facilitador selecione roteiros que transmitam mensagens inspiradoras. O jovem deve fixar o tempo apropriado para as apresentações. O jogo de papéis pode ser dividido em duas sessões, ou seja, o esquema e como conduzi-lo. No esquema, o facilitador deve identificar um propósito claro e uma linha na história que descrevam valores/mensagens. Ao conduzir o exercício, o facilitador deve realizar uma análise apropriada e distribuir papéis de modo apropriado. No fim do jogo de papéis, o facilitador deve realizar uma análise apropriada com resgate de valores para assegurar-se de que a mensagem foi clara. Estudo de casos Esta metodologia em particular é possivelmente um dos meios mais eficientes para conseguir que os jovens se expressem através de seus amigos. Portanto, deve-se prestar especial atenção ao escolher casos para estudo. O estudo de casos deve lidar com assuntos-chave e apresentar uma boa mistura de fatos e apelo emocional. O facilitador deve examinar a história e assegurar-se de que exista uma autêntica reflexão sobre uma cena da vida. Não é recomendável que o estudo de caso tenha muita gíria e explicação técnica, e sim que se focalize em temas familiares e contemporâneos. O estudo de caso é um excelente instrumento para ajudar o jovem a pensar criticamente, analisar, interagir sem julgar, pensar de modo lógico e racional e comunicar as descobertas com empatia. Alguns dos benefícios de fazer estudo de casos com os jovens são os seguintes: permite aos jovens refletir sobre essa situação particular e a forma em que se reflete em suas vidas. forma uma ponte para cobrir a brecha entre o aspecto teórico e o prático. ajuda a romper certas atitudes condicionadas, crenças e visões. serve como uma plataforma para expressão de opiniões, idéias, aspirações sobre temas comuns baseados na realidade. ajuda a propagar a dinâmica do grupo. proporciona aos jovens um cenário para praticar suas habilidades para falar em público Ganhar, Perder ou Desenhar Este exercício, similar ao jogo “Imagem e Ação”, requer cartões (podem ser apenas pedaços de papel) com palavras/frases. O objetivo do exercício é que os jovens permitam aos membros de sua equipe que adivinhem corretamente as palavras ou frases ocultas apenas através de desenhos, ou seja, sem falar e sem escrever letras ou números. O facilitador pode trazer as frases já prontas de acordo com os valores que deseja trabalhar ou, às vezes, os próprios jovens podem ser incentivados a propor as mensagens com valores. Os jovens (divididos em 2 ou 3 grupos) tirarão a vez para desenhar as mensagens secretas dos cartões. Em cada rodada, um representante por grupo agirá como desenhista enquanto o resto dos membros da equipe farão as adivinhações. No caso do grupo não conseguir adivinhar a frase ou palavra no limite de tempo estipulado, a adivinhação poderá ser aberta ao outro(s) grupo(s) – somente um adivinha. No entanto, se o desenhista encontra dificuldades em se expressar, poderia passar sua vez a outro membro do grupo. Isto se faria geralmente na metade ou nos dois terços do tempo atribuído a essa rodada em particular – como foi acordado antes de começar o jogo. Ao desenhista original, não será permitido voltar ao grupo até que a resposta correta seja encontrada, ou o tempo limite termine. Esse tipo de atividade é muito atrativo para os jovens, sendo uma forma divertida para eles entrarem em contato com as mensagens e valores colocados. Além disso, esse jogo não deixa de ser uma amistosa competição que vai proporcionar uma maior integração entre os jovens. O facilitador pode usar esse tipo de atividade apenas para levantar as frases ou pensamentos que podem ser trabalhados posteriormente com mais profundidade através de um debate ou discussão, por exemplo. Mímica Este exercício é apresentado de modo similar ao “Ganhar, Perder ou Desenhar”, com a única diferença de que as frases ou palavras são expressas através da mímica (gestos) ao invés dos desenhos. Pode ser colocada uma charada também, onde o “mímico” vai tentar passar a resposta. Cartoon Em tiras cômicas, livros de histórias em quadrinhos, cartões postais, etc, podemos encontrar várias mensagens com valores. Estes poderiam ser utilizados como um instrumento para criar variedade durante as sessões, agindo como um catalisador para estimular as discussões ou debates, mini-fóruns, etc. Aprendizagem Auto-dirigida Esta metodologia sustenta a aprendizagem informal. É um processo segundo o qual se dará ao jovem liberdade para tomar suas próprias decisões, geralmente através da tentativa e erro, uma espécie de projeto “faça você mesmo”. Esta metodologia é normalmente empregada durante projetos especiais. Um exemplo disso seria a comemoração conjunta do Dia das Mães no asilo para idosos, onde os adolescentes poderão embalar de forma criativa pequenas cestas como presentes para todas as mães do asilo. Também teriam que escrever pequenas mensagens inspiradoras nos presentes. Esta metodologia ajuda a melhorar a motivação entre os jovens participantes. Aprendem a ser mais flexíveis e, portanto, se adaptarão a mudar, já que é um exercício que outorga poder, estando alinhado aos princípios de aprendizagem dos adultos. O facilitador, no entanto, deve estar consciente de seu papel. Deve oferecer oportunidade e flexibilidade para que o jovem experimente o poderoso efeito da aprendizagem. O jovem procurará ajuda quando a necessite, ele deve fazer escolhas corretas sobre seus recursos, também poderá se beneficiar enormemente do fato de ter um treinador (porque é preciso) e o constante incentivo do facilitador. Jogos Todos os dias, os jogos comuns como futebol e vôlei podem contribuir, também, com importantes mensagens. Depois de uma sessão de amistosos jogos, o facilitador poderia realizar uma sessão de análise. Uma discussão dos valores aprendidos e dos episódios experimentados poderia ser compartilhada. Inclusive a forma em que se realize o jogo poderia estar sujeita à discussão, por exemplo: a bola de futebol cheia poderia ser comparada com nosso ego. Somente quando a bola está cheia ela pode ser chutada. De modo similar, na vida, um ego inflado causa as “sacudidas” que as pessoas sofrem. Na ausência do gol, todo o jogo perderia seu valor, e o mesmo acontece no caso do homem: sem ter à vista a meta da vida, este nascimento não teria finalidade! Os jogos, deste modo, também podem ser usados para transmitir outras mensagens, por exemplo, o poder da oração e da visualização. Segue abaixo um pequeno relato sobre uma sessão prática narrado por dois jovens: “No mês de abril de 2001, participamos do ‘Carnaval de Jogos Sai’, uma experiência que lembraremos por muito tempo. Os jogos se tornaram muito divertidos. Não pensamos em absoluto em ganhar o jogo, porque não estávamos preparadas. O que nos surpreendeu foi que todos começaram a se aproximar e nos disseram que, na verdade, tinham confiança em que nós podíamos ganhar o jogo. Bem, no começo não nos preocupamos de verdade. Representávamos o time de Bangsar e foi dito que o time de Bangsar tinha sido derrotado em todos os outros jogos. Portanto, nós, as meninas do time de beisebol de Bangsar, éramos a única esperança. Foi neste momento que sentimos que tínhamos que fazer alguma coisa. Olhando a todos os outros times, começamos a entrar em pânico. De qualquer forma, não tínhamos tempo para fazer nada mais que tentar o máximo. Conseguimos ganhar o primeiro jogo, o que realmente nos surpreendeu. No entanto, nós, pessoalmente, pensamos que o jogo não era muito bom e, além disso, que ganhamos por pura sorte. Não havia nenhum planejamento nem estratégia para ganhar. A bola foi passada sem esperança, com muitas vantagens perdidas. Vimos nosso próximo oponente e estávamos aterrorizadas, porque pareciam muito confiantes e bem preparadas. Novamente, começamos a perder o entusiasmo e a confiança em ganhar. Era muito tarde para melhorar as habilidades que se supunha que tínhamos conquistado para este jogo. Por isto, para nos mantermos calmas, dissemos uma breve oração. Justo antes do começo do jogo, nossa facilitadora de jovens nos pediu que fizéssemos algo. Era muito novo para a maioria de nós. Ela nos disse que visualizássemos o jogo que íamos jogar. Precisávamos visualizar passes perfeitos, defesas perfeitas – um jogo muito suave e seguro, com perfeita coordenação e trabalho de equipe. Quando nos disse isso pela primeira vez, não nos demos conta da necessidade de fazê-lo. Já que não estávamos preparadas, e não queríamos desperdiçar mais tempo, fizemos o que nos disse. Nos sentamos em um círculo e nos demos as mãos. Cantamos o Mantra Gayatri nove vezes e ao mesmo tempo nos visualizávamos no jogo. Pudemos sentir a energia viajando de uma à outra através de nossas palmas quando cantávamos o Gayatri. Por um segundo, pensamos que simplesmente estávamos imaginando alguma coisa. Mais tarde, estas vibrações foram crescendo, e esta é a razão pela qual conhecemos o poder deste mantra. Então jogamos o segundo jogo do dia. Ganhamos novamente, e foi um jogo muito melhor e mais satisfatório. Realmente não planejamos nada, mas nossa visualização sobre nós mesmas jogando e derrotando os oponentes tinha realmente nos ajudado subconscientemente, aumentando nossa concentração. Era difícil acreditar, mas realmente funcionou muito bem! Continuamos essa rotina do grupo Gayatri, cantando enquanto visualizávamos em nossa mente nossa “estratégia para ganhar” para todos os jogos e, no fim, terminamos sendo as vencedoras! Estávamos muito felizes de que não apenas ganhamos, mas também aprendemos algo novo que realmente era muito útil. Pudemos usar este método para muitas outras coisas, tais como visualizarmos a nós mesmas fazendo um exame muito calmamente, ou uma apresentação, ou muitas outras coisas.” Experiência compartilhada por Dhanya e Janani - 17 anos (em 2001) Mapeamento da Mente A mecânica deste instrumento se expressa na seguinte ilustração:  Facilitação A Arte da Facilitação e sua Importância A facilitação, sinônimo de treinamento, é o processo de insistir e testar para ajudar a atingir as finalidades da sessão, especialmente durante as oficinas e discussões de grupos. É uma habilidade que requer contínuo desenvolvimento. O facilitador deve ser flexível e versátil para que o processo de aprendizagem tenha êxito. Quem é um facilitador? Aquele que aplica as atividades do programa é um facilitador, pois durante as sessões, ele direciona a atividade, incentivando a máxima participação e auto-reflexão. Agindo como catalisador, o facilitador dá força aos participantes e especialmente aos não-cooperativos ou passivos, para que se convertam em pessoas que tenham confiança para encarregar-se e compartilhar seus pensamentos, sentimentos e opiniões. O facilitador deve criar uma discussão “segura”, na qual o adolescente que esteja compartilhando NÃO seja julgado, discriminado, olhado ou considerado como estranho por ter compartilhado um determinado pensamento. Papel do facilitador A facilitação envolve um amplo espectro de papéis: (1) ajudante, (2) conselheiro, (3) mentor, (4) diretor, (5) assessor, (6) especialista, (7) espectador (8) animador, (9) amigo, (10) professor, etc. O papel que o facilitador assume depende: da motivação dos jovens para aprender da relação que se construiu entre o facilitador e o jovem do respeito dirigido ao desenvolvimento do processo completo de discussão de qual assunto seja discutido Existem dois tipos de facilitação que devem ser evitados, por exemplo, o facilitador que está no controle total, desempenhando o papel do especialista ou o do professor, ou seja, o que sente que deve dar conteúdos para alcançar os objetivos. Os participantes escutam principalmente a informação do facilitador “expert”. No outro extremo está o facilitador neutro, que permite que os participantes tenham o controle. Um bom facilitador deve combinar o estar no controle, assim como ser neutro para, dessa forma, incentivar a participação total do jovem e assegurar a profundidade da discussão. Alguns outros indicadores para que o facilitador possa sondar o jovem são os seguintes: o que pode ser feito para melhorar a relação? que aspectos das atividades estavam faltando? o que aprendeu? de que não gostou? por que este exercício? qual foi a coisa mais proveitosa que aprendeu desta sessão? Aqui apresentamos algumas diretrizes simples para os facilitadores: Faça com que os jovens se sintam confortáveis em um ambiente amistoso e não-desafiante. Por exemplo, se o facilitador sente que o jovem está nervoso, conduza um “quebra-gelo” antes de começar o jogo. Sorriam e permitam que apareçam seu sentido de alegria, diversão e entusiasmo. (o jovem deve ver o apoio e participação do facilitador, senão físico, em espírito, ao menos). Depois de analisar o caso, permitam um breve momento (um minuto, digamos) de silêncio para a contemplação do assunto e da experiência pessoal para incentivar os insights mais profundos do jovem. Normalmente, o jovem irá se concentrar nos incidentes do evento, mais do que nos assuntos mais profundos (significado interior). O facilitador, usando os indicadores anteriores, pode dirigir a discussão, mas, no final, permitir que o jovem identifique os assuntos de valor surgidos das discussões. O facilitador deve escutar a todos. Aceitar a contribuição de todos. Incentivar a todos a participar. Evitar expressar os pontos de vista próprios e as opiniões e julgamentos até que todos tenham se expressado. Fatos  EVENTOS Temas Tratados  MODELOAssuntos surgidos dos temas, ou seja, “valores” em um caso relacionados com temas de juízo de valores ESTRUTURA Focalizar a discussão no ponto principal. Fazer perguntas ou reformular a colocação dos participantes para procurar o esclarecimento. Permanecer calmo. Estar consciente da tendência em dominar de alguns jovens participantes. O facilitador deve encorajar o livre fluxo de colocações dos jovens. Mesmo se a colocação não parecer racional ou relevante, admita a colocação e sutilmente guie as discussões de volta ao caminho planejado. Evite levantar as sombrancelhas, sendo julgador na sua participação, uma vez que isto fará parar o fluxo natural de boas colocações. Interrogatório O que é Interrogatório A análise é uma discussão detalhada do que aconteceu durante a atividade. É a ocasião para guiar o grupo em direção à reflexão crítica do que ocorreu e portanto deve ser efetuada imediatamente depois da bem sucedida conclusão da atividade. Porque o Interrogatório é Importante A reflexão interna sobre a experiência é um importante aspecto de ensinamento através dos jogos de aprendizagem. Isto é normalmente efetuado imediatamente após cada jogo/atividade. Isto ajuda o jovem a formular em sua mente certas idéias e ideais concretos sobre a vida e o viver! O facilitador deve encorajá-los a viajar em uma jornada interna, explorando os recessos internos de suas mentes subconscientes, com respeito a seu desenvolvimento pessoal, emocional e espiritual. A análise deve também tirar paralelos das várias técnicas de ensino. É importante que o facilitador permita ao jovem expressar oralmente seus pensamentos e o guie com reafirmações positivas a fim de levar para casa os valores daquela atividade em particular. Como Conduzir o Interrogatório Prepare perguntas que provoquem a reflexão, o que aumentará o aprendizado e o entendimento do jovem. Indique o tempo limite disponível para a atividade de discussão. Focalize intensamente no significado e propósito do jogo enquanto reduz ao mínimo as instruções sobre o mecanismo do jogo propriamente dito. Note, entretanto, que pode haver assuntos relacionados e divergentes que também podem precisar ser tratados. Guie e induza os rumos das discussões, mas faça os jovens responsáveis por gerar conclusões significativas – não seja rápido demais em introduzir suas próprias opiniões e observações. Mantenha as discussões fluindo rapidamente e termine a discussão quando todos os pontos principais tenham sido trazidos à luz. Muitas atividades/jogos oferecem vastas oportunidades para reflexão interior, que é um importante componente de prática de um buscador espiritual. Portanto, esta atividade dá ao jovem uma oportunidade de seguir uma reflexão interior. Utilize as técnicas de Dinâmicas da Mente para encorajar um insight mais profundo durante a análise. Durante as sessões de jovens, a facilitação será um apoio – o facilitador compartilhará observações, histórias que inspiram (o elemento Modelador de Caráter é visto aqui) e outros fatos para evidenciar e apoiar o fluxo de pensamento dos aprendizes para alcançar o total dos resultados desejados da discussão. Os jovens são encorajados a manifestar-se livremente. Todas as vezes, o facilitador deve garantir que pelo menos 50-70% da discussão seja dominada pelos jovens – deve ser lembrado que aquela contribuição do companheiro seria melhor apreciada e aceita, ao contrário do “sermão” do facilitador. (Esta é a chave para o facilitador estar consciente e, portanto efetivamente guiar as discussões para alcançar máximo benefício.) O facilitador deve tentar assegurar que contribuições negativas (devido a más experiências do passado/imaturidade/falta de comprometimento, etc de alguns jovens) não poluam as mentes dos outros, que ainda se encontram em um estágio impressionável de suas vidas. Tente para corrigir a percepção, introduzindo sutilmente questões profundas e dando exemplos que ofereçam uma idéia alternativa.  Estilos de Facilitação Papel do Professor Dirija a discussão até uma meta predeterminada de aprendizagem ou destino. Normalmente empregado em práticas desconhecidas, por ex. como ensinar a amarrar uma guirlanda de flores, fazer artesanato, etc. Papel do Guia É dado aos grupos a liberdade para encontrar soluções por si próprios. Se as discussões saírem do tema, dirija-as de volta ao curso usando questões de prova/contribuições. (NOTA: seja muito alerta e cuidadoso para não ser visto como sendo julgador.) A boa facilitação requer uma boa estratégia para ser efetiva e entregar resultados realizáveis. Estratégia para a Facilitação Preparação Planeje como a sessão (facilitação) deve ser conduzida durante o curso da discussão. Prepare exemplos de questões que podem ser usadas para ajudar a alcançar o alvo da discussão. Resolvendo Conflitos Algumas vezes, durante discussões efetivas, o facilitador pode achar que o fluxo de pensamento do grupo pode não estar em sincronia com os objetivos da sessão. Como dirigir delicadamente as conversações/discussões de volta ao trilho sem criar algum sentimento de animosidade, ressentimento, sentimento de “estupidez” e assim por diante? Três pontos a considerar Use afirmações com “Eu” ao invés de “Você” Não aponte o dedo ou passe valores de julgamento sobre qualquer assunto levantado durante a discussão. Exemplo, “Você disse” ou “Você fez” automaticamente leva a pessoa a um modo defensivo. Como se supera isto – minimizando o uso da linguagem de julgamento. O facilitador pode pensar em dizer, por exemplo, “Eu entendo isto”, “Eu estou preocupado com”, “Eu aprecio”, “Eu sinto”, etc. Tenha empatia Mostre ao grupo que o facilitador está consciente de seus sentimentos – enfatize o ponto de vista da pessoa. Como o facilitador mostra isto – uma maneira fácil de parafrasear – para mostrar entendimento da mensagem; para checar pretensões e reações através de esclarecimentos. Diga – Venda – Questione Diga – dê alguma forma de informação Venda – a idéia Questione – peça outras contribuições/pensamentos/idéias (Exemplo: apóie o ponto de vista com uma história (isto é “diga”), então venda a idéia com uma afirmação do tipo: “Vocês provavelmente sentiriam o mesmo!” e então pergunte: “Bem, o que vocês propõem que nós façamos?” A idéia por detrás desta forma de facilitação é gerar debates saudáveis, sem confronto, sobre o problema, em um ambiente seguro e adequado. Lidando com o jovem, o facilitador deve procurar desenvolver e aproveitar os pensadores independentes que não seguem no rio negativo das opiniões populares e pressão dos companheiros. Concluindo, o facilitador tem a tarefa de promover os seguintes objetivos: Todo jovem deve entender a necessidade de honrar seus pais Todo jovem deve apreciar os cinco Valores Humanos básicos da verdade, ação correta, paz, amor e não-violência para o desenvolvimento do caráter saudável Todo jovem deve vivenciar os cinco valores fixados de uma maneira dinâmica e relevante, assim ele pode colocá-los em prática diária e se sobressair nos ambientes da escola e de casa. Todo jovem deve desenvolver um senso de responsabilidade pelas conseqüências de suas ações e agir com dignidade. Todo jovem deve mostrar respeito por todas as pessoas com as quais entra em contato. Todo jovem deve agir de forma constante com WATCH... observar suas palavras, ações, pensamentos, caráter e coração (em inglês, words, actions, thoughts, character , heart). Todo jovem deve desenvolver a auto-disciplina. Todos os jovens devem adquirir habilidade em tomar decisões, o que facilitará o desenvolvimento do aprendizado acadêmico, espiritual e moral. Todo jovem deve encontrar satisfação em suas experiências relacionadas a valores, assim como desenvolver uma atitude saudável para com o seu meio. Todo jovem, para perceber a fraternidade e a irmandade da humanidade, deve aprender as culturas, costumes e religiões de todas as pessoas. Ele/Ela precisa aprender a experimentar e praticar sua própria cultura em sua própria casa/vida. Todo jovem deve desenvolver a prática de valores necessários para a harmonia pessoal, da família, da comunidade, nacional e do mundo. Missão do Facilitador Para promover e manter os ideais SAI para a felicidade e bem-estar do jovem: Fazendo-os compreender que os pais, casa e família são a fundação da sociedade e a felicidade dos indivíduos/sociedades/nações dependem da força desta fundação!! Respeitando cada jovem como um indivíduo único e fazendo-os compreender sua singularidade e a importância de interagir com os outros através de sessões desenvolvidas em equipes. Reconhecendo e dando oportunidades para canalizar seus talentos e necessidades em direção a caminhos e atividades produtivas e ensinando a eles o valor do serviço ao necessitado. Treinando-os e desenvolvendo-os para serem capazes de ingressar no Grupo de Jovens sem o senso de alienação. Fazendo-os compreender que são parte de um movimento que tem o potencial de empreender tarefas de benefício para a sociedade, e preparando-os para exercer um papel ativo no futuro como jovens adultos e adolescentes. Dinâmicas da Mente Objetivos: Para: O facilitador entender o poder intrínseco da mente Transmitir esse conhecimento para os jovens Compartilhar os benefícios da prática regular do controle da mente Entender a importância da meditação na luz, ensinada por Sathya Sai Baba Mostrar as mais recentes descobertas da ciência sobre o poder da mente Explorar as várias metodologias que podem ser utilizadas para desenvolver o controle da mente  O poder da mente Humana “Foi dito que quando Deus criou o homem, deu-lhe uma faca de dois gumes com a qual poderia alcançar a excelência e a glória ou que poderia levá-lo a ruína, vergonha e destruição. Essa faca de dois gumes é a mente humana.” Extraído do livro “Unleashing the Power of the Mind” de J. Jegadeesan. Pensamentos são considerados uma poderosa ferramenta e a forma como esta é utilizada determina o sucesso ou o fracasso. De fato, as novas pesquisas na área médica afirmam que até mesmo pensamentos silenciosos são poderosos e que, quando são visualizados e buscados podem se tornar realidade. Esse é um dos conceitos que os gurus da gerência moderna utilizam em suas sessões de motivação. O que é a mente? Nós sabemos onde está o cérebro, mas onde está a mente? Sri Sathya Sai Baba descreve a mente dessa maneira: “Assim como a trama de fios de algodão forma a roupa, a trama dos pensamentos forma a mente”. Deste modo, a mente é um amontoado de pensamentos. Na verdade, pensamentos são impulsos elétricos e energia que quando utilizados de maneira efetiva, podem ser muito benéficos. Vivendo na sociedade de hoje, nossa mente é continuamente assediada por preocupações, problemas e conflitos. Então, como o indivíduo pode tentar aquietar a mente, reduzindo os seus ruídos e devaneios para alcançar todo o seu potencial? Uma metodologia possível é a pratica do controle da mente. A mente também foi descrita como sendo um burburinho constante e foi comparada com um macaco. A “mente macaco” que está constantemente pulando de um pensamento para outro, precisa ser treinada a focar e ser firme. Compete ao indivíduo a decisão de tentar e reduzir a inquietação, ajudando o despertar do poder latente da mente. Pois, uma vez desperto, não tem mais retorno, e a mente irá se elevar e atingir o topo do sucesso na espiritualidade e no desenvolvimento pessoal. Como isso pode ser alcançado? Será que esse tipo de conquista é tangível para todos ou somente para alguns poucos selecionados? A resposta é praticar o controle da mente e isto serve para todos aqueles que querem utilizar sua mente para alcançar a excelência em todas os empreendimentos. Pela prática do controle da mente, mais cedo ou mais tarde, o indivíduo se tornará um mestre de seus próprios pensamentos, um mentor. É claro que esse processo não é fácil. Entretanto, uma vez que o indivíduo tenha se comprometido em querer se tornar um “mestre da mente”, participando do programa “Dinâmicas da Mente”, ele terá dado o primeiro passo. No programa “Dinâmicas da Mente”, o segredo para tentar controlar a mente é, primeiramente, tornar-se consciente de seus próprios pensamentos. Somente quando isso acontecer (como uma pessoa observando de fora seus próprios pensamentos) vamos poder, vagarosamente, mas com certeza, sublimar nossas mentes e eventualmente estabelecer o controle sobre essa inquietação. Devemos entender que a prática das Dinâmicas da Mente, ou seja, a tentativa de aquietar a mente, é um processo contínuo. Esteja ciente que esta pode ser uma tarefa árdua e muitos podem achar desmotivante e desanimador no início. Mas, somente com trabalho duro e esforço alcançaremos os resultados. Continue tentando e você terá sucesso. Esse processo pode ser comparado com o andar de bicicleta. O que você faz quando você cai ao tentar andar de bicicleta pela primeira vez? Você se enche de poeira e volta rapidamente para a bicicleta! Provavelmente, você vai cair muitas outras vezes e vai até se machucar antes de dominar a arte de andar de bicicleta. Exatamente o mesmo processo pode ser aplicado à prática das Dinâmicas da Mente. Não desista, mesmo que isso possa parecer a melhor solução possível num determinado momento. Por se tornar consciente dos seus pensamentos, você está na verdade ouvindo-os, e esse é o segundo passo para o programa “Dinâmicas da Mente”. Somente quando o indivíduo se tornar consciente de seus pensamentos e os ouvir, ele poderá direcionar esses pensamentos para dominar seus medos e utilizar a mente para atingir níveis maiores de excelência em todas as suas iniciativas. Para isso, é importante magnetizar os pensamentos com positividade. A mente é uma entidade que pode ser programada e “desprogramada”. Dessa forma, o indivíduo deve continuamente “programar” a mente para obter resultados benéficos e “desprogramar” da mente os pensamentos negativos, treinando-a a se manter focada em bons pensamentos. O indivíduo pode usar a mente da maneira que quiser. Mas lembre-se de que a mente é como uma faca de dois gumes. Tendo controlado a mente por se tornar consciente de seus pensamentos, o indivíduo vai começar a se alinhar com o poder de atingir sucesso ilimitado em seus esforços, sejam eles espirituais ou materiais. Esse poder pode fazer uma grande diferença no indivíduo e levá-lo a alcançar as estrelas! Visualização Um importante ingrediente para o sucesso em “Dinâmicas da Mente” é a técnica da visualização, que é baseada nos processos de pensamento. Acredite ou não, pensamentos são reais e tangíveis. De fato, somente pelos pensamentos podemos fazer o corpo reagir a situações ou estímulos. Por exemplo, imagine um limão redondo e verde... agora se imagine pegando uma faca cortando o limão. Agora, imagine que você está espremendo o limão cortado na sua língua... você agora deve estar sentindo alguma reação. Sua boca deve ter salivado e você provavelmente teve que engolir o excesso. Sua face deve ter se contraído porque você imaginou o gosto azedo. Você esteve com o limão em suas mãos? Você realmente cortou o limão? A resposta é NÃO! Isso foi simplesmente baseado em padrões de pensamento no momento da visualização. Portanto, pensamentos têm um incrível poder e se forem estimulados e internalizados de maneira apropriada, podem se tornar uma realidade positiva no mundo físico. O poder inerente em nossas mentes é imenso e está só esperando para ser utilizado. É por isso que a visualização é uma ferramenta muito poderosa que pode ser utilizada para o máximo benefício. Princípios da Visualização Efetiva Pensamentos são muito poderosos, como você já deve ter percebido no simples exemplo acima. No processo do pensamento você pode ir adiante ou voltar e certamente não precisa das 5 vias de contato com o mundo (os sentidos: visão, som, toque, cheiro, gosto) para entrar no “mundo do pensamento”. Suas ações vêm de suas imagens Todo comportamento resulta de vários padrões de pensamento. Se você visualizar a si mesmo como incompetente numa determinada área e continuamente reforçar essa imagem mental, eventualmente você representará esse papel e a imagem se tornará real. Assim, é essencial ter pensamentos positivos e saudáveis que podem te elevar do nível da mediocridade às alturas da excelência. Emerson graciosamente compreendeu essa essência: “Nós nos tornamos aquilo que pensamos durante todo o dia”. Independente das circunstâncias de sua vida, você deve sempre se imaginar com sucesso. Essa é a chave. Isso também é conhecido como condicionamento. Suas circunstâncias não determinam o que sua vida será. Elas revelam os diferentes tipos de imagens que você escolheu até agora. Por isso, é importante escolher suas imagens com sabedoria! “Todos os grandes personagens, dos filósofos aos mestres espirituais, concluíram que a mente determina totalmente como serão nossas vidas”. Norman Vicent Peale coloca essa questão da seguinte forma, “Mude seus pensamentos e você mudará seu mundo”. Nosso futuro é formado pelos pensamentos que mantemos com mais freqüência. Nós literalmente nos tornamos aquilo naquilo que pensamos. Você não pode ter um sentimento sem antes ter tido um pensamento. Seu comportamento em busca do positivismo é baseado nos seus sentimentos, que são baseados nos seus pensamentos. Assim, mude seus pensamentos e você mudará seu comportamento em relação à excelência. “A mente de um homem pode ser comparada a um jardim que pode ser cultivado de maneira inteligente ou pode ser abandonado.” “Assim como um jardineiro cuida de sua terra, mantendo-a livre de ervas daninhas, e cultivando flores e os frutos que ele necessita, o homem pode cuidar do jardim de sua mente, eliminando todos os pensamentos errados, impuros e inúteis, e cultivando a perfeição nas flores e nos frutos dos pensamentos puros, corretos e úteis. Seguindo esse processo, o homem, mais cedo ou mais tarde descobre que ele é o jardineiro mestre de sua alma, o diretor de sua vida. Ele também revela, em seu interior, as leis do pensamento e entende, com uma precisão cada vez maior, como o processo do pensamento e o elemento mente atuam na formação do caráter, das circunstâncias e do destino.” 2) É importante dizer a você mesmo que tudo que visualiza pode se tornar real. Sempre crie espaço na sua tela mental, já que, quando tem espaço, você pode preenchê-lo com afirmações positivas e dinâmicas. Mas, o facilitador deve perceber e também transmitir às mentes imaturas e facilmente impressionáveis dos jovens o importante conselho que se segue: somente por ser capaz de visualizar, isto não significa que sejam desnecessários o trabalho duro e o esforço. Por exemplo, um estudante fraco pratica a visualização religiosamente antes de se sentar para um exame. Por outro lado, ele não estuda... provavelmente ele não irá bem no exame. Então, tenha a certeza que ao mesmo tempo que a visualização é importante, trabalho duro também o é, se não for mais importante ainda! 3) Esteja disposto Para fazer um sonho se tornar realidade no mundo físico, você deve estar pronto para fazer o que for necessário. A chave para isso é tentar e praticar constantemente e não desistir facilmente quando os resultados não são imediatos e não parecem tangíveis. “Depois de um concerto especialmente brilhante, Beethoven (1770-1827), estava recebendo os cumprimentos de amigos e admiradores, que adoravam a magia do seu piano. Uma mulher muito entusiasmada exclamou: “O, senhor! Se Deus tivesse me dado como presente essa genialidade!” “Não é genialidade, madame”, respondeu Beethoven. “Nem magia! Tudo que tem que fazer é praticar no seu piano oito horas diárias por quarenta anos e será tão boa quanto eu sou.” Lembre-se: Um gota de água caindo sobre um ferro quente evapora sem deixar vestígios. A mesma gota caindo sobre a pétala de uma rosa branca brilha como uma pérola. A mesma gota caindo em uma ostra torna-se uma pérola. Deste modo, o homem ao associar-se ao que é inferior, mediano e superior, manifesta-se da mesma maneira. O Fruto da Primavera O papel do facilitador é ajudar os jovens a desatar o poder da mente e liberar todo o seu potencial. É como Disraeli colocou tão habilmente: “eduque sua mente com pensamentos grandiosos”, pois, somente com pensamentos e ideais nobres pode alguém fazer a diferença nos dias de hoje e nesta era. A diferença começa quando o indivíduo reconhece sua Divindade e oferta seu amor a todos Despertando o poder de sua mente, os jovens podem fazer a diferença em suas vidas e nas vidas de todos que têm contato com eles porque tornam-se mentores. Guia para os facilitadores Os facilitadores têm que entender que, diferente de outros, este é um assunto onde podem somente instruir os jovens. Depende deles seguir e vivenciar todos os benefícios de Dinâmicas da Mente. Por quê? Por exemplo, se um facilitador estiver ensinando ginástica aeróbica, poderá instruir os jovens a curvarem-se para a direita ou esquerda e, se a postura estiver incorreta, então ele poderá corrigi-la individualmente. Infelizmente, nas Dinâmicas da Mente o mesmo não pode ser aplicado, já que o facilitador não pode ver o que os jovens estão pensando e se eles estão ou não concentrados nas instruções que são dadas. Então, torna-se responsabilidade do facilitador criar a motivação, o ambiente e o sentimento corretos fazendo com que os jovens levem as práticas das dinâmicas da mente a sério. “Pode alguém treinar outra pessoa em meditação? Ou declarar-se capaz de fazê-lo? Pode ser possível ensinar a uma pessoa a postura, a pose, a posição das pernas, dos pés, pescoço, cabeça, coluna, o tipo de respiração e a sua velocidade. Mas meditação é uma função inerente ao homem: ela envolve profundo silêncio interior, o esvaziamento da mente e o preenchimento do ser com a luz que emerge da Divindade em cada um. Isso é uma disciplina que nenhum livro pode ensinar e nenhuma aula pode explicar...” O facilitador deve compreender esse fato e, com essa compreensão, conduzir suas sessões de Dinâmicas da Mente. Um outro ponto importante para considerar sobre meditação é o seguinte: Quando as qualidades espirituais tornam-se naturais, é porque Deus está atuando e por sua “graça” está nos aperfeiçoando. Para alguns, às vezes, no início pode ser uma viagem lenta e frustrante. Mas se esta habilidade é continuamente praticada as recompensas são incomensuráveis. Como Baba continuamente repete: “Nós não somos os agentes”. Precisamos realmente aprender a aceitar esta verdade espiritual fundamental. Nós só devemos praticar com muito esforço e entregar todos os resultados a Deus. Se nós procurarmos os resultados, estaremos semeando desapontamentos. Faça o melhor, com amor, mas o mais importante é agir com fé, e finalmente deixar o resto para Deus. (em outras palavras: “deixar rolar”). Expectativas só podem levar a desapontamento e eventualmente ao abandono da prática. LEMBRE-SE... DEIXE ROLAR E DEIXE DEUS AGIR! Todas as práticas devem ser feitas com a consciência de Nishkama Karma que significa: agir sem esperar os frutos da ação. “Não esqueçam que Deus fala para nós durante tempestades e da mesma forma, em tempos tranqüilos. Estas tempestades são Deus. Nós tendemos a pensar que falhamos se vivenciamos uma tempestade (i.e. confusão, caos, falta de coragem e de fé). Mas, como poderíamos praticar nossas recém descobertas qualidades espirituais se o mar permanece sempre tranqüilo? Nós só teríamos teoria e nada de experiências práticas". Tudo o que foi dito acima pode ser levado aos jovens como uma fonte de inspiração para que eles pratiquem meditação regularmente sem criar expectativas! Benefícios de Dinâmicas da Mente Por que praticar Dinâmicas da Mente? Esta é uma questão que irá emergir dos jovens. A resposta é simples: os prós definitivamente excedem os contras com uma grande margem. Os pontos abaixo destacam alguns dos benefícios a serem compartilhados com os jovens para encorajá-los, mostrando porque é importante levar a sério as Dinâmicas da Mente e praticar regularmente: Firmeza mental - a mente torna-se mais alerta; a memória e a capacidade de concentração melhoram; aumenta o poder de absorção. Melhora na capacidade de visualização das imagens – muitos têm perdido esta habilidade com o uso da televisão e dos filmes. A geração atual não tem ou tem muito pouco o hábito da leitura devido a essas distrações (podemos incluir a Internet também!) e, dessa forma, a criatividade dos jovens tem diminuído enormemente. Ajuda a visualizar a realidade – um estudante medíocre se imagina recebendo excelentes notas e de repente percebe que sua visualização pode tornar-se realidade. A (ampliação da capacidade de) recordação ajuda a permitir que o jovem guarde e resgate informações sem dificuldades. Intuição – é sabido que os melhores resultados de um indivíduo surgem quando a mente está quieta ou descansando. Imagine o seguinte: normalmente, para chegar a uma determinada resposta, a pessoa precisará de uma solução racional, mas, às vezes, quando a mente está quieta, a solução surge de repente, substituindo o caminho racional. Este é o poder de Dinâmicas da Mente. Mente Focalizada – a mente torna-se apta a focalizar-se no trabalho que está sendo feito e não em pensamentos e distrações. Automotivação e autoconfiança – ajuda o jovem a extrair de dentro de si a coragem para encarar com firmeza qualquer medo que tenha; por exemplo: falar em público, buscar a excelência nos estudos, etc. Transformação – o jovem começa a ver a todos de uma forma positiva, sem julgamentos; ele busca ver somente o lado bom. Energia do amor – o jovem sente brotar o amor por todas as criaturas, sem discriminação de cor, casta, credo ou nacionalidade, riqueza ou pobreza; sentirá amor pelos animais, pelas plantas e assim sucessivamente. Paz e felicidade – o jovem se sentirá rodeado de paz e felicidade. Corpo saudável – além de manter a mente mais focada e aguçada, Dinâmicas da Mente assegurará a saúde do corpo. Como Swami sempre diz, “saúde é riqueza”. Estimula a criação de um novo caminho neural entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, equilibrando o cérebro e levando a uma performance melhor. Cientistas chamam isso de “funcionamento total do cérebro”; bicameral” – uma pessoa que integra os dois lados do cérebro. Cria “saltos quânticos” de autoconsciência e auto percepção no jovem. Redução significativa dos níveis de stress. Já foi provado que o alto nível de stress induz a secreção de substâncias danosas ao cérebro. Melhora extraordinariamente o bem estar mental e emocional do jovem, mesmo em aspectos que tenham resistido a outras técnicas. Dramático aumento da produção de substâncias cerebrais vitais relacionadas à longevidade e à aparência jovem. Swami pode ser usado como um exemplo vivo. Meditação na luz – introdução Swami tem dito que é a preguiça que impede a pessoa de praticar a meditação. Como isso é verdadeiro! Nós temos tempo para ir ao cinema, assistir TV, conversar com amigos, tempo para atividades extracurriculares e muito mais, enquanto que para meditar nós argumentamos que não temos tempo. Afinal, o que se está propondo não é a meditação que os santos e yogues faziam, com horas de duração, mas apenas o pequeno sacrifício de cerca de 5 minutos de prática diária. Isso não é pedir muito. Swami tem também lamentado que seus devotos não seguem os nove pontos do Código de Conduta, onde a meditação é o primeiro. O principal problema é que as pessoas têm uma visão de que a meditação é muito difícil e que é algo praticado apenas por “pessoas espiritualizadas”. Essa é uma visão completamente equivocada e falsa! A primeira coisa que temos a fazer é condicionar a mente a pensar que a meditação é a chave que vai revelar sua própria grandiosidade e majestade. “O seu coração é a fechadura e a sua mente é a chave. Ponham a chave na fechadura, girem para a direita e a fechadura abre; virem para a esquerda e ela tranca. Virem sua mente para Deus e vocês estão livres. Virem-na para o mundo e estão presos.” Sathya Sai Baba Entre as técnicas mais efetivas e importantes da meditação está a meditação na luz. Ela é considerada uma das mais poderosas ferramentas para ajudar a desenvolver concentração, contemplação e expansão do Amor. Por que Luz? Pense sobre isso – a luz remove a escuridão (a luz se compara a pensamentos bons e amorosos), ela leva embora pensamentos negativos e maus enquanto traz pensamentos puros. Pegue o exemplo de uma vela, a chama da vela tem o poder de acender outra vela sem perder seu brilho, sem diminuir sua luz. Então, podemos usar a luz como inspiração, e desejarmos ser como uma luz para os outros. A luz não discrimina: ela dá sem esperar retorno. Olhe o Sol, sempre brilhando para todos. Nós pensamos que o Sol nasce e se põe todo o dia, mas isso é uma ilusão porque é a Terra que está sempre girando sobre seu eixo. O Sol está sempre brilhando e todos os que têm contato com ele podem sentir seu calor sem nenhuma distinção de cor, credo e raça. Da mesma forma, a meditação na luz é uma poderosa maneira de cultivar pensamentos, palavras e ações positivas. Meditação na luz também ajuda a purificar os sentidos e os órgãos de ação. É ainda uma ferramenta poderosa para mandar mensagens subconscientes para nós mesmos, de forma que se manifestem de maneira positiva quando atuamos em nível consciente, produzindo trabalhos cada vez mais próximos da excelência. É importante para o facilitador compartilhar isso com todos os jovens. Meditação na luz não é projetada para santos e sábios nas montanhas. É para a gente, para ajudar a estabilizar a mente no nosso ambiente turbulento e tumultuado. Os jovens devem ser levados a perceber a importância disso em suas vidas antes de começarem a praticar. O coordenador pode também enfatizar o fato da meditação na luz não requerer horas de meditação, mas somente alguns minutos todos os dias. Meditação está sempre associada a sentar-se na posição de lótus por horas a fio, o que, para os jovens, não é uma imagem atrativa! O facilitador deve quebrar este mito na mente dos jovens e ensiná-los a técnica de meditação na luz que Bhagavan Baba prescreve. Abaixo está a técnica que pode ser ensinada efetivamente aos jovens. A técnica da Meditação na Luz (Jyoti) A meditação da Luz requer que o indivíduo tenha total concentração na luz. Esta luz física depois pode ser visualizada no centro da sua testa. Gentilmente leve esta luz pelas várias partes do seu corpo (use uma vela para captar a imagem da luz). Como praticamos a chamada Meditação na Luz? Muito simples. Nenhuma elaboração é necessária. Você simplesmente irá precisar de uma vela acesa e um tapete confortável. Também será necessário um ambiente tranqüilo e silencioso. Assegure-se de que você está usando uma roupa confortável já que roupas apertadas vão impedir o fluxo livre da energia e causar desconforto, desviando sua concentração. Agora você está pronto para começar. Sentar-se sobre um tapete em posição de lótus pode causar incômodos, sente-se em uma cadeira, um banco ou até mesmo numa cama – mas mantenha sempre a coluna ereta e o corpo o mais firme possível para não perder a concentração. Preparação Antes de sentar-se para meditar, coloque uma vela ou lamparina acesa à sua frente. Esta deve ficar no mesmo nível que os seus olhos quando estiver sentado. Sente-se em uma posição confortável, mas com sua coluna ereta. Não permita que a cabeça se incline. Feche os olhos e, conscientemente, relaxe todos os músculos do seu corpo, desde os pés até a cabeça. Concentre-se na sua respiração. Apenas sinta o toque do ar dentro de suas narinas à medida que inspira e expira. Perceba que, com o tempo, a sua respiração vai se acalmando e diminuindo o ritmo. Prática da Meditação Quando a sua mente estiver suficientemente calma, abra os seus olhos e olhe fixamente para a chama, sem piscar. Note as diferentes cores, o tamanho e a forma da mesma e a aura que a cerca. Tente fixar a imagem na sua mente. Esta é a etapa denominada “Eu estou na Luz”. Quando sentir que é o momento, feche os seus olhos lentamente e visualize a chama em sua mente. Traga-a cada vez mais para perto de você e sinta que ela penetra em seu ser através do centro da sua testa. Faça com que ela desça para o seu coração espiritual, o coração em forma de lótus, no centro do seu peito, iluminando o caminho por onde passa. A chama chega ao coração: imagine as pétalas do botão de lótus se abrindo uma a uma. Seu coração está agora banhado em luz e amor. Irradia luz. Leve agora essa luz para o nível do umbigo e deixe-a fluir daí para a sua perna direita, banhando-a em luz. A solidez da perna desaparece e ela agora é feita de pura luz. Faça o mesmo com a perna esquerda. Conduza a luz para o ombro direito e daí para o braço, convertendo-o em um braço de luz. Faça o mesmo com o braço esquerdo. Seus membros se tornaram instrumentos de luz e amor, para servir a Deus através do serviço aos seus companheiros humanos. Leve a luz à sua garganta, língua e boca e purifique esses instrumentos da fala. Eles não mais se engajarão em falsidades e calúnias. Somente falarão a verdade e palavras de amor. Que a luz suba até os olhos e ouvidos e os purifique. A partir de agora, eles somente verão e ouvirão o bem. Imagine a luz preenchendo sua cabeça, iluminando todo o cérebro, purificando sua mente, incinerando todos os pensamentos doentios, companheiros íntimos das trevas. Agora, o corpo inteiro está carregado com luz e amor. Esta é a etapa: “a Luz está em mim”. Você é uma esfera de luz e amor, sempre em expansão. Primeiramente, expande-se para preencher o quarto e daí para a casa ou edifício em que você está, envolvendo todo ser humano, animal, planta ou objeto inanimado. Ela chega aos seus parentes, amigos e também àqueles que, erroneamente, tem considerado como seus inimigos. A Luz que você é mantém-se em expansão até que envolve sua vizinhança, a cidade em que você está e, então, todo o seu país. A expansão continua até que envolve toda a Terra, os planetas, o Sol e as estrelas. A Luz que você é se uniu com a luz do Universo inteiro. Você e o Universo são, agora, Um. Não há separação, nenhuma dualidade. O Eu real é o Atma Universal, onisciente, onipresente e onipotente. Eu sou Deus. Eu sou Sat Chit Ananda, Ser, Consciência e Bem-Aventurança. Neste estado, “Eu sou a Luz”. Permaneça nesse estado de Bem-Aventurança por um certo tempo, reconhecendo a eterna verdade, de que o seu Ser Real não é o corpo físico, composto de átomos e moléculas. Sua real natureza é a Divindade. Quando sentir que é o momento, encerre a meditação, fazendo a esfera de luz contrair-se gradualmente até uma partícula de luz no coração. Esta é a sua consciência de Deus, que permanecerá sempre no seu coração espiritual, para lembrá-lo de sua Divindade inata durante todos os momentos de sua vida. Encerre a meditação cantando Om Shanti Shanti Shantih. Algumas recomendações Horário fixo para a prática. O melhor horário para meditação é o intervalo de tempo entre 3 e 6 horas da manhã. Tente meditar sempre à mesma hora todos os dias. Se este período for inconveniente, medite antes de deitar-se para dormir, ou a qualquer hora do dia ou da noite. Ao acordar, não tome banho antes de sentar-se para meditar, pois o ritual do banho despertará os sentidos e você ficará por demais estimulado para que o processo da meditação tenha sucesso. Do mesmo modo, não medite após uma refeição completa. 2) Lugar fixo para a prática Escolha um lugar onde possa estar livre de distrações exteriores: um quarto separado para orações e adoração diárias, ou um canto de um quarto destinado às suas práticas espirituais. O ambiente deve ter temperatura estável e agradável e, se possível, não ser usado para nenhum outro propósito, para ajudar a manter as vibrações espirituais. O fato de utilizar sempre o mesmo local vai fazer com que essa vibração sutil gerada no local favoreça as práticas futuras. Material auxiliar Fita de meditação: existe uma fita cassete lançada pela Organização Sri Sathya Sai do Brasil intitulada “Meditação na luz”. Além de conter uma explicação sobre a Meditação na Luz, ela tem uma parte prática onde a meditação é conduzida. Ela pode ser muito útil quando o indivíduo quer iniciar a prática da Meditação na Luz, e não está completamente familiarizado com a técnica. Descobertas científicas sobre os efeitos da meditação Em 1968, Herbert Benson, M.D juntamente com Miriam Z Klipper conduziram um estudo com quatro outros doutores sobre o stress mental e a pressão sangüínea dos macacos. Enquanto conduziam sua pesquisa, um grupo de praticantes de meditação transcendental encontrou-se com o Dr. Herbert e sua equipe, e alegou que seria possível reduzir a pressão sangüínea através da meditação. Num primeiro momento, Dr. Benson permaneceu cético, mas depois decidiu aceitar a oferta do grupo já que não havia nada a perder. Dr. Herbert e sua equipe, nos anos seguintes, monitoraram várias pessoas que meditavam e descobriram que a meditação realmente produz mudanças fisiológicas no corpo. Seguem-se as descobertas da pesquisa sobre os efeitos da meditação: aumenta a intensidade e freqüência das ondas alfa do cérebro; há uma significativa redução da freqüência cardíaca e respiratória, das taxas de consumo de oxigênio e da tensão muscular; há uma diminuição marcante da lactação do sangue que é suspeita de causar ataques de ansiedade. Então, havia dados suficientes para comprovar que a meditação realmente ajuda a melhorar o estado físico do indivíduo. Entretanto, deve ser mencionado que a meditação não alterou a pressão sangüínea de algumas pessoas, possivelmente porque eles já apresentavam pressão baixa causada por alguma alteração de estado e prática regular de meditação. De qualquer forma, é recomendado que pessoas que sofrem de hipertensão tentem diminuir a pressão sangüínea através de meditação regular. Indivíduos diferentes vão vivenciar vários níveis de resposta, mas a maioria deles vai sentir uma sensação de calma e serenidade e um sentimento de prazer e conforto. Alguns vão sentir pequenas mudanças ou nenhuma mudança. Entretanto, a pesquisa indica que, independente dos sentimentos do indivíduo durante este estado de alteração, algumas mudanças fisiológicas estão acontecendo como a queda de consumo de oxigênio e relaxamento da tensão muscular. Importante lembrar que os benefícios da meditação só acontecem e duram na medida em que se pratica regularmente. De acordo com o Dr. Herbert, na sociedade de hoje, pouca atenção é dada à importância do relaxamento. Indivíduos têm esquecido muitos dos métodos tradicionais de buscar o relaxamento como a oração e a meditação. Dr. Herbert percebeu que num mundo em constante mudança e altamente competitivo, os indivíduos precisam de mais relaxamento do que nunca. Seria recomendável que a sociedade dedicasse mais tempo à meditação. Liberando o poder da mente humana: duas percepções “Uma mente sem treinamento é como o véu da ignorância que bloqueia a Divindade dentro de nós. Quando começamos a acalmar a mente, o denso véu da agitação, vagarosamente, é reduzido e, na tranqüilidade, a voz interior surge e nós começamos a ouvir essa fonte ao invés de buscar motivação nas forças externas... ai estão os mistérios da vida!” __________________________________________________ “Na tranqüila infinitude da vida onde eu estou, tudo é perfeito, total e completo. Eu estou sempre divinamente protegido e guiado. É seguro para mim olhar para o meu interior. Eu sou muito mais do que minha personalidade, que o passado, presente ou futuro. Eu agora escolho ir além dos problemas de minha personalidade, Para reconhecer a magnificência do meu Ser. Eu estou completamente disposto a aprender a me amar. Tudo está bem no mundo. Adaptado de “You can heal yourself”, de Louise Hay    Processos Mentais Cérebro esquerdoCérebro DireitoAssocia idéias verbais e utiliza palavras para descrever coisas e situações Consciente das coisas, mas não as associa com as palavras – utiliza gestos e imagens para descreverAnalítico: separa as coisas em compartimentosSintético: agrupa as partes para formar o todoUtiliza símbolos para reconhecer coisasPercebe as coisas como elas sãoExtrai informações relevantes do todoFaz analogias e percebe similaridadesBoa percepção do tempo e do tempo gastoFraca percepção do tempoBaseia-se nos fatos e no raciocínio Baseia-se na intuição e no instintoBom entendimento dos númerosFraco entendimento dos númerosFraco sentido de conexões espaciaisBom sentido de conexões espaciaisLógicoIntuitivoLinear - uma idéia segue a outraHolístico – percebe padrões, ligando idéias como um todo  Técnicas de Introspecção – Reflexão interna “Para chegar à essência de Deus, o indivíduo tem que primeiro chegar à sua própria essência, pois ninguém pode conhecer Deus sem conhecer a si mesmo.” Sai Baba O que foi colocado por Sai Baba na mensagem acima pode ser alcançado pela meditação ou Dinâmicas da Mente. Meditação é o primeiro dos nove pontos do código de conduta que Swami prescreve aos devotos e, portanto, desempenha um papel importante no desenvolvimento pessoal, em busca dos mais altos patamares da espiritualidade e até mesmo da vida diária. “Sentar-se em silêncio”, Harmonização, Meditação na Luz, etc., são componentes básicos das práticas da Organização Sai Baba. Essa sessão das Dinâmicas da Mente explora vários aspectos do desenvolvimento da mente humana e foi criada para preparar os jovens a enfrentarem os desafios da vida, como a educação universitária, ambiente de trabalho profissional, pressão da sociedade, etc. Algumas das técnicas foram também criadas para serem utilizadas em ambientes “não espiritualizados”, ou seja, na sociedade em geral (fora da organização Sai). O facilitador deve aplicar essas técnicas de acordo com o ambiente. Temos vários tipos de técnicas e exemplos. A maioria delas são exercícios de visualização, que além de exercitar o controle do fluxo mental do jovem, trazem para sua reflexão interna os ideais do caráter perfeito, da espiritualidade, da vida correta, etc. O fato de termos vários tipos de técnicas, vai criar um certo dinamismo necessário em se tratando de jovens! Com o tempo, eles vão atingir um maior controle e desenvolvimento da mente. Num determinado momento, a prática da Meditação na Luz pode ser introduzida, e se tornará a prática de meditação deles. Além das técnicas que o facilitador conduzirá em sessões específicas com os jovens, existe a técnica da respiração (So-Ham). O facilitador deve ensinar a eles essa técnica e encorajá-los a praticar regularmente. Essa não é uma técnica só para uma sessão! Eles devem se esforçar para fazer dela sua disciplina espiritual diária. As técnicas estão divididas nas seguintes categorias: Técnica de respiração Foco no indivíduo Contemplação em uma forma ou ideal Contemplação em afirmações positivas Contemplação na consciência Dentro de cada categoria, quando há mais de uma, as técnicas são numeradas. Cada técnica começa com uma explicação ou resumo e depois sempre apresenta um exemplo de aplicação, onde os tópicos “Preparação” e “Guia” mostram a prática sendo conduzida por um facilitador. Qualquer texto entre parênteses contém explicações ou dicas para o facilitador e não são parte da fala do facilitador ao conduzir a prática. Lembre-se que, com exceção da primeira – a técnica da respiração So-Ham - que Swami ensina e recomenda aos jovens, o que temos são exemplos de práticas possíveis. Esteja sempre disposto a alterar e melhorar a condução da técnica e até mesmo criar suas próprias técnicas de acordo com a realidade na qual você está trabalhando e com sua consciência. Técnica de respiração: So-Ham Uma grande vantagem deste método é que ele pode ser praticado a qualquer hora, em qualquer lugar e não há preparações preliminares, tais como acender uma vela ou lamparina. Mas, para obter os melhores resultados, pratique em seu local próprio para meditação e nas horas que você fixou para meditação diária. “Tudo que fizerem, considerem como um trabalho de Deus. Por exemplo, o processo de inalar e expirar é, em si, uma prática espiritual. O processo de inalar está associado ao som ‘So’ (Aquele) e o exalar ao som ‘Ham’ (eu). ‘So-ham’ significa “Eu Sou Aquele”. ‘So’ simboliza a Divindade e ‘Ham’ representa o ego. So-ham nos ensina a lição de aceitar o que é bom e descartar o que é mau. Este processo de inalar e exalar é repetido 21.600 vezes ao dia. Significa que a sua voz interior os está lembrando 21.600 vezes por dia que vocês são Deus. Infelizmente, vocês não são receptivos a esta mensagem. Não compreendem a realidade de que Deus os dotou com este corpo. Não limitem Deus ao seu altar. Deus é o seu alento de vida.” (Trecho do discurso de Sai Baba proferido aos jovens por ocasião da Segunda Conferência Mundial de Jovens - Prasanthi, Novembro de 1999) Essa é a principal técnica, com a qual o responsável pelo Educare para Jovens ou facilitador do programa deve ter muita familiaridade antes de tentar aplicar nos jovens. É uma técnica muito simples, mas deve ser praticada com disciplina para se tornar eficaz. Comece a praticar regularmente antes de apresentá-la aos jovens, pois assim terá sua própria experiência para poder auxiliá-los. Na pior das hipóteses, inicie a prática junto com eles, mas não desista. Lembre-se que você é um exemplo para eles e que a coerência entre pensamento, palavra e ação é a base para a sua vida! Guia Sente-se em uma posição confortável em seu local de meditação. Cante OM três vezes e depois, faça uma oração ou recite o Gayatri para aquietar seus pensamentos e chegar a uma sensação de serenidade, própria para a meditação. Relaxe o seu corpo completamente, dos pés à cabeça. Mantendo seu corpo e mente calmos, feche os seus olhos, ou mantenha-os entreabertos. Em qualquer dos casos, focalize seu olhar em um ponto entre as sobrancelhas. Observe agora sua respiração, permitindo-a fluir para dentro e para fora por si mesma, sem forçar a inalação ou exalação. Enquanto o ar entra, cante mentalmente ‘So’ e, à medida que o ar sai, ‘Ham’. A respiração deve ser gentil e natural, e não, pesada e forçada. Não acompanhe a respiração desde as narinas até o peito, ou do peito às narinas. Observe a respiração somente nas narinas, mantendo sua mente concentrada nesse ponto. Durante os períodos de ausência de respiração, isto é: entre a inalação e a exalação e entre duas respirações, desfrute da paz interior, contemplando a declaração de que ‘Ele e você são um’. Durante a inspiração, enquanto canta mentalmente ‘So’, desenvolva o sentimento de que está absorvendo o Divino Princípio (Sat-Chit-Ananda; Brahman; So), e, enquanto exala e mentalmente recita ‘Ham’, imagine que está expelindo todo o ego falso (Aham), sua egoística individualidade. Caso algum pensamento atravesse sua mente, apenas observe-o, evitando qualquer desejo de segui-lo, e retorne à sua respiração e à recitação do ‘so-ham’. O cântico mental de ‘So’ e ‘Ham’ deve seguir o fluir natural da respiração. Não acelere ou retarde a respiração para adaptá-la ao cântico. Iniciantes neste tipo de meditação podem achar difícil manter a concentração por mais que uns poucos minutos. Porém, com a prática diária, acharão fácil meditar por períodos cada vez maiores e também reduzirão a freqüência de sua respiração para chegar a períodos maiores de ausência de respiração, pois é nesses que todas as sensações, vindas dos órgãos dos sentidos, e pensamentos cessarão e você descobrirá o seu verdadeiro Ser. Após desfrutar da bem-aventurança da meditação profunda, você pode encerrá-la cantando o Om Shanti Shanti Shantih. Foco no indivíduo Essas técnicas são projetadas para os jovens focarem neles mesmos e refletirem com humildade sobre as seguintes questões: Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Para onde estou indo? O que eu consegui alcançar até aqui? Como eu pareço para os outros? Etc. Para qualquer mudança ocorrer, deve haver introspecção e reflexão interna e, somente depois, é que a compreensão pode surgir em áreas de fraqueza ou de força. 1 – Reflexão conduzida Imagine uma cena que te traz recordações felizes. Um lugar que você visitou, um jardim, uma praia ou qualquer outro lugar/situação que tenha feito você se sentir bem e feliz. Uma vez que essa cena tenha sido visualizada, agora se imagine se sentindo calmo e relaxado, curtindo essa linda cena. Por fim, a sessão deve gerar sentimentos positivos e felizes. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente perceber o livre fluxo de pensamentos em sua mente e ouça a voz que irá temporariamente lhe guiar. Não deixe a mente se desviar, mas esteja consciente dos seus pensamentos. Guia Imagine que você está num jardim esplendoroso e verde, com muitas flores das mais variadas cores. Seu olfato é acariciado com a fragrância das flores que preenchem o ar. Sua mente está maravilhada com toda essa fabulosa criação Divina. As variações de cores e tamanhos lhe traz um sentimento de reverência. Agora, olhando para essas flores, você se pergunta: Será que sou uma dessas flores no jardim de Deus? Será que eu transmito alegria e tranqüilidade a todos a minha volta? Será que estou espalhando minha fragrância de amor e felicidade para as pessoas com quem encontro? Se não, como eu posso mudar de modo a ser uma flor no jardim de Deus? (o condutor dessa sessão deve dar um tempo para que os jovens reflitam após cada pergunta) Vagarosamente, comecem a trazer a sua atenção desse lindo jardim para a sua respiração. Lentamente comece a abrir os seus olhos. (o facilitador inicia uma pequena conversa com as seguintes perguntas) Em que sentido vocês foram beneficiados com essa prática? O que vocês sentiram? Ela os ajudou a criar imagens visuais? Compartilhe os sentimentos positivos que você teve. Amor, Paz? 2 – Visão de si mesmo Leve sua atenção a um objeto específico que seja muito bonito. O objeto qualquer coisa tangível e que possa ser visualizada. Alguma coisa tangível como uma flor. Você pode falar sobre vários atributos de uma flor durante a visualização. Por exemplo, uma rosa, que fala silenciosamente na linguagem da fragrância. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente perceber o livre fluxo de pensamentos em sua mente e ouça a voz que irá temporariamente lhe guiar. Não deixe a mente se desviar, mas esteja consciente dos seus pensamentos. Guia Feche os olhos e visualize em sua mente uma linda rosa. Deixe que a rosa tome completamente a sua mente. Suas pétalas suaves acariciam suas mãos. Sinta a maravilhosa fragrância da rosa. Quais são as características da rosa? De que maneira as pessoas são beneficiadas pela rosa? Nesse contexto, como podemos nos tornar como uma rosa? As pétalas suaves devem refletir a suavidade em seu coração. As pétalas suaves são como as palavras doces e amáveis que diz a todos. Suas palavras devem cuidar ao invés de machucar as pessoas. Swami diz que você não pode concordar sempre, mas você sempre pode falar carinhosamente. Além disso, a rosa oferece sua fragrância para qualquer um que se aproxime dela. De fato, o indivíduo vai desfrutar dessa fragrância imediatamente. Como vocês podem se tornar como uma rosa? Que qualidades devem desenvolver para se tornarem essa pessoa tão linda? 3 – Reflexão Essa técnica leva os adolescentes a refletirem sobre o que aprenderam durante suas vidas. Também os leva a perceber que outras pessoas também têm as mesmas aspirações de sucesso e felicidade, ainda que, algumas delas apresentem diferenças na forma ou quando vão atingir seus objetivos. Agradeça a Deus por sua individualidade e perceba que você é uma pessoa linda por dentro e por fora e que ninguém pode roubar essa virtude de si, mesmo que você dê a eles a “oportunidade”. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente acalmar fluxo de pensamentos em sua mente ouvindo a música suave (ou recitando o OM ou outro cântico de acordo com a escolha do facilitador). Sua mente está agora quieta e pronta para receber uma nova perspectiva livre de qualquer negatividade. Guia (O facilitador pode usar as seguintes sentenças como um guia e pode usar algum tipo de música suave ao fundo). No silêncio de sua mente pergunte...Quantos anos eu tenho? (pausa) O que eu já alcancei em minha vida até aqui? (pausa) Eu estou feliz com o tipo de vida que levo? (pausa) Que objetivos gostaria de atingir nessa vida? (pausa) Quão diferente eu sou das outras pessoas do mundo? (pausa) Eu estou tentando brilhar como uma estrela ou estou resmungando e tendo pena de mim mesmo? (pausa) Já me dei conta de meu potencial ou fico constantemente culpando os outros ou a mim mesmo? (pausa) Ao término dessa lista de questões, devem haver respostas e a compreensão de que vocês são um presente para o mundo. Se você nunca pensou a respeito dessas questões, o faça agora e se ofereça como um presente ao mundo para fazer a diferença. 4 – Agradecimento a Deus Você tem o controle do estado de sua mente agora. Agradeça a Deus pelo que você tem agora e pelo que está por vir. Sejam quais forem os desafios que você está enfrentando, são todos nuvens passageiras. Seja sempre agradecido pela graça e proteção de Deus. Essa atitude vai te ajudar por todo o seu longo caminhar! Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente perceber o livre fluxo de pensamentos em sua mente e ouça a voz que irá temporariamente lhe guiar. Não deixe a mente se desviar, mas esteja consciente dos seus pensamentos. Guia Analise os últimos 5 anos de sua vida. Para alguns, esse período pode ter sido fantástico e para outros pode ter sido uma grande batalha! Independente das experiências que você teve, elas tiveram um importante papel na sua formação. O que você é, tem origem nas experiências que você teve, oscilando entre dores e alegrias. Agora, agradeça a Deus por tudo que você passou na vida e saiba que há muito mais por vir. Esteja aberto para novas experiências e desafios que com certeza, irão ajudar a transformá-lo num indivíduo melhor, de forma que você possa brilhar. Reflita sobre o fato de que seu passado moldou seu presente, e que seu presente vai determinar seu futuro... assim, esteja atento a cada pensamento, palavra e ação – eles são a semente do seu futuro! 6 – Viagem interior Que tipo de pessoa você é? Você está feliz com você mesmo? Concentre-se nos seus atributos. Se a resposta é NÃO, como você gostaria de ser? Por exemplo, se você morresse hoje, como sua família, amigos e conhecidos reagiriam a sua morte? Que tipo de coisas eles diriam sobre você? Seja totalmente honesto com você mesmo! Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente perceber o livre fluxo de pensamentos em sua mente e ouça a voz que irá temporariamente lhe guiar. Não deixe a mente se desviar, mas esteja consciente dos seus pensamentos. Guia Somos imperfeitos e temos muitos defeitos. Isso é um fato conhecido. A questão é o quão sérias são nossas imperfeições. Antes de tratar nossas imperfeições, temos que identificá-las. Quais são nossas qualidades positivas? Além disso, como você gostaria de se transformar de modo a se melhorar, reduzindo as suas imperfeições em busca da perfeição? Se estivesse para morrer hoje, e sua alma estivesse a observar as reações de seus familiares, amigos e conhecidos, o que eles estariam falando? O que eles dizem depende muito do tipo de pessoa que você foi e do tipo de vida que você levou até aqui. Se eles dizem coisas boas a seu respeito, você está no caminho certo! Por outro lado, se você acha que eles diriam coisas ruins – preste atenção no tipo de caráter que você tem! Não perca tempo, busque melhorar. 7 – Contemplação em você Que tipo de pessoa você é? Qual a visão que você tem de você mesmo? Que tipo de papel você quer desempenhar na vida, independente das condições atuais de sua realidade, como a sua casa, escola, amigos, problemas, etc? Que tipo de objetivos você espera atingir nos próximos 5 ou 10 anos? E não pense em nada menos que o sucesso! Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente perceber o livre fluxo de pensamentos em sua mente. Respire profundamente. Sinta que você está andando tranqüilamente em um lugar muito bonito. Você está em total harmonia com o ambiente. Ouça as idéias que serão apresentadas... Guia Contemple o tipo de pessoa que você é! Se questione, “Será que eu levo a vida de cabeça erguida ou ando cabisbaixo, constantemente com medo?”. Entenda que esses sentimentos, se você os tiver, são naturais e que podem ser contornados. Não deixe que o medo controle você. Uma vez que você tenha conquistado seu medo, reflita sobre o seguinte. O que você quer para sua vida? Você é como uma balsa, boiando sem destino no oceano, ou você é um navio que se move em direção a um destino determinado? Nós fazemos escolhas e então vivemos com elas. Faça suas escolhas com cuidado e lembre-se que um navio com uma rota certamente terá um destino e irá ancorar em segurança. Sucesso não é algo inatingível, de fato, ter sucesso é completamente viável, dependendo somente de sua determinação. Contemplação de uma forma ou ideal Essa é uma outra técnica que é utilizada para ajudar os jovens a se concentrarem e a aprenderem a focar. Quando a mente está focada num determinado pensamento ou forma, ela não consegue oscilar ou “viajar”. Ao conseguir isso, o jovem vai experimentar um sentimento de unidade com a mente, porque sua consciência está atuando junto à mente. Essa habilidade de concentrar é a base da meditação para os jovens. 1 – Contemplação na forma Nessa atividade, o jovem será guiado a visualizar a forma de Deus de sua preferência e contemplá-la, refletindo sobre os atributos Divinos que essa forma passa para ele. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Observe o fluxo de pensamentos de sua mente se acalmar. A mente deve estar completamente vazia para poder visualizar a sua forma Divina favorita, seja ela Jesus Cristo, Krishna, Sai Baba, São Francisco, Ganesha, ou qualquer outra. Guia Focalize sua mente na sua forma de Deus favorita. Seja qual for, você deve agora visualizar essa forma Divina no centro de sua testa, com todo o seu esplendor. Contemple essa imagem. Perceba os detalhes e atributos que fazem você identificar essa forma com Deus e que te inspiram. Pense e reflita sobre esses atributos, como eles estão relacionados a si e como você poderia aplicá-los em sua vida. Seja descritivo, por exemplo, vamos escolher Ganesha. O que as grandes orelhas representam? Qual é a mensagem da presa quebrada? O que essa presa tem de tão interessante e porque ela traz uma grande lição para nossas vidas? Outro exemplo, visualize o rosto de Jesus em sua mente e contemple suas qualidades que fizeram de Jesus o Cristo. O que Ele fez? De que maneira Ele viveu? Qual foi sua mensagem? A partir dessa seqüência de questões, deve surgir uma seqüência de respostas que vai dar ao ouvinte a coragem e a sabedoria necessárias para que ele comece a aplicar esses valores em sua vida. 2 – Contemplação em um ideal Reflita no fato de que você é a personificação do puro amor. Você não é nada além do reflexo de seu criador – puro, amável. Sinta o livre fluxo do seu amor para todos e deixe essa energia fluir para uma pessoa perto de você. Sinta e reconheça que você e essa pessoa são encarnações do Divino Amor (Premaswarupas). Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Imagine sua mente como um lago e que alguém jogou uma pedra nesse lago, que ficou cheio de marolas. Sua mente é assim. Você tem agora que tentar acalmar a sua mente e prestar atenção no seguinte... Guia Qual o significado do termo Premaswarupas, que, literalmente quer dizer “Personificações do Divino Amor”? Ao proferir um discurso de abertura, quando Swami se dirige aos seus devotos, ele nunca deixa de usar esse termo carinhoso. Porque Swami se refere a todos dessa forma? Qual o ideal que Ele está tentando transmitir? Tente contemplar esse ideal. 3 – Contemplação em imagens mentais Imagine um arco-íris. Sinta as cores vibrantes do arco-íris. Sinta-se caminhando ou voando dentro desse feixe de cores. Sinta o aconchego das cores e sinta sua energia aumentar à medida que você se move de uma cor para outra. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. A mente está agitada. Preste atenção nesse burburinho mental e tente se esforçar em focar. Aquiete a mente e leve sua atenção às seguintes idéias... Guia Feche seus olhos e veja a sua frente um Arco-íris! As lindas cores lhe deixa maravilhado. E essas cores estão agora por toda parte. Você sente essa sensação maravilhosa e está começando a sentir um calor aconchegante. Uma sensação de calma tomar conta de você. Apenas sinta... alegria, paz, felicidade fluem através de você a medida que flutua no interior das cores do arco-íris. Nessa sensação maravilhosa, faça um voto de que sua vida deve também refletir essa maravilha. Aspire em ser forte e vibrante. Contemplação em afirmações positivas Essas técnicas inspiram os jovens com pensamentos sublimes e grandes ideais e a trazer uma abordagem prática para a vida cotidiana. 1 – Aspiração Imagine que você está ficando cada vez menor até se tornar um ponto num DNA. Agora imagine o maior potencial que você gostaria de atingir. Ouse a sonhar, mantendo os seus pés firmes no chão e ao mesmo tempo, alcançando as estrelas. Aquele que não ousa sonhar, nunca chegará ao topo. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Observe o fluxo de pensamentos se aquietando em sua mente. Imagine que você é uma águia planando no céu e que está pronto para pousar em uma árvore. Leve sua atenção aos seguintes padrões de pensamento... Guia Para tudo que você faz, existe uma reação igual e oposta. Assim, se você se entregar à mediocridade, então irá receber resultados medíocres. Se você pensa que é pequeno e fraco, assim o será! Se você buscar a excelência – será também recompensado com o sucesso. Se você quer sucesso, ele será seu. Entretanto, se a vontade e a carne forem fracos, então você terá que enfrentar pedras no caminho! Você tem que ter uma vontade que seja muito forte, assim, o resto do jogo será alcançado. Se você pensar em pó, pó será. Se pensar em Deus, Deus será. Pensamentos são coisas – assim como você pensa, assim o será. Então, pense o que você quer ser ou alcançar daqui a 2 anos, ou daqui a 5 ou 10 anos! Como você se vê no papel de um filho/filha, de um profissional, de um amigo, voluntário, etc? Você será mediano, como a maioria, ou você buscará a excelência em cada papel que for dado a você nesse teatro da vida. 2 – Aceitação A importância de amar a si próprio primeiramente. Se você não se amar, como pode amar os outros? Repita mentalmente o seguinte: “Eu te amo e aceito você como você é. Meu criador também me ama pelo que eu sou”. Esse é o primeiro passo para auto-aceitação. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Observe o fluxo de pensamentos se aquietando em sua mente e preste atenção nas seguintes instruções... Guia Sai Baba diz que o primeiro passo para auto-realização é a autoconfiança. Muitas vezes perdemos a autoconfiança e então, nos tornamos incapazes de atingir todo nosso potencial. O primeiro passo para a autoconfiança é amar a si mesmo. Então, nós devemos nos dar a oportunidade de apreciar nossas qualidades e nossa criatividade. Somente depois disso poderemos crescer e permitir que nossa criatividade e nossos talentos se desenvolvam. Isso pode parecer egoísta, mas não é! Na verdade estamos apreciando as qualidades Divinas. O que admiramos em nossa personalidade é na verdade, um reflexo de Deus. 3 – Autoconfiança Imagine que você está em pé na base de um pico muito alto. Agora, sinta a determinação crescer em seu interior para chegar até o pico. Você sabe que será necessária determinação e muito trabalho para chegar lá, mas cada esforço empregado na escalada será recompensado quando o objetivo for alcançado. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente perceber o livre fluxo de pensamentos em sua mente e ouça a voz que irá temporariamente lhe guiar. Não deixe a mente se desviar, mas esteja consciente dos seus pensamentos. Guia Imagine que você está na base de uma montanha gigante, como o Himalaia ou o Evereste. Você olha para o topo da montanha e pensa com um ar de dúvida, será que posso chegar ao topo? Depois, com uma coragem que você nem imaginava que tivesse, você decide aceitar o desafio e inicia a empreitada! No início, a escalada não é tão ruim. Você começa a sentir autoconfiança, mas à medida que a escalada se torna mais e mais difícil, e o terreno muito hostil, você percebe que sua autoconfiança começa a enfraquecer. Você irá desistir ou você é um guerreiro? Você se da conta que é um guerreiro. Seu espírito de guerreiro vence e você não permite que as dificuldades te derrubem. Você luta até o fim e, depois de muitas batalhas, chega até o topo. De pé, no topo da gigante montanha, você vê a paisagem maravilhosa aos seus pés! Você olha para o céu, abre bem os braços e sente uma brisa suave te abraçando. Sentindo imensa satisfação, você sente que as adversidades que você ultrapassou compensam. Você agora sabe que pode fazer qualquer coisa que determine em sua mente. 4 – Outra técnica de afirmações Essa sessão é um guia de como o coordenador do Educare para Jovens pode criar atividades com afirmações para os adolescentes. Quando criar afirmações positivas, aplique as seguintes regras: Devem estar na primeira pessoa (usando o pronome Eu) Devem estar no tempo Presente Devem ser positivas Uma afirmação positiva é geralmente utilizada para obter um determinado objetivo, seja para o desenvolvimento pessoal, mudança de caráter, etc. Veja o exemplo a seguir: Eu amo e aprecio a mim mesmo incondicionalmente Eu sou uma pessoa digna, merecedor de amor, atenção e felicidade Eu tenho grandes talentos aguardando para serem praticados O futuro detém excelentes oportunidades para mim O seguinte processo pode ser usado para criar uma afirmação positiva para qualquer objetivo: Peça aos jovens para escolherem uma área de suas vidas que eles queiram trabalhar. O tópico da afirmação pode ser relacionado aos estudos, saúde, trabalho, auto-estima, paz mental, etc. Os jovens devem decidir o que querem que ocorra nessa área. Eles deveriam se perguntar: O que eu quero que aconteça? Que resultado estou procurando? Os jovens agora devem formular uma afirmação concisa que expresse o resultado desejado. Use a primeira pessoa (Eu). Escreva a afirmação no presente. Imagine a experiência acontecendo nesse momento. Exemplificando, “Eu amo a mim mesmo” é muito mais forte do que “Eu vou amar a mim mesmo”. Obs: A afirmação deve ser sempre positiva. Os jovens devem ter cuidado para expressarem o que querem e NÃO o que não querem. Se você diz, “Eu não estou doente”, o subconsciente ignora a negação – a palavra não – e mantém o estado ou adjetivo – no caso, doente. Assim, o correto seria dizer “Eu estou saudável”. Experiência com os sentimentos gerados pela afirmação: os jovens deverão repetir a afirmação para si mesmos até que ela esteja “entranhada” neles. Quando isto ocorrer, ele/ela poderá senti-la como parte de si mesmo(a). Os jovens deverão aperfeiçoar a afirmação, alterando umas poucas palavras, até que a afirmação comece a funcionar. Repetição da afirmação. A repetição é a mãe do aprendizado. Quando uma afirmação é repetida, seu padrão é impresso na mente, “ancorando” deste modo o novo pensamento, pois “aprende-se as coisas repetindo-as com freqüência e pensando sobre elas até que se firme na mente para sempre.” Os jovens devem ser consistentes na prática de afirmar. É de grande utilidade repetir sua afirmação diariamente, para beneficiar-se do princípio da repetição espaçada. Separe um momento específico se puder, preferivelmente após o despertar, ou antes de deitar-se para dormir. Os pais têm relatado que seus filhos gostam de repetir afirmações antes de dormir. Os jovens poderiam perguntar: “Como é que eu sei quando a afirmação está funcionando?” A resposta é: quando o resultado desejado é percebido ou alcançado. Se o resultado que se está procurando manifesta-se no mundo exterior, então é evidente que a meta foi alcançada. Se, por outro lado, o que se está buscando é uma mudança interior, deve-se perceber quando o estado mental começa a se modificar – o que indica que a meta foi alcançada. Uma vez que o jovem sentir uma sensação de realização, poderá avançar para a próxima meta ou desafio que se apresentar. Metodologia: Antes de começar a afirmar, a mente deve libertar-se de preocupações e inquietações. Repita a afirmação, primeiro em voz alta, depois em tom suave e mais lentamente, até que sua voz se torne um sussurro. Então, gradualmente, repita mentalmente a afirmação, até que tenha atingido uma concentração profunda e firme. “The Power of Your Sub-conscious Mind” do Dr. Joseph Murphy. Contemplação na consciência Swami tem dado a seus devotos a garantia de que se eles O contemplarem, Ele “aparecerá” no “olho” de suas mentes. Quando caímos aos pés de Baba para obter Suas bênçãos, nós sentimos a energia do Seu puro amor sendo passada Dele para nós. Preparação Sente-se confortavelmente, com a coluna ereta. Tente perceber o livre fluxo de pensamentos em sua mente e ouça a voz que irá temporariamente lhe guiar. Não deixe a mente se desviar. Metodologia Você não precisa estar em Prasanthi para sentir o amor de Swami. Você pode obter esse sentimento a qualquer momento, bastando seguir o conselho dado por Swami num discurso que ele proferiu em Kodaikanal há alguns anos. Imagine que você está em Prasanthi Nilayam, o Ashram de Sathya Sai Baba na Índia. Você está sentado em oração aguardando o momento em que Swami virá caminhando entre os devotos. De repente você sente uma vontade de abrir seus olhos e quando o faz, você vê Sai Baba bem a sua frente, a alguns centímetros de você. De fato, você consegue até sentir o toque suave de Sua túnica em sua pele. Você agora pede permissão a Swami para fazer Padnamaskar, e Swami, com o amor de pai e mãe juntos, concede! Quando você se abaixa e toca os pés de Swami, sente que são tão suaves quanto às pétalas de uma rosa. Você cai a Seus pés de Lótus. Primeiro, sua testa toca o Seu pé direito e, depois, o esquerdo. Quanto acaba de tocar, sente um calor fluido de sua testa e percorrendo todo seu corpo. Entregue uma de suas qualidades negativas a Seus pés e absorva em seu interior uma qualidade Divina de Baba que você imagina que vai te aproximar de Deus. Quando termina de fazer sua entrega a Ele, você sente as mãos de Swami te levantando com amor e compreensão. Você se dá conta que essas mãos Divinas estão sempre te guiando e protegendo. Retornando à sua posição, sentado, Swami olha para você, dá um sorriso muito amoroso e faz um gesto, levantando a mão direita e esticando a palma em sua direção, dizendo ao seu coração: “Por que temer se Eu estou sempre com você?”. Material de Apoio – Poemas e Citações Inspiradoras É fácil encontrar este tipo de material de apoio. A Internet é uma fonte bastante conveniente. Eu às vezes sinto falta de coragem Quando aparecem nuvens cinzentas Até que eu penso nas coisas Que ontem aconteceram Não me refiro ao dia de ontem Ou há alguns meses atrás Mas a todos os dias de ontem nos quais Eu tive a chance de crescer Eu penso nas oportunidades Que eu deixei passar E naquelas que aproveitei Antes que passassem por mim E me lembro que o passado Apresentou muitos desafios Mas, de algum modo, perseverei E o futuro pareceu-me bom E eu lembro a mim mesmo Que sou capaz e livre E meu sucesso e felicidade São de minha inteira responsabilidade Disparadores de Pensamentos (Citações) Três exemplos são fornecidos a seguir. Eles normalmente são frases curtas, provocadoras de reflexões. Os facilitadores devem estar atentos o tempo todo, pois tais disparadores surgem em qualquer lugar – mesmo uma mensagem colada ao vidro de um carro pode servir. “Quem não escala o monte não pode ver a vista.” “O que quer que a mente possa imaginar e acreditar, ela pode alcançar.” “Algumas pessoas têm sucesso porque foram destinadas a isto, mas a maioria delas tem sucesso porque se determinaram a isto.” Nota: Cada indivíduo poderá expressar o significado da citação para ele – como ele a compreende. Deste modo dá-se a oportunidade a todos de compartilhar seus pensamentos e aplicar as citações em suas vidas. Segue-se um Poema escrito por um jovem… O Poder da Mente (Seja a Folha ou Seja o Salmão) Você ouve toda essa conversa sobre Poder da Mente, Sobre como a mente é um instrumento tão espantoso, Embora o ser humano médio use apenas 3 a 7 por cento dela. Então eu penso em mim mesmo. A cada dia que passa Minha mente jamais está em foco, constantemente vagando sem rumo Como um macaco pulando de galho em galho sem lugar algum pra ir Eu jamais sei o que farei nas próximas horas, que dirá amanhã Então, aqui estou, questionando profundamente sobre as coisas mais triviais Enquanto outros, que têm “controle mental”, estão trabalhando, realizando. Eles têm esse truque interessante chamado meditação Mas, como alguém pode sentar-se assim, tão parado, em um mundo tão ativo. Eu tentei esse sentar-respirar-profundamente-inspira-expira. Mas, em vez de ver a luz interna, foi mais como “Quem apagou a luz?” Embora fosse muito bom para fazer-me dormir. Mas, soube que os iogues e santos que praticaram meditação Conquistaram tanto que até conseguiam levitar. Não que eu queira voar como um super-homem qualquer Mas ter um poder assim é algo difícil de compreender E mais espantoso ainda é quando dizem que qualquer um pode consegui-lo. A habilidade está ao alcance de suas mãos. Apenas seja capaz de controlar sua mente. Então o grande significado do mundo estará a ponto de ser encontrado Eu estava tão cansado da inconsistência da minha vida Cansado de ser uma folha ao vento Constantemente levado para onde o vento sopra Meu destino sempre um lugar por descobrir Eu queria ser mais como o salmão Que é forte o bastante pra nadar contra a corrente Uma mente bem focada, sem vacilação Como anseio alcançar esta meta Mas foi difícil controlar meus pensamentos saltitantes Eles sempre me levando para qualquer lugar, como as cobras do cabelo da Medusa Tentei de novo a meditação, mas não como antes, mecânica Desta vez, de todo coração Para afastar quaisquer pensamentos perturbadores, conflitantes Para bloquear qualquer coisa que me impedisse de focalizar a luz interna Levou tempo. Foi preciso prática Para pegar essa luz e trazê-la dentro de mim Para permitir que ela lentamente me preenchesse, trazendo a catarse E, com o passar dos dias, eu comecei a sentir a diferença Reconheci que estava mais focado do que jamais estive antes Minha mente oscilava menos, era menos afetada por interferências Eu pude ver minhas metas mais claramente diante de mim Ter mais controle me deu um sentido de liberdade. Minha compreensão da vida aumentou. Comecei a perceber de modo diferente, coisas que pensava que sabia Meus horizontes se expandiram, alargou-se a minha visão Conquistei um senso de propósito e direção, para cumprir minha missão E nunca mais rirei daqueles que falam do Poder da Mente Pois agora estou lentamente aprendendo que há muito mais a aprender e descobrir Agora não mais sou uma folha carregada ao sabor do vento Mas, como o salmão, forte, concentrado, avanço e alcanço. Contato com a Consciência Objetivos Dar uma melhor compreensão do porquê é importante fazer contato com a consciência: Consciência Suprema Universal – com ou sem forma. Consciência interna – o Eu Superior. Oferecer meios para que os jovens exercitem esse contato. Introdução “Não se preocupe sobre a forma da prece. Permita que seja qualquer forma, mas que seja uma prece que lhe coloque em comunhão com o Divino.” Mahatma Gandhi Prece ou oração pode ser definida como uma comunicação com Deus ou uma ligação com o Divino. Também através de mantras, hinos, citações e a contemplação sobre o significado interno deles, o indivíduo entra em contato com Deus. Basicamente, é “conversar” com Deus! O jovem deve ser ensinado a “conversar” com Deus e estabelecer seu próprio relacionamento com Deus como se fosse Mãe/Pai, Professor, Amigo e Confidente. Nesse contexto, a importância e poder da prece, qualquer que seja a sua forma, assim como seus benefícios devem ser compreendidos e transmitidos aos jovens para que essa prática possa amplamente beneficiá-los e melhorar seu crescimento mental e espiritual. A maioria dos jovens está familiarizada com a prece. Eles a praticam, já ouviram falar dela, a praticam com fé ou mecanicamente, etc. Entretanto, nesse estágio, os jovens estão impelidos a dar um passo mais longo. Eles estão motivados a fazer Contato com a Consciência, em 2 níveis: A Consciência Suprema Universal, qualquer que seja a sua crença – com ou sem forma A própria consciência interna deles – o Eu Superior Esse capítulo está dividido em 5 seções: Prece/Oração - descreve o que é a prece e como ela nos beneficia. Mostrar os méritos espirituais da prece e da fé, e que as bênçãos espirituais ou religiosas não estão separadas dos benefícios que cada um aproveita no dia-a-dia e na vida. Mantras - traz à tona o significado interno e a ciência dos mantras e das vibrações CIC – Consciência Integrada Constante Comprovações científicas - mostram evidências científicas de fontes não religiosas sobre o poder da oração Relatos de experiências – descreve algumas experiências que algumas pessoas da própria Organização Sathya Sai tiveram com a oração e mantras Oração “A prece, se feita constantemente e com fé total, aperfeiçoa a personalidade humana, aumenta a criatividade, abre o coração e remove a negatividade, torna a pessoa mais compassiva, traz um sentido de paz e alegria para si e outros ao redor, desenvolve poderes de cura (mente, corpo e intelecto), cura doenças terminais, cria famílias unidas e amorosas, remove ou reduz influências planetárias negativas, desenvolve um coração compreensivo, uma mente equilibrada, sabedoria, força espiritual interna, desenvolve coragem, confiança e entusiasmo na vida e inspira a cada um a levar uma vida com um sentido maior.” Fonte: Artigo de Tio T.C. Nadarajah em “Light of Sathya Sai”. Como ela nos beneficia? Muitos benefícios podem derivar das preces. Deve ser enfatizado que as preces devem ser feitas/recitadas/entoadas constantemente com fé e sinceridade. “Nossa mente consciente é a mente racional, a que realiza as escolhas. Nós todos tomamos decisões com nossa mente consciente”. “Nossa mente subconsciente aceita o que é impresso nela ou o que nós conscientemente acreditamos – é um armazém de impressões da memória”. “As idéias podem ser transmitidas à mente subconsciente através de repetição, fé e aceitação”. “A prece é um ato mental que, primeiramente, deve ser aceita como uma imagem em nossa mente e depois contemplada. Nós devemos ter o conhecimento e a completa confiança que o movimento de nossa mente consciente ganhará uma resposta definida da mente subconsciente, que possui sabedoria sem limites e poder infinito”. “O que é impresso na mente subconsciente é freqüentemente expressado. Preces sob a forma de afirmações positivas, mantras e citações são bons pensamentos que criam boas vibrações e, quando constantemente repetidos com fé, são registrados na mente subconsciente. Isso posteriormente é manifestado na experiência pessoal de cada um e trará bons resultados”. “A terapia da prece é função inteligente, harmoniosa e sincrônica dos níveis consciente e subconsciente da mente, especialmente direcionado a um propósito definido”. “Todas as nossas experiências, ações, eventos e circunstâncias da vida são um reflexo e reação dos nossos pensamentos”. Fonte: “The Power of Your Sub-conscious Mind” do Dr. Joseph Murphy. “As preces possuem um tremendo poder de curar. Existem muitas histórias milagrosas no mundo inteiro que provam essa afirmação”. (Por favor, verifiquem o artigo “Mental Healings in Ancient Times”). Fonte: Revista Time (24 de junho de 1996). O facilitador, através de realçar as histórias milagrosas de outros que utilizaram a prece para se salvar, podem definitivamente inspirar os jovens a realmente destinar um tempo para a oração. Outros benefícios incluem: Coragem e força pessoal ao indivíduo. Fé para aceitar tudo na vida como parte do viver. Estar consciente do que é certo e errado. Ser responsável e cumprir com as obrigações, usando o melhor de nossas habilidades. Extraído do “Mental Healings in Ancient Times”, páginas 58-59. Em um santuário mundialmente famoso chamado Diabutsu existe uma divindade de bronze gigante, onde Buddha está sentado com as mãos dobradas e a cabeça está inclinada numa atitude de profundo êxtase contemplativo. Possui 14 m de altura e é chamada “O Grande Buddha”. Lá vemos jovens e adultos deixando oferendas nos pés da estátua. Dinheiro, frutas, arroz e laranjas eram oferecidos. Velas eram acesas, incenso era queimado e preces de pedidos recitados. O guia explicou o canto de uma garotinha, enquanto ela sussurrava uma prece, se curvava e colocava duas laranjas como oferenda. Ela também acendeu uma vela. Ele disse que ela havia perdido a sua voz de cantar e a mesma foi restabelecida no santuário. Ela estava agradecendo Buddha por ter dado sua voz de volta. Ela tinha uma fé pura que Buddha daria novamente a sua voz de cantar se ela seguisse um certo ritual, jejuasse e realizasse algumas oferendas. Tudo isso auxiliou para que despertasse fé e aceitação, resultando numa condição de sua mente até o ponto de acreditar. A sua mente subconsciente respondeu à sua crença. Para ilustrar mais o poder da mente e fé total iremos relatar o caso de um parente que tinha tuberculose. Seus pulmões estavam seriamente doentes. Seu filho decidiu curar seu pai. Ele veio para casa em Perth, Austrália, onde seu pai morava e disse a ele que havia encontrado um monge que tinha voltado de um dos santuários de cura na Europa. Esse monge o vendeu um pedaço da cruz verdadeira. Ele disse que deu ao monge o equivalente a 500 dólares por isso. Esse jovem, na verdade, tinha apanhado um pedaço de madeira na calçada, levou ao joalheiro e pediu para fazer um anel para que parecesse real. Ele disse ao pai que muitos haviam sido curados só por tocar o anel, na verdade no pedaço da cruz. Ele estimulou a mente do pai até que o velho senhor pegou o anel de sua mão, posicionou-o sobre seu peito, rezou silenciosamente e adormeceu. Na manhã seguinte ele estava curado. Todos os exames médicos deram negativos. Você sabe, é claro, que não foi somente um pedaço de madeira da calçada que o curou. Foi sua mente estimulada a um grau intenso, aliada a uma confiante expectativa de uma cura perfeita. A mente foi somada à fé ou ao sentimento subjetivo, e a união dos dois trouxe a cura. O pai nunca soube do truque do filho. Se ele tivesse tomado conhecimento, ele provavelmente teria tido uma recaída. Ele permaneceu completamente curado e vindo a falecer 15 anos depois com 89 anos. Na Bíblia, quando a leprosa tocou um pedaço da túnica de Jesus, ela foi curada! Cristo falou: “Sua fé a tornou plena.” Mantra A fim de estimular os jovens a entoar mantras, eles devem primeiramente ser ensinados de sua potente atuação. Por isso, o facilitador deve compreender o poder do mantra. Os jovens necessitam de explicações convincentes, não adianta apenas dizer que “é bom para eles”. Por isso, é importante que o facilitador compartilhe com o grupo a ciência da espiritualidade. Ele deve explicar claramente e realçar cada ponto. No Contato com a Consciência, o jovem deve sentir as vibrações poderosas do Ser Superior e estar convencido do contato realizado. Qual é o significado de Mantra? A palavra mantra é derivada de duas palavras em sânscrito: “MAN” – de manas – significa “mente”. “TRA” – de Trana – “aquele que resgata ou salva”. Então, mantra refere-se a “aquilo que, quando meditado sobre, resgata ou salva aquele que medita”. Mas salvar do quê? Você não está em perigo algum! Da dualidade da vida. A vida é como o oceano, onde as ondas jogam o homem para cima e para baixo – vitória/derrota, felicidade/sofrimento, sucesso/reprovação. E onde o impacto é sentido? NA MENTE! Então, mantras são ferramentas poderosas para acalmar as excentricidades da mente – e uma vez que a calma é alcançada, isso permite o poder da intuição surgir e permite ao homem vivenciar seu Eu verdadeiro – o Atma que há dentro. Partindo do princípio de que pensamentos ou palavras negativos são apenas vibrações, a vibração positiva dos mantras tem um efeito “de limpeza” na mente. Mantras podem ser repetidos silenciosamente na mente, em forma de suspiro ou em voz alta. A entoação silenciosa, apesar de mais difícil, é mais profunda e efetiva, pois a mente está sempre focada. Se ela fugir do mantra para outro pensamento, o indivíduo imediatamente percebe. A entoação em voz alta ajuda a limpar o ambiente com vibrações divinas... é como usar um “spray cheiroso” para purificar o ar – os mantras trabalham em um nível mais sutil. É um erro pensar que somente hindus possuem mantras. Se formos voltar ao significado original de mantra – e adicionar o fato que isso se refere a palavras cantadas em uma tradição religiosa de modo repetitivo – a fim de criar um ambiente positivo e de paz (e nem todos os mantras são cantados de modo sereno, mas mesmo quando repetidos em voz alta, o efeito é o mesmo – acalmar a mente e harmonizar o ambiente), então, iremos compreender que todas as religiões possuem mantras – alguns longos, outros curtos. Mas iremos nos concentrar nos mantras que Sathya Sai Baba recomenda a seus devotos, que é o OM, o Gayatri Mantra e o So-Ham, sendo que esse último é abordado com detalhes no módulo Dinâmicas da Mente. OM (AUM) é conhecido como Pranava Mantra, ou o mantra primordial, pois teria sido a primeira vibração de onde surgiu toda a criação. Por isso, também é chamado de “moola mantra” ou mantra semente. É dito ser o mais poderoso de todos. Ele ressoa com o poder da criação cósmica e permeia o Universo. Existe um Upanishad (Escritura Hindu) inteiro chamado “Mandukya Upanishad” dedicado ao Om. Os facilitadores de jovens podem obter maiores informações sobre o OM no capítulo 4 do livro “Sadhana – o caminho interior”, de Sathya Sai Baba e traduzido por Hermógenes. O Mantra Gayatri é bem conhecido para os Hindus e está se tornando cada vez mais conhecido entre não-hindus. Esse mantra pede pela “iluminação do intelecto”, uma necessidade comum a todas as pessoas para viverem uma vida correta. No Budismo, “Buddham Sharanam Gatchame, Dharmmam Sharanam Gatchame, Sangam Sharanam Gatchame” é descrito como A Jóia Tripla e é como se fosse o “moola mantra” para os budistas. Muitos outros mantras também existem. No Cristianismo, Ave Maria é um mantra poderoso para os católicos e, é claro, todos estão cientes de “Pai Nosso que estás no céu, santificado seja o Vosso Nome”. Esta é uma outra poderosa evocação. O Islamismo também tem suas preces evocatórias poderosas. Não há necessidade de dizer que o importante é todos os mantras serem cantados com entoação adequada. Entretanto, o que Deus espera mesmo é sinceridade. Desse modo, o sentimento daquele que entoa o mantra é muito mais importante do que entoar corretamente. De nada adianta praticar sem sentimento ou meramente como um “show” que satisfaça aos outros, sem possuir o desejo mais fervoroso de fazer contato com a Divindade. Desde que também todos os mantras são basicamente o Homem falando com Deus, por favor, saiba o significado do mantra que você está entoando. O jovem pode não estar familiarizado com sânscrito e assim não saber o significado exato de toda palavra, mas é importante saber o que se está cantando, pelo menos saber o significado geral e o que você está pedindo a Deus. Lembre-se que o aparelho de som que toca a fita de mantra não irá atingir Moksha (liberação). Portanto, apenas repetir sem sentir será como mandar várias cartas que retornarão ao remetente – você! Não chegando ao verdadeiro destino que se quer chegar! Observação Aos Facilitadores de Jovens O desafio do facilitador é estimular os jovens a praticarem. Sentindo os benefícios, eles vão desenvolver amor e fé em Deus. Nesse processo, é importante que eles tenham consciência do significado de cada mantra. Isso pode ser facilmente realizado estimulando os adolescentes a repetir o significado em Português toda vez que o mantra é entoado, seja durante suas preces pessoais ou durante os cânticos grupais. Se isso for feito por alguns meses, o significado será fixado automaticamente ao mantra e será lembrado mais tarde sem um esforço consciente. OM BHUR BHUVA SVAHA A Terra, o Céu, o Espaço TAT SAVITUR VARENYAM Aquele esplendor Divino que todos nós adoramos BHARGO DEVASYA DHIMAHI Nós Te contemplamos em sua glória divina DHIYO YO NAH PRACHODAYAT Por favor, ilumine nosso intelecto OM SHANTI SHANTI SHANTIH Om Paz, Paz, Paz Nota: Mantra Yoga é a yoga na qual os poderes contidos em certas combinações de sons são utilizados para o desabrochar da consciência humana. Recitar mantras constantemente cria uma aura positiva em volta da pessoa. A aura positiva em torno dela atrai boas vibrações e pensamentos. Repetição silenciosa é mais eficiente e, portanto, mais encorajada para o desenvolvimento pessoal do jovem. Os facilitadores de jovens devem ser sensíveis ao grupo constituído de adolescentes que possuam diferentes crenças religiosas e não sejam devotos Sai. Mantras ou hinos de outras religiões podem ser ensinados a eles, mas somente quando eles e seus pais compreenderem plenamente e aceitarem a lógica da unidade das religiões e o respeito pelas práticas religiosas alheias. Se o grupo for de jovens cujos pais são devotos Sai, isso não será problema. Metodologia: Técnica de Visualização Cada frase deve ser repetida e o significado daquela frase será visualizado na mente. Enquanto as frases forem sendo repetidas, eles podem desenhar a imagem, imaginando-a em sua tela mental. Isto cria uma imagem mental e os ajuda a vivenciar o mantra fisicamente e mentalmente. É importante o facilitador enfatizar o que Bhagavan Baba diz sobre o Gayatri. Se for mencionado de passagem, o jovem não compreenderá o poder do Gayatri. O facilitador também deve praticar o Gayatri regularmente. Só assim estará capacitado a dividir com o grupo a glória do Gayatri de maneira eficaz. Bhagavan Baba tem declarado que o Mantra Gayatri representa a essência dos Vedas e é a essência do Gita. Ele vem a nós proveniente dos Vedas e já era possivelmente recitado antes de 5000 A.C. Bhagavan Baba também tem falado que “Se você esquecer qualquer outro mantra, não esqueça do Gayatri”. As escrituras hindus também dizem: “Gayatri protege o entoador do Gayatri”. Então, aqui está o Mantra Gayatri! Todo facilitador deve entoar esse mantra regularmente, sentir e vivenciar seu poder, e depois ajudar outros adolescentes a vivenciarem o mesmo poder. Abaixo está uma experiência compartilhada por um adolescente budista chinês. Experiência do Mantra Gayatri – Um Adolescente Chinês Enquanto crescemos, passamos por diversas fases da vida. E minha vida não é exceção. Eu ainda não consigo imaginar como tudo isso funciona, mas a Força Divina é sempre misericordiosa. Quando eu tinha 18 anos, eu passaria a ter uma habilidade muito usada em nossa sociedade, saber dirigir. Esta fase da vida, em particular, muitos jovens tem que passar. Isso se tornou uma necessidade. Depois de semanas de treinamento, eu estava finalmente pronto para ser testado pelo órgão do governo, e passando, eu teria minha carteira de motorista. Era dia 14 de dezembro de 2000. Eu estava na área onde faríamos o exame, esperando meu nome ser chamado. O exame de direção é dividido em 2 partes. A primeira consiste em 3 momentos: “dirigir em áreas inclinadas”, “estacionar” e “manobrar”. A segunda parte é o teste de “dirigir nas ruas” propriamente. A primeira parte foi moleza pra mim e pensei: “depois de todo o esforço de ir às aulas de treino, com certeza valeu a pena.” Agora eu estava esperando para continuar a segunda parte, o teste de “dirigir nas ruas”. Os segundos passavam como se fossem horas. A tarde estava úmida e eu estava suando bastante. Minha calça estava toda suada e eu estava com frio na barriga. Todos os meus amigos que haviam passado pelo exame de direção me disseram que a segunda parte era a mais difícil. Eles me diziam: “Se você não subornar o instrutor suas chances de passar no teste serão muito poucas!”; “Eu não subornei o instrutor e como resultado tive que fazer o exame 4 vezes até conseguir passar na segunda parte!”. Só de pensar nisto eu tremia. Eu pertencia à minoria que escolheu não subornar o instrutor e, em vez disso, eu queria realmente lutar por minha chance. Minha vez chegou e me aproximei do carro. Havia 9 instrutores naquele dia e um deles era muito forte, alto, tinha um bigode e um rosto muito severo. Todos lá o chamavam de “O Exterminador”. E de todos os instrutores gentis lá presentes, eu caí com ele. O pior estava por vir. Eu entrei no carro e o cumprimentei. Ele respondeu com um resmungo. Eu verifiquei o funcionamento das setas, dos limpadores, dos espelhos lateral e traseiro e me posicionei, estando preparado para começar. Aí ele apenas acenou pra eu iniciar. Eu comecei a mover o veículo. Depois do primeiro sinal de trânsito havia um retorno à esquerda e eu esqueci de ligar a seta para esquerda. O próximo obstáculo era o desvio. Enquanto desviava, ele me pediu para retornar ao ponto de partida. Ele me reprovou instantaneamente! A piada era que eu nem tinha deixado o local do exame de direção ainda. Ele disse que eu não havia ligado a seta para esquerda quando estava no sinal de trânsito e que isso era considerado “direção perigosa”. De acordo com as regras, eu só poderia ser penalizado se tivesse cometido 4 erros! Eu apenas havia cometido 1 e o instrutor sem razão me reprovou sem pensar novamente. Por dentro, eu estava amaldiçoando o instrutor por ter me reprovado sem razão. A única razão para a reprovação instantânea, que pude pensar, era o fato de não tê-lo subornado! Eu voltei pra casa e estava mal-humorado. Eu iria me inscrever novamente para o mesmo exame na próxima semana. Desta vez, eu estava realmente estimulado a finalizar o exame subornando o instrutor. Eu consultei os meus pais e pensei que eles estivessem relutantes em subornar o instrutor, parecia que nós não tínhamos muita escolha. Meus pais partiriam numa viagem em breve e eu precisava ter a carteira de motorista até lá, a fim de poder levar meu irmão para escola. E também teria que me dividir entre minha faculdade e o negócio de meu pai. Eu me senti preso entre a cruz e a espada! Subornar e ir contra nossos princípios ou ter que gastar mais dinheiro com as múltiplas inscrições até que passasse no exame honestamente. Eu já estava no limite de escolher a opção “suborno” quando decidi escutar a opinião de minha querida amiga, mais como uma “Guru” para mim. Bem, em vez de me encorajar a subornar o instrutor que fosse realizar o exame de “dirigir nas ruas”, ela me ensinou um outro método: entoar o Mantra Gayatri nos próximos 7 dias até que fosse chegado o dia do meu teste novamente. Eu fiquei surpreso a princípio e duvidoso do sucesso disso. Como pode a Força Divina me ajudar a passar no exame se o instrutor já está motivado a me reprovar por não suborná-lo? Minha “Guru” me disse: “Tudo que acontece, acontece por uma boa causa. Isso tudo é parte do Teatro Cósmico. Talvez Deus quisesse que você evitasse de dirigir muito cedo, pois você poderia ter um acidente. Então, sem uma habilitação você não será capaz de dirigir e indiretamente evitou o acidente. É claro que essa é uma das possíveis razões. Nós nunca saberemos o que Deus planejou para a gente. Em adição, um dos ensinamentos de Swami nos desencoraja a subornar ou ser subornado. E Ele enfatiza muito isso. Isso irá indiretamente se somar à nossa conta de mau karma.” Depois de muita discussão, eu estava muito motivado a testar o poder Divino. Eu me convenci de tentar o método. Minha “Guru” me disse que enquanto estiver entoando o Gayatri para imaginar, ou melhor, visualizar os mínimos detalhes de todo o processo do exame de “dirigir nas ruas”, desde o cumprimento ao instrutor até o momento de pegar a folha de resultados. Ela me avisou de somente colocar pensamentos positivos e nada negativo. Mesmo a menor palavra como “Não reprove” deve ser substituída por “Eu passei”. Então, pelos próximos 7 dias, todo dia eu entoei o Mantra Gayatri 108 vezes não importando o tempo que isso levasse. Se eu perdesse a manhã, eu faria a entoação à noite. Finalmente, o dia esperado chegou. Era 21 de dezembro de 2000. Eu estava sendo examinado pela segunda vez. E, novamente, eu escolhi não subornar, pois desta vez eu estava fazendo uma experiência: testar se a Divindade pode mudar a vontade de um homem motivado. Eu fui o primeiro de poucos a ir dirigir. Meu número era 007. O instrutor me pediu para escolher um carro. Eu olhei ao redor e, de um jeito ou de outro, acabei escolhendo o mesmo carro que fui reprovado na semana anterior. Eu entrei no carro e fiz tudo que tinha imaginado enquanto entoava o Gayatri. Mas eu tinha um pequeno problema. Meu instrutor era “O Gigante”. Eu mal podia mudar para a segunda marcha porque sua coxa bloqueava a caixa de marcha. Ele estava muito gentil e se apertou no canto. Ao longo do caminho, eu fiz tudo que fui visualizando e o melhor de tudo: o que eu tinha imaginado se tornou realidade. Sinal de trânsito verde na maior parte do caminho, sem carros muito lentos para ultrapassar e o trânsito estava tranqüilo. A maioria dos carros anteriores ao meu já estava voltando mesmo antes de completar metade da rota. E, para minha surpresa, os instrutores estavam dirigindo, então eu presumi que os candidatos foram reprovados. Minha coragem foi abalada. Eu comecei a cantar o Gayatri e deixei todo o resto para Deus. Eu não tive expectativa alguma e mal podia sentir que estava dirigindo. Era como se outra pessoa estivesse dirigindo. Antes que pudesse perceber, eu já havia retornado ao ponto de partida e estava pronto para descer do carro e receber o resultado. Eu estava nervoso! Quando peguei a folha com o resultado, eu não consegui segurar meu contentamento. Meu rosto estava pulsando de tanta felicidade e orgulho. Eu consegui! Eu passei não somente sem subornar, mas também pelo meu próprio esforço e Graça Divina! Eu consegui! A fórmula era EH + G2 = Sucesso (Esforço Humano + Graça Divina = Sucesso). Daquele dia em diante eu não tive dúvidas que existem poderes maiores e além de qualquer controle mortal. Essa experiência confirma isso! E se, apesar de nossos esforços, essa Força escolher não ajudar qualquer um de nós, será somente para o nosso próprio benefício, para nos fazer aprender, desenvolver e amadurecer. Entretanto, seja lá o que aconteça, acontece somente para o nosso bem. Para mim, eu não somente economizei o dinheiro do suborno, mantive minha conta kármica sem acréscimo, vivenciei o Poder da Divindade e, melhor de tudo, eu consegui minha carteira de motorista que mostro com orgulho, dizendo: “Consegui através de meu esforço e da Graça Divina!”. “Account” pelo irmão Kon Ting Fei - 19 anos de idade (Ano de 2001) CIC – Consciência Integrada Constante Como um indivíduo mantém contato constante com a Divindade? No corre-corre da vida, se nós pensarmos em Deus conscientemente, o tempo todo, como poderemos fazer nosso trabalho? O segredo está em compreender como outra Força Divina (Shakti) invisível opera, ou seja, a eletricidade. Eletricidade é uma Shakti (força) poderosa para acender uma lâmpada, um ventilador, etc. Entretanto, nós só pensamos em eletricidade quando estamos procurando pela tomada para encaixar o plug; uma vez encaixado na tomada e ligado, a eletricidade faz seu trabalho silenciosamente, nós raramente estamos conscientes da corrente elétrica, somente do resultado que isso produz: luz, vento, etc. A Força da Divindade é como essa corrente, trabalha silenciosamente para produzir resultados, uma vez que é conectada. O processo de conexão é a lembrança consciente de Deus, e isso é o suficiente para fazermos contato, depois disso se o fio não tiver rompimentos ou vazamentos (isso é, se tivermos cumprido nosso dever, nosso dharma para alcançar excelência e seguido os ensinamentos de Deus), o poder da Divindade irá fluir e trazer benefícios àquele que possui fé e usa esse poder adequadamente. Todos os facilitadores de jovens e líderes de jovens deveriam primeiramente praticar esse sadhana (disciplina espiritual) de se conectar, vivenciar o benefício e recomendar isso a todos os adolescentes, os encorajando a seguir esse caminho. Você estará oferecendo a eles uma ferramenta valiosa para a vida. Quantas vezes você deveria rezar ou se conectar? Aqui está um guia simples. Bhagavan Baba diz que seu dia não começa quando você levanta, a qualidade do seu dia é afetada pela qualidade do seu sono – portanto, seu amanhã, na verdade, começa quando você vai para a cama hoje. Metodologia para “Se Conectar” #AtividadePrece e Duração1.Quando for para a camaOração ou Mantra para dormir, qualquer prece – 30 segundos ou menos de 1 minuto.2.Quando levantarSe levantar dizendo “SAI RAM” ou “HARI OM” ou qualquer palavra Divina – as primeiras palavras que seus lábios pronunciarem – 15 segundos.3.MeditaçãoSe fizer, você decide a duração.4.ExercícioYoga pela manhã, exercícios respiratórios, mantras enquanto fizer exercícios (ex: So-Ham)5.BanhoEntoe o Gayatri mentalmente ou em voz alta ou cante um bhajan. Deixe o banho ser um abisheg – 3 entoações do Gayatri – 45 segundos ou pelo menos uma série de Gayatri (9 vezes).6.Primeira prece formal na frente de um altarVocê decide a duração! Para iniciantes uma oração ou mantra serão suficientes. Sigam a sua tradição religiosa! Duração recomendada 1 a 2 minutos.7. Café da ManhãOferecimento silencioso a Deus – diga SAI RAM, Prece do Alimento (Brahma Arpanam) ou Gayatri ou um agradecimento sincero a Deus - 15 segundos.8. Ao deixar sua casa na portaSilenciosamente pense em Deus – (entoe um mantra se quiser) e ore para que Deus guarde sua casa – 5 segundos.9.(a) se dirigir um carro ou motoPense em Deus – um simples SAI RAM 3 vezes é o suficiente – ou qualquer outro pensamento divino.(b) se for de transporte públicoEntoe o Gayatri em sua mente enquanto viaja – Baba recomenda isso (pelo menos 3 entoações do Gayatri seriam o mínimo – 45 segundos).10.Enquanto você senta para começar seu trabalho ou estudoPense em Deus – evoque um mantra – 5 a 10 segundos e depois comece a trabalhar.11.Hora de almoçoOferecimento silencioso a Deus – 15 segundos.12.Enquanto entra no carro para voltar para casaEvoque a Divindade – 5 segundos.13.Exercício noturnoSe fizer exercício, e você deveria (com exceção de esportes competitivos) – se nadar, correr, andar, etc. entoe um mantra, cante um bhajan mentalmente, etc. durante a atividade. Muito revigorante!14.Banho noturnoOre enquanto toma banho – a duração do banho ou 3 entoações do Gayatri – 45 segundos ou uma série (15 segundos).15.Segunda prece formal na frente de um altarFaça desta uma prece formal junto com a Família – 3 a 5 minutos (não arraste essa responsabilidade para outros).16.JantarPrece do Alimento – 15 segundos.17.Retornar ao número 1. Ao somar o tempo total de “Contato” durante um dia de 17 a 18 horas de vigília, não se considera o tempo das atividades 3, 4 e 13 (meditação e exercícios físicos) no somatório total. Assim, teremos um valor de 5-6 minutos diários para as outras práticas. Mas todo devoto Sai deveria fazer as atividades de meditação e exercício físico para o equilíbrio da saúde mental e física. Se você pensa que, para pedir por 24 horas de proteção, 5-6 minutos é muito tempo a se gastar, reflita quanto tempo se gasta em frente da TV, em conversas fúteis, em telefonemas, etc. Mas a decisão cabe a cada indivíduo. Essa metodologia de “Contato Com a Consciência” é uma tocha sendo oferecida a todos, a fim de iluminar nosso dia. Se nós usamos a tocha ou não é nossa escolha! Comprovações científicas “A fé é uma crença que reside na mente consciente e sutilmente penetra na mente subconsciente. Afirmações e preces, a fim de alcançar o superconsciente, devem ser livres de incertezas e dúvidas.” O artigo abaixo explica: Não somente pacientes com problemas de saúde crônicos não encontram alívio num consultório médico, mas os exames intermináveis de alta tecnologia e os testes da medicina moderna também freqüentemente os deixam se sentindo alienados e carentes de cuidados. Muitos procuram consolo nos consultórios de terapeutas alternativos e curadores espirituais – se gasta a quantia de 30 bilhões de dólares ao ano, como estimam alguns. Milhões a mais são gastos com livros best-sellers e fitas de Médicos da Nova Era, tais como Deepak Chopra, Andrew Weil e Larry Dossey, que freqüentemente oferecem uma mistura sedutora de medicina e uma pitada de espiritualidade oriental. Alguns cientistas estão começando a analisar seriamente quais benefícios os pacientes podem tirar da espiritualidade. Para a surpresa deles, eles estão encontrando muitas informações relevantes dentro da literatura médica. Mais de 200 estudos que abordam o papel da religião tinham sido conduzidos pelo Dr. Levin, da Virginia do Sul e Dr. David Larson, um psiquiatra pesquisador que já trabalhou no Instituto Nacional de Saúde dos EUA e agora trabalha em um instituto privado chamado Instituto Nacional para Pesquisa de Saúde. A maioria desses estudos oferece evidência que a religião faz bem à saúde do indivíduo. Alguns fatos mais importantes: Um estudo de 1995 no Centro Médico Dartmouth-Hitchcock descobriu que um dos melhores prognósticos de sobrevivência entre 232 pacientes que operaram o coração era o grau no qual os pacientes diziam extrair conforto e força da fé religiosa. Um levantamento de 30 anos de pesquisa sobre pressão sangüínea mostrou que aqueles que freqüentavam a igreja têm pressão sangüínea mais baixa do que aqueles que não freqüentam a igreja – 5 mm mais baixo, de acordo com Larson, mesmo quando ajustado para levar em conta fumo e outros fatores de risco. Outros estudos têm mostrado que homens e mulheres que freqüentam regularmente a igreja possuem metade do risco de morrer de doenças artério-coronarianas como aqueles que raramente vão à igreja. Novamente, fatores sócio-econômicos e fumantes foram levados em consideração. Um estudo de 1996 do Instituto Nacional sobre Envelhecimento pesquisou 4.000 idosos que moravam em casa na Carolina do Norte e descobriu que aqueles que freqüentavam serviços religiosos eram menos depressivos e fisicamente mais saudáveis do que aqueles que não freqüentavam ou não oravam em casa. Em um estudo de 30 pacientes femininas que se recuperavam de uma fratura dos quadris, aquelas que consideravam Deus como uma fonte de força e conforto e que freqüentavam serviços religiosos foram capazes de andar mais rápido sobre pressão e tiveram taxas mais baixas de depressão do que aquelas que tiveram pouca fé. Numerosos estudos descobriram taxas mais baixas de depressão e ansiedade relacionada à doença entre as pessoas religiosamente comprometidas. Aqueles que não freqüentavam serviços religiosos foram descobertos a ter uma taxa de suicídio 4 vezes maior do que aqueles que freqüentavam regularmente. Existem muitas explicações possíveis para estas descobertas. Desde que aqueles que freqüentam serviços religiosos estão mais aptos do que aqueles que não freqüentam a respeitar as regras religiosas contra bebidas, consumo de drogas, fumo e outros excessos, é possível que a melhor saúde deles meramente reflita esses hábitos mais saudáveis. Alguns dos estudos, entretanto, foram modificados a fim de corrigir essa possibilidade, através da realização de ajustes estatísticos para diferenças de estilo de vida. Larson gosta de destacar que em seu próprio estudo os benefícios da religião sustentam fortemente, mesmo para aqueles que se viciam em fumar cigarros. Fumantes que taxavam religião como sendo muito importantes para eles eram 1/7 mais prováveis de ter uma leitura anormal da pressão sanguínea do que fumantes que não valorizavam religião. Freqüentar a igreja também oferece apoio social, onde numerosos estudos têm demonstrado ter um efeito salutar no bem-estar. O estudo de cirurgia cardíaca de Darmouth é um dos poucos que tenta separar os efeitos do apoio social e da convicção religiosa. Pacientes eram perguntados, em conjuntos separados de questões, sobre suas participações em grupos de apoio social e o conforto que eles retiravam da fé. Os dois fatores, que pareciam ter benefícios distintos, constituíam uma poderosa combinação. Aqueles que eram ambos, religiosos e socialmente engajados, tinham 14 vezes mais vantagens sobre aqueles que eram isolados socialmente ou não possuíam fé. Será que a fé religiosa tem alguma influência direta na fisiologia e na saúde? Hebert Benson, de Harvard, é provavelmente o proponente mais persuasivo deste ponto de vista. Benson ganhou fama internacional em 1975 com seu livro best-seller “The Relaxation Response”. Nesse livro, Benson mostra que pacientes podem vencer com sucesso uma série de doenças relacionadas ao estresse através da prática de uma forma simples de meditação. O ato de focar a mente num simples som ou imagem traz à tona um conjunto de mudanças fisiológicas que é o oposto da resposta de “fuga ou luta”. Com meditação, o batimento cardíaco, a respiração e as ondas cerebrais diminuem, os músculos relaxam e os efeitos da epinefrina e outros hormônios relacionados ao estresse diminuem. Estudos têm mostrado que, quando se traz à tona essa “resposta de relaxamento” regularmente, 75% dos pacientes com insônia começam a dormir normalmente, 35% das mulheres com problemas de fertilidade tornam-se grávidas e 34% dos pacientes com dor crônica reduzem seu uso de remédios analgésicos. Em seu livro mais recente, “Timeless Healing”, Benson vai além do uso de meditação puramente pragmático para o campo da espiritualidade. Ele se aventura dizer que os humanos, na verdade, são projetados para a fé religiosa. Benson baseia sua argumentação nesse trabalho com um subgrupo de pacientes que relatam uma sensação de proximidade a Deus enquanto meditam. Em um estudo de 5 anos com pacientes utilizando meditação para vencer doenças crônicas, Benson descobriu que aqueles que alegam sentir a presença íntima de um poder superior melhoraram de saúde e tiveram recuperações mais rápidas. “Nosso projeto genético foi criado acreditando num Absoluto Infinito que parte de nossa natureza”, escreve Benson. Ele acredita que a evolução também nos equipou, de maneira a compensar nossa habilidade exclusivamente humana de ponderar sobre nossa própria mortalidade: “A fim de combater essa angústia fundamental, os humanos também são ligados a Deus e por Deus”. Na opinião de Benson, a prece opera junto dos mesmos caminhos bioquímicos como a “resposta de relaxamento”. Em outras palavras, a prece afeta a epinefrina e outros mensageiros corticosteróides ou “hormônios do estresse”, levando a diminuição da pressão sangüínea, bem como a batimentos cardíacos e respiração mais relaxadas, além de outros benefícios. Uma pesquisa recente demonstra que esses hormônios do estresse também têm um impacto direto na defesa imunológica corporal contra doenças. “Qualquer coisa que esteja envolvida com meditação e controle do estado mental que altere a atividade hormonal tem o potencial de realizar um impacto no sistema imunológico”, diz David Felten, responsável pelo departamento de Neurobiologia da Universidade de Rochester. Não é provavelmente coincidência que a resposta de relaxamento e a vivência religiosa dividam os mesmos espaços de coordenação no cérebro. Estudos mostram que a resposta de relaxamento é controlada pela amídala, uma pequena estrutura em forma de uma amêndoa no cérebro que, juntamente com o hipocampo e o hipotálamo, formam o sistema límbico. O sistema límbico, que é encontrado em todos os primatas, atua como papel central nas emoções, no prazer sexual, nas memórias sentimentais profundas e, assim parece, na espiritualidade. Quando a amídala ou o hipocampo é eletricamente estimulado durante uma cirurgia, alguns pacientes têm visões de anjos e demônios. Pacientes, cujos sistemas límbicos são estimulados cronicamente por abuso de drogas ou um tumor, freqüentemente se tornam fanáticos religiosos. “A habilidade de ter vivências religiosas possui uma base neuro-anatômica”, conclui Rhaw Joseph, um neurocientista do Centro Médico de Palo Alto, Califórnia. Muitos pesquisadores acreditam que estes mesmos caminhos neurais e hormonais são a base para o conhecido e poderoso “efeito placebo”. Décadas de pesquisa mostram que se um paciente realmente acredita que uma terapia possui serventia – mesmo que seja uma pílula de açúcar ou um óleo qualquer – aquela crença tem o poder de curar. Em um estudo clássico de 1950, por exemplo, mulheres grávidas que sofriam de enjôo matinal eram dadas um xarope de ipeca, que induz vômito, e dito que era uma nova cura poderosa para a náusea. Surpreendentemente, as mulheres paravam de vomitar. “A maioria da história da Medicina é a história do efeito placebo”, observa Benson no livro “Timeless Healing”. Apesar de Benson dedicar a maior parte do livro ao documentário do poder do efeito placebo, no qual ele prefere chamar de “re-lembrança da saúde”, ele passou a acreditar que os benefícios da fé religiosa são muito melhores. “A fé no tratamento médico”, ele escreve, “é maravilhosamente terapêutica, bem sucedida em tratar de 60% a 90% da maioria dos problemas médicos comuns. Mas se você acredita, a fé numa força invencível e infalível possui ainda mais poder de curar... É uma crença supremamente potente”. Os que têm fé realmente possuem Deus do seu lado? As suas preces são respondidas? Benson não diz. Mas um cientista verdadeiro, insiste Jeffrey Levin, não pode rejeitar essa possibilidade: “Eu não posso diretamente estudar isso, mas como um estudioso honesto, não posso excluir isso”. Muitos cientistas tentaram estudar a possibilidade de que a oração funcione através de algum fator sobrenatural. Um dos exemplos mais citados é um estudo de 1988 realizado pelo cardiologista Randolph Byrd no Hospital Geral de San Francisco. Byrd pegou 393 pacientes da unidade intensiva coronariana e aleatoriamente designou a metade para que “cristãos renovados” orassem por eles. A fim de eliminar o efeito placebo, os pacientes não foram informados do experimento. Byrd descobriu que o grupo controle tinha 5 vezes mais a chance de necessitar de antibióticos e 3 vezes mais a chance de desenvolver complicações do que aqueles que recebiam as orações. Extraído da Revista Time, 24 de junho de 1996 – Medicina. O poder da oração realmente funciona (Artigo de jornal) UM MÉDICO AMERICANO AFIRMA QUE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS EXTENSIVOS PROVAM QUE O PODER DA ORAÇÃO PODE CURAR. Um médico deu continuidade ao caso das histórias de 200 pacientes de San Francisco como prova científica que os poderes de cura da prece realmente funcionam. Os experimentos notáveis no Hospital de Los Angeles envolveram 400 pacientes cardíacos, onde a metade deles foi escolhida a receber preces. Foi descoberto que aqueles que receberam preces eram 5 vezes menos prováveis a necessitar de antibióticos. E, não somente houve mais mortes no grupo que não recebeu preces, eles também tiveram 3 vezes mais complicações. Os experimentos foram conduzidos pelo Dr. Larry Dossey, autor do livro “Healing Words”. “O crucial destes testes é a situação ‘duplamente cega’, onde o sujeito não sabe que ele ou ela está recebendo preces e nem que estão participando de uma pesquisa. Isso elimina o argumento cético de que qualquer cura pode ser explicada como sugestão e expectativa por parte dos pacientes”. “Se você entra no laboratório, você pode mostrar que as pessoas podem orar por alguém do outro lado do planeta tanto quanto de volta ao passado ou para além no futuro e ainda funciona”. “Isto revela que há algum aspecto da psique humana que é independente do espaço e do tempo. Racionalizando através disso, uma parte de nós deve ser onipresente, imortal e eterna”. “Por isso, não é um exagero dizer que esses experimentos revelam que nós dividimos características com o Absoluto (Grande Espírito). Se isso não for a Divindade dentro de nós, você poderia me enganar”. A oração, Larry Dossey destaca, pode ser vista de modo a funcionar em todas as religiões, e pode ser inconsciente, emanando da parte inconsciente da psique. Investigando o Poder da Oração (Este artigo abaixo foi extraído da Internet) Por Catherine Rauch (WebMD Medical News) – Quando Aretha Franklin cantou as palavras “I say a little prayer for you” (eu faço uma oração para você) no sucesso da canção da década de 1960, ela provavelmente não imaginou que a promessa comovente se tornaria o objeto de ciência séria. Mas cada vez mais, os cientistas estão estudando o poder da prece e, em particular, seu papel em curar pessoas que estão doentes. A maioria das pesquisas no campo observa como as pessoas que estão doentes são afetadas pelas suas próprias crenças e práticas espirituais. Em geral, estes estudos têm sugerido que pessoas que são religiosas parecem se curar mais rápido ou lidar com a doença mais eficazmente do que os não-devotos. Mas poucos cientistas deram um passo mais longo: eles estão tentando descobrir se você pode ajudar estranhos através de orar para eles sem eles saberem disso. Um recente e controverso estudo de pacientes cardíacos conduzido no Hospital de Saint Luke na cidade do Kansas, Missouri, conclui que esse tipo de prece – conhecida como prece intercessora – pode, na verdade, fazer a diferença. “A oração poder ser um auxiliar efetivo ao tratamento médico padrão”, diz o pesquisador cardíaco William Harris, Ph. D., que chefiou o estudo no Hospital de Saint Luke. O estudo foi publicado em 25 de outubro de 1999, como artigo do “Archives of Internal Medicine”. Harris e sua equipe examinaram os resultados de saúde de quase 1.000 pacientes cardíacos que haviam sido admitidos recentemente no Hospital de Saint Luke. Os pacientes, onde todos tinham comprometimentos cardíacos sérios, foram aleatoriamente designados em 2 grupos. Uma metade recebeu prece diária por 4 semanas de 5 voluntários que acreditavam em Deus e no poder curativo da oração. A outra metade não recebeu prece de acordo com o estudo. Os voluntários eram todos cristãos. Os pacientes não foram informados que estavam participando de um estudo. As pessoas que oravam possuíam somente o primeiro nome de seus pacientes e nunca visitaram o hospital. Eles eram instruídos a orar para os pacientes diariamente “para uma recuperação veloz sem complicações”. Medindo maravilhas Usando uma longa lista de eventos que poderiam ocorrer aos pacientes cardíacos – tais como dores no peito, pneumonia, infecção e morte. Harris concluiu que o grupo que recebeu orações procedeu 11% melhor do que o grupo que não recebeu, um número considerado significante estatisticamente. Harris originalmente embarcou nesse estudo a fim de ver se ele poderia replicar um estudo similar de 1988 sobre prece intercessora conduzido no Hospital Geral de San Francisco. Esse estudo de 1988, um dos únicos estudos publicados desse tipo, também descobriu que a oração beneficiou pacientes, mas através de uma medida diferente: os pacientes eram capazes de sair do hospital ir pra casa mais cedo. No estudo de Harris, o tempo de estada no hospital e o tempo gasto na unidade cardíaca não foram diferentes para os 2 grupos. Mesmo assim, Harris diz que seu estudo sustenta a evidência que a oração funciona. Seus resultados validam a necessidade para mais pesquisa. “Isso fortalece o campo. Quanto mais estudos são feitos em locais diferentes e independentes, mais próximos se estará da verdade”, diz ele. Fãs e críticos O estudo de Harris, como de seus predecessores, tem atraído ambos, fãs e críticos, e o suficiente de cada. Alguns críticos dizem que somar eventos de saúde para julgar um resultado ou melhora de um paciente é subjetivo, aberto a tendências e, com isso, inválido cientificamente. Outros dizem que não informar às pessoas que elas estão fazendo parte de um estudo não é ético e desrespeita preferências religiosas individuais. “Este foi um estudo razoavelmente bem conduzido, mas eu acho que eles realizaram alguns erros”, diz Richard Sloan, Ph.D., um pesquisador cardiovascular da Centro Médico Presbiteriano de Columbia em Nova Yorque, que segue de perto pesquisas sobre espiritualidade e cura. Sloan apresenta dificuldade com diversos aspectos do estudo de Harris. As preces foram para uma “recuperação rápida” mas não houve diferenças de medidas nas estadas do hospital dos 2 grupos, ele diz. “Metade das predições deles falharam na partida”. Mas os apoiadores dizem que o trabalho está cuidadoso. “Eles não dizem que estão identificando como isto ocorreu, eles apenas falam que talvez todos devessem olhar de perto”, diz Dr. Harold Koenig,, médico e professor de medicina e psiquiatria da Universidade de Duke, que já escreveu sobre oração e cura. O percentual de diferença nos resultados dos 2 grupos foi pequeno, diz Koenig, mas o estudo de Harris usou de metodologia sólida e produziu resultados intrigantes. “Muitas, muitas pessoas oram. Muitas pessoas gostariam de saber se suas preces estão sendo ouvidas”. Relatos de experiências Podemos contatar a Divindade? Podemos pedir ajuda e o Divino responder? Por preces pessoais para nós mesmos, a decisão de atender ou não compete às forças divinas. Mas por preces não-egoístas, para o benefício de outros, a resposta positiva costuma ser mais freqüente. A primeira experiência é descrita em detalhes no texto 1 - “O Tufão da Coréia do Norte – Uma prece atendida?”. A segunda experiência é descrita em detalhes no texto 2 - “As Chuvas na Malásia – Uma prece atendida?”. Um questionamento foi colocado antes de cada descrição, pois a decisão é do leitor se a “resposta” dada foi uma mera coincidência, uma aberração da Natureza ou foi a resposta dos Devas (Seres Supremos) pela prece não-egoísta feita por devotos sinceros. 1 - “O Tufão da Coréia do Norte – Uma prece atendida?” Em 29 de agosto de 1997, cinco membros da Organização Sai da Malásia e Singapura, liderados pelos irmãos J. Jagadeesan e Wee Lin (Presidente do Conselho Sai de Singapura), organizaram uma Missão de Auxílio para a Coréia do Norte para entregar 90 toneladas de farinha de trigo em resposta aos chamados internacionais de ajuda. Os outros eram os irmãos Raveendran (Malásia), Laxman e Lee (Singapura). Em Pyongyang, a Capital da Coréia, a delegação foi bem recebida pelos oficiais do governo coreano responsáveis pelo Auxílio às Secas e Enchentes. Nós fomos informados sobre uma série de desastres naturais. Em 1994, chuva de granizo; em 1995/96, enchentes; em 1997, seca; e desde de 16 a 21 de agosto, um maremoto maciço causado por um tufão 13 destruiu os diques protetores que foram construídos ao longo da costa da Coréia do Norte a fim de proteger as terras costeiras. O evento destruiu milhares de hectares de terras agricultáveis, afetando mais de 2,8 milhões de pessoas, destruindo milhares de casas e deixando mais de 28.800 pessoas sem teto. Em 1º de setembro, a Equipe Sai foi levada a uma das cidades costeiras devastadas chamada Sukcheon. Estava escuro e frio! Havia chovido o dia inteiro enquanto os 3 veículos seguiam de Pyongyang para Sukcheon. Quando chegamos em Sukcheon, a chuva parou, mas os céus permaneceram cobertos de nuvens pesadas, ameaçando a continuação da chuva. Enquanto estávamos nos campos de arroz devastados e enlameados, com os diques costeiros a menos de 2 km de distância, nós recebemos a notícia que um tufão 16 estava previsto para alcançar a costa às 16 h e isso causaria mais sofrimentos imprevisíveis. Eram 11:30 da manhã e as autoridades locais estavam se conduzindo para auxiliar na evacuação da população. A equipe Sai fez um levantamento da devastação e sentiu uma grande sensação de desamparo em relação ao tufão 16, pois isso aumentaria tremendamente a extensão do sofrimento humano. Assim, um dos membros da equipe Sai virou para um oficial da Coréia do Norte que estava acompanhando a equipe Sai e disse: “Olhe, nós vamos fazer algo que você pode considerar totalmente louco. Nós vamos orar para Deus parar o tufão ou, pelo menos, reduzir seu impacto para que as pessoas não sofram mais. Você se importaria? Nós temos rezado para pessoas doentes e coisas parecidas, mas nunca para parar um tufão. Eu não sei se isso funcionará, mas nós tentaremos!” O policial coreano desnorteado, Sr. Pak Chun II, indicou com um leve trejeito engraçado que nós poderíamos ir em frente e que traduzisse isso ao povo do vilarejo coreano, que se curvou e juntos disseram “Kamsahamseda” (Obrigado) ... provavelmente pensando “aqui está um bando de lunáticos”. Os 5 devotos Sai ficaram de pé, lado a lado, como no verdadeiro Panchapandavas (os 5 irmãos Pandava, do Épico do Mahabharata) no meio da vasta destruição das plantações de arroz. Abaixo deles havia lama e água, em frente, a mais ou menos 2 km de distância, os diques e, para além disso, o oceano. Acima existiam as nuvens escuras ameaçadoras que, com ou sem chuva, persistiam nos céus o dia todo. Enquanto um vento frio passava em torno deles, os 5 devotos Sai (3 hindus, 1 budista e 1 taoísta) estavam unidos em irmandade espiritual e amor por Sai e levantaram suas mãos em oração audível. Com Sai em seus corações, eles evocaram através de mantras que eles conheciam – Ganapathy, Devi, Shiva, incluindo Sai Gayatri e Kuan Yin (Deusa da Misericórdia) e mantras endereçados a Surya (Deus Sol), Vayu (Deus Vento) e Indra (Deus do Trovão). Enquanto eles terminavam, em desespero de dar pena, encarando as forças elementais, um deles falou para os céus e para Sai: “Bhagavan, nós nunca lhe pedimos por um milagre! Agora, por favor Bhagavan, deixe este milagre ocorrer! Pare o tufão. Estas pessoas perderam a fé em Deus. Por favor, Baba, mostre a eles o poder de Deus e o poder da oração!”. Ao terminar essa prece carregada de devoção, nenhum deles sentia necessidade de falar. Em silêncio, eles viraram e começaram a andar, ao longo do caminho enlameado, até chegar no veículo estacionado. Enquanto andavam, uma piada foi dita para quebrar a intensidade do clima... a menos de 10 segundos depois disso, aconteceu. Chame isso um ato de Deus, chame isso uma coincidência, uma chance em 1 milhão, enquanto eles andavam, de repente eles viram suas sombras (que não foi vista o dia todo) contornadas no caminho enlameado e sentiram o calor em seus braços e costas. Eles olharam para cima e lá estava, o sol pela primeira vez, aquele dia todo, revelado, saindo das nuvens escuras. Todos os norte-coreanos também olharam para cima em descrédito! A equipe Sai parou de andar em descrédito, seria isto uma resposta a uma prece não-egoísta ou uma coincidência milagrosa? Um dos 5 membros se virou para o assustado Sr. Pak e disse: “Irmão Pak, você percebeu isso?” e ele respondeu: “Sim! Sim! Estou percebendo”, foi a sua resposta incrédula. Depois disso o sol começou a brincar de esconde-esconde com as nuvens escuras. Os 5 membros continuaram a enviar preces silenciosas para o Tufão 16 ser parado, para não alcançar aquela costa às 16h. O grupo teve que retornar a Pyongyang e deixou a cidade por volta das 12:30 da tarde. Não choveu o restante do caminho, nem o restante do dia. Na manhã seguinte, o grupo teve que ir para casa. Enquanto eles estavam parados na varanda do hotel, o Sr. Pak foi perguntado: “O tufão 16 chegou à costa?” O Sr. Pak, um pouco contido, era um ateu convicto que nem abaixava sua cabeça quando nós orávamos num templo budista, um dos poucos remanescentes, nos entornos de Pyongyang, disse: “Nós não contatamos a área costeira ainda (a área ficava a 1 hora e meia de distância de carro, num dia chuvoso, da cidade de Pyongyang), então eu não posso confirmar. Mas ontem à noite eu escutei o rádio e não houve menção do tufão, por isso acredito que o tufão 16 não alcançou a costa.” “Então, nenhuma notícia é boa notícia?” “Sim”, Sr. Pak respondeu com um meio sorriso. “Nenhuma notícia é boa notícia.” Os 5 irmãos em Sai sorriram um para o outro e olharam para a manhã ensolarada que esquentava Pyongyang... e, em seus corações, agradeceram Sai pelo menos pelo Sol! Em relação ao tufão 16, de acordo com o Sr. Pak e as notícias do rádio, ele não chegou! Evento contado pelos irmãos Wee Lin, Ravi, Lee, Laxman e Jagadeesan. Artigo recortado do jornal: Ritual realizado para pedir chuva Mantendo a fé... Membros da Organização Sri Sathya Sai Baba evocaram um ritual antigo enquanto eles oravam por chuva paras os reservatórios de água, a fim de superar a crise de água presente. O facilitador Central da Organização Sri Sathya Sai da Malásia, Singapura, Indonésia e as Filipinas, Datuk J. Jagadeesan descreveu o ritual como um yagna, com cânticos em volta de uma fogueira a fim de evocar a energia divina. “Existem várias formas de yagnas e, em vista da presente crise de água, nós sentimos que procurar o Todo Poderoso é um bom procedimento”. Explicando melhor, Jegadeesan disse que, enquanto se executa o ritual, 9 homens ficam sentados em volta da fogueira, orando por 4 horas. Freqüentado por 20 membros da Organização Universalista, o yagna foi supervisionado por T.C. Nadarajah e sediado no Centro Sri Sathya Sai Baba em Bangsar. 2 - “As Chuvas na Malásia – Uma prece atendida?” O evento que diz respeito ao título foi escrito por J. Jagadeesan. Os nomes das pessoas envolvidas são mencionados, para que esse evento possa ser verificado. A partir de março de 1998, a Malásia e outros países da região asiática foram pegos pelas garras do fenômeno El Nino. Campos verdes e macios se tornaram secos, a terra rachou e os reservatórios de água começaram a ser vagarosamente esvaziados, sem chuva para substituir as águas que desapareciam. Os responsáveis pelo abastecimento de água começaram a impor o racionamento de água em todo o país e algumas áreas eram privadas de água, por conta do racionamento e encanamentos estourados, por 2 ou 3 dias. Entretanto, minha casa, em Jalan Abdullah, Bangsar em Kuala Lumpur, aonde o Centro Sai de Bangsar é localizado num salão atrás da casa, foi misericordiosamente poupado de qualquer corte de água. A vida era normal. No sábado, 9 de maio, o irmão Suresh Govind, facilitador nacional de Jovens Sai da Malásia, telefonou para meu escritório e me pediu para participar de uma cerimônia de bhajans especial no local dos reservatórios de água em Kuala Lumpur! “Por quê?”, eu perguntei. “Para fazer a chuva cair nos reservatórios de abastecimento”, ele explicou. “Tudo bem, façam isso! Mas por que me envolver nisso?”, eu perguntei. “Por favor Annai” (um termo usado para se referir a um irmão mais velho em Tamil), ele suplicou: “eu não tenho água em minha casa há 3 dias”. Eu ri e disse: “Suresh! Nós temos mais experiência em parar tufões, mas eu não tenho certeza se podemos fazer chover! Mas, de qualquer modo, deixe-me refletir sobre isso e eu te telefono de volta”. Eu, então, sentei em meu escritório, meditei e pedi por uma Verdadeira Orientação Divina! Meu país estava sofrendo, mas nós poderíamos fazer algo sobre isso? Eu não irei, nesse estágio, revelar como eu consegui as respostas, mas eu orei ao Senhor Ganesha por direção. Estas foram as mensagens que recebi, apresentadas de uma maneira organizada e não como eu as recebi. “Seria totalmente improdutivo realizar os bhajans nos reservatórios de água ou até mesmo no Centro Sai! Entretanto, se um yagna foi feito no Centro, nós poderíamos orar para as chuvas caírem nas áreas de abastecimento da Península da Malásia. Nossas preces não seriam poderosas o suficiente para evocar chuva em Sabah/Sarawak ou em outras partes das regiões asiáticas”. “A prece deve ser conduzida na noite de segunda-feira e a chuva cairia nos reservatórios da Península da Malásia dentro de 12 horas”. Eu fiquei completamente surpreso com essa resposta firme e perguntei se nós poderíamos informar a imprensa sobre isto! A resposta foi: “Sim! Informe a imprensa!” Mais tarde quando a dúvida tomou conta de mim - afinal de contas, nós pareceríamos tolos se contássemos a imprensa e nada acontecesse – eu perguntei novamente duas vezes e, em ambas as vezes, a resposta foi: “Sim! Informe a imprensa!”. Muito impressionado com a resposta eu telefonei para o Tio Nadarajah e disse a ele do meu “Contato com a Consciência” e pedi a ele para meditar a fim de encontrar uma resposta. Eu estava, assim dizendo, procurando uma segunda opinião! Ele fez o que eu havia pedido e me ligou 2 horas depois, dizendo: “Jega, é isso mesmo! Vamos fazer isto! Informe ao Centro e inicie os preparativos. Eu também fui orientado em quais mantras entoar e como o yagna (cerimônia sagrada do fogo) deveria ser conduzido”. As instruções que o Tio Nadarajah recebeu foram muito específicas e do tipo que nós nunca tínhamos feito antes. O tamanho do buraco para a fogueira do yagna foi especificado. Nove homens deveriam sentar em torno da fogueira (yagna) e atrás deles deveriam sentar suas esposas e outros devotos, cada um com sua mão direita posicionada no ombro da pessoa que estivesse sentada na frente... todos como os raios da roda divina – o sustentáculo, a chama sagrada. Os mantras a serem entoados deveriam ser: 1ª hora – “Om Swaha” 2ª hora – “Om Sri Varuna Devaya Swaha” (O Deus Chuva) 3ª hora – Mantra Gayatri A duração total de todo o yagna com a evocação introdutória, prece de fechamento e etc. deveria levar 4 horas. NINGUÉM DEVERIA SE MEXER SOBRE QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA. Se houvesse qualquer movimento realizado pelos que estivessem sentados no círculo concêntrico – o efeito do yagna seria anulado. Então, o yagna foi iniciado na noite de 11 de maio de 1998, com 7 indianos e 2 chineses, Irmãos em Sai, tomando a posição de liderança e suas esposas e os outros atrás deles como havia sido instruído. Uma fotografia foi tirada pelo fotógrafo da imprensa, assim que o yagna havia começado. Eu não era um dos 9 que estavam sentados. Eu tinha um papel diferente para representar. A coisa mais impressionante foi isso! Assim que nós iniciamos o yagna, isto é, poucos minutos depois da foto ter sido tirada e o repórter ter ido embora, começou a garoar e esta se transformou em gotas enormes de chuva e, antes da 1ª hora o yagna parecia ter terminado, estava chovendo muito! Relâmpagos, trovões e ventos fortes ameaçaram a destruir a lona temporária que havia sido instalada. As chuvas batiam fortemente e ensoparam os homens e especialmente as esposas sentadas atrás deles. Algumas senhoras sentadas na ponta da tenda tiveram a água caindo nelas provenientes do final da lona... MAS NINGUÉM SE MEXEU! Dois ou três dos jovens e eu tínhamos nossas mãos cheias de água que empurrávamos do teto da lona, que estava curvado e cheio, para prevenir um colapso. Nós colocávamos sacos plásticos atrás das senhoras para prevenir contato direto com a chuva que caía... Mas nada podia ser feito para impedir a água fluindo no chão de cimento e molhando todos aqueles que estavam sentados. Era uma das mais temíveis tempestades que eu havia vivenciado... Talvez porque eu estivesse realmente lá a céu aberto. Normalmente, estaríamos protegidos dentro de casa. A chuva rolou solta e o yagna continuou firme... Iniciando em torno de 18h, o yagna e o Arathi final terminaram às 22h. E surpreendentemente, quase exatamente na mesma hora, a chuva parou. A chuva tinha vindo e ido embora! Mas ela havia caído nos reservatórios? Na manhã seguinte todos os jornais continham histórias dessa chuva torrencial, e sim – depois de muitas semanas de espera a chuva finalmente caiu nos reservatórios de água em toda a Península da Malásia. Esse foi o começo – as chuvas continuaram pelos próximos dias e o racionamento de água terminou quando os reservatórios estavam de volta com suas capacidades normais abastecidas depois de poucas semanas. Uma coincidência? Um Milagre Divino? Os leitores devem decidir! Eu contei a história exatamente como aconteceu. Teriam as chuvas vindo de qualquer jeito – se nenhum yagna tivesse sido feito? Eu não sei! Os leitores decidem! Por consideração ao devido registro do evento, os nove homens com suas esposas, que fizeram parte do yagna, excluindo Tio Nadarajah que estava presidindo, eram os devotos: Nadarajoo, Muthu, Billy Fong, Lee Hsing Yong, Kiram Kumar, Dharmarajah, Rajoo, Krishnan e Travagnanam. “Prece para fins mundanos não alcança a DEUS. Ela alcançará somente aquelas deidades que lidam com tais esferas restritas. Mas todas as preces que surgem do puro amor, da ânsia não-egoísta de prestar serviço e dos corações que incluem a todos alcançarão a DEUS.” Sathya Sai Speaks 11, pág.68 Pensamentos que elevam Estes são pensamentos que irão nutrir e alimentar a Consciência Superior dos jovens, para atingir metas espirituais. Aqui, os jovens tentarão fazer contato com seu ser superior para atrair a força sutil e invisível que irá manifestar-se para o propósito para o qual foi invocada. Um exemplo é a mensagem dada abaixo. As cinco orações de Swami: Bhagavan Baba exorta a todos que recitem-nas diariamente. (Discurso de aniversário – 23/11/1983) Eu sou Deus Eu sou o Indivisível, Absoluto Supremo Eu sou Sat-Chit-Ananda Tristeza e ansiedade jamais podem me afetar Eu estou sempre contente; o medo jamais pode me atingir Nota: Diga isso com convicção! O indivíduo deve acreditar nas declarações. Afirmações positivas são uma das formas mais poderosas de motivar a mente. A repetição constante fará com que a mente de fato acredite nelas, aja de acordo e transformem-nas em realidade. Preparação: Sente-se em uma posição confortável. A coluna deve estar ereta. Tente capturar o livre fluir de pensamentos e ouça a voz que irá guiar sua mente por um tempo. Não deixe a mente divagar, mas esteja consciente de seus pensamentos. Prepare-se para seguir mentalmente o seguinte. Diga aos jovens que não repitam como um papagaio, somente porque foi pedido, mas que repitam com convicção e sintam o poder magnífico desta oração. Guia: Com uma voz suave, o facilitador deve ler a oração acima e, conforme for lida, deve também ser explicada. Eu sou Deus – somos todos filhos de Deus. O aspecto divino é inerente a todos nós. Eu sou o Indivisível, Absoluto Supremo. – Isto não é para inflar nosso ego, mas apenas para reforçar que somos parte do divino. Podemos estar certos que o “eu” é indivisível – como a onda e o oceano, como a bolha d’água em um lago. Eu sou Sat Chit Ananda – O Atma é Verdade, Consciência, Bem-Aventurança. Por quê? Porque eu sou parte de Deus, Ele e eu somos um e, portanto, bem-aventurança (felicidade intensa) é parte da minha natureza. Tristeza e ansiedade jamais podem me afetar – Como elas podem me afetar se eu sou um com Deus e minha natureza está em estado de bem-aventurança? Eu estou sempre contente; o medo jamais pode me atingir – Isto será verdade porque eu sinto constantemente a presença do Divino em minha vida. Por isso, estou contente por saber que Deus sempre estará ao meu lado, assim como as pálpebras protegem os olhos. Experiência: “Madame Bire da França era cega e os nervos ópticos eram atrofiados e inúteis, conforme vários médicos testemunharam após exames repetidos. Madame Bire foi ao santuário com a expectativa e a fé de que receberia a cura. A fé que possuía fez com que sua mente subconsciente respondesse desta maneira, liberando a energia da cura.” Fonte: O Poder da sua Mente Subconsciente, Dr. Joseph Murphy Extraído de “Técnicas Práticas em Cura Mental”, pág. 84-85 O método afirmativo foi escolhido pelo autor para ser usado em sua irmã, que seria operada para remover pedras na vesícula em um hospital na Inglaterra. A condição descrita foi feita a partir do diagnóstico do hospital, baseado nos testes e procedimentos usuais de raio X. Ela me pediu que orasse por ela. Nós estávamos separados geograficamente por 6.500 milhas, mas não existe tempo ou espaço no princípio da mente. A mente infinita ou inteligência está presente em sua totalidade em todos os pontos simultaneamente. Eu afastei todo pensamento tanto da contemplação dos sintomas, como também da personalidade corpórea. Então afirmei o seguinte: “Esta oração é para minha irmã Catherine. Ela está relaxada e em paz, equilibrada, estável, serena e calma. A inteligência de cura de sua mente subconsciente, que criou o seu corpo, está agora transformando cada célula, nervo, tecido, músculo e osso do seu ser, conforme o padrão perfeito de todos os órgãos, contido em sua mente subconsciente. Em silêncio e quietude, todos os padrões de pensamento distorcidos em sua mente subconsciente são removidos e dissolvidos, e a vitalidade, plenitude e beleza do princípio vital se manifestam em cada átomo de seu ser. Ela está agora aberta e receptiva para as correntes de cura que estão fluindo através dela como um rio, devolvendo-lhe a saúde perfeita, harmonia e paz. Todas as distorções e imagens ruins são agora arrastadas pelo infinito oceano de amor e paz fluindo através dela, e isto é assim.” Eu repeti a afirmação acima várias vezes por dia e, após duas semanas, minha irmã se submeteu a um exame que mostrou uma cura extraordinária, e o raio X revelou-se negativo. Afirmar é dizer que isto é assim e, como você mantém esta atitude mental como verdadeira, apesar de todas as evidências do contrário, você receberá uma resposta para a sua oração. Seu pensamento pode somente afirmar, pois, mesmo que você negue algo, está na verdade afirmando a presença do que está negando. Repetir uma afirmação, sabendo o que está dizendo e por quê está dizendo, leva a mente a acreditar que aquilo é verdade. Continue repetindo as verdades da vida até adquirir a reação subconsciente que satisfaz. CONTEMPLAÇÃO SOBRE DEUS E SUA CONSCIÊNCIA DIVINA Buscando a Graça de Deus É essencial para os jovens compreender que eles devem estabelecer uma ligação com Deus, isto é, seu Criador. Eles devem ser ajudados a fazer o esforço consciente de ter uma relação forte e amorosa com Deus. Devem aprender que Deus será seu melhor amigo e estará sempre ao seu lado para guiar, proteger e guardá-los sempre. Tem sido dito que o homem foi criado à imagem de Deus. No entanto, o homem permitiu sua condição divina “escapulir” e acredita ser um frágil ser humano. Ore a Deus na Forma que mais lhe agrada, e procure vencer sua fraqueza e peça por força e sabedoria para conquistar a mente, para se livrar da negatividade e fragilidade; uma vez conquistada, não haverá mais retrocessos, pois com a Graça de Deus e o esforço do homem, o sucesso se torna de fato uma realidade. Preparação Sente-se em uma posição confortável. A coluna deve estar ereta. Deixe que todo o fluir de pensamentos livres pare. Ouça uma música inspiradora e mantenha a sua mente concentrada na letra e no significado da música. Guia: Você deve acreditar que pode fazer a diferença. Deve acreditar em si mesmo e em Deus. Esses tipos de pensamento não são apenas um reforço, mas são afirmações positivas que lhe darão coragem para saber que, para conquistar o mundo, você não precisa de nada além da vontade de ser bem-sucedido e de superar a mediocridade com a qual muitos de nós estamos saturados. Traga à sua mente a sua forma de Deus e procure Suas bênçãos para direção e proteção contínuas para ajudá-lo a tornar seus sonhos realidade. Pensamentos significativos Citações dessa categoria geralmente se referem à vida dia-a-dia. Elas dão uma visão alternativa do modo comum e medíocre de pensar. Você pode não ser capaz de decidir a duração de sua vida, Mas pode decidir como utilizá-la. Você pode não ser capaz de escolher o tempo, Mas pode mudar a forma que se sente. Você pode não ser capaz de alterar sua aparência, Mas pode mostrar um rosto alegre. Você pode não ser capaz de prever o futuro, Mas pode fazer uso do hoje. Você pode não ser capaz de ter tudo na vida, Você pode dar tudo o que tem nela. Nota: Nós devemos aprender a apreciar o que temos e não cair no hábito de reclamar. Se dermos o melhor de nós em tudo o que fazemos, seremos felizes. Todas as pessoas são únicas e devemos aprender a apreciar cada uma e respeitar suas diferenças. Citações e poemas inspiradores POEMA: VIVEREI CONFORME MINHA PRECE! Ajoelhei-me para orar quando o dia terminou E pedi: “Ó Senhor, abençoe a todos: Retire a dor de cada coração, E faça com que os doentes estejam bem outra vez.” Então acordei no outro dia E, despreocupado, tomei meu caminho. Durante todo o dia eu não tentei Secar a lágrima de um olho sequer. Eu não tentei dividir a carga De nenhum irmão que por mim passou. Eu nem mesmo fui olhar O homem doente na porta ao lado. E mais uma vez o dia se foi Eu orei: “Senhor, abençoe a todos” Mas conforme orava, em meu ouvido Veio uma voz que sussurrou bem claro: “Pare, hipócrita, antes de orar: A quem você tentou abençoar no dia de hoje? As mais doces bênçãos de Deus sempre vão Pelas mãos que O servem aí embaixo.” Então escondi meu rosto e chorei: “Perdoe-me, Deus, porque eu menti, Deixe apenas viver outro dia E viverei conforme minha prece.” Autor desconhecido MAIS EXEMPLOS... AGRADEÇA Agradeça por não ter tudo o que deseja. Se tivesse, o que haveria para alcançar? Agradeça quando não souber alguma coisa, Pois isto lhe dá a oportunidade de aprender. Agradeça pelos momentos de dificuldade. Durante esses momentos você cresce. Agradeça por suas limitações Porque elas lhe dão oportunidades de aperfeiçoamento. Agradeça por cada novo desafio Porque eles irão construir sua força e seu caráter. Agradeça por seus erros. Eles irão lhe ensinar valiosas lições. Agradeça quando está cansado e exausto Porque isto significa que você fez diferença. É fácil agradecer pelas coisas boas. Uma vida de intensa realização vem àqueles que agradecem também pelos contratempos. GRATIDÃO pode transformar o negativo em positivo. Encontre uma forma de ser grato pelos seus problemas e eles poderão se tornar suas bênçãos. MINHA PRECE Eu pedi força... E Deus me deu dificuldades para fazer-me forte. Eu pedi sabedoria... E Deus me deu problemas para resolver. Eu pedi prosperidade... E Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar. Eu pedi coragem... E Deus me deu perigo para superar. Eu pedi amor... E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar. Eu pedi favores... E Deus me deu oportunidades. Não recebi nada do que queria. Recebi tudo de que precisava. Minha prece foi atendida. Algumas citações sobre o contato com Deus Você pode se perguntar: “Por que Deus me daria alguma atenção? O que eu poderia oferecer-Lhe quando o universo inteiro já Lhe pertence? Se mesmo os anjos e deuses não podem vê-Lo, que chance existe para mim?” Porém, tais pensamentos de auto-condenação e depreciação não o levarão a lugar algum. Enquanto pensar dessa forma, você será incapaz de ganhar a graça de Deus e estar apto a servi-Lo. Não dê guarida a tais demonstrações de fraqueza. Sathya Sai Baba Você deve instalar Deus em seu coração e dizer a Ele: “Amado Senhor! Eu sei que Tu preenches todo o universo, mas também estás aqui em meu coração. Com todo o meu poder, irei manter-Te aqui, firmemente estabelecido em meu interior. Tu és, é verdade, o maior entre os maiores, mas também és o menor entre os menores. Neste aspecto diminuto, habitas sempre em meu coração.” Se você tem esta sólida fé em si mesmo e uma inabalável resolução de estabelecer Deus firmemente em seu coração, certamente irá alcançá-Lo. Sathya Sai Baba Um ponto fundamental que você deve manter em mente enquanto estiver repetindo o nome de Sai é que, quando toma este nome, deve sentir que é somente pela Sua Vontade e Poder que você o está fazendo, e não por você mesmo. Seu progresso será bastante fácil se sentir que está fazendo tudo pela Vontade e Poder de Deus, desde o princípio do seu sadhana. Sathya Sai Baba O nome de Deus deve ser cantado com todo o amor e fé. Então, os vasanas deixarão a mente automaticamente, sem nenhum esforço. Deus vem até o devoto quando este chora por Ele, assim como a mãe vem ao seu filho. Sathya Sai Baba No princípio, Deus permanece a uma certa distância observando seus esforços. Ele é como o professor que fica à distância do estudante enquanto este escreve as respostas às suas perguntas. Quando você se desfaz do apego ao mundo material e começa a fazer o bem e servir ao próximo, Deus vem para mais perto de forma encorajadora. Ele é como o Deus Sol que espera do lado de fora, atrás da porta fechada, como um servo que permanece em seu posto. Ele não anuncia a Sua presença ou bate à porta. Ele simplesmente espera. Mas quando o mestre abre a porta, mesmo um pouco, o sol entra de uma vez e expulsa a escuridão. Quando você pede ajuda a Deus, Ele está bem ao seu lado com as mãos estendidas para ajudá-lo. Tudo o que você precisa é do discernimento para orar a Deus, da sabedoria para lembrar-se d’Ele. Sathya Sai Baba Minha missão é lhe conceder coragem e alegria, afastar a fraqueza e o medo. Não condenem a si mesmos como pecadores. Pecado é uma denominação imprópria para o que realmente é um erro. Eu perdoarei todos os seus erros, desde que se arrependam sinceramente e resolvam não mais seguir o mal. Sathya Sai Baba No princípio, nome e forma são essenciais. Esta é a razão pela qual os Avatares vêm, para que Deus possa ser amado, adorado, louvado, ouvido e seguido e, finalmente, compreendido como Sem Nome e Sem Forma. Sathya Sai Baba A prece é o próprio alento da religião, pois aproxima o homem de Deus cada vez mais, a cada suspiro. Sathya Sai Baba É seu dever pedir a Deus. As palavras têm que ser ditas, e devem corresponder aos pensamentos. O pensamento deve ser convertido em palavras verdadeiras. É verdade que Deus sabe tudo, mas Ele precisa que as palavras sejam ditas. A mãe pode saber que, para manter a vida, seu filho precisa de leite, mas este só é dado quando o filho pede. Sathya Sai Baba A oração deve estar unida à prática. Vocês não devem orar por uma coisa e praticar outra. Tal oração é somente uma forma de decepcionar-se. As palavras que vocês pronunciam, os atos que praticam e as orações que fazem, todas devem ser direcionadas pelo mesmo caminho. Sathya Sai Baba O selo de bhakti (devoção) é o que faz a prece chegar ao seu destino, Deus; não as grinaldas, as fanfarras, a pilha de flores ou a natureza festiva dos banquetes oferecidos. O coração simples e sincero é a o selo que faz a prece viajar mais rápido. Sathya Sai Baba Orações para fins mundanos não chegam a Deus. Elas alcançarão somente as deidades relacionadas com tais esferas restritas. Mas todas as orações que vêm do amor puro, do desejo altruísta de prestar serviço e dos corações que incluem a todos, estas alcançarão a Deus. Sathya Sai Baba Nossa devoção e oração a Deus não deveriam ser somente pelo objetivo de conseguir alguma coisa ou satisfazer algum desejo. Elas deveriam ser por amor ao Atma (a Divindade interna) e para o propósito de tornar-se um com o Senhor e alcançar a bem-aventurança que se consegue por estar perto de Deus. Sathya Sai Baba Sem saber o que devemos pedir, estamos pedindo a Deus por algo enquanto, na realidade, o que queremos é outra coisa. Neste processo, estamos criando dificuldades. Deus está sempre pronto para dar tudo o que vocês querem, mas vocês não parecem saber o que é bom para vocês e o que realmente querem. Uma vez que não sabem o que devem querer e sob quais circunstâncias, é melhor e mais fácil entregarem-se completamente a Deus e simplesmente pedir por Sua Graça. Sathya Sai Baba Deus lhes dá qualquer coisa que peçam. Portanto, tenham cuidado. Peçam pelas coisas certas. Sathya Sai Baba A verdadeira meditação é estar absorto em Deus como o único pensamento, a única meta. Somente Deus, Deus somente. Pense em Deus, respire Deus, ame a Deus, viva Deus. Sathya Sai Baba Enquanto a pessoa sabe que está meditando, ela não está meditando. Durante a imersão em Deus, o indivíduo deixa de lado toda forma e se funde em Deus. Neste processo, a mente naturalmente pára. Conversações com Sathya Sai Baba, pág 133 Se um bhakta (devoto) dedica todo o seu corpo, mente e existência ao Senhor, Ele irá pessoalmente cuidar de tudo, pois estará sempre com o bhakta. Sob tais circunstâncias, não há necessidade de oração, desde que vocês tenham dedicado a si mesmos e entregue todas as coisas ao Senhor. Prashanti Vahini, pág. 14 A graça de Deus é como o cair da chuva, como a luz do sol. Vocês devem fazer algum sadhana (prática espiritual) para consegui-la: o sadhana de manter o pote com a boca para cima para receber a chuva, o sadhana de abrir a porta de seus corações para que o sol possa iluminá-los. Sathya Sai Speaks 6, pág. 184 Se uma pessoa tem um coração puro e vive de acordo com os ensinamentos de Swami, Sua Graça é automática. Nenhum karma pode impedi-la. Conversações com Sathya Sai Baba, pág. 109 Acima de tudo, tentem ganhar a Graça corrigindo seus hábitos, reduzindo seus desejos e purificando sua natureza superior. Um passo torna o próximo mais fácil; esta é a excelência da caminhada espiritual. A cada passo, sua força e confiança crescem e vocês adquirem uma quantidade de Graça cada vez maior. Sathya Sai Speaks 5, pág. 30 Quando você tiver feito o seu melhor e isto não for o suficiente, então chame por Mim. Eu estou sempre pronto para reforçar seu empenho com a Minha Graça. Sathya Sai Speaks 2, pág. 123 O esforço individual e a Graça de Deus são interdependentes. Sem esforço, não haverá derramamento de Graça. Sem a Graça, não pode haver o ganho a partir do esforço. Para ganhar esta Graça, você só precisa ter fé e virtude. Sathya Sai Speaks 5, pág. 188 A Graça de Deus não pode ser obtida através das ginásticas da razão, das contorções da yoga, ou dos rigores do ascetismo. Somente o amor pode obtê-la, amor que não precisa de recompensa, amor que não conhece a barganha, amor que é dado alegremente como um tributo ao Todo-Amoroso, amor que é inabalável. Somente o amor pode superar os obstáculos, por mais e maiores que sejam. Sathya Sai Speaks 7, pág. 459 Isto é Graça. Aqueles que sofrem têm Minha Graça. Somente através do sofrimento serão persuadidos a voltarem-se para dentro e praticar a inquirição. Sem voltar-se para dentro e sem a inquirição eles jamais poderão escapar da miséria. Conversações com Sathya Sai Baba, pág. 110 Quando uma dor severa o atormenta, o médico lhe dá uma injeção de morfina e você não sente mais dor, apesar dela ainda existir no corpo. A Graça é como a morfina: a dor não é sentida, apesar de você passar através dela! A Graça remove a maldade do karma pelo qual você tem que passar. Sathya Sai Speaks 4, pág. 154 No escritório, se você trabalha o expediente inteiro, recebe o pagamento total. Se trabalha meio-expediente, recebe metade do pagamento. Hoje em dia, mostramos somente meia-devoção e queremos recompensa completa para esta devoção incompleta. Como podemos obtê-la? Summer Showers 1973, pág. 179 Bhakti é o estado mental onde o indivíduo não tem uma existência separada de Deus. Seu próprio alento é Deus; suas próprias ações são de Deus e para Deus; seus pensamentos são por Deus; suas palavras são pronunciadas por Deus, sobre Deus. Pois, assim como o peixe só pode viver na água, o homem só pode viver em Deus – em paz e felicidade. Sathya Sai Speaks 6, pág. 119 Esta é minha oração a Ti, Senhor Eu coloco minha cabeça aos Teus pés. Permita que meu corpo esteja onde quiser, Mas que minha mente esteja sempre aos Teus pés. Permita-me passar meu tempo pensando em Ti. Santo Tukaram Ó Amado Deus, não tenho nada a Te ofertar Pois todas as coisas são Tuas. Não estou triste por não poder Te dar, Pois nada é meu, nada é meu. Aqui me prostro aos Teus pés Meus membros, minha vida, meus pensamentos e palavras, Pois eles são Teus, eles são Teus. Sri Paramahamsa Yogananda Pensas que Eu te confrontaria com a dor sem que houvesse uma razão para isto? Abre o teu coração para a dor assim como o faz agora para o prazer, porque é a Minha Vontade, foi forjada por Mim para o teu bem. Recebe-a como um desafio. Não tente evitá-la. Volta-te para dentro e adquire a força para suportá-la e beneficiar-te a partir disso. Tudo isso é o Meu plano, fazer com que sofras as dores das necessidades não satisfeitas, para que ouça a Minha voz que, quando escutada, dissolve o ego e, com ele, a mente. É como fazer um bolo. Te bato, te amasso, te dou golpes, te torço e te asso no forno. Te afogo em lágrimas e te torro em soluços. Te faço doce e saboroso, uma oferenda digna de Deus. Eu vim para reformar-te. Não te deixarei até que o tenha feito. Ainda que te desvies antes de chegar a ser um aspirante espiritual vitorioso, Eu te segurarei. Não podes escapar de Mim. Sathya Sai Baba Para um homem mundano, uma pessoa intoxicada por Deus parecerá louca e ele irá rir dela por isso. Mas para o homem intoxicado por Deus, o homem mundano parece insano, tolo, desorientado e cego. De todas as insanidades que afligem o homem, a loucura por Deus é a menos nociva e mais benéfica. Sathya Sai Baba “Dentre os Meus devotos, aquele que dedica todas as suas ações a Mim sem nenhum outro pensamento, aquele que medita em Mim, que Me serve, Me adora e se lembra de Mim, saiba que Eu estou sempre com ele, provendo suas necessidades neste mundo e no próximo. Eu carrego o peso do seu Yogakshemam Vahamyaham (bem-estar).” Bhagavad Gita, Sri Krishna disse isso a Arjuna no campo de batalha de Kurukshetra Façam uso total de Deus. Agarrem-se aos Seus pés e Ele os ajudará a cruzar o oceano de samsara, escapar do remoinho de nascimentos e mortes e alcançar as praias de Moksha (liberação). Eu estou em sua casa, em frente aos seus olhos, atrás, ao lado, com vocês e dentro de vocês... Sathya Sai Baba Vocês querem saber a relação entre Deus e o indivíduo? Bem, Deus é a Alma Universal ou Paramatma e nós somos as almas individuais ou Jivatmas. A relação é como a do filho com a mãe que lhe deu o nascimento e a vida. Imaginem uma célula-mãe. Esta célula dá origem a dúzias de pequeninas novas células. Estas separam-se da célula-mãe, mas a célula-mãe continua mantendo contato com as filhas através de um elo, como um fio invisível. Através deste fio, ela continua mantendo um certo controle sobre as filhas. Estas, no entanto, são livres para moverem-se como quiserem. Mas quando se perdem ou se desencaminham, a célula-mãe pode ou não trazê-las de volta com um puxão. Este tênue fio também age como uma espécie de fio de telefone, enviando mensagens entre as células mãe e filhas. A célula-mãe ou o mestre possui também uma espécie de sistema de radar através do qual não perde de vista todas as células-filhas. Agora a célula-mãe é Deus e as filhas são os inumeráveis seres viventes. O fio invisível é a ligação entre Deus e esses seres, e o fio de telefone transmitindo as mensagens é a nossa consciência. Quando fazemos algo errado, Deus nos diz e nos previne através deste fio de telefone ou consciência... Sathya Sai Baba Metodologias A pressão dos colegas é o inimigo número 1 da maioria dos jovens que os direciona a mergulhar na negatividade. Um jovem que é visto orando ou em comunhão com Deus pode ser rotulado como “estranho”, supersticioso e fora de moda. O medo de ser tratado como um rejeitado irá eventualmente oprimir o adolescente e, com isso, haver a interrupção de Contato com a Consciência. Durante esta seção, o facilitador pode usar uma variedade de metodologias para estimular o interesse dos jovens a explorar e ter vontade de fazer Contato com a Consciência regularmente – e eventualmente crescer como um indivíduo que busca inspiração e força a partir de seu Contato com a Consciência e, ao mesmo tempo, corajosamente declarar sem medo, que ele ou ela realmente se comunica com o Ser Supremo! Três metodologias são dadas abaixo. São exemplos de atividades que podem ser realizadas dentro desse módulo. O facilitador deve ter espírito aventureiro e estar aberto a explorar e descobrir os limites dessas técnicas. (1) Discussão (2) Debate (3) Teatro e Esquete 1. Discussão Quão mais interessante uma discussão pode ficar? A constante repetição desta metodologia durante os encontros pode ser considerado tedioso. A fim de apimentar a discussão e adicionar o elemento da diversão e surpresa, o facilitador poderia introduzir um “aperitivo” para instigar o jovem a entrar numa discussão interessante. Alguns desses “aperitivos” podem ser na forma que se segue: (a) Mímica (b) Desenhe para explicar (c) Montagem (d) Quadrinhos A seguir mostraremos um exemplo de como um facilitador poderia utilizar os aperitivos (a), (b) ou (c) durante um encontro, a fim de discutir a seguinte citação: Mas pode o objetivo da Vida apenas ser esse – lutar no meio das ondas de alegria e sofrimento que surgem e desaparecem neste mundo objetivo visível; ser carregado junto à corrente do desejo, acumulando comida, abrigo, conforto e prazer, e finalmente, debater-se nas mandíbulas da morte? Considere o que está acontecendo agora: em nome do progresso, a arte é degradada em diversão imoral e sensual; o avanço educacional resulta, não em avanço da humildade e reverência, mas em indisciplina, arrogância e irreverência desmedidas. A ênfase antigamente colocada no desenvolvimento do caráter e na promoção da virtude através da educação agora tem sido esquecida. Em seu lugar coroaram ideais como sucesso mundano, engrandecimento próprio e um alto padrão de vida. A ganância está crescendo fora do controle. O desenvolvimento científico não está resultando em paz e alegria, mas aumentando em terror, inquietação e ansiedade. O homem está analisando e utilizando o mundo exterior, mas o mundo interior, que é básico, é ignorado e esquecido. Baba, “Gems of Wisdom”, Capítulo sobre Educação, pág.188. (A) Mímica Se a atividade é discutir a citação acima, o facilitador poderia dividir os jovens em 2 grupos, dependendo do número de participantes, e eles poderiam ser desafiados a adivinhar a sentença que foi dividida em frases menores como se segue: Mas pode o objetivo da Vida ser apenas este lutar no meio das ondas de alegria e sofrimento que surgem e desaparecem neste mundo objetivo visível; ser carregado junto à corrente do desejo, acumulando comida, abrigo, conforto e prazer, e finalmente, debater-se nas mandíbulas da morte? Não é necessário usar a citação inteira na Mímica. Apenas 1 ou 2 sentenças são apropriadas se forem longas. A idéia é apenas estimular a curiosidade entre os jovens, bem como uma via para criar um sentido de espírito competitivo saudável. As frases acima, escritas em forma de tópicos e em pedaços de papel dobrados, serão colocadas numa caixa ou saco. A pessoa escolhida pelo grupo para fazer as mímicas sobre o significado da frase selecionará um pedaço de papel aleatoriamente e a atividade começará. Um limite de tempo de 3 minutos pode ser estipulado aos grupos para se adivinhar cada frase. Concluindo-se, o próximo grupo envia seu representante e assim por diante, até que todas as frases sejam descobertas. Depois, o facilitador poderia reunir os grupos para adivinhar a sentença inteira e, portanto, o conjunto da frase estará pronto para a discussão. Papéis impressos, contendo a sentença total, deveriam ser entregues agora e a discussão adequada começaria. (b) Desenhe para Explicar Aqui o mesmo conceito se aplica, agora somente a pessoa selecionada do grupo irá desenhar em vez de fazer mímica. O tempo limite estabelecido deveria ser desafiador e, ao mesmo tempo, possível de ser alcançado, para que os jovens não fiquem desmotivados. (c) Montagem As palavras da citação inteira podem ser divididas em frases como o exemplo demonstrado abaixo: Mas pode o objetivo da Vida apenas ser esse – lutar no meio das ondas de alegria e sofrimento que surgem e desaparecem neste mundo objetivo visível; ser carregado junto à corrente do desejo, acumulando comida, abrigo, conforto e prazer, e finalmente, debater-se nas mandíbulas da morte? Considere o que está acontecendo agora: em nome do progresso, a arte é degradada em diversão imoral e sensual; o avanço educacional resulta, não em avanço da humildade e reverência, mas em indisciplina, arrogância e irreverência desmedidas. A ênfase antigamente colocada no desenvolvimento do caráter e na promoção da virtude através da educação agora tem sido esquecida. Em seu lugar coroaram ideais como sucesso mundano, engrandecimento próprio e um alto padrão de vida. A ganância está crescendo fora do controle. O desenvolvimento científico não está resultando em paz e alegria, mas aumentando em terror, inquietação e ansiedade. O homem está analisando e utilizando o mundo exterior, mas o mundo interior, que é básico, é ignorado e esquecido. O facilitador terá preparado pequenas tirinhas de papel com essas frases impressas. Prepare conjuntos suficientes para serem dados a cada grupo, compostos de 4 a 5 pessoas por grupo. Cada conjunto de tirinhas com as frases misturadas será distribuído e os grupos tentarão solucionar o quebra-cabeça, arrumando as tirinhas com as frases numa sentença adequada. A atividade inteira poderia se tornar uma competição de quem terminasse primeiro! Uma vez que os pedaços tivessem sido organizados, eles seriam solicitados a discutir as afirmações em seus pequenos grupos. (d) Quadrinhos Algumas vezes, o facilitador pode se deparar com quadrinhos interessantes em jornais, revistas, Internet, etc. que contenham mensagens com valores. Estes poderiam ser utilizados tanto como um tópico principal de discussão ou como algo que pudesse ser um “pensamento propulsionador” para um assunto mais importante, isto é, Verdade, Amor, Paz e assim por diante. Dois quadrinhos são exibidos abaixo. O primeiro é proveniente da Internet, enquanto o segundo do jornal. 1º Quadro: - Ding Dong! - Não! Não abra a porta! 2º Quadro: - Ding Dong! Ding Dong! - Por que as pessoas sempre vêm visitar durante a hora da janta? Vamos deixá-las esperando até que tenhamos acabado de comer! 3º Quadro: - Uma hora se passa... 4º Quadro: - Viu? Seja lá quem fosse foi embora! Que isso seja uma lição aprendida, interromper o jantar dos outros é indelicado! 5º Quadro: - Pai, eu tô morrendo de fome! Quando é que a comida vai chegar? - Hei, será que poderia ser o entregador da pizza que veio agora...? - Ooopa! Frase para discussão: “Nós somos os elos das correntes que nos interligam.” Recorte cômico: “Onde os garotos estão?” 1º Quadro: 1990 - Pare! - Nenhum castigo para meu filho! - É isso aí, pai! DISPENSAR O CASTIGO, ESTRAGA A CRIANÇA? 2º Quadro: 1996 - ... 7 anos de cadeia, 6 chicotadas com a vara de bambu! - Oh, não! Buááá! A Discussão Adequada Enquanto a discussão está para começar, o facilitador pode fazer algumas perguntas provocativas e centrais, a fim de estimular as mentes dos jovens para discussões mais espirituosas, equilibradas e sem preconceitos. Muitos jovens sentem dificuldade em iniciar as discussões e as perguntas investigativas ajudariam a direcioná-los. A discussão poderia se dar em grupos menores de 4 a 5 jovens ou ser feita com todos, atentando para que o grupo não seja muito grande, no máximo de 20 pessoas. Seria aconselhável, entretanto, manter os grupos pequenos inicialmente, pois assim dará ampla oportunidade para cada membro expressar seus pensamentos. Uma vez que a harmonia tenha sido construída e fortalecida, e os jovens não estiverem mais com medo ou envergonhados de falarem suas opiniões, a discussão com um grupo grande pode ser considerada. Uma vez que as discussões com os grupos menores estejam terminadas, deverá haver uma apresentação de suas conclusões. Alguns métodos de apresentação são brevemente descritos aqui. a. Esquetes Curtos - Os jovens, utilizando o Teatro como um meio, podem se apresentar, mostrando como eles incorporariam na vida cotidiana as conclusões achadas e os resultados de tais práticas. É importante assegurar que cada membro do grupo participe na apresentação. b. Apresentação de Cartazes - Aqui os jovens usam a arte como uma expressão de seus pensamentos. O facilitador irá prover os jovens com papéis, canetas, lápis coloridos. c. Mapeamento Mental - Esta é a forma mais simples de apresentação, onde os jovens serão solicitados a fazer um mapeamento de suas conclusões, utilizando lousa ou cavalete com papel grande, a fim de ser apresentado para todos os presentes. d. Poemas, Canções ou “Raps” - Os jovens podem também ser solicitados a apresentar suas conclusões em forma de poemas, canções ou mesmo como “raps”. 2. Debate O título do debate pode ser criado para instigar os jovens a mergulhar mais fundo em um tópico escolhido, particularmente em um assunto que pode ser visto como controverso. Um exemplo pode ser “Religião e Cultura atualmente é um obstáculo para a vida cotidiana moderna” ou outro exemplo seria um simples título tal como “Deus é Injusto”. O facilitador pode também agir como “advogado do diabo” e “forçar” os jovens a entrar em discussão sobre algo que eles possam ter vergonha de admitir publicamente ou talvez uma idéia que eles nunca tivessem pensado. Por exemplo, o facilitador pode representar um turista visitando nosso país e que acabou visitando o centro Sai Baba. Os adolescentes estão recepcionando o visitante. Eles podem, depois, ser sujeitados a debater o tópico “Os devotos são adoradores de imagens”. O turista, um estrangeiro (o facilitador pode colorir a atividade através da imitação de um sotaque estrangeiro), pode lançar questões pertinentes a esse assunto. Os jovens precisarão sustentar as crenças e as práticas da Organização Sai. Vão ser “forçados” a explicar e defender as atividades que eles praticam no centro. Se a atividade acontecer como planejada, os jovens deverão ter desenvolvido algum sentido de orgulho em sua crença e participação na Organização Sai, além de aprofundar seu nível de conhecimento. Se, entretanto, eles foram incapazes de responder às questões do “turista”, o facilitador irá pedir, como dever de casa para o próximo encontro, pesquisar os vários aspectos que foram questionados antes (“Porque cantam músicas devocionais? Acham que Deus está ouvindo?, Porque Sai Baba utiliza esse vestido estranho?, Porque vocês repetem ‘que todos os seres de todos os mundos sejam felizes’?”). No encontro seguinte, os jovens apresentarão o que estudaram e aprenderam, como se o turista fizesse uma nova visita. Esse tipo de atividade pode ser com relação a qualquer religião. Nosso país é católico. Essa atividade poderia envolver uma visita do turista a uma igreja (imaginária!) onde o turista iria fazer várias perguntas sobre as práticas espirituais cristãs. Isso irá levar os jovens – mesmo que não sejam católicos praticantes - a pesquisar e entender melhor o significado dessa religião tão presente em nosso país. Esse tipo de atividade pode ainda ser elaborado sobre algum texto espiritual ou sobre qualquer prática espiritual. O facilitador fará o papel de questionador, enquanto os jovens vão ter que se esforçar para explicar e responder. 3. Teatro O teatro pode ser um meio de mostrar valores sem pregar ou lecionar. Enquanto se ensaia, os jovens começariam a perceber as mensagens de valor encenadas no teatro e, eventualmente, começariam a apreciá-las e vivenciá-las em suas próprias vidas. A seguir está um exemplo. A versão original foi extraída de uma mensagem de e-mail e modificada, a fim de ser adequada ao contexto. Apesar de haver somente duas partes principais nesse exemplo, o facilitador poderá fazer o restante do grupo encenar logo em seguida, dando ao esquete um efeito de “vale a pena ver de novo”. Isso significa que o palco seria dividido em 2 metades – em um lado, a pessoa expressiva falando com Deus e no outro lado, as repetições do “vale a pena ver de novo”. TEATRO: O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ORA? Devoto: Pai Nosso que estás no céu... DEUS: Sim? Devoto: Não me interrompa. Estou rezando... DEUS: Mas você Me chamou. Devoto: Te chamei? Eu não te chamei. Eu tô rezando. Pai Nosso que estás no céu... DEUS: Aí, você fez de novo... Devoto: Fiz o quê? DEUS: Me chamou. Você disse “Pai Nosso que estás no céu...” Aqui estou. O que passa por sua cabeça? Devoto: Mas eu não quis dizer nada com isso. Eu estava, você sabe, apenas falando minha prece do dia. Eu sempre rezo o Pai Nosso. Isso me faz sentir bem, como se estivesse com a obrigação cumprida. DEUS: Tudo bem. Continue. Devoto: “Santificado seja o Vosso nome”. DEUS: Espera aí. O que quer dizer com isso? Devoto: Com isso o quê? DEUS: Com “Santificado seja o Vosso nome”. Devoto: Isso quer dizer... isso quer dizer.... Nossa Senhora, eu não sei o que isso quer dizer. Como deveria saber? É apenas parte da oração. Falando nisso, o que isso significa? DEUS: Significa “honrado”, “sagrado”, “maravilhoso”. Devoto: Ah, faz sentido. Nunca pensei no que “Santificado” significava antes. “Venha a nós o Vosso reino. Seja feita a Vossa vontade assim na Terra como no Céu”. DEUS: Você realmente acredita nisso? Devoto: Claro, por que não? DEUS: O que você vai fazer para colocar isso em prática? Devoto: Fazer? Nada, eu acho. Eu apenas acho que seria legal se Você tivesse o controle de tudo aqui em baixo como Você tem daí de cima. DEUS: Perdoe-Me... Achei que você estivesse orando para que Minha vontade fosse feita. Se isso tiver que acontecer, terá que começar com aqueles que estão rezando por isso. Como você, por exemplo. Devoto: Ah, tubo bem! Eu acho que tenho algumas faltas. Agora que você mencionou isso, eu poderia dizer provavelmente de outras. DEUS: Bom, agora estamos nos entendendo. Nós iremos trabalhar juntos... Você e eu podemos vencer verdadeiramente algumas barreiras. Estou orgulhoso de você. Devoto: Olhe Senhor, eu preciso terminar isso aqui. Está demorando mais do que o normal. “O pão nosso de cada dia, nos dai hoje”. DEUS: Você precisar diminuir o pão também... Você já está acima do peso! Devoto: Hei, espera aí! O que é isso, “criticar o meu dia?” Aqui, eu estava fazendo a minha obrigação religiosa e, de repente, você invade e me lembra de todos os meus defeitos. Orar é uma coisa perigosa. Você pode acabar mudando, Você sabia? DEUS: É por isso que estou tentando te ajudar. Você me chamou e aqui estou. É tarde demais para parar agora. Continue rezando. Estou interessado na próxima parte da sua oração... Bem, continue. Devoto: Estou com medo. DEUS: Medo? De quê? Devoto: Eu sei o que você vai dizer. DEUS: Vamos, experimente se Eu sei! Devoto: “Perdoe nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido”. DEUS: E a Maria? Devoto: Tá vendo! Eu sabia! Eu sabia que você ia falar dela! Por quê ela falou mentiras sobre mim, para meu professor e para os meus amigos! Eu jurei que ficaria quite com ela. DEUS: Mas sua oração... E as suas preces? Devoto: Eu não coloquei a verdadeira intenção nela. DEUS: Bem, pelo menos você é honesto. Mas não é bom carregar tanta amargura dentro de você, não é? Perdoe a Maria. Aí eu irei perdoá-lo. Depois o ódio e o pecado vai ser problema da Maria e não seu. Devoto: Mas Senhor, eu não posso perdoar a Maria. DEUS: Então, eu não posso te perdoar. Devoto: Ah, você está certo! Você está sempre certo! E por mais que eu queira me vingar da Maria, eu quero estar bem com Você. Tudo bem! Eu a perdôo. Ajude-a a encontrar o caminho certo na vida, Senhor. Ela está fadada a ser terrivelmente miserável, pensando bem. De alguma forma, de algum modo, mostre-a o caminho correto. DEUS: É isso aí! Agora, como se sente? Devoto: É, nada mal! Nada mal mesmo. Na verdade, me sinto muito bem! Você sabe, eu acho que não precisarei ir pra cama hoje à noite com a consciência pesada pela primeira vez desde que me recordo. Talvez não fique tão cansado daqui pra frente porque estou descansando o suficiente. DEUS: Você não acabou de orar... Continue. Devoto: Ah, tudo bem... “Não nos deixei cair em tentação e livrai-nos do mal”. DEUS: Bom... Bom. Eu farei isso. Apenas não se coloque em lugares onde você pode ser tentado. Devoto: O que quer dizer com isso? DEUS: Pare de freqüentar lugares errados, assistir filmes inadequados e TV, escutar conversas fúteis. Modifique algumas de suas amizades. Alguns de seus “ditos” amigos estão começando a te afetar. Eles te envolvem completamente em coisas erradas há muito tempo. Não se faça de bobo. Eles dizem que estão se divertindo, mas para você seria péssimo, seria a sua ruína. Não Me use como sua porta de saída ou salvação. Devoto: Eu não entendi. DEUS: Claro que entendeu. Você já fez isso muitas vezes. Você é pego em situações ruins, você se mete em problemas e depois vem correndo pra mim. “Senhor, me ajude a sair dessa confusão. Eu prometo que nunca mais vou fazer isso novamente”. Tá lembrando de algumas barganhas que você tentou fazer comigo? Devoto: Sim, eu tô envergonhado Senhor. Eu realmente estou. DEUS: Quais as barganhas que você está se lembrando? Devoto: Eu colei na minha prova de português uma vez. E eu me senti muito, muito mal. Então, eu orei para você me ajudar a não entrar numa fria. Eu lembro que prometi ser vegetariano para o resto da minha vida, apesar de todos os tentadores hambúrgueres saborosos, a carne assada que minha mãe faz no domingo... em que eu estava pensando! DEUS: ... mas você não manteve sua promessa, não foi? Devoto: Me desculpe, Senhor. De verdade. Até agora eu achei que somente rezando o Pai Nosso todo dia eu poderia fazer o que quisesse. Eu não esperei que algo pudesse acontecer como aconteceu. DEUS: Vamos lá. Termine sua prece. Devoto: Ah, sim... “Pois Teu é o reino e o poder e a glória para todo sempre. Amém”. DEUS: Você sabe o que Me traria glória? O que Me faria realmente feliz? Devoto: Não, mas gostaria de saber. Eu quero Te agradar. Eu vejo a bagunça que fiz da minha vida e posso ver como seria bom ser um dos Seus seguidores. DEUS: Você já respondeu a pergunta. Devoto: Eu respondi? DEUS: Sim, a coisa que me traria glória é ter pessoas como você Me amando e sendo Meus seguidores, isto é, seguindo Meus ensinamentos, como, por exemplo, honrar seus pais, amar e servir a todos. Parar de fazer as coisas que você não gostaria que seus filhos fizessem! Através desses atos você me glorifica! Então, nós podemos andar juntos? Devoto: Senhor, vamos ver o que nós podemos fazer de mim, tá bom? DEUS: Sim, veremos... (O esquete acima é somente um exemplo. Os facilitadores podem fazer o mesmo com outros mantras/cânticos – ex.: Mantra Gayatri, cânticos devocionais, etc.) Música e Criatividade “A canção é um tônico para os cansados; alivia nossas almas e nos preenche com o sabor do céu. A música espiritual é uma linguagem universal do coração.” (Caminhos para Deus) A música, desde o início dos tempos, sempre teve um incrível impacto sobre quem a escuta. Funciona para apaziguar a alma, curar o espírito cansado, prover alegria, e a música de hoje permeia completamente os corações e mentes dos jovens e dos adultos também. A música evoluiu e hoje em dia temos uma grande variedade à nossa disposição. Pode-se notar que, embora ainda sejam populares os tipos de música convencionais, isto é: clássica, barroca, valsa, folclórica, etc., e outras músicas tradicionais, como o canto coral e as canções infantis, feliz ou infelizmente contamos agora com uma nova onda de música moderna que cresceu bastante e realmente influencia os jovens da atualidade. Eles são constantemente bombardeados através dos vários meios eletrônicos, com o rádio (as múltiplas estações de FM), a televisão (MTV e outras emissoras pop), Internet (a habilidade de baixar as últimas canções em MP3 e a facilidade de comprar CDs e DVDs dos artistas preferidos). Como exemplos de música moderna poderíamos incluir: música alternativa, pop, rock, rhythm & blues, reggae, rap, soul, metal, hard rock, música house, funk ,techno; a lista é interminável. Os meios de comunicação se convertem em fonte para os jovens recolherem informação sobre as últimas canções e grupos musicais. Os jovens, para se divertirem, também freqüentam concertos de música e discotecas. Os jovens de hoje em dia também podem inclusive assistir espetáculos através da Internet. É uma força que está invadindo o mundo dos jovens. Por exemplo, têm havido numerosos incidentes violentos nesses concertos e discotecas. De fato, já houve perda de vidas de forma inesperada, devido a essa violência. Há vários incidentes documentados como, por exemplo, o ocorrido em 11 de dezembro de 1996, no qual um jovem adolescente de 15 anos, de Washington, escutando sua banda favorita, atirou em si mesmo; crê-se que a música que escutava o estimulou a matar-se. Está provado que a música adquire uma grande influência na vida dos jovens; que, devido à exposição constante e permanente a ela, absorvem de forma inconsciente os valores que a canção transmite, sejam positivos ou negativos. Por essa razão torna-se imperativo que o coordenador possa preparar-se a esse respeito. Deve selecionar música e canções que transmitam valores e destacar letras que possam conter conotações negativas. O coordenador deve ser sensível ao interesse dos jovens, e ser consciente dos tipos de música aos quais estão expostos. O coordenador não pode impedir que escutem música moderna, mas, isto sim, pode encontrar formas de transmitir valores usando várias metodologias, a partir da técnica (que se descreverá mais adiante, nesta seção). A idéia aqui não é estimular ou desestimular os jovens a escutarem canções modernas, mas utilizar seu próprio ‘terreno’ com respeito aos valores e ajudá-los a desenvolverem o sentido da discriminação. Como Bhagavan Sri Sathya Sai Baba tem dito várias vezes: “usem um espinho para retirar o outro espinho”. Notas para a Versão Brasileira O PJSS do Conselho Central do Brasil tem as seguintes orientações adicionais quanto à atividade chamada “Música e Criatividade”: Objetivo O objetivo principal não é ensinar música aos jovens, mas despertar a consciência deles para a influência da música em suas vidas. A meta desta técnica pode ser resumida na palavra CONSCIENTIZAÇÃO. Destacamos os seguintes aspectos desta conscientização (podem haver outros): O coordenador deve prover os meios para que os jovens percebam a influência das letras e dos gêneros musicais nos seus sentimentos, e aprendam a escolher o que ouvir conforme o tipo de sentimento que desperta neles. Nesse aspecto, não se quer que o coordenador introduza uma “censura prévia”, apresentando apenas o que é positivo e descartando o negativo. Deixe que o jovem chegue a essa conclusão. O que o coordenador deve fazer é selecionar cuidadosamente a música que vai usar, e conduzir o questionamento de modo que os jovens identifiquem os valores da canção (negativos ou positivos). Prepare a atividade lembrando-se da regra: “Para o coordenador de jovens não deve haver surpresas.” Outra característica desse trabalho consiste em ajudar os jovens a separarem o conteúdo das canções que gostam da personalidade do artista, levando-os a entender que o ídolo é apenas uma pessoa, um profissional exercendo sua atividade e vivendo um papel – um “tipo” – para seus fãs. A vida pública de alguns artistas pode servir como exemplo positivo ou negativo, uma vez que eles estão em evidência, e não há como evitar que isto chegue ao conhecimento dos jovens, para o bem ou para o mal. O coordenador deve procurar beneficiar-se desta informação, levando os jovens a uma apreciação isenta do que lhes chega como informação, para que eles possam aproveitar o que é positivo e descartar o que é negativo. As letras de conteúdo sensual, tão em evidência hoje em dia, são um caso especial. Para o trabalho com jovens da sociedade, também não há como evitá-las (é um caso particular dos itens anteriores). Então, é fundamental ajudar o jovem a identificar o objetivo comercial deste tipo de canção (a razão pela qual tantos grupos musicais recorrem a ela – o apelo fácil ao consumo), o que contribui para minimizar seu impacto sobre os sentidos. Essas canções apelam para um instinto básico de todo ser humano. O coordenador precisa entender que esta é a razão pela qual é tão difícil abordar o tema – o sexo, pois, sendo um apetite físico, como a fome, não é possível simplesmente reprimi-lo, mas pode-se orientar para os perigos do excesso em qualquer dos casos (fome ou sexo), e para o papel das canções exatamente como estimulantes desse “excesso”. Em todo caso, não se deve levar este tipo de música para as atividades, e submetê-la à apreciação do jovem, mas apenas incluir o gênero (na medida em que os jovens demonstrem interesse nele) nas discussões gerais sobre conteúdo e influência da música. A idéia aqui é: não ignore, mas aborde com cautela. Escolha das Músicas Conforme o conceito básico de “caminhar no terreno do jovem”, o coordenador deverá descobrir músicas que agradem à sua turma (pergunte a eles!), e desenvolver o trabalho com base nelas. A expansão do gosto musical dos jovens é desejável, e até pode ser trabalhada, mas deverá acontecer como resultado secundário, não sem antes o coordenador haver explorado com eles o gosto musical que já possuam. Para montar a edição brasileira, foram reunidas diversas canções sugeridas pela equipe de apoio que estudou o manual. O resultado foi dividido em quatro categorias: Categoria “A” – artistas que os adolescentes estão ouvindo agora (2002). Categoria “B” – artistas da década de 1980 - 90, principalmente bandas POP como Titãs, Legião Urbana, etc. Categoria “C” – MPB: Tom Jobim, Toquinho, Chico Buarque, Caetano, Gil, Milton, Beto Guetes, etc. Categoria “D” – “Clássicos”: desde “Aquarela do Brasil” até o Hino Nacional. No desenvolvimento do trabalho, sugerimos que o coordenador comece com a categoria “A” ao montar suas primeiras sessões com os jovens, pois a chance de sucesso será maior. O coordenador poderá também pedir ao grupo uma lista dos artistas preferidos e pesquisar as canções desses grupos com antecedência. (o segredo, aqui, é escutar muito, com atenção, e identificar os apelos negativos e positivos). Eventualmente, pode-se incluir exemplos das outras categorias, na ordem apresentada (B, C e D). Os objetivos disto são a apreciação dos aspectos positivos das canções de outras gerações, o que ajudará o jovem a identificar os sentimentos que animam seus pais e avós através das músicas que fizeram sucesso em suas épocas. Lá eles encontrarão canções de amor, canções com temas sublimes, conflitos de gerações e outros temas que ampliarão seu horizonte de compreensão do “mundo adulto” e expandirão sua consciência. É bom incluir canções em inglês, uma vez que os jovens se interessam bastante por artistas norte-americanos e europeus. Incluímos algumas músicas na lista acima. O processo é o mesmo que para as canções brasileiras. A apreciação da tradução além de ajudar no aprendizado de outra língua servirá como atrativo adicional. Metodologia Para tornar mais fácil o trabalho do coordenador, dividimos as técnicas em duas categorias: a) APRESENTAÇÃO CRIATIVA Alguns estudos indicaram que a mente dos jovens se agita se não está adequadamente comprometida durante a apresentação do programa. Por essa razão, é responsabilidade do coordenador apresentar o programa da forma mais interessante possível. Os métodos a seguir NÃO são os únicos prescritos para esse programa. O coordenador de jovens deve sentir-se estimulado a usar novas formas, criativas e inovadoras, para explorar os limites desta técnica. Dramatização Canção e dança Contemplação Cantar em grupo Criação de poemas e canções Treinamento vocal e/ou com instrumentos musicais Falar e ler em coro (jogral) Rap b) APROFUNDAMENTO As atividades a seguir são aquelas que conduzirão à apreciação do conteúdo das músicas. No bloco anterior, esta apreciação será subliminar, sendo “sentida” pelos jovens. Aqui, trata-se de aguçar o discernimento, de analisar e compreender o que ‘está por trás’ das canções. Algumas metodologias listadas também fazem parte de outras técnicas do Educare para Jovens. A lista também não é completa, e estimula-se o coordenador a encontrar novas maneiras de trazer à consciência do jovem as mensagens subliminares existentes em todas as canções. Discussão Debate Explorar e encontrar Modificar a letra Análise da letra Orientações Adicionais No decorrer deste capítulo os exemplos oferecidos para cada um dos métodos acima podem aparecer mesclados. Por exemplo, a técnica de Dramatização pode ser complementada por uma Discussão. Nesse caso, sugere-se ao coordenador familiarizar-se com as duas antes de aplicá-las em conjunto. Numa “aula” ou “sessão” do Programa Educare para Jovens, o coordenador poderá estar utilizando em conjunto algumas ou as cinco técnicas propostas. Nesse caso, o aprofundamento de uma canção, por exemplo, poderá ser desenvolvido após um “Jogo para a Vida”, e o questionamento será aplicado somente depois das duas atividades. I . DRAMATIZAÇÃO O coordenador deve selecionar uma canção baseada em valores – moderna ou tradicional e cantá-la junto com os jovens. Em seguida, deve separá-los em grupos pequenos, orientando-os a representar a canção da forma mais criativa possível, através de ações. No processo, o jovem será inconscientemente exposto à letra baseada em valores. Desta forma, também lhe é dada a oportunidade de aprender a importância da coordenação, cooperação, trabalho em equipe, e permitir que sua criatividade flua com liberdade. Exemplo: O SAL DA TERRABeto Guedes/Ronaldo BastosAnda, quero te dizer nenhum segredo Falo nesse chão da nossa casa Vem que tá na hora de arrumar Tempo, quero viver mais duzentos anos Quero não ferir meu semelhante Nem por isso quero me ferir Vamos precisar de todo mundo Pra banir do mundo a opressão Para construir a vida nova Vamos precisar de muito amor A felicidade mora ao lado E quem não é tolo pode ver A paz na Terra, amor O pé na terra A paz na Terra, amor O sal da TerraÉs o mais bonito dos planetas Tão te maltratando por dinheiro Tu que é a nave nossa irmã Canta, leva tua vida em harmonia E nos alimenta com seus frutos Tu que és do homem a maçã Vamos precisar de todo mundo Um mais um é sempre mais que dois Pra melhor juntar as nossas forças É só repartir melhor o pão Recriar o paraíso agora Para merecer quem vem depois Deixa nascer o amor Deixa fluir o amor Deixa crescer o amor Deixa viver o amor (O sal da terra) Nota: Esta canção é uma convocação para unir esforços em busca de um mundo melhor, além de uma declaração de amor ao planeta. O coordenador de jovens pode desenvolver uma discussão sobre partes da canção como: ‘recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois,’ que lembra nossa responsabilidade com as gerações futuras. Conforme o interesse da turma, pode-se pedir que eles destaquem outras partes da canção cujas frases lhes despertaram algum sentimento ou compreensão. II . CANTO E DANÇA O coordenador de jovens simplesmente distribui uma folha com canções e toca a gravação para que os jovens possam ouvir e curtir. Depois de escutarem, ele lhes pedirá que criem uma breve coreografia baseada na canção. Algumas canções já possuem coreografia, apresentada pelos próprios intérpretes. Se os jovens quiserem, podem encená-las. Aqui, novamente se exercita o trabalho em equipe, e uma forma de expressão que exige mais autoconfiança e coordenação motora, que é a dança. Também é aplicável um trabalho posterior de análise ou discussão sobre o conteúdo da letra. Outro efeito da dança é a sensação de união e harmonia em grupo, que também pode ser desenvolvida aqui. Se os jovens não conseguirem desenvolver o trabalho por conta de inibição, o coordenador pode apresentar alguns exemplos prontos, como os que se seguem: Exemplo 1 – Canto e Dança: CANTO DO POVO DE UM LUGARCaetano VelosoLETRANas 3 estrofesNas 3 estrofesPARTE MUSICAL1ª vez2ª e 3ª vezFinal: música sem a letraTodo dia o sol levanta E a gente canta O sol de todo o diaDe mãos dadas, caminhar para a direita, passo de ciranda: perna direita para o lado; perna esquerda à frente; perna direita para o lado; perna esquerda por trás. Ao explicar o significado da coreografia , diga que ela homenageia o nascer do sol.De mãos dadas, caminhar 3 passos para a frente erguendo os braços. Voltar 3 passos, abaixando os braços. O movimento de abaixar os braços representa o pôr do solCaracol: Todos de mãos dadas formando uma roda. O coordenador, (ou alguém que está dirigindo a coreografia) solta a sua mão esquerda da mão direita da pessoa ao lado, e caminha para a esquerda, fechando em direção ao centro da roda. O grupo o seguirá. Quando ele chegar no centro, inverte a direção e caminha para fora da roda, sendo seguido pelo grupo, até voltarem à roda de mãos dadas. Todos fecham de novo a roda e terminam abraçados pelo ombro, balançando suavemente ao som da música. Explique este movimento final como uma representação da harmonia de todos os seres com a Natureza.Fim da tarde, a terra cora, E a gente chora, Porque finda a tarde ....Colocar os braços nos ombros dos colegas, fechando um pouco a roda e olhando nos olhos uns dos outros. Caminhar devagar para o lado direito. Olhar nos olhos representa o ato de contemplação do por do solQuando à noite a lua avança, E a gente dança, Venerando a noite ...Soltar as mãos. Dar 3 passos para a frente, erguendo os braços. Voltar, 3 passos para trás, fazendo pequenos círculos em sentido horário. O movimento em círculo representa a dança de veneração da noite Em respeito à orientação geral de Swami, recomenda-se desenvolver essa coreografia separando os rapazes e moças. Se houver dificuldade para fazer isto, a dança não representa possibilidades de contato físico comprometedoras. Em todo caso, recomenda-se que este nível de contato físico somente seja experimentado quando o coordenador já conhecer bem toda a turma e sentir que não haverá má interpretação dos gestos. Exemplo 2 – Canto e Dança: Para um grupo novo, com o qual o coordenador ainda não tenha muita intimidade, pode-se buscar desenvolver passos em que não haja muito contato físico (mas que sejam sincronizados para enfatizar o caráter coletivo da atividade). Isto pode ser feito, usando-se qualquer música que sugira movimentos nos versos, como, por exemplo a canção “Erguei as mãos”, do Padre Marcelo. O exemplo a seguir ilustra esse ponto: CIRANDA DA PAZEdson AquinoLETRACOREOGRAFIAOh vem cantar, vem dançar esta cançãoBater palmas no ritmo da músicaBatendo palma pra fazer a marcaçãoBater palmas no ritmo da músicaMe dê a mão e deixa o corpo girarDe mãos dadas, girar para direitaÉ minha vez, eu também quero rodar.De mãos dadas girar para esquerdaEssa ciranda é assim, traz alegria e pazBater palmas no ritmo da músicaQuem nela dança uma vez não se esquece jamaisBater palmas no ritmo da músicaEla nos lembra que Deus é nossa Mãe, nosso PaiBater palmas no ritmo da músicaE se irmãos Ele nos fezBater palmas no ritmo da músicaRecebe o amor que do meu coração saiCom as duas mãos gesto de ofertaRecebe o amor que do meu coração saiCom as duas mãos gesto de ofertaOh vem cantar, vem dançar esta cançãoBater palmas no ritmo da músicaBatendo palma pra fazer a marcaçãoBater palmas no ritmo da músicaMe dê a mão e deixa o corpo girarDe mãos dadas, girar para direitaÉ minha vez, eu também quero rodar.De mãos dadas girar para esquerdaEssa ciranda nos faz querer um melhor viverBater palmas no ritmo da músicaOlhe pra frente e pra trás, cante pra não esquecerBater palmas no ritmo da músicaAs mãos são para servir, verdade pra se dizerBater palmas no ritmo da músicaE para o bem construirBater palmas no ritmo da músicaAcerte o passo pois sozinho nunca mais ...Bater os pés e gesto negativo com as mãosAcerte o passo pois sozinho nunca mais ...Bater os pés e gesto negativo com as mãosOh vem cantar, vem dançar esta cançãoBater palmas no ritmo da músicaBatendo palma pra fazer a marcaçãoBater palmas no ritmo da músicaMe dê a mão e deixa o corpo girarDe mãos dadas, girar para direitaÉ minha vez, eu também quero rodar.De mãos dadas girar para esquerda Se o grupo de jovens tiver boas noções de ritmo, pode-se incluir instrumentos de percussão na atividade. Sugestões de Música Música 26 - Vamo Pulá Música 19 (canto com percussão) – Aquele Abraço Música 25 (canto com percussão) - Desde que o samba é samba IMPORTANTE: Em qualquer das alternativas, deve-se promover uma discussão sobre o conteúdo da letra e as sensações experimentadas. III . CONTEMPLAÇÃO Nesta técnica, o coordenador sugere sentimentos elevados, aspirações ou ideais e conduz, em seguida, os jovens a um relaxamento e audição contemplativa da canção que inspire os valores ou ideais destacados na conversa introdutória. Por exemplo, o coordenador de jovens pode fixar uma estrela de papel no centro da sala e fazer com que os meninos e meninas transmitam o que ela representa para eles. O coordenador pode elaborar a questão dizendo que a estrela simboliza a viagem da vida, e que o jovem deverá se transformar naquela estrela. Outra interpretação possível é a de que todas as metas e aspirações estão ao seu alcance – não importa o quão difícil pareça chegar a elas e nem o quão distante pareçam estar. O coordenador, então conduzirá os jovens a recostarem-se no piso (se o espaço e as condições de higiene permitirem). É importante observar que meninos e meninas estejam separados e que não haja contato físico entre eles enquanto estiverem deitados. O coordenador deve persuadi-los a relaxar suas mentes e prestarem atenção à canção que estão escutando. Canção: MINHA PEQUENA LUZ Versão de “Lady Shine” Minha pequena luz Eu vou deixar brilhar Minha pequena luz eu vou deixar brilhar A minha vida eu vou Eu vou deixar brilhar Deixar brilhar, deixar brilhar  Nota: Várias canções em andamento lento, com letra inspiradora podem ser adequadas à contemplação. Algumas delas constam da relação de músicas ao final do capítulo. Sugerimos que se inicie pelas contemplativas mais populares como: My Sweet Lord – George Harrison Bridge Over Troubled Water ou Rio das Inquietas Águas Aleluia – Art Popular Fátima – Capital Inicial As Quatro Estações Aquarela Planeta Sonho Anima Quando a turma estiver mais receptiva às sugestões do coordenador, este poderá sugerir “contemplar” músicas de gerações anteriores, e até o Hino Nacional, como forma de despertar sentimentos positivos não apenas em relação aos temas de gerações anteriores, como aos próprios sentimentos positivos e às belezas descritas nessas canções. Por exemplo: Aquarela do Brasil Hino Nacional Brasileiro Luar do Sertão Exemplo 2: O coordenador pode usar uma das duas versões abaixo e conduzir os jovens da seguinte forma: Quero fazer-lhes um convite: convidá-los a viajar por alguns minutos, fazer uma viagem através da imaginação. Relaxem bem, fechem os olhos e respirem. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Faça isso 3 vezes. Esqueça tudo, imagine um paraíso, sinta o toque de sua mão na água. Imagine o vento no seu rosto. Imagine uma brisa suave em seu corpo, ouça a música e reflita, quanto tempo quiser ... Eu acredito que um dia teremos um mundo igual ao imaginado por Lennon. John Lenon - inglês Imagine there’s no heaven It’s easy if you try No hell bellow us Above us only sky Imagine all the people Living for today Imagine there’s no countries It isn’t hard to do Nothing to kill or die for And no religion too Imagine all the people Living life in peace You may say I’m a dreamer But I’m not the only one I hope someday you’ll join us And the world will be as one Imagine no possessions I wonder if you can No need for greed or hunger A brotherhood of man Imagine all the people Sharing all the world You may say I’m a dreamer But I’m not the only one I hope someday you’ll join us And the world will be as oneTradução para o portuguêsImagine que não exista nenhum paraísoÉ fácil se você tentarNenhum inferno abaixo de nósSobre nós apenas o firmamentoImagine todas as pessoasVivendo em função do presenteImagine que não exista nenhum paísNão é difícil de fazerNada porque matar ou porque morrerE nenhuma religião tambémImagine todas as pessoasVivendo a vida em pazVocê talvez diga que sou um sonhadorMas eu não sou o únicoEu espero que algum dia você se junte a nósE o mundo viva em unidadeImagine nenhuma propriedadeEu me pergunto se você consegueNenhuma necessidade de ganância ou fomeUma fraternidade de homensImagine todas as pessoasCompartilhando o mundo todoVocê talvez diga que sou um sonhadorMas eu não sou o únicoEu espero que algum dia você junte-se a nósE o mundo viverá em unidade IMAGINE Versão de Paulo Ricardo Esqueça os seus problemas É só você tentar Por um momento apenas Procure imaginar E acreditar no sonho De um mundo bem melhor Esqueça a guerra e a fome E toda a confusão Causada pelo homem E sua ambição Esqueça e imagine todo o mundo em paz Eu não sei, pode ser Que eu seja um sonhador Mas se você quer saber O caminho é o amor Esqueça o que já foi dito E o que você já viu O que foi prometido E que ninguém cumpriu Esqueça, imagine o que você quiser Eu não sei, pode ser Que eu seja um sonhador Mas se você quer saber O caminho é o amor IV . DISCUSSÃO O coordenador de jovens pode converter esta sessão em um diálogo. É importante que ele coloque a si mesmo em posição neutra e que não julgue, estimulando os jovens a falarem com seus corações e mentes. O coordenador pode preparar pequenos cartões com palavras-chave escritas: Amor, Sacrifício, Incompreensão, Amigo, Mal, Ultrapassar os limites, Ilusão, etc. Os jovens podem ser divididos em pequenos grupos de dois ou três para as discussões abertas. Os cartões somente podem ser distribuídos depois de haverem escutado a canção e terem uma percepção geral da mesma. Exemplo: SE EU QUISER FALAR COM DEUS Gilberto Gil Se eu quiser falar com Deus Tenho que ficar a sós Tenho que apagar a luz Tenho que calar a voz Tenho que encontrar a paz Tenho que folgar os nós Dos sapatos, da gravata Dos desejos, dos receios Tenho que esquecer a data Tenho que perder a conta Tenho que ter mãos vazias Ter a alma e o corpo nus Se eu quiser falar com Deus Tenho que aceitar a dor Tenho que comer o pão Que o diabo amassou Tenho que virar um cão Tenho que lamber o chãoDos palácios, dos castelos Suntuosos dos meus sonhos Tenho que me ver tristonho Tenho que me achar medonho E apesar de um mal tamanho Alegrar meu coração Se eu quiser falar com Deus Tenho que me aventurar Tenho que subir aos céus Sem cordas pra segurar Tenho que dizer adeus Dar as costas, caminhar Decidido pela estrada Que ao findar vai dar em nada Nada, nada, nada, nada Nada, nada, nada, nada Do que eu pensava encontrar  Nota: Cada uma das declarações do autor pode ser objeto de reflexão pelos jovens. Os grupos de discussão podem identificar a frase da música que mais se aproxime da palavra chave que está no cartão que receberam e compartilharem o que entenderam sobre seu significado. Depois o grupo todo poderia tentar encontrar os pontos em comum de suas percepções. V . CANTAR EM GRUPO Esta é a mais simples das metodologias. O coordenador simplesmente deverá tocar uma gravação e, em seguida, convidar os jovens a cantarem. O coordenador pode estimulá-los também a cantarem sem o apoio da gravação e que usem a música para desenvolverem coordenação, fortalecimento do controle da voz, concentração, reconhecimento da melodia e ouvido musical. O coordenador deve ser sensível ao gosto dos jovens, sem descuidar da mensagem da música, que nesse caso deverá ser sempre positiva. Exemplo: A COR DO SOLCidade NegraAmor, estamos atravessando o milênio, O novo tempo está chegando. A cor do sol está brilhando E anuncia um novo dia de folia. A inocência, o respeito, a alegria de estar sério, O bom humor e sentimentos, nós vamos levar! Deixar pra trás maus pensamentos, Desequilíbrios , as amarguras Viver em paz todo momento Dentro de casa, no meio da rua Se você acha impossível ter tudo isso E um amor tranqüilo, Que tal tentar só um pouquinho?! Experimente ver no que dá! E vê se dá , experimente para ver se dá! Viva sempre! Aproveito o momento! 1001 lendas de um novo milênio...  Nota: Converse com os jovens sobre sua crença nas propostas da canção. Deixe que expressem seus sentimentos em relação a ela. VI. DEBATE Observou-se que os debates criam discussões saudáveis e reforçam a camaradagem. O coordenador deverá usar esta metodologia para permitir que os jovens se expressem com liberdade enquanto reconhecem os valores inerentes à canção (sejam negativos ou positivos). Essa metodologia também dará aos jovens oportunidade de modificar seu próprio juízo sobre o que é bom ou mau sem que o coordenador tenha que forçar a aceitação por parte deles, de seus próprios valores. TELEVISÃOArnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Belloto TitãsA televisão me deixou burro muito burro demais Agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida E agora toda noite que eu deito é boa noite querida O cride fala pra mãe Que eu nunca li num livro Que um espirro fosse um vírus sem cura Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura! O cride, fala pra mãe! A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu não faço nada A luz do sol me incomoda então deixo a cortina fechada É que a televisão me deixou burro muito burro demais E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais O cride, fala pra mãe Que tudo que a antena captar meu coração captura Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura! O cride, fala pra mãe!  Nota: conduza o debate sobre a questão: “A televisão nos impede de usar melhor o nosso tempo, e não acrescenta nada de bom à vida.” (ou outra forma que encontrar para colocar a Televisão no banco dos réus). Será interessante ouvir a “defesa” e a “acusação”, pois os jovens serão confrontados com as críticas que a música faz, e com a (possível) tendência inicial de concordar com elas. Entretanto, durante o processo deverá vir à tona a percepção de seus próprios hábitos a respeito de ver TV (a “defesa” precisará encontrar bons argumentos para “absolver” a “acusada”). VII. EXPLORAR E ENCONTRAR O jovem comum simplesmente curte a música (não a letra) e move-se de acordo com o ritmo. Aqui, nesta metodologia, o adolescente tem a oportunidade de estudar a letra e identificar as mensagens ocultas que se expressam livremente, de forma tão flagrante. Esta metodologia é muito eficaz para criar consciência sobre a importância de selecionar o tipo de música à qual expõem sua mente inconsciente. Por exemplo, esta é uma canção popular de Britney Spears. A canção fala de alguém que passou recentemente por um rompimento sentimental e declara que não necessita de ninguém, que agora é “mais forte” (este é o nome da canção em inglês: ‘Stronger”). Exemplo: STRONGERMAIS FORTEBritney SpearsHey, yeah Hush, just stop There’s nothing you can do or say, baby I’ve had enough I’m not your property as from today, baby You may think that I won’t make it on my own But now I’m… Chorus: Stronger than yesterday Now it’s nothing but my way I’m stronger That I ever thought that I could be, baby I used to go with the flow Didn’t really care ‘bout me You might think that I can’t take it, but you’re wrong ‘Couse now I,m… Chorus: Stronger than yesterday Now it’s nothing but my way My loneliness ain’t killing me no more I’m stronger Come on, now Oh, yeah Here I go, on my own I don’t need anybody, better off alone Here I go, on my own now I don’t need nobody, not anybody Here I go, alright, here I go Repete chorus: Stronger than yesterday Now it’s nothing but my way My loneliness ain’t killling me no more I’m strongerEi, ei Silêncio, páre Não há mais nada que você possa dizer, querido Eu já sofri o bastante Não sou mais sua propriedade a partir de hoje Você pode achar que não vou conseguir sozinha Mas agora sou… Coro: Mais forte que ontem Agora vai ser só do meu jeito Sou mais forte Do que jamais pensei que poderia ser Eu costumava seguir com a correnteza Não me preocupava comigo mesma Você pode pensar que não vou conseguir, mas está errado, porque agora sou… Coro: Mais forte que ontem Agora vai ser só do meu jeito Minha solidão não me mata mais Sou mais forte, Vou nessa Sim Lá vou eu sozinha Não preciso de alguém, é melhor estar só Lá vou eu, sozinha agora Não preciso de ninguém Lá vou eu, certo, lá vou eu Repete o coro: Mais forte que ontem Agora vai ser só do meu jeito Minha solidão não me mata mais Sou mais forte Nota: Esta canção pode ser vista, em princípio, como capaz de motivar a pessoa a ser forte na adversidade, especialmente no que toca a desilusões amorosas. Porém, depois de uma reflexão mais profunda, descobrimos que a música enfatiza conotações negativas, como na linha 12: “Eu costumava seguir com a correnteza” e as linhas 22 a 26: “Lá vou eu sozinha. Não preciso de alguém, é melhor estar só. Lá vou eu, sozinha agora. Não preciso de ninguém. Lá vou eu, certo, lá vou eu.” O coordenador deve estimular os jovens a expressarem suas opiniões com liberdade e se percebe que eles concordam com os enunciados, então, com gentileza, deve conduzir a discussão para o ponto de porque essas linhas propagam valores negativos como: arrogância, desafio e ousadia. Esta canção parece ter sido composta por alguém que está muito amargurado com a vida! “Nenhum homem é uma ilha!” Vivemos e dependemos de Deus, de nossos pais, de nossos irmãos, de nossos amigos e vice-versa. Bhagavan Baba costuma dizer que os problemas do mundo moderno existem porque as pessoas “colocaram o ‘eu’ em primeiro lugar, aos ‘outros’ em segundo lugar, e a Deus por último!” No entanto, para se alcançar a Paz e a Felicidade, cada um deve colocar “Deus em primeiro lugar, os outros em segundo e a si mesmo por último!” “A única forma de se encontrar felicidade e paz a longo prazo é dando felicidade e paz aos outros.” VIII. CRIAÇÃO DE CANÇÕES E POEMAS Esta é outra forma adequada para estimular a criatividade musical dos jovens. As canções baseadas em valores que já existam, sejam cânticos devocionais, hinos, etc., podem receber um novo arranjo com instrumentos modernos, sem que a letra original seja alterada, e essas canções podem, por sua vez, ser cantadas nas reuniões de jovens e em outros encontros que não sejam cerimônias. Esta é mais uma forma de desenvolver o interesse dos jovens pelos cânticos devocionais. Criar uma nova melodia o ritmo para esses cânticos devocionais pode eventualmente promover o interesse dos jovens nos cânticos dedicados a Deus ou aos Valores Humanos. Do mesmo modo, também se pode estimular os adolescentes a escreverem poemas dedicados à natureza, aos pais e a Deus. Por exemplo, os jovens podem ser estimulados a escreverem e comporem suas próprias canções baseadas em valores. Assim, terão a oportunidade de expressar-se através da música. Os temas das canções podem ser criados pelos próprios jovens, para seus “encontros de valores”. Isto os levará a identificarem-se com os valores positivos, e os coordenadores podem, por sua vez, destacar as mensagens que eles contêm, conduzindo-os à possibilidade de se convertem em indivíduos eficientes e valiosos. UNIDOS VEREMOS QUE SOMOS IGUAIS (TODOS SOMOS UM…)Paulo Rogério (composta para o 1º Encontro Nacional de Jovens Sai do Brasil)Unidos veremos que somos iguais E faremos do mundo um berço de amor e paz Dando pão a quem tem fome, vendo no outro um irmão Somos ondas do oceano da Criação Refrão É… somos faces distintas de Deus Pai Somos raios da luz de Sathya Sai Todos nós temos algo em comum Somos formas do amor, todos somos Um… Todos Somos Um, Todos Somos Um… Sai Baba espera sempre o melhor de nós Que cantemos juntos, todos numa só voz Transformando-nos veremos, no mundo, a transformação Até que a Luz Divina brilhe em cada coração Refrão Nota: Esta música destaca Unidade, e motiva os jovens a cantarem juntos o Nome de Deus e a servir até que alcancem a meta da vida. É uma canção alegre em ritmo de rock. ALELUIALeandro Lehart Interpretação do grupo Art Popular na Pilgrim Cathedral Church – Harlem – Nova Iorque Vento forte, água cristalina Um passeio nos campos do Senhor A fé e o coração Uma força vem do céu e da alma E trará a humanidade a paz e a calma A luz da oração Aleluia, alleluia Make the love to fly from here to Bagda Like a strong wind and crystal water Mountain from dear Lord Bring him my heart It makes me strong Jesus From above will bring us Peace and happiness and Light as we worship him  Sou teu amigo irmão Sou calor e emoção Tenho vida e glória Sou feliz, feliz agora Like the strong Wind Jesus he´s arrived and The whole word will Sing that He will arrive IX –ALTERAÇÃO DA LETRA As letras das canções podem ter passagens muito dúbias que podem ser alteradas para demonstrar valores. Entretanto, o coordenador deve estar consciente da letra original, suas implicações e significado antes de trocar a letra. Quando se cantar a nova versão de uma canção como a que se apresenta a seguir como exemplo, ele deve escutá-la e refletir sobre as palavras originais, que podem distrair o jovem, tirando sua concentração sobre o tema ou valor selecionado. A versão original das canções selecionadas não deve conter elementos capazes de criar imagens negativas, especialmente aquelas que remetem a imagens de filmes ou vídeo clips musicais. O coordenador deve ser muito seletivo com respeito ao tema do amor, que sempre estará associado com a relação entre rapazes e moças. Por isso, deve procurar evitá-lo, a menos que se relacione com o amor aos pais, a Deus, ou mesmo à natureza. Um exemplo do que um coordenador de jovens não deve fazer Exemplo: LOVE CHANGES EVERYTHINGO AMOR MUDA TUDO(letra original)Love, Love changes everything Hands and faces, Earth and Sky, Love, Love changes everything How you live and how you die Love can make the summer fly Or a night seem like a lifetime Yes, Love, Love changes everything How I tremble at your name Nothing in the world will ever be the same Love, Love changes everything Days are longer, words mean more Love, Love changes everything Pain is deeper than before Love will turn your world around And that world will last for ever Yes, Love, Love changes everything Brings you glory, brings you shame Nothing in the world will ever be the same Love into the world we go, planning futures, shaping years Love bursts in and suddenly All our wisdom disappears Love makes fools of everyone All the rules we make are brokenO amor, o amor muda tudo Mãos e faces, Terra e Céu O amor, o amor muda tudo Como você vive e como você morre O amor pode fazer o verão passar voando Ou uma noite parecer uma vida inteira Sim, o amor, o amor muda tudo Como eu tremo ao (ouvir) seu nome Nada no mundo jamais será a mesma coisa O amor, o amor muda tudo Os dias são mais longos, as palavras têm mais sentido O amor, o amor muda tudo A dor é mais profunda do que antes O amor vira seu mundo do avesso E esse mundo durará para sempre Sim, o amor, o amor muda tudo Ele o glorifica e o envergonha Nada no mundo jamais será a mesma coisa Amor, vamos pelo mundo, planejando futuros, moldando anos. O amor invade e, de repente Toda a nossa sabedoria desaparece O amor faz a todos de idiotas E as regras que fazemos são quebradas LOVE CHANGES EVERYTHINGO AMOR MUDA TUDO(Letra alterada)Love, Love changes everything Hands and faces, Earth and Sky, Love, Love changes everything How you live and how you die Love can touch the coldest heart And it blooms like flowers in spring time Yes, Love, Love changes everything Dearest Swami, since you came Nothing in the world can ever be the same Love, Love changes everything Days are longer, words mean more Love, Love changes everything Life is fuller than before Love will turn your world around And that world will last for ever Yes, Love, Love changes everything Dearest Swami, since you came Nothing in the world can ever be the same Love will never never let you be the same Yes, Love, Love changes everyone Live or perish in its flame. Love will never never let you be the sameO amor, o amor muda tudo Mãos e faces, Terra e Céu O amor, o amor muda tudo Como você vive e como você morre O amor pode tocar o coração mais frio E ele brota como flores na primavera Sim, o amor, o amor muda tudo Amado Swami, desde que você chegou Nada no mundo jamais poderá ser a mesma coisa O amor, o amor muda tudo Os dias são mais longos, as palavras têm mais sentido O amor, o amor muda tudo A vida é mais completa do que antes O amor vira seu mundo do avesso E esse mundo durará para sempre Sim, o amor, o amor muda tudo Amado Swami, desde que você chegou Nada no mundo jamais poderá ser a mesma coisa O amor jamais, jamais deixará você ser o mesmo Sim, o amor, o amor muda todo mundo Viva ou pereça em sua chama O amor jamais, jamais deixará você ser o mesmo Nota: Esta canção é um excelente exemplo da importância da seletividade na alteração da letra. A versão original é uma canção de amor entre homem e mulher. Há um número infinito de canções como esta que, com freqüência, prometem amor eterno e, quase sempre, são cantadas por pessoas que utilizam o amor como um aspecto transitório da vida! Assim, quando se fizer a alteração da letra e se mantiver a melodia original, aqueles que conheçam a canção, imediata e inconscientemente poderiam voltar à versão original da canção e às imagens ou vibrações relacionadas com esta. Um exemplo do que o coordenador de jovens pode fazer sem trazer à sessão outras imagens que possam ser prejudiciais para o bem-estar dos adolescentes. Esta é uma canção de amor popular dos anos sessenta. Apesar disto, o amor aqui pode ser dirigido aos pais, mestres e a Deus. O coordenador pode usar seu discernimento para selecionar letras de canções que possam ser alteradas para se ajustarem à ocasião. Este é um exemplo TOP OF THE WORLDO TOPO DO MUNDOThe Carpenters (Letra original)Such a feelin’s comin’ over me There is wonder in most everything I see Not a cloud in the sky Got the sun in my eyes And I won’t be surprised if it’s a dream Everything I want in the world to be Is now coming true especially for me And the reason is clear It’s because you are here You’re the nearest thing to heaven I’ve seen I’m on the top of the world lookin’ down on creation And the only explanation I can find Is the love that I’ve found ever since you’ve been around Your love put me at the top of the world Something in the wind has learned my name And it’s tellin’ me that things are not the same In the leaves on the trees and the touch of the breeze There’s a pleasin’ sense of happiness for me There is only one wish on my mind When this day is through I hope that I will find That tomorrow will be just the same for you and me All I need will be mine if you are here I’m on the top of the world lookin’ down on creation And the only explanation I can find Is the love that I’ve found ever since you’ve been around Your love put me at the top of the worldHá um sentimento estranho me envolvendo Praticamente tudo que vejo é maravilhoso Não há uma só nuvem no céu Eu tenho o sol nos meus olhos E não me surpreenderia se isso fosse um sonho Tudo que eu queria do mundo Está vindo especialmente a mim E a razão é clara É porque você está aqui Você é a coisa mais próxima do paraíso que já vi Estou no topo do mundo observando a criação abaixo E a única explicação que encontro É o amor que encontrei desde que você chegou Seu amor me colocou no topo do mundo Algo no vento aprendeu meu nome E está me dizendo que as coisas não são mais as mesmas Nas folhas, nas árvores, no toque da brisa Há um sentimento agradável de felicidade para mim Há só um desejo em minha mente Quando este dia terminar, espero descobrir Que amanhã será exatamente igual para você e para mim Tudo que preciso será meu se você estiver aqui Estou no topo do mundo observando a criação abaixo E a única explicação que encontro É o amor que encontrei desde que você chegou Seu amor me colocou no topo do mundo TOP OF THE WORLDO TOPO DO MUNDO (Letra alterada)Such a feelin’s comin’ over me There is wonder in most everything I see Not a cloud in the sky Got the sun in my eyes And I won’t be surprised if it’s a dream Everything I want in the world to be Is now coming true especially for me And the reason is clear It’s because SAI are here He’s the nearest thing to heaven I’ve seen I’m on the top of the world lookin’ down on creation And the only explanation I can find Is the love that I’ve found ever since SAI’s been around His love put me at the top of the world Something in the wind has learned my name And it’s tellin’ me that things are not the same In the leaves on the trees and the touch of the breeze There’s a pleasin’ sense of happiness for me There is only one wish on my mind When this day is through I hope that I will find That tomorrow will be just the same for you and me All I need is Sathya Sai by my side I’m on the top of the world lookin’ down on creation And the only explanation I can find Is the love that I’ve found ever since SAI’s been around His love put me at the top of the worldHá um sentimento estranho me envolvendo Praticamente tudo que vejo é maravilhoso Não há uma só nuvem no céu Eu tenho o sol nos meus olhos E não me surpreenderia se isso fosse um sonho Tudo que eu queria do mundo Está vindo especialmente a mim E a razão é clara É porque SAI está aqui Ele é a coisa mais próxima do paraíso que já vi Estou no topo do mundo observando a criação abaixo E a única explicação que encontro É o amor que encontrei desde que SAI chegou Seu amor me colocou no topo do mundo Algo no vento aprendeu meu nome E está me dizendo que as coisas não são mais as mesmas Nas folhas, nas árvores, no toque da brisa Há um sentimento agradável de felicidade para mim Há só um desejo em minha mente Quando este dia terminar, espero descobrir Que amanhã será exatamente igual para você e para mim Tudo que preciso é Sathya Sai ao meu lado Estou no topo do mundo observando a criação abaixo E a única explicação que encontro É o amor que encontrei desde que SAI chegou Seu amor me colocou no topo do mundo Nota: A canção original, ao ser analisada, não contém implícitas emoções de amor que possam distrair os jovens. Tampouco cria imagens indesejadas em suas mentes. Neste exemplo, mantendo-se a letra, não há perigo de criar outra imagem associada com a relação homem – mulher. Entretanto, os jovens podem ser estimulados a usar a melodia mas modificar a letra para adequar-se à ocasião. X –ANÁLISE DA LETRA Nesta seção pode-se selecionar várias canções que tenham mensagens negativas ocultas. Os jovens estão expostos a diferentes tipos de letras que podem ter uma influência negativa em sua forma de pensar e em suas atitudes. O coordenador de jovens pode ajudar a reduzir o impacto dessas canções sobre os adolescentes através de discussões e debates nas reuniões. Nota: É importante que o coordenador apresente perguntas relevantes sobre a letra e que dê tempo aos jovens para expressarem seus pontos de vista, sejam positivos ou negativos. Se forem negativos, o coordenador deverá conduzir a discussão de forma positiva. Exemplos: THE GREATEST LOVE OF ALLO MAIOR AMOR DE TODOS(cantado por Withney Houston)I believe the children are our future Teach them well and let them lead the way Show them all the beauty they possess inside Give them a sense of pride, to make it easier Let the children’s laughter Remind us how we used to be Everybody is searching for a hero People need someone to look up to I never found anyone who’d fulfilled my needs A lonely place to be, and so I learnt do depend on me I decided long ago, never to walk in anyone’s shadow If I fail, if I socceed, at least I lived as I believed No matter what they take from me They can’t take away my dignity Because the greatest love of all is happening to me I found the greatest love of all inside of me The greatest love of all is easy to achieve Learning to love yourself - it is the greatest love of all. And if by chance that special place you’ve been dreaming of Leads you to the lonely place, find your strengh in loveEu acredito que as crianças são o nosso futuro Ensinemos bem a elas e deixemos que liderem a caminhada Mostremos a ela a beleza que possuem em seu interior Vamos dar-lhes senso de orgulho, para facilitar as coisas. Deixem que o riso das crianças Nos lembre de como costumávamos ser Todos estão em busca de um herói As pessoas precisam de alguém para servir de modelo Eu nunca encontrei alguém que satisfizesse meus Eu decidi, há muito, jamais andar à sombra de alguém Se eu falhar, ou ter sucesso, pelo menos terei vivido conforme acredito Não me importo com o que tirarem de mim Não poderão levar minha dignidade Porque o maior amor de todos está acontecendo comigo Encontrei o maior amor de todos dentro de mim O maior amor que há é fácil de conquistar Aprender a amar a si mesmo – é o maior amor de todos E se, por acaso, aquele lugar especial pelo qual anseia O levar à solidão, encontre força no amor. Nota: possíveis implantes subconscientes negativos (conduzindo a um sentimento egoísta). Um jovem que encontra dificuldade para se adaptar a seus pais, professores e pessoas mais velhas, terá nessa canção, inspiração e justificativa para seus sentimentos. Ter autoconfiança é bom, mas o jovem precisa de modelos para seguir, precisa de heróis em sua vida… e um herói pode ser Krishna, Baba ou qualquer dos personagens modelo da História. Nossos pais ou mestres podem ser nossos modelos. Os indivíduos com certeza precisam depender uns dos outros e ajudarem-se mutuamente. Considerar apenas a si mesmo e excluir os outros é o começo de um amor negativo ou egoísta! Amar a si mesmo é bom, na medida em que esse amor inclua a tudo e possa permitir-nos amar a todos e servir a todos. Amar a Deus, amar os pais, amar a todos é o maior amor de todos, pois não se pode amar a todos se não se tem amor no coração. Baba diz que a FELICIDADE se obtém ao ter… primeiro Deus, segundo aos outros, e terceiro, a si mesmo. Exemplo 2: A música que se segue pode servir também para estimular os sentimentos negativos enunciados acima, embora de forma um pouco mais sutil. Ao ser realizada a atividade com esta música como exemplo, talvez se possa perceber entre os jovens o sentimento de apego aos seus ídolos, recusando a possibilidade de que a música tenha mensagens negativas simplesmente porque é cantada por alguém a quem admira. Pode-se aproveitar esta oportunidade, se ela surgir, para discutir a separação entre a personalidade do ídolo e o tema das canções que interpreta. Esta situação pode ser melhor explorada se antes (em outra seção) o tema tiver sido explorado com a canção do Exemplo 1 (cuja intérprete não deverá estar tão próxima do universo de ídolos do jovem). Então, caso eles venham a concordar com os aspectos negativos da canção anterior, não terão como deixar de perceber a semelhança entre as duas mensagens, e isso poderá provocar um questionamento salutar. Para ajudar este questionamento, chamem a atenção dos jovens para o fato de que, na maioria dos casos, o intérprete não é o compositor da canção. Ele ou ela empresta à canção os seus talentos vocais e o está fazendo, em última análise, como um meio de ganhar a vida. Por isso, deve-se manter o foco na canção e não no cantor(a). SUPER HERÓISuperman (John Ondrasik - Versão Maurício Gaetani Intérpretes: Sandy e Júnior Não quero imitar Deus ou coisa assim Só quero encontrar O que é melhor em mim Ser mais do que alguém que sai no jornal Ser mais do que um rosto num comercial É, não é fácil viver assim Se eu quiser chorar Não ter que fingir Sei que posso errar E é humano se ferir Parece absurdo, mas tente aceitar Que os heróis também podem sangrar Posso estar confuso, mas vou me lembrar Que os heróis também podem sonhar E não é fácil viver assim  Seja como for, agora eu sei que o meu papel Não é ser herói no céu É na terra que eu vou viver Eu não sei voar Isso é ilusão Ninguém pode andar Com os pés fora do chão Sou só mais alguém querendo encontrar A minha própria estrada pra trilhar Apenas alguém querendo encontrar A minha própria forma de amar De amar Sou só mais alguém querendo encontrar A minha própria estrada pra trilhar Apenas alguém querendo encontrar E não é fácil... É, não é fácil viver assim XI –TREINAMENTO VOCAL E/OU COM INSTRUMENTOS MUSICAIS/ CORAL DE VALORES HUMANOS O jovem que possa tocar instrumentos musicais modernos e cantar pode ser treinado e estimulado a formar seu próprio grupo musical com base nos valores. Podem tocar em eventos públicos e outros, que difundam a mensagem dos valores através de canções, em especial, o Natal e outras festividades similares. XII –MÚSICA MODERNA A canção a seguir é um rap baseado em Valores Música nº 27, Racionais – Jorge da Capadócia JORGE DA CAPADÓCIARacionais MC´sJorge sentou praça na cavalaria E eu estou feliz porque eu também Sou da sua companhia Eu estou vestido com as roupas E as armas de Jorge Para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem Para que os meus inimigos tenham mãos e não me toquem Para que os meus inimigos tenham olhos e não me vejam E nem mesmo possam ter pensamentos para me fazer malArmas de fogo O meu corpo não alcançarão Facas e espadas se quebrem Sem o meu corpo tocar Cordas e correntes arrebentem Sem o meu corpo amarrar Pois eu estou vestido Com as roupas e as armas de Jorge Salve Jorge, Salve Jorge Jorge é de Capadócia, Salve Jorge  Algumas pessoas poderão criticar isto. Aqui, o fator chave novamente é “caminhar no terreno dos jovens.” Portanto, os líderes de jovens e adultos não podem atuar como se essa onda musical não existisse. O Rap é um estilo de cantar que está se convertendo em algo muito escutado entre os nossos jovens. Se queremos efetivamente causar impacto em suas consciências, devemos também compreender seu “mundo,” e isto pode significar também ter que escutar Rap! Usem a música dos jovens. Não se trata de suprimir, mas de sublimar a música e o estilo em canções “baseadas em valores” e, depois de algum tempo, essa onda simplesmente se desvanecerá… O que, sim, deverá permanecer é o impacto que as canções e os sentimentos despertados exercem sobre o caráter dos jovens. Assim, é importante ajudá-los a extrair o máximo das virtudes que as canções possuam, a identificar o que é positivo e negativo nessas canções e a fazer a “escolha certa” para o seu próprio caráter. XIII– FALAR OU LER EM CORO (JOGRAL) Neste exercício de falar e ler em coro o jovem desenvolve a interpretação oral da literatura. A atividade compreende experiências nas quais o jovem recita passagens, poemas e textos em geral, de memória. Propósitos Aumentar a apreciação e a compreensão da literatura Compreender a literatura através da interpretação oral. Desenvolver a consciência de elementos poéticos tais como ritmo, rima, tempo, e realçar os elementos vocais, tais como volume, melodia, força e união. Compreender como o idioma pode ser usado para evocar imagens mentais e comunicar mensagens. Prover um contexto de apoio, através de experiências com variações de gestos e movimentos. Procedimento Selecionar, identificar ou compor um poema, ou uma história. Levar em conta os interesses e preferências dos adolescentes. Utilizar modelos criativos de ritmo e rima. Utilizar estruturas, vocabulário e linguagem apropriados. O texto deverá estar a disposição de todos os adolescentes. Deve-se ler a seleção toda, duas vezes, com voz clara, mas inexpressiva. Em seguida, pede-se aos jovens que leiam o trecho em conjunto. Em grupo, procede-se à seleção de arranjos ou modelos adequados à interpretação oral. Algumas sugestões: União: Ler em grupo Refrão: o coordenador – ou um dos jovens – lê os versos e o grupo recita um refrão que se repete. Antífona: os jovens dividem-se em grupos e cada grupo é responsável por recitar uma parte do poema. Convidar os jovens a sugerir de que formas poderiam usar suas vozes a fim de tornar mais interessante a seleção. Devem ler rápida ou lentamente? Em que parte devem ser mais fortes ou mais suaves? Necessitam de vozes agudas ou graves? Onde se deve fazer pausas? Em grupo, devem determinar que gestos ou ações podem acrescentar para transmitir um sentido, de modo a torná-lo mais dramático. Exemplo: A paz Gilberto Gil/João Donato A paz, invadiu o meu coração De repente me encheu de paz Como se o vento de um tufão Arrancasse meus pés do chão Onde eu já não me enterro mais A paz, fez o mar da revolução Invadir meu destino A paz, como aquela grande explosão Uma bomba sobre o Japão, Fez nascer um Japão na paz Eu pensei em mim, eu pensei em ti, Eu chorei por nós Que contradição, só a guerra faz nosso amor em paz eu vim, vim parar na beira do cais Onde a estrada chegou ao fim Onde o fim da tarde é lilás Onde o mar arrebenta em mim O lamento de tantos ais! Eu pensei em mim, eu pensei em ti, eu chorei por nós Que contradição, só a guerra faz Nosso amor em paz Eu vim, vim parar na beira do cais Onde a estrada chegou ao fim Onde o fim da tarde é lilás Onde o mar arrebenta em mim O lamento de tantos ais! A paz invadiu o meu coração Todas as 13 metodologias mencionadas antes são apenas uns poucos exemplos de como o coordenador de jovens pode transmitir a importância da atitude seletiva ao escutar música, e o importante papel que esta desempenha ao modelar a mente subconsciente. Seleção de Canções É importante selecionar canções que tenham valores, os quais, por sua vez, possam ser transmitidos aos jovens através da discussão. O coordenador de jovens pode selecionar uma canção que realce um valor em particular, que tenha sido transmitido durante a sessão. NOTA: Os jovens estão sujeitos a mudanças biológicas muito rápidas e a desequilíbrios hormonais que podem resultar em emoções flutuantes. Esta canção enfatiza a aceitação de si mesmo e a auto-estima, que são essenciais para o desenvolvimento da mente do jovem. É importante que este possa compreender a si mesmo, suas debilidades e sua força. O coordenador de jovens pode usar esta canção para fortalecer seu nível de confiança e fazer com que (os jovens) tomem consciência de que são únicos e especiais à sua maneira. Efeito da Música Sobre a Mente Humana Extraído do SUNDAY MAIL, 19 de novembro de 2000 – seção sobre educação – página 17. Mozart aumenta o poder cerebral dos estudantes Professores britânicos aconselharam o uso do chamado ‘“efeito Mozart” para auxiliar a aprendizagem dos estudantes, escreve LAURA CLARKE. Árias selecionadas do Casamento de Fígaro e da Flauta Mágica poderiam ser tocadas para estudantes britânicos, a fim de intensificar seu poder cerebral. Os professores devem ser estimulados a usar o assim chamado “efeito Mozart” para melhorar a atenção, aprendizagem e memória de seus estudantes. Os investigadores descobriram que os estudantes que escutaram a música do compositor austríaco do século XVIII durante 10 minutos antes dos exames obtiveram qualificações mais altas. Com a ajuda atribuída às suas obras primas, obtém-se “coordenação entre a respiração, o ritmo cardíaco e as ondas cerebrais”, e “estimula-se a receptividade e a percepção.” Do mesmo modo, compositores barrocos tais como Handel e Bach podem induzir ao “relaxamento, meditação e ao sonho desperto.” A recomendação para se utilizar a música como auxílio ao aprendizado dos jovens está contida no conselho dirigido às escolas pelo Departamento de Educação e Emprego no mês passado. Sugerem-se atividades extracurriculares para intensificar o interesse na escola e reduzir problemas sociais, como gravidez em adolescentes e abuso de drogas. Esse Departamento também acrescentou que os professores poderiam introduzir música clássica nas lições, caso constatassem que davam resultado fora do currículo. Disse um porta-voz: “Isto está direcionado a atividades fora da escola, mas não significa que não possa ser apresentado em sala de aula”. O chamado “kit instrumental” mostra às escolas que a música pode ser usada para criar uma atitude positiva, alterar o ânimo dos estudantes, intensificar a concentração e promover a inspiração. Entretanto, também obriga os professores a terem uma cultura musical ampla e a apresentar ritmos e canções bem conhecidas. Com base na publicação de 1996 Aprendendo em Sala de Aula, de Alistair Simith, acrescenta-se que: “tocar música de fundo… ajudará a criar uma atmosfera apropriada ao estudo.” Categorias das Músicas Selecionadas Segue-se uma lista de canções em português com a letra. Como foi explicado no início deste Capítulo, elas estão divididas em quatro categorias: Categoria “A” – artistas que os jovens estão ouvindo agora (2002). Categoria “B” – artistas da década de 1980 - 90, principalmente bandas POP como Titãs, Legião Urbana, etc. Categoria “C” – MPB: Tom Jobim, Toquinho, Chico Buarque, Caetano, Gil, Milton, Beto Guetes, etc. Categoria “D” – “Clássicos”: desde “Aquarela do Brasil” até o Hino Nacional. Índice das Músicas Selecionadas CategoriaNúmeroTítulo da MúsicaCantor/CompositorC1Pra não Dizer que não Falei das FloresG. VandréB2Você Ainda Pode sonharVersão da música de J. LennonA3As Quatro EstaçõesSandy & JuniorA4O Amor FazSandy & JuniorB5Televisão Titãs C6Coração Bobo Alceu ValençaC7Admirável Gado NovoZé RamalhoB8Quando o Sol Bater na Janela do teu QuartoLegião UrbanaB9Jack sou BrasileiroLenineB10Paciência Lenine B11Tubi TupiLenineB12Rua da PassagemLenine B13Índios Legião UrbanaA14Além do Véu de MayaTribo de JahC15Sorri Djavan C16Aleluia Roberto CarlosC17Águas de MarçoTom JobimD18Aquarela do BrasilAry BarrosoC19Aquele abraçoGilberto GilD20Asa BrancaLuiz GonzagaD21Hino Nacional BrasileiroOsório Duque EstradaC22Planeta água Guilherme ArantesC23O Sal da TerraBeto GuedesC24Se eu Quiser Falar com DeusGilberto GilC25Desde que o Samba é SambaCaetano Veloso/G. GilA26Vamo PularSandy & JuniorA27Minha Pequena LuzVersão de Lady ShineC28Rio das Inquietas ÁguasVersão de G. ArantesA29Aleluia Art PopularA30Jorge da CapadóciaRacionais C31A Voz do CoraçãoVersão Ivan Lins/M. ManieriC32Cio da TerraM. Nascimento/C. BuarqueD33Luar do SertãoCatulo da Paixão CearenseC34Todos Nós 14 BisC35Com Força e com VontadeIvan LinsC36Paratodos Chico BuarqueC37A PazGilberto GilB38Como uma Onda Lulu SantosC39Maria MariaMilton NascimentoC40Aquarela Toquinho C41Calix BentoMilton NascimentoC42Brincar de ViverGuilherme ArantesA43A Cor do SolCidade NegraA44MúsicaTerralC45Planeta SonhoFlavio VenturiniC46Anima14 Bis/J.Renato/M. NascimentoB47FátimaCapital InicialB48Amor pra RecomeçarFrejatC49Tocando em FrenteAlmir SaterA50Super HeróiSandy & Júnior Lista de Músicas Selecionadas 1. Pra não dizer que não falei das flores Zé Ramalho De Geraldo Vandré Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais, Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas, Campos, construções Caminhando e cantando e seguindo a canção Vem, vamos embora, que Esperar não é saber Quem sabe faz a hora não espera acontecer Vem, vamos embora, que Esperar não é saber Quem sabe faz a hora não espera acontecer Pelos campos há fome Em grandes plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões Ainda fazem da flor Seu mais forte refrão E acreditam nas flores Vencendo canhão Há soldados armados, Amados ou não Quase todos perdidos De armas na mão Nos quartéis nos ensinam Uma antiga lição De morrer pela pátria E viver sem razão Repete: refrão (vem vamos embora.....não espera acontecer) Hum... Nas escolas, nas ruas, Campos, construções, Somos todos soldados, armados ou não Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais, Braços dados ou não Os amores na mente, As flores no chão A certeza na frente, A história na mão Caminhando e cantando E seguindo a canção Aprendendo e ensinando Uma nova lição Repete refrão Hum... hum.... 2. Você ainda pode sonhar (Lucy in the sky with diamonds) Zé Ramalho De John Lennon e Paul McCartney Pense num dia com gosto de infância Sem muita importância Procure lembrar Você por certo vai Sentir saudades Fechando os olhos Verá doces meninas Dançando ao luar Outras canções de amor Mil violinos, um cheiro De flores no ar Você ainda pode sonhar Você ainda pode sonhar Você ainda pode sonhar Aaa... Feche seus olhos bem profundamente Não queira acordar Procure dormir Faça uma força Você não está velho demais Pra voltar a sorrir Passe voando Por cima do mar Para a ilha rever Vá saltitando, sorrindo A todos que vê Você ainda pode sonhar Você ainda pode sonhar Você ainda pode sonhar Aaa... Você ainda pode sonhar Você ainda pode sonhar Você ainda pode sonhar 3. As quatro estações Sandy & Júnior De Sandy e Álvaro Socci A noite cai, o frio desce Mas aqui dentro predomina esse amor Que me aquece Protege da solidão A noite cai, a chuva traz O medo e a aflição Mas é o amor que está aqui dentro Que acalma meu coração Passa o inverno, Chega o verão O calor aquece minha emoção Não pelo clima da estação Mas pelo fogo dessa paixão Na primavera, calmaria Tranqüilidade, uma quimera Queria sempre essa alegria Viver sonhando, quem me dera No outono é sempre igual As folhas caem no quintal Só não cai o meu amor Pois não tem jeito é imortal No outono é sempre igual As folhas caem no quintal Só não cai o meu amor Pois não tem jeito, Não, é imortal Uuu..... é imortal Repete início ao fim Uuu.... é imortal Uuu.... é imortal Repete refrão (no outono é sempre igual....é imortal) Uuu.... é imortal Uuu.... é imortal 4. O amor faz De Maurício Gaetani Sandy e Júnior Eu ficava olhando as estrelas E fazia um pedido ao luar Eu buscava um amor Nos meus sonhos E um dia encontrei seu olhar Foi quando eu descobri Como eu te amo E, finalmente, Pude acreditar Que as estrelas e a lua fizeram Meu pedido se realizar Foi quando eu descobri Que a vida inteira O meu destino era te encontrar Que o universo Inteiro conspira Pra um desejo se realizar O amor vai até onde os sonhos Conseguem chegar O amor faz tudo aquilo que alguém Decide acreditar Repete 1ª parte (eu ficava olhando....pude acreditar) Repete 3ª parte (que o universo....decide acreditar0 Ooo... O amor vai até onde os sonhos Conseguem chegar O amor faz Tudo aquilo que alguém Decide acreditar O amor vai até onde os sonhos Conseguem chegar, ooo.... O amor vai O amor faz 5. Televisão Titãs Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Belloto A televisão me deixou burro muito burro demais Agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida E agora toda noite que eu deito é boa noite querida O cride fala pra mãe Que eu nunca li num livro Que um espirro fosse um vírus sem cura Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura! O cride, fala pra mãe! A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu não faço nada A luz do sol me incomoda então deixo a cortina fechada É que a televisão me deixou burro muito burro demais E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais O cride, fala pra mãe Que tudo que a antena captar meu coração captura Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura! O cride, fala pra mãe! 6. Coração bobo Alceu Valença Meu coração tá batendo Como quem diz não tem jeito O coração dos aflitos pipoca Dentro do peito (bis) Coração bobo, coração bola Coração balão, coração São João A gente se ilude dizendo já não há mais coração (bis) 7. Admirável Gado Novo Zé Ramalho Vocês que fazem parte dessa massa Que passa nos projetos do futuro É duro tanto ter que caminhar E dar muito mais que receber E ter que demonstrar sua coragem A margem do que possa parecer E ver que toda essa engrenagem Já sente a ferrugem lhe comer Ê ô ô vida de gado Povo marcado, ê povo feliz Lá fora faz um tempo confortável A vigilância cuida do normal Os automóveis ouvem a notícia Os homens a publicam no jornal E correm através da madrugada A única velhice que chegou Demoram-se na beira da estrada E passam a contar o que sobrou O povo foge da ignorância Apesar de viver tão perto dela E sonham com melhores tempos idos Contemplam essa vida numa cela Esperam nova possibilidade De verem esse mundo se acabar A Arca de Noé, o dirigível Não voam nem se podem flutuar 8. Quando o sol bater na janela do teu quarto Legião Urbana Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá Quando o sol bater na janela do teu quarto Lembra e vê que o caminho é um só Por que esperar se podemos começar tudo de novo Agora mesmo A humanidade é desumana Mas ainda temos chance O sol nasce pra todos Só não sabe quem não quer Quando o sol bater na janela do teu quarto Lembra e vê que caminho é um só Até bem pouco tempo atrás Poderíamos mudar o mundo Quem roubou nossa coragem? Tudo é dor, e toda dor, Vem do desejo De não sentirmos dor Quando o sol bater na janela do teu quarto Lembra e vê que caminho é um só 9. Jack sou brasileiro Lenine Já eu sou brasileiro E que o som do pandeiro É certeiro e tem direção Já que subi nesse ringue, E o país do suingue, É o país da contradição. Eu canto pro rei da levada, Na lei da embolada, Na língua da percussão A dança, a muganga, o dengo, A ginga do mamulengo, O charme dessa nação Quem foi? Que fez o samba embolar Quem foi? Que fez o coco sambar Quem foi? Que fez a ema gemer na boa Quem foi? Que fez do coco um cocar Quem foi? Que deixou um oco no lugar Quem foi? Que fez o sapo cantor de lagoa “E diz aí, Tião! Tião? – Oi... Fosse? – Fui. Comprasse? – Comprei. Pagasse? – Paguei. Me diz quanto foi? – Foi 500 reais”. Já que sou brasileiro Do tempero e do batuque, Do truque do picadeiro, Do pandeiro e do repique, Do pique do funk-rock, Do toque da platinela, Do samba na passarela, Dessa alma brasileira Despencando da ladeira Na zoeira da banguela “Eu só ponho o bebop no meu samba quando o Tio Sam pegar no tamborim Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba Quando ele entender que o samba não é rumba Aí eu vou misturar Miami com Copacabana Chiclete eu misturo com banana E o meu samba, e o meu samba vai ficar assim... A ema gemeu A ema gemeu....” 10. Paciência Lenine Lenine e Dudu Falcão Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não pára Enquanto o tempo acelera E pede pressa Eu me recuso, faço hora Vou na valsa A vida é tão rara Enquanto todo mundo espera a cura do mal E a loucura finge que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência O mundo vai girando cada vez mais veloz A gente espera do mundo, e o mundo espera de nós Um pouco mais de paciência Será que é tempo que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber A vida é tão rara, tão rara Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma Eu sei A vida não pára 11. Tubi Tupy Lenine Lenine e Carlos Rennó Eu sou feito de restos de estrelas Como o corvo, o carvalho e o carvão As sementes nasceram das cinzas De uma delas depois da explosão Sou o índio da estrela veloz e brilhante O que é forte como o jabuti O de antes de agora em diante E o distante galáxias daqui Canibal tropical, qual o pau Que dá nome à nação, renasci Natural, analógico e digital Libertado astronauta tupi Eu sou feito do resto de estrelas, Daquelas primeiras, depois da explosão Sou semente nascendo das cinzas Sou o corvo, o carvalho, o carvão O meu nome é Tupi Guaykuru Meu nome é Peri De Ceci Eu sou neto de Caramuru Sou Galdino, Juruna e Raoni E no Cosmos de onde eu vim Com a imagem do caos Me projeto futuro sem fim Pelo espaço num tour sideral Minhas roupas estampam em cores A beleza do caos atual As misérias e mil esplendores Do planeta de Neanderthal 12. Rua da Passagem Lenine Lenine e Arnaldo Antunes Os curiosos atrapalham o trânsito Gentileza é fundamental Não adianta esquentar a cabeça Não precisa avançar o sinal Dando seta pra mudar de pista Ou pra entrar na transversal Pisca alerta pra encostar na guia Pára-brisa para o temporal Já buzinou, espere não insista Desencoste o seu do meu metal Devagar pra contemplar a vista Menos peso no pé do pedal Não se deve atropelar cachorro Nem qualquer outro animal Todo mundo tem direito à vida Todo mundo tem direito igual Motoqueiro, caminhão, pedestre Carro importado, carro nacional Mas tem que dirigir direito Pra não congestionar o local Tanto faz você chegar primeiro O primeiro foi seu ancestral É melhor você chegar inteiro Com seu venoso e seu arterial A cidade é tanto do mendigo Quanto do policial Todo mundo tem direito à vida Todo mundo tem direito igual Travesti, trabalhador, turista Solitário, família, casal Todo mundo tem direito à vida Todo mundo tem direito igual Sem ter medo de andar na rua, Porque a rua é o seu quintal Todo mundo tem direito à vida Todo mundo tem direito igual Boa noite, tudo bem, bom dia Gentileza é fundamental Todo mundo tem direito à vida Todo mundo tem direito igual Pisca alerta pra encostar na guia Com licença, obrigado, até logo, tchau Todo mundo tem direito à vida Todo mundo tem direito igual 13. Índios Legião Urbana Quem me dera ao menos uma vez Ter de volta todo o ouro que entreguei A quem conseguiu me convencer, que era prova de amizade Se alguém levasse embora, até o que eu não tinha Quem me dera ao menos uma vez Que sempre acreditei que era por brincadeira Se cortava sempre pano de chão, de linho nobre, pura seda Quem me dera ao menos uma vez Explicar o que ninguém consegue entender Que aconteceu e ainda está por vir E o futuro não é mais como antigamente Quem me dera ao menos uma vez Provar que quem tem mais do que precisa ter Quase sempre se convence que não tem o bastante Fala demais por não ter nada a dizer Quem me dera ao menos uma vez Que o mais simples fosse visto como o mais importante Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente Quem me dera ao menos uma vez Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três Esse mesmo Deus foi morto por vocês Sua maldade então, deixar um Deus tão triste Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda Assim pude trazer você de volta pra mim Quando descobri que é sempre só você Que me entende do início ao fim E é só você que tem a cura do meu vício De insistir nessa saudade que eu sinto De tudo que eu ainda não vi Quem me dera ao menos uma vez Acreditar por um instante tudo que existe Acreditar que o mundo é perfeito Que todas as pessoas são felizes Fazer com que o mundo saiba que seu nome Está em tudo e mesmo assim, ninguém diz ao menos obrigado Quem me dera ao menos uma vez Como que a mais bela tribo, dos mais belos índios Não ser atacado por ser inocente Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda Assim pude trazer você de volta pra mim Quando descobri que é sempre só você Que me entende do início ao fim E é só você que tem a cura do meu vício De insistir nessa saudade que eu sinto De tudo que eu ainda não vi Nos deram espelhos, vimos um mundo doente Tentei chorar e não consegui 14. Além do Véu de Maya Tribo de Jah Mês de janeiro no inverno A brisa é fria, mas o frio é terno Eu vejo a orla, ao longo da Barra A tarde avança, mas ainda é clara Não me é estranha a sensação, eu caminhar a esmo Seguir sem direção, só, comigo mesmo Sem me importar, em ir, voltar Sem ter que chegar a um lugar Andar, andar até cansar Não interessa o que aconteça Eu não tenho pressa, embora não pareça A vida não cessa eu sei Depois dessa ela prossegue, ou só recomeça Eu sinto o sol Eu sinto o seu calor ameno Eu sinto o sol, só eu sigo comigo mesmo Eu sinto o sol, eu sinto o seu calor ameno Eu sinto o sol, só, eu sigo comigo mesmo Eu sei que você pensa em mim Que lembra de mim, mas eu não sou assim como você vê Como você pensa que eu possa ser Você vê meu corpo e pensa que sou eu Mas ele não é eu, ele não é meu É só uma dádiva, dada emprestada Deus foi quem me deu por breve temporada É só uma roupagem, densa embalagem Que não me pertence, aliás nada me pertence nesse mundo, Tudo é transitório, tudo é ilusório Ainda que se pense que o que se vê é pura realidade Na verdade o que se está a ver Não é mais que um lapso distorcido da eternidade O sol se esvai A noite cai tão sutilmente Conforme o sol se vai Eu sinto a terra girar Quase que imperceptivelmente Assim a gente vai seguindo rumos tão diferentes Caminhos desiguais, mais e mais distantes Continuamente, mais e mais distantes, definitivamente A cidade é um corpo disforme, que se espalha enorme sobre a crosta terrena Uma intrigante cena é desperta e dorme E deixa alguns espasmos ou então se consome em todo o seu marasmo Um mundo fumegante, milhões de habitantes Todos tão imersos em seus universos Presos aos grilhões do não saber das limitações de todo ser vivente dessa dimensão Almas presas aos corpos sob o espesso véu da ilusão Até que esses estejam mortos, deixarão então essa condição E verão que o corpo é só casual, composição genética, constituição carnal Eu poderia nascer indiano, sino-africano, viver muitos anos Pra depois morrer e voltar a nascer como alemão, como americano Por que, então, tanta animosidade, se a alma não tem nacionalidade? A alma não tem cor, a alma não tem sexo Esse papo de alma gêmea não tem nexo Eu vejo o céu atrás do véu da ilusão Um doce lar, além do mar da imensidão 15. Sorri Djavan Sorri quando a dor te torturar E a saudade atormentar Os teus dias tristonhos, vazios Sorri, quando tudo terminar Quando nada mais restar Do teu sonho encantador Sorri, quando o sol perder a luz E sentires uma cruz Nos teus ombros cansados, doridos Sorri, vai mentindo a tua dor E ao notar que tu sorris Todo mundo irá supor Que é feliz 16. Aleluia Roberto Carlos Quando o sol aquece de manhã o planeta terra onde eu vivo Não importa em que lugar estou, olho a natureza pensativo O vento assanha as águas do oceano, surfa pelas ondas na canção Quem compõe a música do vento e que acendeu o sol então? Aleluia, Aleluia Conclusão dos pensamentos meus Aleluia, Aleluia Em tudo isto tem a mão de Deus Quando cai a chuva e molha o chão, meu planeta fica tão florido Vem à tarde as tintas lá do céu, pintam um horizonte colorido Folhas, flores, frutos se misturam Nesse quadro amor e a perfeição Quem é esse agricultor divino? É o mesmo autor do quadro então? Aleluia, Aleluia.... Quando vem a noite eu olho o céu, as estrelas brilham no infinito Vejo a lua clara sobre o mar e nesse momento eu reflito O ser supremo em tudo isso existe Deus, a luz maior, a explicação Tudo vem das suas mãos divinas O céu a terra, o ar, a vida então Aleluia, Aleluia... 17. Águas de Março Tom Jobim É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol É peroba no campo, é o nó da madeira Caingá candeia, é o matita-pereira É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumeeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de atiradeira É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é; uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto um desgosto, é um pouco sozinho É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manha, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato, na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho 18. Aquarela do Brasil Ary Barroso Brasil, meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos O Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor Terra de nosso senhor Brasil, Brasil Pra mim, pra mim Ô, abre a cortina do passado Tira preta do cerrado Bota o rei Congo no congado Brasil, Brasil Pra mim, pra mim Deixa cantar de novo o trovador À merencória luz da lua Toda canção do meu amor (lararaía) Quero ver essa dona caminhando Pelos salões arrastando O seu vestido rendado Brasil, Brasil ô ô ô Pra mim, pra mim Brasil Terra boa e gostosa Da morena sestrosa E de olhar indiferente O Brasil, verde que dá Para o mundo se admirar O Brasil do meu amor Terra de nosso senhor Brasil, pra mim Pra mim, brasil Ô esse coqueiro que dá côco Onde eu amarro a minha rede Nas noites claras de luar ô ô ô Brasil, pra mim ô ô ô Pra mim, Brasil Ô, oi essas fontes murmurantes Oi, onde eu mato a minha cede E onde a lua vem brincar Oi, esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil brasileiro Terra de samba e pandeiro Brasil, pra mim Pra mim, Brasil 19. Aquele Abraço Gilberto Gil O Rio de Janeiro continua lindo O Rio de Janeiro continua sendo O Rio de Janeiro, fevereiro e março Alô, alô, Realengo - aquele abraço! Alô, torcida do Flamengo - aquele abraço! Chacrinha continua balançando a pança E buzinando a moça e comandando a massa E continua dando as ordens no terreiro Alô, alô, seu Chacrinha - velho guerreiro Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro Alô, alô, seu Chacrinha - velho palhaço Alô, alô, Terezinha - aquele abraço! Alô, moça da favela - aquele abraço! Todo mundo da Portela - aquele abraço! Todo mês de fevereiro - aquele passo! Alô, Banda de Ipanema - aquele abraço! Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço A Bahia já me deu régua e compasso Quem sabe de mim sou eu - aquele abraço! Pra você que meu esqueceu - aquele abraço! Alô, Rio de Janeiro - aquele abraço! Todo o povo brasileiro - aquele abraço! 20. Asa Branca Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga/Zé Dantas Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu pergunte-ei, a Deus do céu, ai, Porque tamanha judiação? Qui braseiro, que fornalha, Nem um pé de plantação, Por falta d'água, perdi meu gado Morreu de sede meu alazão. Inté mesmo asa branca, Bateu asas do sertão Então eu disse, adeus Rosinha, Guarda contigo, meu coração. Hoje longe muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva, caí de novo P'ra mim vortá, ai, p'ro meu sertão. Quando verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro, não chores, não viu, Que eu voltarei, viu, meu coração. 21. Hino Nacional Brasileiro Francisco Manoel da Silva/Joaquim Osório Duque Estrada Ouviram do Ipiranga às margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade em raios fúlgidos Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte Em teu seio, Ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada,entre outras mil, És tu, Brasil, ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada,Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a Terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida em teu seio, mais amores, Ó Pátria amada, Idolatrada Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga ao verde-louro desta flâmula "Paz no futuro e glória no passado" Mas, se ergues da justiça a clava forte Verás que o filho teu não foge à luta, Nem teme quem te adora, a própria morte. Terra adorada,entre outras mil, És tu, Brasil, ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! 22. Planeta Água Guilherme Arantes Água que nasce na fonte serena do mundo E que abre o profundo grotão Água que faz inocente riacho e deságua Na corrente do ribeirão Águas escuras dos rios Que levam a fertilidade ao sertão Águas que banham aldeias E matam a sede da população Águas que caem das pedras No véu das cascatas ronco de trovão E depois dormem tranquilas No leito dos lagos, no leito dos lagos Água dos igarapés onde Iara mãe d'água É misteriosa canção Água que o sol evapora pro céu vai embora Virar nuvens de algodão Gotas de água da chuva Alegre arco-íris sobre a plantação Gotas de água da chuva Tão tristes são lágrimas na inundação Águas que movem moinhos São as mesmas águas Que encharcam o chão E sempre voltam humildes Pro fundo da terra, pro fundo da terra Terra planeta água... terra planeta água Terra planeta água. 23. O Sal da Terra Beto Guedes/Ronaldo Bastos Anda, quero te dizer nenhum segredo Falo nesse chão da nossa casa Vem que tá na hora de arrumar Tempo, quero viver mais duzentos anos Quero não ferir meu semelhante Nem por isso quero me ferir Tempo quero viver mais duzentos anos Quero não ferir meu semelhante Nem por isso quero me ferir Vamos precisar de todo mundo Pra banir do mundo a opressão Para construir a vida nova Vamos precisar de muito amor A felicidade mora ao lado E quem não é tolo pode ver A paz na Terra, amor O pé na terra A paz na Terra, amor O sal da Terra És o mais bonito dos planetas Tão te maltratando por dinheiro Tu que é a nave nossa irmã Canta, leva tua vida em harmonia E nos alimenta com seus frutos Tu que é do homem a maçã Vamos precisar de todo mundo Um mais um é sempre mais que dois Pra melhor juntar as nossas forças É só repartir melhor o pão Recriar o paraíso agora Para merecer quem vem depois Deixa nascer o amor Deixa fluir o amor Deixa crescer o amor Deixa viver o amor (O sal da terra) 24. Se Eu Quiser Falar com Deus Gilberto Gil Se eu quiser falar com Deus Tenho que ficar a sós Tenho que apagar a luz Tenho que calar a voz Tenho que encontrar a paz Tenho que folgar os nós Dos sapatos, da gravata Dos desejos, dos receios Tenho que esquecer a data Tenho que perder a conta Tenho que ter mãos vazias Ter a alma e o corpo nus Se eu quiser falar com Deus Tenho que aceitar a dor Tenho que comer o pão Que o diabo amassou Tenho que virar um cão Tenho que lamber o chão Dos palácios, dos castelos Suntuosos dos meus sonhos Tenho que me ver tristonho Tenho que me achar medonho E apesar de um mal tamanho Alegrar meu coração Se eu quiser falar com Deus Tenho que me aventurar Tenho que subir aos céus Sem cordas pra segurar Tenho que dizer adeus Dar as costas, caminhar Decidido pela estrada Que ao findar vai dar em nada Nada, nada, nada, nada Nada, nada, nada, nada Do que eu pensava encontrar 25. Desde que o samba é samba Caetano Veloso e Gilberto Gil A tristeza é senhora Desde que o samba é samba é assim A lágrima clara sobre a pele escura A noite a chuva que cai lá fora. Solidão apavora Tudo demorando em ser tão ruim Mas alguma coisa acontece No quando, agora em mim Cantando eu mando a tristeza embora O samba ainda vai nascer O samba ainda não chegou O samba não vai morrer Veja o dia ainda não raiou O samba é pai do prazer O samba é filho da dor O grande poder transformador 26. Vamo Pular Sandy e Jr. Estou sentindo música no ar Uma energia que quer me dominar É uma coisa boa que vem em minha direção E contagia o corpo e o coração Quando eu terminar de cantar Vamo pula, vamo pula,..... 27. Minha pequena luz (Versão de Lady Shine) Minha pequena luz Eu vou deixar brilhar Minha pequena luz eu vou deixar brilhar A minha vida eu vou Eu vou deixar brilhar Deixar brilhar, deixar brilhar 28. Rio das Inquietas Águas (versão de Guilherme Arantes) Bridge over troubled water (Paul Simon) Quando o mundo Te deixar Com lágrimas no olhar Eu enxugarei Nas aflições No seu lado estarei Se amigos não houver Sobre o rio das inquietas águas Eu me estenderei Quando as ruas São frias e hostis E a noite cai tão cruel Te confortarei Como luar contra todas as sombras Se a dor está ao redor Sobre o rio das inquietas águas Eu me estenderei Sobre o rio das inquietas águas Eu me estenderei Sua luz de prata Segue a navegar Que o tempo é seu Pra brilhar Os teus sonhos estão por vir Estão a brilhar Se você quiser Vou navegar com você Sobre o rio das inquietas águas Eu me estenderei Sobre o rio das inquietas águas Eu me estenderei 29. Aleluia Leandro Lehart (Interpretação do grupo Art Popular na Pilgrim Cathedral Church – Harlem – Nova Iorque) Vento forte, água cristalina Um passeio I´nos campos do Senhor A fé e o coração Uma força vem do céu e da alma E trará a humanidade a paz e a calma A luz da oração Aleluia, alleluia Make the love to fly from here to Bagdá Like a strong wind and crystal water Mountain from dear Lord Bring him my heart It makes me strong Jesus From above will bring us Peace and happiness and Light as we worship him Sou teu amigo irmão Sou calor e emoção Tenho vida e glória Sou feliz, feliz agora Like the strong Wind Jesus he´s arrived and The whole word will Sing that he will arrive 30. Jorge da Capadócia Racionais MC´s Jorge sentou praça na cavalaria E eu estou feliz porque eu também Sou da sua companhia Eu estou vestido com as roupas E as armas de Jorge Para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem Para que os meus inimigos tenham mãos e não me toquem Para que os meus inimigos tenham olhos e não me vejam E nem mesmo possam ter pensamentos para me fazer mal Armas de fogo O meu corpo não alcançarão Facas e espadas se quebrem Sem o meu corpo tocar Cordas e correntes arrebentem Sem o meu corpo amarrar Pois eu estou vestido Com as roupas e as armas de Jorge Salve Jorge, Salve Jorge Jorge é de Capadócia, Salve Jorge 31. A voz do coração versão de Ivan Lins e Maurício Manieri para a canção do filme “Tigrão – o filme” O sol quente das manhãs As noites de luar A vida é tudo que se quis É um canto de amor Mas de repente não há mais Música no ar e tudo é diferente Do que você sonhou Se você sentir a solidão da escuridão Pense em quem te faz feliz A amizade tem um querer bem que esteja onde estiver Tudo vai ser como é Basta ouvir seu coração As lembranças vão surgir É só você buscar Abraços e sorrisos que ninguém pode apagar Ao relembrar histórias que você já se esqueceu Ninguém está sozinho Se não existe adeus Há um lugar em você onde está a alegria de viver Preste atenção no que essa voz diz em seu coração Você não vai se perder 32. O Cio da Terra Milton Nascimento/Chico Buarque Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do pão E se fartar de pão Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a doçura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra, a propícia estação E fecundar o chão 33. Luar do Sertão João Pernambuco/Catulo da Paixão Cearense Oh que saudade do luar da minha terra Lá na terra branquejando, Folhas secas pelo chão Este luar cá da cidade tão escuro Não tem aquela saudade, do luar lá do sertão Refrão Não há, oh gente, oh não, Luar como esse do sertão ... (repete) Se a lua nasce por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata prateando a solidão... E a gente pega na viola e ponteia E a canção é lua cheia, a nascer do coração ... (refrão) Se Deus me ouvisse com amor e caridade Me faria essa vontade, o ideal do coração... Era que a morte a descontar me surpreendesse E eu morresse numa noite de luar do meu sertão ... Refrão 34. Todos Nós 14 Bis Gijs Andriessen/Juca Filho Na calma de uma lua do Xingu Debaixo do mistério do Equador A história que um cacique me contou Sozinho numa rua de Paris O brilho aventureiro de um olhar Espírito cigano todos nós O sol em Nova Deli de manhã É o mesmo que ilumina Amsterdam E brilha nas trincheiras do Irã O frio solitário de um iglu O abraço companheiro de um amigo esquimó E na verdade nunca estamos sós O povo do planeta somos nós Meninas lindas do Afeganistão Crianças numa praia do Japão O tai chi nas praças de Pequim Chorando o coração da África Na vibração dos filhos de Xangô Cantando a esperança e não a dor No fundo todos os Deuses são iguais As línguas e as religiões Se encontram no bater dos corações O povo do planeta somos nós Vivendo juntos mais uma vez E na verdade nunca estamos sós No fundo todos os homens são iguais, iguais... 35. Com Força e com Vontade Ivan Lins Com força e com vontade A felicidade há de se espalhar Refrão Com toda a intensidade Bis Há de molhar o seco de enxugar os olhos de iluminar os becos antes que seja tarde Há de assaltar os bares De retomar as ruas De visitar os lares Antes que seja tarde Há de rasgar as trevas De abençoar o dia E de guardar as pedras Antes que seja tarde Há de deixar sementes Do mais bendito fruto Na terra e no ventre Antes que seja tarde Há de fazer alarde E libertar os sonhos Da nossa mocidade Antes que seja tarde Bis no refrão 36. Paratodos Chico Buarque de Holanda O meu pai era paulista Meu avô pernambucano O bisavô mineiro Meu tataravô baiano Meu maestro soberano Foi Antonio Brasileiro Foi Antonio Brasileiro Quem soprou esta toada Que cobri de redondilhas Pra seguir minha jornada E com a vista enevoada Ver inferno e maravilhas Nestas tortuosas trilhas A viola me redime Creia ilustre cavalheiro Contra fel, moléstia, crime Use Dorival Cayme, Vá de Jacson do Pandeiro Vi cidades, vi dinheiro Bandoleiros, vi hospícios Moças feito passarinho Avoando de edifícios Fume Ari, cheire Vinícius Beba Nelson Cavaquinho Para um coração mesquinho Contra solidão agreste Luiz Gonzaga é tiro certo Pixinguinha inconteste Tome Noel, Cartola, Orestes, Caetano e João Gilberto Viva Erasmo, bem Roberto Gil e Ermeto palmas para Todos os instrumentistas Salve Edu, Bituca, Nara Gal, Bethânia, Rita, Clara Evoé, jovens à vista O meu pai era paulista Meu avô pernambucano O bisavô mineiro Meu tataravô baiano Vou na estrada há muitos anos Sou um artista brasileiro. 37. A paz Gilberto Gil/João Donato A paz, invadiu o meu coração De repente me encheu de paz Como se o vento de um tufão Arrancasse meus pés do chão Onde eu já não me enterro mais A paz, fez o mar da revolução Invadir meu destino A paz, como aquela grande explosão Uma bomba sobre o Japão, Fez nascer um Japão na paz Eu pensei em mim, eu pensei em ti, Eu chorei por nós Que contradição, só a guerra faz nosso amor em paz eu vim, vim parar na beira do cais Onde a estrada chegou ao fim Onde o fim da tarde é lilás Onde o mar arrebenta em mim O lamento de tantos ais! Eu pensei em mim, eu pensei em ti, eu chorei por nós Que contradição, só a guerra faz Nosso amor em paz Eu vim, vim parar na beira do cais Onde a estrada chegou ao fim Onde o fim da tarde é lilás Onde o mar arrebenta em mim O lamento de tantos ais! A paz invadiu o meu coração 38. Como uma Onda Lulu Santos/Nelson Mota Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa, tudo sempre passará A vida vem em ondas, como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é Igual ao que gente viu há um segundo Tudo muda o tempo todo no mun-do Não adianta fugir Nem mentir pra si mesmo Agora, há tanta vida lá fora Aqui den-tro, sempre Como uma onda no mar Como uma onda no mar (repete) 39. Maria Maria Milton Nascimento/Fernando Brant Maria, Maria, é um Dom, uma certa magia Uma força que nos alerta Uma mulher que merece viver e amar Como outra qualquer do planeta Maria, Maria, é o som, é a cor, é o suor É a dose mais forte e lenta De uma gente que ri, quando deve chorar e não vive, apenas agüenta Mas, é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre Quem traz no corpo a marca Maria, Maria, mistura a dor e a alegria Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça, É preciso ter sonho sempre Quem traz na pele essa marca Possui a estranha mania de ter fé na vida La eh, la eh la a eh, La eh la a eh, la-eh la-eh eh, eheh-oh Quem traz na pele essa marca Possui a estranha mania de ter fé na vida 40. Aquarela Toquinho Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu Vai voando contornando A imensa curva norte sul Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela branco navegando é tanto céu e mar num beijo azul Entre as nuvens vem surgindo Um lindo avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar Basta imaginar e ele está partindo Sereno indo E se a gente quiser Ele vai pousar Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida De uma América à outra consigo passar num segundo Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo Um menino caminha e caminhando chega no muro E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença muda nossa vida E depois convida a rir ou chorar Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos numa linda passarela De uma aquarela que um dia enfim Descolorirá Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo Que descolorirá E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva Que descolorirá Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo Que descolorirá 41. Calix Bento Ó Deus Salve o oratório Ó Deus Salve o oratório Onde Deus fez a morada, oia Meu Deus Onde Deus fez a morada, oia! Onde mora o cálix bento, onde mora o calix bento E a hóstia consagrada, oia Meu Deus E a hóstia consagrada, oia De Jessá nasceu a vara, de Jessé nasceu a vara E da vara nasceu a flor, oia meu Deus Da vara nasceu a flor, oia E da flor nasceu Maria, e da flor nasceu Maria De Maria o Salvador, oia Meu Deus De Maria, o Salvador, oia... 42. Brincar de Viver Guilherme Arantes   Quem me chamou, quem vai querer voltar pro ninho Redescobrir seu lugar Pra retornar e enfrentar o dia-a-dia Reaprender a sonhar, você verá que é mesmo assim Que a história não tem fim Continua sempre que você responde sim A sua imaginação, a arte de sorrir Cada vez que o mundo diz não Você verá que a emoção começa agora Agora é brincar de viver Não esquecer, ninguém é o centro do universo Assim é maior o prazer Você verá que é mesmo assim... e eu desejo amar Todos que eu cruzar pelo meu caminho Como sou feliz, eu quero ver feliz quem andar comigo Vem , agora é brincar de viver(2x) Você verá que ...não E eu desejo amar... agora é brincar de viver. 43. A Cor do Sol Cidade Negra   Amor, estamos atravessando o milênio, O novo tempo está chegando. A cor do sol está brilhando E anuncia um novo dia de folia. A inocência, o respeito, a alegria de estar sério, O bom humor e sentimentos, nós vamos levar! Deixar pra trás maus pensamentos, Desequilíbrios, as amarguras Viver em paz todo momento Dentro de casa, no meio da rua Se você acha impossível ter tudo isso E um amor tranqüilo, Que tal tentar só um pouquinho?! Experimente ver no que dá! E vê se dá, experimente para ver se dá! Viva sempre! Aproveito o momento! 1001 lendas de um novo milênio... 44. Música Terral O dia amanheceu mais claro e trouxe o que eu sonhei Trouxe os olhos, trouxe o brilho, o coração Se de repente a gente escuta um pouco mais a intuição Ler nos lábios o que nunca imaginou Deixe que nada possa impedir Deixe o seu coração falar, não se engane, Não se assuste com o que pode aproximar Música, que faz bem para o coração Música, somos um na imensidão Música, que é para o mundo inteiro ouvir É só deixar fluir do coração O dia amanheceu mais claro e claro também levantei Trouxe o raro brilho que sempre sonhei O brilho que ofuscou meus olhos, me trouxe uma inspiração Uma idéia, uma luz e uma canção 45. Planeta Sonho Flávio Venturini Aqui ninguém mais ficará depois do sol Do final será o que não sei mais será Tudo de mais nem o bem nem o mal Só o brilho calmo dessa luz O planeta calma será terra O planeta sonho será terra E lá no fim daquele mar a minha estrela vai se apagar Como brilhou, fogo solto no caos Aqui também é bom lugar de se viver Bom lugar será o que não sei mas será Nada a fazer bem melhor que a canção mais bonita que alguém lembrar A harmonia será terra A dissonância será bela E lá no fim daquele azul os meus acordes vão terminar Não haverá outro som pelo ar O planeta sonho será terra, a dissonância será bela E lá no fim daquele mar a minha estrela vai se apagar Como brilhou, fogo solto no caos (2x) 46. Anima Boca Livre José Renato/Milton Nascimento Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber Casa cheia de coragem e vida, tira a mancha que há no meu ser Te quero ver, te quero ser… alma! Lapidar minha procura, toda a trama Lapidar o que o coração com toda inspiração Achou de nomear, gritando: alma! Recriar cada momento belo já vivido e mais Atravessar fronteiras do amanhecer E, ao entardecer, olhar com calma, então Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber Casa cheia de coragem e vida, tira a mancha que há no meu ser Te quero ver, te quero ser… alma! Viajar nessa procura toda de me lapidar Neste momento, agora, de me recriar De me gratificar, te busco al.. meu ser! Casa aberta onde mora o mestre, o mago da luz Onde se encontra o templo que inventa a cor Animará o amor, onde se esquece a paz! para papa rarara… Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber Casa cheia de coragem e vida, todo o afeto que há no meu ser Te quero ver, te quero ser… alma! Te quero ser… alma! Te quero ser… alma! Te quero ser… hmmm! 47. Fátima Capital Inicial Vocês esperam uma intervenção divina Mas não sabem que o tempo agora está contra vocês Vocês se perdem no meio de tanto medo De não conseguir dinheiro pra comprar sem se vender E vocês armam seus esquemas ilusórios Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez Mas acontece que tudo tem começo E se começa um dia acaba, eu tenho pena de vocês E as ameaças de ataque nuclear Bombas de nêutrons não foi Deus quem fez E as ameaças de ataque nuclear Bombas de nêutrons não foi Deus quem fez Alguém,alguém um dia vai se vingar Vocês são vermes, pensam que são reis Não quero ser como vocês Eu não preciso mais Eu já sei o que eu tenho que saber E agora tanto faz Três crianças sem dinheiro e sem moral Não ouviram a voz suave que era uma lágrima E se esqueceram de avisar pra todo mundo Ela talvez tivesse um nome e era Fátima E de repente o vinho virou água E a ferida não cicatrizou E o limpo se sujou E no terceiro dia ninguém ressuscitou 48. Amor pra recomeçar Frejat / Maurício Barros / Mauro Sta. Cecília Eu te desejo não parar tão cedo Pois toda idade tem prazer e medo E com os que erram feio e bastante Que você consiga ser tolerante Quando você ficar triste Que seja por um dia e não o ano inteiro E que você descubra que rir é bom Mas que rir de tudo é desespero Desejo que você tenha a quem amar E quando estiver bem cansado Ainda exista amor pra recomeçar Pra recomeçar Eu te desejo muitos amigos Mas que em um você possa confiar E que tenha até inimigos Pra você não deixar de duvidar Desejo que você ganhe dinheiro Pois é preciso viver também E que você diga a ele pelo menos uma vez Quem é mesmo o dono de quem 49. Tocando em Frente Almir Sater Ando devagar Porque já tive pressa Levo esse sorriso Porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte Mais feliz quem sabe Só levo a certeza De que muito pouco eu sei Eu nada sei Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir Penso que cumprir a vida Seja simplesmente Compreender a marcha Ir tocando em frente Como um velho boiadeiro Levando a boiada Eu vou tocando os dias Pela longa estrada Eu vou Estrada eu sou Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir Todo mundo ama um dia Todo mundo chora um dia A gente chega E o outro vai embora Cada um de nós Compõe a sua história Cada ser em si carrega o dom de ser capaz De ser feliz 50. Super Herói Superman (John Ondrasik - Versão Maurício Gaetani) Intérpretes: Sandy e Júnior Não quero imitar Deus ou coisa assim Só quero encontrar O que é melhor em mim Ser mais do que alguém que sai no jornal Ser mais do que um rosto num comercial É, não é fácil viver assim Se eu quiser chorar Não ter que fingir Sei que posso errar E é humano se ferir Parece absurdo, mas tente aceitar Que os heróis também podem sangrar Posso estar confuso, mas vou me lembrar Que os heróis também podem sonhar E não é fácil viver assim Seja como for, agora eu sei que o meu papel Não é ser herói no céu É na terra que eu vou viver Eu não sei voar Isso é ilusão Ninguém pode andar Com os pés fora do chão Sou só mais alguém querendo encontrar A minha própria estrada pra trilhar Apenas alguém querendo encontrar A minha própria forma de amar De amar Sou só mais alguém querendo encontrar A minha própria estrada pra trilhar Apenas alguém querendo encontrar E não é fácil... É, não é fácil viver assim Modelação do Caráter Objetivos Transmitir os valores básicos: AMOR, PAZ, VERDADE, RETIDÃO e NÃO-VIOLÊNCIA. Apresentar diferentes tipos de materiais de referência e instrumentais Compartilhar a arte de contar histórias. Mostrar contos que transmitam fortes mensagens positivas com valores. Introdução Bhagavan Sri Sathya Sai Baba nos tem dito que: “A virtude é como o alento vital, e o caráter é a coluna vertebral. Sem ele, nenhum ato meritório frutificará. Um homem sem caráter é como um recipiente com muitos furos, inútil para transportar ou guardar água”. A formação do caráter, em sua essência, faz exatamente isso. Assemelha-se a uma caixa de ferro vazia que se converte em algo valioso quando contém jóias. O caráter também se torna precioso quando está cheio de virtudes. O jovem deverá ser inspirado a converter-se em um raio de luz que irradie paz e alegria; uma fonte de deleite para todos que entrem em contato com ele. A formação do caráter, um componente muito importante da técnica de ensino, ajuda a transportar os jovens para as grandes vidas de distintos personagens de antigas histórias épicas, fábulas e de indivíduos que tenham estabelecido uma notável diferença no mundo. Também é importante destacar, na formação do caráter, os personagens cuja conduta vá contra o Amor, Paz, Verdade, Retidão e Não-violência; por exemplo: Ravana no Ramayana e Judas no Cristianismo. Deve-se traçar um paralelo entre o bem e o mal, e os jovens devem perceber, dentro deles mesmos, como o bem sempre prevalece. Para isto, é importante que as histórias e parábolas possam transmitir um sentimento de assombro e surpresa com os personagens que viveram vidas nobres e realmente inspiradoras. Do mesmo modo como é importante escolher o conto adequado, a fim de que o mesmo possa motivar os jovens, também o método de apresentação da história é igualmente vital. Por exemplo, ao contar a história é importante usar palavras que “mostram” muito mais do que palavras que “digam”. O que são palavras que “mostram” e palavras que “dizem”? Uma palavra que “mostra”, por exemplo, seria uma palavra que descreva vivamente o objeto, a essência do caráter. Por outro lado, uma palavra que “diz” simplesmente descreve o objeto, o cenário ou personagem de alguma forma, não permitindo que a imaginação capture o quadro que está sendo apresentado. Segue-se o exemplo de uma breve história com palavras que “dizem”: “Era uma vez uma anciã e seu neto. Viviam à beira do bosque. Ela era pobre e não podia permitir-se levar seu neto à escola, de modo que este tinha que ir só. Para chegar à escola, tinha que cruzar a floresta. Estava muito assustado. Então, aproximou-se de sua avó e disse que tinha muito medo de cruzar a floresta sozinho...” Agora, vejamos um breve exemplo de palavras que “mostram”: “Há muito, muito tempo, vivia uma anciã muito débil com seu único neto. Eram extremamente pobres e viviam com o mínimo indispensável a cada dia. Devido à sua grande pobreza, viviam à beira do bosque em uma velha cabana abandonada que estava caindo aos pedaços. Ela trabalhava duramente todo o dia, caminhando cinco quilômetros, de casa em casa, limpando e cozinhando. Por esta razão, não podia acompanhar seu neto até a escola, que ficava do outro lado da floresta. Seu neto, de apenas 7 anos de idade, achava a selva por demais assustadora, pouco amistosa. Ele sentia muito medo. Foi até a beirada da floresta e, no momento que deu o primeiro passo, ouviu ruídos tão estranhos que o fizeram dar meia volta e correr mais rápido que pôde, como um coelho assustado, até sua casinha em ruínas. Quando sua avó voltou para casa depois de um longo dia de trabalho servil, sentiu-se muito triste ao ver seu neto chorando desconsoladamente…” Depois deste exemplo, torna-se imperativo, no módulo de Formação do Caráter, que a maneira de contar história tenha um impacto significativo. Assim, é crucial pintar (a história) com imagens vívidas no olho da mente, descrever detalhes intrínsecos da história e também personagens fascinantes e caracterizações. O narrador de histórias injeta vida na sua narração, de forma que possa ser apreciada e sentida por quem a escuta. Este é o único “audiovisual” disponível no momento em que se conta uma história. Embora os tempos tenham mudado, assim como a audiência, os valores transmitidos pelos contos permanecem consistentes. Apesar disto, a forma de apresentação e o estilo utilizado devem estimular e ao mesmo tempo acalmar as mentes turbulentas e agitadas dos jovens. As técnicas oferecidas nestes capítulos estão acompanhadas do esclarecimento ou indicação de como o facilitador deve utilizar outras fontes, tais como os meios de comunicação, revistas ou temas da atualidade para transmitir histórias de valores humanos e morais, de forma mais emocionante, enérgica e demonstrativa. Material de Referência e Instrumentos Úteis Histórias e temas das Escrituras (ex.: Bhagavad-Gita, Ramayana, Bíblia, etc.) Artigos de periódicos, revistas para jovens, Internet. Clips de filmes motivadores e baseados em valores humanos. Cassetes de áudio motivadores. Livros, autobiografias, histórias em quadrinhos, seriados de TV e fontes similares Histórias folclóricas contadas pelos mais velhos. OS CONTOS DEVEM SER Subjetivos Baseados no contexto (do jovem) e inspiradores de pensamentos Oportunos e organizados Sobre as relações e a realidade Envolventes Estimulantes Científicos – auto-explicativos. CONTOS SUBJETIVOS O narrador de histórias primeiro deve ser capaz de: Sentir a história Comunicar a história com paixão e interesse Encher a história de valores morais. Por exemplo: narrar uma história emocionante tentando usar expressões faciais e gestos dramáticos. “Estávamos tão emocionados por havermos nos mudado para esta casa grande e bonita! Ela era mobiliada com maravilhosos e caros móveis italianos. Era a casa de nossos sonhos. Depois de muitos meses de sofrimento em um quarto pequeno com, no máximo três por quatro metros e sem janelas, finalmente nos mudamos para a casa tão sonhada. Ela era realmente um presente de Deus! Fomos muito felizes ali por meses. Certa noite, decidi voltar para casa mais cedo para surpreender minha esposa. Em meu entusiasmo, passei pelo portão sem me dar conta de que não estava corretamente trancado como era de costume. Chamei carinhosamente minha mulher e ela, estranhamente, não me respondeu. Comecei a sentir medo. Isto não era habitual da parte dela. O medo apertou meu coração como uma placa de aço e comecei a transpirar ao mesmo tempo que chamei em voz alta. Não houve resposta. O medo me paralisava. Enquanto passava pela sala de jantar, vi pedaços de vidro espalhados pelo chão. Meus piores temores haviam se realizado. Repentinamente, vi minha bela esposa com a cabeça sangrando, com um punhal em sua garganta, seguro por um homem mascarado. Ele exigia dinheiro e jóias, que nós não tínhamos. Supliquei e roguei que ele levasse qualquer coisa que desejasse da casa, mas que soltasse minha esposa. Minhas súplicas o enfureceram ainda mais. Ele começou a caçoar de mim e insistiu que lhe desse dinheiro ou jóias. Quando tentei explicar-lhe que não tínhamos nada disso, ele cortou o pescoço de minha mulher com a lâmina, e ela começou a sangrar, gritando à medida que o sangue saía pela ferida manchando seu vestido, e eu ali, paralisado. Repentinamente, ouvi minha mulher me chamando para levantar e me aprontar para ir para o trabalho. Deus! Que alívio! Foi apenas um pesadelo!” Este conto de ficção pode ser contado de modo a paralisar a audiência e deixar os ouvintes atônitos. Sem dúvida, eles se sentirão envolvidos pela história. Recomenda-se que o facilitador que estude o conto antecipadamente e que também pratique em frente ao espelho para aumentar sua autoconfiança. As histórias escolhidas devem estimular os jovens em seu esforço para alcançar a excelência. Também é importante que o facilitador transmita emoções, contando a história com o coração e não com a cabeça. CONTOS BASEADOS NO AMBIENTE E INSPIRADORES DE PENSAMENTOS O facilitador deve aprender a arte de construir pontes. Para construí-las, deve aprender a falar a linguagem dos jovens. Ele ou ela deve estar consciente do que os jovens estão experimentando e usar a gíria deles como um meio para transmitir a importância da prática dos valores. É importante que o facilitador empregue vários instrumentos para a transmissão dessa mensagem. Isto assegurará não apenas o estímulo, mas também a atenção dos jovens (que possuem um limite de atenção muito reduzido, como declaramos anteriormente). Ilustração 1: Transmitindo a importância de se reverenciar os pais. Contar uma história de um texto antigo como, por exemplo, a do Senhor Ganesha circundando seus pais para demonstrar como começou o ideal de adoração aos pais em tempos remotos. Exemplo 1: Para aqueles que não são hinduístas, o facilitador pode extrair inspiração de parábolas de sua própria religião. Talvez se possa utilizar um artigo sobre a vida e a época de uma personalidade famosa, buscando enfatizar que, apesar dos tempos haverem mudado, valores como demonstrar amor e devoção aos pais jamais se alteram, permanecendo puros através das eras. Este ponto pode depois ser exposto através de artigos publicados em periódicos, acerca da gratidão aos pais. Exemplo 2: Cenas visualmente emocionantes de filmes também podem se converter em fontes de exemplos sobre esta virtude (um ator que represente um papel onde se destaque a importância dos pais). Subseqüentemente, os jovens devem ser divididos em grupos e orientados a refletirem sobre a mensagem, sobre o que compreenderam da sessão. Deve-se estimulá-los a fazerem uma lista de ensinamentos que compreenderam e que possam colocar em prática para agradar seus pais. Permitam que eles discutam entre si, fazendo com que depois cada elemento de cada grupo compartilhe com todos suas percepções. Pode-se tornar isto um trabalho para casa, mas também converter-se em uma sessão de união para os jovens. Ilustração 2: Transmitindo a importância de se ter uma meta na vida. Utilizar o futebol ou outro esporte e, através das vidas dos jogadores, extrair certas qualidades necessárias para se atingir a excelência: disciplina, treinamento, hábitos alimentares, etc. Dividir os jovens em grupos e pedir-lhes que reflitam a respeito dos motivos que levam uma equipe à vitória. Perguntem-lhes quais são as qualidades que deveriam desejar alcançar. O que os faz converterem-se em vencedores, etc. Peçam-lhes que respondam à seguinte pergunta: “O que aconteceria se retirassem ou modificassem a meta (o gol); o que sucederia com o jogo (ele ficaria sem sentido). Conclui-se que, para o jogo da vida, a meta se torna algo muito importante. O ponto central nesta linha de raciocínio é assinalar, a partir das experiências e objetivos comuns de todos os dias, a filosofia de vida e o significado de se perseguir uma meta mais elevada”. O emprego de livros e revistas habitualmente lidos pelos jovens, inclusive revistas de esportes, é muito apropriado, do mesmo modo que destacar contos inspiradores sobre as vidas de homens e mulheres desportistas famosos da atualidade. Subseqüentemente, um representante de cada grupo pode ser chamado para apresentar as idéias à turma toda, a fim de estimular uma discussão divertida e, ao mesmo tempo, informativa. Espera-se que, ao final da sessão, o jovem se dê conta de que ter uma meta na vida é fundamental para quem quer que busque o êxito em sua vida. CONTOS OPORTUNOS E ORGANIZADOS Atualmente, o terreno dos jovens compreende: (1) televisão, (2) Internet, (3) filmes, (4) vídeos, (5) desenhos animados e histórias em quadrinhos e (6) material de leitura em geral. Por essa razão, o facilitador deve usar todas essas formas de transmissão de mensagens com valores que tenham um profundo efeito na psique dos jovens. Como Swami quase sempre repete: “Eu lhes dou aquilo que querem, mas um dia irão querer aquilo que dou”. Como se pode utilizar os meios mencionados de forma eficaz? O facilitador passa um filme e demonstra as partes relevantes ou inspiradoras para que os jovens levem para casa uma mensagem específica, orientada para valores. Por exemplo: ao apresentar o valor da Não-violência na luta contra as agressões em massa, o facilitador pode utilizar um ou ambos os filmes abaixo: Do filme “Gandhi” – a cena onde Gandhi dá seu próprio salto… o Salto de Março. Do desenho animado “O Rei Leão” – quando as hienas tentam atrair o jovem Simba ao território proibido e a forma como o pai resgata seu filho. A responsabilidade de compreender o terreno dos jovens é vital. O facilitador, por esta razão, deve empregar todos os meios aos quais os jovens tenham acesso. Ao fazê-lo, o facilitador deve estar atento para selecionar assuntos e materiais relevantes e interessantes, capazes de motivar discussões que conduzam a conclusões positivas, evitando aquilo que contenha orientações negativas. O facilitador deveria também ter acesso à Internet e navegar pela rede para compreender o tipo de informação à qual os jovens estão expostos. Torna-se uma responsabilidade do facilitador selecionar artigos interessantes e relevantes que tenham poder transformador (ex: 28). O artigo poderia ser lido usando-se o método RAP, e discutido depois, à medida que o grupo desenvolva percepções próprias a partir do texto. O facilitador também deveria se familiarizar com revistas em quadrinhos e outros materiais de leitura utilizados com freqüência pelos jovens. Os materiais que inspirem valores poderão ser copiados e distribuídos para discussões grupais. Cada grupo pode também ser estimulado a apresentar suas conclusões na forma de encenações, leitura em grupo, mímica. CONTOS QUE FALEM DAS RELAÇÕES E DA REALIDADE O facilitador se converte em uma janela através da qual o jovem vê a vida e o viver. O facilitador assume o papel de mediador ao apresentar as aspirações e os sonhos dos grandes homens e mulheres aos corações vulneráveis e às mentes dos jovens. Quando essas histórias de altos ideais são compartilhadas e contempladas, os jovens, consciente ou inconscientemente absorvem os valores que vão formar seu caráter. O constante questionamento e avaliação conduzidos pelo facilitador ajudarão a plantar as sementes do discernimento na mente subconsciente do jovem. Espera-se que, quando os jovens se defrontem com temas conflituosos, possam buscar dentro de si as respostas que lá estão. Por isso, através da sessão de Formação do Caráter, a principal finalidade do facilitador deverá ser desenvolver um vínculo com os jovens, ajudando-os a viver esses valores e ideais que, por sua vez, os ajudarão em sua tarefa de buscar a excelência em suas vidas. É importante, quando os contos são transmitidos, que sejam narrados de forma bastante dramática, para que se obtenha maior benefício. Deveriam ser vívidos e visualmente descritivos, a fim de capturar a imaginação das mentes não domesticadas e, às vezes, ingovernáveis dos adolescentes. A mente dos jovens é similar a um macaco saltando de galho em galho. Por esta razão, torna-se imperativo que os adolescentes estejam atentos e, ao mesmo tempo motivados a quererem mais, a fim de se conseguir uma transmissão eficaz dos valores. Passa a ser responsabilidade do facilitador criar tal desejo na mente dos jovens, através de uma apresentação dramática e criativa dos contos. Ilustração 3: Transmitindo a importância de não se irritar Contar uma história sobre ira; por exemplo: Era uma vez um menino de temperamento muito ruim. Seu pai lhe deu uma bolsa com pregos e disse que cada vez que se aborrecesse pregasse um numa tábua atrás da casa. No primeiro dia, o garoto havia pregado 37 pregos na tábua. Com o passar do tempo o número de pregos foi diminuindo. Ele descobriu que era mais fácil controlar seu temperamento que bater pregos na tábua. Finalmente chegou o dia em que o menino não perdeu o controle por nada. Contou a seu pai o acontecido e este sugeriu que agora ele tirasse os pregos um a um, cada vez que fosse capaz de controlar seu temperamento. Os dias se passaram e finalmente o rapaz disse ao pai que havia retirado todos os pregos. O pai o tomou pela mão e levou-o até a tábua. “Agiu muito bem, meu filho, mas olhe os furos que estão na tábua. Ela nunca mais vai ser a mesma. Quando você diz coisas com raiva, deixa cicatrizes iguais a estas. Pode ameaçar alguém com uma faca e feri-lo. Não importará quantas vezes peça desculpas, a ferida já terá sido feita. Um ferimento verbal é tão ruim quanto o físico.” Este tema pode ser dramatizado e acrescentar-se o que diz a Bhagavad Gita acerca da ira (Capítulo 2, Versículo 63: “Da ira surge a desilusão; da desilusão vem a confusão da memória; desta última surge a perda do discernimento, e, com esta perda sobrevém a morte.”) Em seguida, o facilitador pode desenvolver uma discussão livre sobre o que o jovem percebe a respeito do tema da ira, dividindo a turma em grupos. Ilustração 4: Como se pode viver segundo os ideais: Compartilhar com os jovens histórias biográficas sobre grandes personagens, como Thomas Alva Edison, Isaac Newton, Henry Ford, Sochiro Honda, Mahatma Gandhi, Louis Pasteur, Florence Nightingale, Madre Teresa, apenas para citar uns poucos exemplos. São vidas plenas de valores, que servem de inspiração a toda a humanidade. Por exemplo, o facilitador poderia relatar a inspiradora história de Edison. Thomas Alva Edison, o inventor da primeira lâmpada elétrica é também um dos inventores mais famosos da América. Ele teve reconhecido o maior número de patentes da história dos EUA – 1093 (uma patente é uma garantia de que ninguém pode copiar suas idéias). Quando se perguntou sobre o segredo de seu sucesso, Edison respondeu: “Genialidade é trabalho duro, perseverança e bom senso”. Thomas Edison nasceu em 11 de fevereiro de 1847 em Milan, Ohio. Era o caçula de 7 filhos, de Samuel Edison e Nancy Eliot Edison. Sua mãe era professora e seu pai fazia todo tipo de trabalho. Aos 7 anos, Edison começou a freqüentar a escola, mas sua professora o considerava um aluno ruim, embora fizesse muitas perguntas, e mostrasse curiosidade a respeito de tudo. Por isso, sua professora o apelidou “o amalucado”, devido a seu comportamento confuso. O menino também não gostava de matemática. Um dia a professora disse a Nancy Edison que Thomas não conseguia aprender e, então, a mãe decidiu-se a ensiná-lo ela mesma, em sua casa. Edison adorava ler e, quando tinha 12 anos, já havia lido obras de Dickens, Shakespeare, Edward Gibbon’s Declire e A Queda do Império Romano entre outras. Sua mãe lhe deu um livro elementar sobre ciências quando ele tinha nove anos e aí começou sua paixão pela ciência. Ele realizou cada experimento descrito no livro e gastou todo o seu dinheiro comprando produtos químicos e colecionando garrafas, arames e outras peças para suas experiências. Com a idade de 10 anos, já havia construído um laboratório no sótão de sua casa. Seu primeiro emprego foi com a idade de 12 anos como funcionário da ferrovia, trabalhando no Grande Trem. Gastou todo o dinheiro ganho em livros e equipamento para seu laboratório. Um ano mais tarde conseguiu permissão para transferir seu laboratório de ciências para o compartimento de bagagens do trem e ali realizava suas experiências durante cinco horas por dia, na cidade de Detroit. Um infeliz acidente com o trem fez com que se derramassem seus produtos químicos, incendiando a composição e fazendo-o perder o emprego. Seu segundo trabalho foi vender jornais nas estações ferroviárias. Edison tinha um problema crônico no ouvido e a surdez que se aproximava poderia ter sido curada, mas ele recusou-se ao tratamento porque sentia que a doença o ajudava a concentrar-se melhor. Ele disse que a surdez o induzia a ler. Devorava livros sobre eletricidade, mecânica, análises químicas, manufatura, tecnologia e outros temas. Edison começou a se interessar pelas linhas telegráficas. Queria aprender a ser telegrafista e realizou seu desejo certo dia quando salvou um menino de um trem que se aproximava. O pai do garoto, por gratidão, ensinou-lhe a usar o telégrafo. Quando tinha 16 anos, mudou-se para Toronto, Canadá, e começou a trabalhar como assistente de telégrafo. Seu trabalho requeria envio de informações a cada hora e Edison acreditava que isto era uma perda de tempo. Por essa razão, inventou um dispositivo de transmissão automática que funcionava mesmo que ele estivesse dormindo. Este foi seu primeiro invento. Logo Edison se mudou novamente para os EUA e trabalhou como operador de telégrafo. Também fez muitos trabalhos para manter-se enquanto continuava estudando e experimentando com várias ferramentas em seu tempo livre. Queria tornar-se especialista em telegrafia e aos 21 anos conseguiu um emprego noturno como operador especializado de telegrafia. Trabalhava durante a noite e dormia pouco durante o dia, ao mesmo tempo que continuava a realizar suas experiências com correntes elétricas. Mudou-se novamente para Nova York em 1869 sem dinheiro algum. Um amigo deixou que dormisse no sótão de uma oficina em Wall Street. Edison passava muito tempo estudando o mercado de telegrafia. Em um ano havia inventado a impressora Stock Universal Edison, cujos direitos lhe renderam US$ 40.000,000, quando ele pensava que valeriam apenas US$ 4.000,00. Edison construiu seu novo laboratório de ciências no povoado de Menlo Park. Suas idéias e invenções passaram da prática à loucura. Edison trabalhou ali durante 10 anos. Decorridos 2 anos de trabalho, ele pesquisou um filamento ou fio apropriado que pudesse dar uma boa luz quando atravessado por uma corrente elétrica. Trabalhou muito duro nesse projeto e, em 1879, depois de gastar US$ 40.000,00 e feito 1200 experimentos, teve êxito com uma lâmpada usando filamento de carbono produzido a partir de um fio de algodão. Edison sempre via os desastres como oportunidades para aprender. Certa vez a despensa de seu laboratório ficou trancada durante o inverno. Muitos compostos químicos bastante caros se congelaram. No dia seguinte os produtos que estavam sem proteção foram danificados pelo sol. Em vez de lastimar-se, ele interrompeu alguns projetos e pensou como resolver o problema. Acabou aprendendo a alterar a aparência de alguns compostos químicos. Ele também foi responsável pela invenção das primeiras luzes elétricas de alta potência que iluminaram a estação ferroviária e os vagões de trem. Em 1887 construiu uma fábrica me West Orange, Nova Jersey, que empregava cerca de 5.000 pessoas. Edison era viciado em trabalho e não tinha medo do fracasso. Sempre aprendeu com seus fracassos e aproveitava as oportunidades para fazer com que seus inventos se tornassem realidade. Ele tinha um lema: “A genialidade consiste de 1% de inspiração e 99% de transpiração.” Thomas Edison morreu quando tinha 84 anos, em 18 de outubro de 1931. Três dias depois, em sinal de respeito, todas as luzes elétricas foram diminuídas durante um minuto, em todos os EUA. O facilitador, depois de contar esta história deveria detalhar os sofrimentos pelos quais Edison passou e como foi um exemplo de tolerância, paciência e sacrifício apesar das cruéis e desastrosas perdas que teve de suportar. O facilitador também precisaria ilustrar como esses ideais podem ser vividos por seres humanos comuns, de forma exemplar. Deveria também pedir aos jovens que compartilhassem o que houvessem aprendido com a vida de Edison. Esse compartilhamento de experiências em grupo gera uma energia positiva, e os jovens também conseguem escutar os pontos de vistas dos outros. Grandes homens e mulheres podem ser comparados a estrelas que nascem do ventre das adversidades. Quando os jovens são expostos a essas histórias inspiradoras, caso estejam sofrendo, poderão sentir-se motivados a usar as histórias como ponto de partida para auto-realização através das suas próprias adversidades. Por esta razão, é vital compartilharmos essas histórias, nos colocando na posição de ajudar os jovens a construírem pontes para melhorar suas relações com seus pais, família, amigos, companheiros e a sociedade em geral. Isto também ajudará os jovens a simpatizarem com os problemas dos outros, e perceberem que existe solução, e que cada problema é uma oportunidade que devem aproveitar. CONTOS ENVOLVENTES O facilitador deve selecionar histórias que sejam contemporâneas em sua natureza, e que sejam capazes de envolver os jovens, levando-os a participar e compartilhar seus pensamentos e idéias em uma discussão em grupo aberta e livre. Um exemplo de história assim é a História do Casulo Um homem encontrou um casulo de borboleta. Levou-o para sua casa a fim de que pudesse ver a borboleta sair do casulo. Certo dia apareceu uma pequena abertura e o homem sentou-se durante várias horas para assistir a luta da borboleta, forçando seu corpo através do buraco. Logo viu que ela interrompera seu esforço, que não estava acontecendo nenhum progresso. Parecia que a borboleta havia chegado tão longe quanto poderia, que estava simplesmente exausta. Então, o homem decidiu ajudá-la: pegou uma tesoura e, com muito cuidado, abriu o casulo. A borboleta saiu facilmente, mas tinha o corpo inchado e as pequenas asas retorcidas. O homem continuou observando, aguardando que a qualquer momento as asas se estendessem para suportar o corpo que crescia cada vez mais. Nada aconteceu. De fato, a pequena borboleta passou o resto de sua vida arrastando-se com um corpo deformado e asas retorcidas. Jamais conseguiu voar. O homem, com sua amabilidade e desejo de ajudar, não compreendia que o casulo, com suas restrições, e a luta que a borboleta fazia para passar pela pequena abertura, constituíam a forma que Deus utilizava para forçar o fluido do corpo para as asas da borboleta, de maneira que estivesse pronta para voar quando alcançasse sua liberdade. A liberdade e o vôo somente aconteceriam depois da luta. Ao impedir a luta, o homem eliminou a saúde da borboleta. Às vezes as lutas são exatamente o que precisamos em nossas vidas. Se Deus nos permitisse passar toda a vida sem nenhum tipo de obstáculo, ele nos estragaria. Não seríamos tão fortes quanto poderíamos ter sido. O facilitador pode escolher montar uma peça com esta história, selecionando alguns jovens, pedindo-os para identificar as mensagens e valores transmitidos pelo conto. Pode também promover um exercício de conscientização entre os jovens, a respeito dos principais aspectos que a história ressalta. Para isso, pode recorrer a questionários, a fim de tornar a sessão mais interessante e interativa. CONTOS EMOCIONANTES Este é o verdadeiro coração da Formação do Caráter. A emoção gerada durante a classe é a chave para a motivação e para manter o momento em seu ponto culminante. A escolha das histórias deve ser boa e os pontos destacados devem ser óbvios. Evitem histórias aborrecidas e monótonas. É importante que o facilitador se coloque no lugar do jovem e faça as seguintes perguntas: “esta história me interessa, me inspira?” “Sinto o impulso de contá-la para alguém?” “Ela deixou uma impressão duradoura na minha mente?” Algumas dessas características devem surgir na mente do facilitador ao selecionar a história. De preferência, o conto deve ter uma surpresa, uma quebra de expectativas ao final, que provoque um impacto na audiência. O facilitador pode fornecer a história escrita para os jovens e transferir-lhes a responsabilidade de apresentá-la de modo que os valores intrínsecos sejam devidamente destacados. Deve-se enfatizar que o jovem monte apresentações não apenas dinâmicas, mas também criativas, sem deixar de lado o conteúdo no que tem de mais importante (os valores). Outra metodologia que se pode aplicar é usar canções, rap, etc. O facilitador pode designar um grupo ou toda a classe para cantar a história. Uma competição entre grupos narradores de contos pode ser uma boa alternativa, oferecendo-se prêmios aos que conseguissem transmitir suas respectivas histórias da forma mais atrativa. Mais uma técnica que o facilitador pode empregar é conseguir que os jovens narrem suas melhores experiências com seus pais. Isto os ajudaria a interagir com seus iguais e também a reduzir suas inibições pessoais, desenvolvendo neles a habilidade de falar em público. Um resultado positivo de tudo isto é a construção de sua autoconfiança e auto-estima. Os jornais são uma fonte possível de material. As histórias mais inspiradoras poderiam ser compartilhadas entre os jovens. Pode-se pedir que eles pesquisem tais histórias e as tragam para apreciação do grupo. É comum que os jovens não dêem importância à leitura, preferindo passar mais tempo em frente à TV ou navegando pela Internet. Esta proposta os ajudará a desenvolver o gosto pela leitura e a usar o discernimento, uma vez que os jornais trazem muita coisa insignificante e também negativa, inútil ou prejudicial ao desenvolvimento completo do indivíduo. CONTOS CIENTÍFICOS E AUTO-EXPLICATIVOS Nesta época de ciência e tecnologia o jovem está constantemente exposto a vários elementos e provas científicas. A comprovação e justificativa parecem desempenhar um papel vital na definição do que é e do que não é irracional. O facilitador, ao caminhar pelo terreno do próprio jovem deve relatar histórias acondicionadas em uma “embalagem científica” que possa ser aceita pelos jovens. O exemplo a seguir foi extraído de uma revista científica. A substância que mais ocupa lugar no corpo Extraído de “Life Science Library- Water” (Biblioteca Vida e Ciência – Água) Não existe água parada no corpo. Todas as moléculas de água presentes em qualquer parte do corpo em um dado momento, estarão em outra parte do corpo no instante seguinte, sendo substituídas por novas moléculas. Grande parte da água é reciclada e utilizada várias vezes, mas aproximadamente 750 mililitros – uma quantidade igual à ingerida diariamente – são renovados permanentemente, ou eliminados de várias formas. Há um pequeno mas constante fluxo através das lágrimas, que produzem uma secreção salgada destinada a lubrificar e limpar os olhos. As glândulas sudoríparas utilizam um pouco de água a cada dia para refrescar a superfície da pele através da evaporação. O processo normal da respiração também consome uma parte da água ou do ar exalado para admitir ou extrair umidade dos pulmões. Mas em nenhum outro órgão a água do corpo tem um papel mais vital do que nos rins, que servem como filtro para todas as impurezas da corrente sangüínea. Quinze vezes por hora todo o sangue do corpo passa através dos dois rins. Um total de 500 litros de sangue é lavado a cada dia; desta quantidade, aproximadamente ½ litro de toxinas é removido pela urina. O resto é absorvido novamente na corrente sangüínea. Os rins são tão eficientes que mesmo que um deles esteja incapacitado, o outro pode continuar limpando todo o sangue sozinho. Por outro lado, se ambos os rins falham, ocorre uma condição conhecida como uremia: os sais e outros dejetos contaminam o sangue. Um homem não pode viver mais de três semanas sem que seu sangue seja purificado. Fica claro que o facilitador deve ler muito e manter as informações sempre disponíveis para os jovens. Os fatos devem ter comprovação científica ou serem respaldados por profundas investigações. Os artigos e histórias compartilhados com os jovens devem ser uma mistura de ciência e espiritualidade. Deve-se nutrir a esperança de que os jovens cheguem eventualmente à realização, obtendo uma compreensão mais ampla da vida espiritual não apenas como uma aventura, mas também que tem um propósito totalmente sustentado pela ciência. Simultaneamente, a história deve ser auto-explicativa, não necessitando de maiores esclarecimentos ao final. Para este fim, o facilitador deve ter a história totalmente preparada e compreender o significado interno da mesma. Deve ser capaz de traçar paralelos entre a vida e as experiências que ela proporciona, e deve também mostrar o vínculo direto entre a espiritualidade e a ciência. Também é vital que o facilitador apresente a história com total clareza, usando expressões, entonação vocal e boa projeção de voz, a fim de evitar a monotonia, uma vez que esses tópicos podem ser um pouco pesados. Por exemplo, a história da ira mencionada anteriormente pode ser reforçada com evidências científicas dos efeitos desse sentimento, que são devastadores, uma vez que a ira provoca o rompimento de pequenos vasos sangüíneos no cérebro, eventualmente provocando uma série de enfermidades. Swami já disse que um acesso de ira pode destruir três meses de energia acumulada. Esses fatos surpreendentes podem ser usados para produzir um impacto nos jovens e levá-los a refletirem a respeito dos danos que podem estar causando aos seus corpos inadvertidamente. Os ensinamentos de Swami a respeito do controle da ira podem ser enfatizados. Ele disse o seguinte: “Não inflamem sua ira nem a levem até a conflagração. Tomem um copo d’água e deitem-se até que a fúria perca seu fogo”. O jovem deveria ser informado a respeito de estatísticas sobre criminalidade no país, para que possa chegar ao seu lar a mensagem de que é crucial ter valores na vida. Sem valores não há virtude no caráter. Deve-se ensinar ao jovem a importância de sentir-se responsável a todo instante por seus pensamentos, palavras e ações. Outro bom exemplo é utilizar a terceira lei de Newton, de ação e reação, para ilustrar o princípio de que, se demonstramos ódio a alguém, essa pessoa reagirá com ódio para conosco. Pode-se ensinar isto da seguinte forma: a energia que emitimos para o mundo voltará para nós com a mesma força que foi lançada. Por exemplo, se atiramos uma bola de cor preta, a bola que voltará para nós será preta. Se jogarmos uma bola branca, somente a mesma bola voltará. Os pensamentos funcionam desta forma. Se a pessoa tem pensamentos negativos, verá a vida de forma negativa e sua visão do mundo será através de lentes escuras. Os pensamentos são poderosos e quando projetam energia positiva, é muito mais provável que possam alcançar maiores alturas e êxitos. Uma experiência simples pode ajudar a aumentar a percepção do que falamos anteriormente. O facilitador colocará os jovens frente a frente, formando pares e pedirá que sigam as seguintes instruções: Uma das pessoas de cada par atuará como espelho O “reflexo” no espelho deve imitar todos os gestos físicos realizados pela outra pessoa Depois de algum tempo os papéis se invertem Esta atividade é divertida, mas representa uma lição séria. Neste exame de valores o facilitador pode oferecer-lhes primeiro uma oportunidade de expressar o que sentiram durante o exercício. Após esta troca de impressões o facilitador deverá recapitular e enfatizar o poder do pensamento, ou seja: “colhemos aquilo que plantamos”; “plantemos bons pensamentos e colheremos boas ações, e vice-versa”. Esta é uma extensão dos “Jogos para a Vida” e da “Dinâmicas da Mente”. Durante a sessão de análise dos valores que se sucede à atividade anterior, o facilitador deverá usar as Escrituras para enfatizar o poder do pensamento. As Escrituras Hindus, por exemplo, afirmam que o homem usa um espelho para encontrar ou descobrir seu rosto, para ver se está apresentável, mas seu rosto é o indicador de sua mente, a qual deve ser compreendida primeiro. Se a mente se libera de toda falsidade, o rosto se torna agradável a todos. Ilustração 5: Qual é a diferença entre os que fracassam e os que alcançam o sucesso? A dramática história dos dois ratos pode simbolizar os valores do otimismo e da persistência. Esta história singular foi modificada e convertida em poema: Dois ratos caíram em um grande tonel de leite; O primeiro era sábio e tinha uma alma amável. O segundo possuía uma visão pessimista E dirigiu a seu amigo um triste adeus. O primeiro respondeu com um gesto alegre: “Não consigo sair, mas não me dou por vencido”. “Nadarei até o fim das minhas forças e, então, morrerei mais feliz”. À medida que nadava, embora não notasse Começou a bater a nata do leite Até que, ao ficar de pé sobre a manteiga, se deteve E saiu fora do tonel com grande rapidez. O poema mostra com clareza as atitudes diante da vida. O ratinho pessimista representa a maioria de nós, que nos queixamos sobre a injustiça da vida e a utilizamos como obstáculos que nos impedem o sucesso. Por outro lado, o ratinho otimista assemelha-se a todos os grandes homens e mulheres que apesar de terem enfrentado as maiores vicissitudes na vida, jamais se deram por vencidos; seguiram adiante lutando, até alcançar as estrelas. O facilitador, efetivamente, pode compartilhar este chamado de Bhagavan Sri Sathya Sai Baba aos jovens: “Vocês são as flores no jardim de Deus”, As estrelas no céu de Deus; São seres maravilhosos no mundo de Deus”. Este pode ser um importante instrumento para motivar os jovens a saírem da mediocridade e lutarem pela excelência. Em Voice of The Avatar (parte 2), pág. 25, Swami disse: “A vida é uma luta entre as forças do bem e do mal; alegria e tristeza; êxito e fracasso”. Em face desta luta perpétua, pode-se duvidar de que o homem consiga escapar dos laços que o atam à dualidade. Será esta, afinal, uma esperança inútil, uma torturante expectativa ou um passatempo de Deus? Será este, realmente o destino inevitável do homem?” A resposta seria sim, certamente, e o Ratinho Otimista é testemunha disso. Esta é uma grande lição que o facilitador deve revelar às mentes jovens e impressionáveis dos adolescentes. CONCLUSÃO A modelação do caráter serve para formar o caráter do jovem e, por isso, nesse módulo, o facilitador deve procurar os seguintes objetivos ao selecionar e compartilhar uma história: As histórias devem apresentar não apenas valores poderosos, mas também serem interessantes e cativantes. Devem ter um elemento humano, de forma que o jovem possa sentir e reagir. Devem inspirar os jovens e conduzi-los a maiores alturas de excelência. Devem permitir que os jovens sejam um espelho para si mesmos, e possam avaliar-se de maneira eficaz. Devem educar os jovens de forma divertida e aventureira. Em “Voice of The Avatar”, pág. 170, Swami diz: “Colinas e montanhas estão repletas de rochas e obstáculos; o escultor lhes dá polimento e forma, convertendo cada uma delas em algo útil e belo, dependendo da natureza e das características de cada pedra. A partir deste material, o artesão pode talhar um grande bloco que será colocado em um canto de cozinha, em um lar populoso; de outra pedra, o escultor poderia produzir um gárgula rústico que será incorporado a um edifício como objeto etéreo, a fim de manter afastado o mau olhado; uma terceira pedra poderia transformar-se em uma bela e pequena bailarina, a embelezar a estante de um museu; outra, por sua vez, atraindo a visão e a atenção de um experiente escultor, poderia converter-se no ídolo de uma divina manifestação, perfeita para ser instalada em um templo onde venha a receber a adoração de milhões durante várias gerações.” O escultor experiente representa o facilitador a quem foi dada a tarefa e a quem se confia para que siga adiante com esta nobre responsabilidade. Esta, por sua vez, lhe confere o dom de talhar e dar forma aos jovens virtuosos e dinâmicos, os quais, por sua vez, serão convertidos em “ídolos” que deixarão um legado permanente nas páginas da História! Histórias Selecionadas Exemplo 1: O FRUTO DA SABEDORIA – GNANA PHALAM Ganesha e Kartikeya eram dois filhos de Shiva e Parvati. Um dia o sábio Narada visitou a família trazendo consigo um presente: uma manga madura, maravilhosa e dourada! Como havia somente uma fruta, Narada sugeriu uma competição na qual aquele que conseguisse circundar a Terra três vezes em primeiro lugar, seria o vencedor, com direito à oferenda. Kartikeya estava extremamente feliz e confiava na vitória. Imediatamente montou em seu veículo, o pavão real. Pediu as bênçãos de Shiva e Parvati, inclinou-se diante deles com respeito e partiu tão rápido quanto seu pavão pôde voar. Ganesha, por outro lado, se deu conta de que não poderia competir com o veículo rápido de seu irmão, pois, afinal, seu veículo era um ratinho! Ao mesmo tempo, surgiu-lhe a idéia de que poderia até dar a volta na Terra, mas que se o fizesse, isto não teria tanto mérito quanto a execução de uma circunvolução - pradakshina – respeitosa em torno de seus pais. Então, aproximou-se de Shiva e Parvati e humildemente para pedir suas bênçãos. Enquanto esta idéia estava tomando forma na mente de Ganesha, seu irmão viajava rapidamente através de formosos bosques e altas montanhas. Kartikeya se deteve em templos à beira do caminho, inclinou-se diante de várias deidades, encontrou pessoas e foi testemunha de suas alegrias e dores. Muitas vezes pensou em Ganesha e sentiu pena dele, de sua inabilidade para viajar rápido. “Pobre Ganesha! – dizia Kartikeya a si mesmo – vai levar muitos anos pelo menos para dar meia volta ao mundo. Essa não é uma tarefa para alguém gordinho como ele; temo que irá perder muito peso até chegar em casa”. Ganesha concentrou-se na idéia que o havia impressionado tanto. Estava convencido de que tinha razão. Por isso, deixou de lado a idéia de sair trotando ao redor do mundo e pensou em ficar em casa e prestar serviço a seus pais. Ganesha aproximou-se de Shiva e Parvati, inclinou-se diante deles com muito respeito, tocou-lhes os pés com afeto e caminhou em torno deles sete vezes enquanto lhes oferecia flores e pasta de sândalo, e cantava mantras. Shiva e Parvati não conseguiam entender porque Ganesha estava perdendo tanto tempo em vez de começar sua grande viagem. - Ganesha! – disse Shiva – Kartikeya já conquistou muita vantagem sobre você a essa altura. Seria melhor que começasse sua viagem de volta ao mundo!” Ganesha, sem se perturbar, continuou cantando: Pitru Devo Bhava, Matru Devo Bhava enquanto se inclinava diante deles e oferecia flores. - Tem a minha bênção, Ganesha! – continuou Shiva – eu lhe desejo a velocidade divina!” Parvati acrescentou: - eu lhe desejo uma viagem segura! Ganesha interrompeu seus cânticos dizendo: - terminou minha viagem ao redor do mundo! Ó meus respeitados Pais, os Vedas e as Escrituras estão na ponta de sua língua. Vocês são em verdade a encarnação de tudo que é sagrado na Terra e no Céu, e as Escrituras declaram: “Considere seu pai como Deus”. Ó querida Mãe, tu és a encarnação de todo o dinamismo do universo, uma volta em torno do pai e da mãe tem maior significado que uma volta ao mundo. Uma vez que eu dei sete voltas em torno de vocês, já conquistei o mérito da tarefa. Quero permanecer aqui e servi-los, como um filho que conhece seu dever. Shiva e Parvati estavam bastante felizes por escutarem essas palavras de Ganesha. Disseram: “Realmente você é aquele que tem mais devoção por nós. Demonstrou com clareza o significado divino do pai e da mãe. Estamos muito satisfeitos com sua explicação. Você fez jus ao prêmio.” E entregaram-lhe a manga dourada. MORAL O maior prêmio do mundo pode ser obtido pelo amor e respeito aos pais, não importa o quanto a pessoa seja “moderna.” Mostrar reverência e amor aos pais é responsabilidade do filho, a qual deve permanecer por toda a idade adulta, até o fim da vida. Segue-se um exemplo de como os prêmios para um filho ou filha corretos podem ser concedidos aos jovens que o mereçam, e sejam distinguidos com a excelência em sua tarefa, especialmente a de reverenciar os pais. Alguns anos atrás, em um retiro espiritual para adultos na Malásia foram entregues prêmios a dois jovens que haviam demonstrado valores que, hoje em dia, somente se ouve falar quando se lê antigas escrituras. Os prêmios foram ofertados ao Dr. Suresh Govind e à Sra. Sharmini Jayan. O texto completo da premiação diz o seguinte: “Prêmio Sathya Sai para o Filho Dhármico – 1998”- Dr. Suresh Govind “Querido Suresh”. A tradição Hinduísta diz que não existe maior recompensa para os pais que sentirem orgulho de seu filho. Que grande disciplina espiritual devem ter praticado para haver conquistado o dom de um filho assim? Você representa este tipo de filho. Também se diz que a imortalidade não é conquistada através do nascimento, das posses, da riqueza e poder, mas apenas através do sacrifício. Você é exemplo de sacrifício pelo bem-estar e amor de seus pais; como jovem, exemplificou a luta pela excelência em todas as tarefas que executou. Sem se deixar abater pelas perdas e mantendo-se próximo à divindade, chegou aos mais altos escalões do conhecimento no campo de estudos que escolheu. Em sua profissão, também atingiu o mais alto reconhecimento por parte de seus colegas (o Prêmio Científico para Jovens da Malásia). Quando teve a possibilidade de trabalhar em outro país com maior remuneração e melhor posição, preferiu um salário menor, sacrificando-o em proveito de um Dharma mais elevado, de modo que pôde permanecer ao lado de seus pais e constituir-se num pilar de amor e sustento para eles. Sacrificou uma posição mais alta, recompensas financeiras mais significativas, além da privacidade e conforto de morar sozinho em uma casa própria. Tudo isto fez por amor a seus pais. Também por sua dedicação e excelência nas tarefas SAI, conquistou nome, fama, admiração e louvores não apenas neste país, como também em lugares distantes. Todos os que se beneficiaram de seu amor, conhecimento e sacrifício devem ter agradecido a Deus pelos pais que deram à luz um filho como você, porque é um exemplo brilhante de filho ideal e dhármico. Agradecemos a seus pais por haver nos dado uma pessoa como você, Dr. Suresh Govind. “Prêmio Sathya Sai para a Filha Dharmica – 1998”- Sharmini Jayan (Molly) “Querida Sharmini”, Oferecemos a você com amor este prêmio, pelo símbolo de amor e sacrifício no qual você se converteu, e que deve permanecer vivo, como se fosse uma tocha acesa para todos. As Escrituras, assim como Baba repetem constantemente que não é através dos ancestrais, da riqueza ou da posição que se conquista a imortalidade, mas somente através do sacrifício. No mundo de hoje, no qual as crianças pensam primeiro em si mesmas e depois em seus pais, você permanece como um exemplo de que não há maior templo do que a sua própria mãe; você tem sido a maior sacerdotisa deste templo maternal. Ao graduar-se na Universidade de Wolverhampton, em 1994, com um bacharelado em direito, poderia ter obtido o certificado de prática legal na Universidade da Malásia em 1995, mas, em vez disso, quando soube que sua mãe, a nossa querida Parameswari Sri Jayan teve diagnosticado um tumor cerebral, você passou a cuidar dela, deixando de lado sua carreira e ambições. Considerando sua mãe como algo divino, acima de qualquer outra coisa, você cuidou dela em tempo integral, desde junho de 1995 até que ela se fundiu com o Senhor em 20 de maio de 1997. Você só se apresentou para sua pós-graduação em agosto de 1998, quatro anos depois do que podia ter feito formalmente. Dizem que os Puranas (épicos Hindus) contêm exemplos de filhos dhármicos que se sacrificam por seus pais. Você, querida Molly, nos deu um exemplo assim, de proporções épicas, nos tempos modernos. Que cada filho que venha a nascer tome isto como símbolo de dedicação filial absoluta. As histórias dos Puranas oferecem os ideais mais elevados à humanidade, e você nos deu um ideal semelhante, nos tempos modernos. Receba nossa gratidão por isso. Com amor, Jega Jagadeesan (em nome dos Devotos de Sri Sathya Sai Baba na Malásia) MORAL: o amor, a reverência e o sacrifício são tão antigos como os deuses e tão atuais como o dia de hoje. Nunca saem de moda. Exemplo 2: “SOFRAM AGORA, DESFRUTEM MAIS TARDE”. Artigo de jornal: Pais do Ano (Extraído do New Straits Times, segunda-feira, 1º de junho de 1998 – Life & Times, pág. 1. “Sofram agora, desfrutem mais tarde” é o lema que o diretor de escola aposentado Vadivel Singaran, de 67 anos transmitiu a seus filhos. “Sempre ensinei a eles que é melhor sofrer um pouco durante a juventude e colher os benefícios mais tarde na vida do que desfrutar e sofrer depois”, disse Vadivel. Ele e sua amada esposa, Athilutchmi Kamalapan de 59 anos (estão casados há 43 anos), são um dos 5 casais ganhadores do Concurso dos Pais do Ano de 1998. “Eu não sou escritora, disse a filha Malika, mas a devoção e os sacrifícios de meus pais me fizeram indicá-los. Eles acreditam que se uma pessoa tem motivação religiosa, possui qualidades positivas na vida. Por esta razão eles são um casal temente a Deus. As histórias que ouvíamos antes de dormir não eram contos de fadas: falavam sobre o Hinduísmo e sua ética”. MORAL: o exemplo nº1 apresenta uma história hinduísta antiga sobre reverência aos pais. Este exemplo compartilha uma situação contemporânea de amor e sacrifício dos pais que desejam dar o melhor a seus filhos com seus recursos limitados. Exemplo 3: “MÃOS QUE REZAM”. Esta é a história dos irmãos Albrecht e Franz Durero, que viveram na Alemanha. Embora fossem muito pobres, ambos queriam ser artistas. O mais jovem, Albrecht, disse a Franz: “Tenho uma idéia! Trabalharei para pagar seus estudos, então, quanto você tiver se formado, fará o mesmo por mim.” - Está bem, disse Franz, mas faremos isto da minha maneira: vá você estudar primeiro e eu trabalharei. Franz sabia que os talentos de seu irmão eram muito maiores que os seus, e assim fez. Durante muitos anos, Albrecht estudou com um dos maiores mestres de seu tempo, enquanto Franz trabalhava para pagar o curso. Finalmente, Albrecht voltou para casa e, com grande alegria, disse ao seu irmão: “Agora é a sua vez, Franz!” Mas, em silêncio, Franz ergueu suas mãos – não eram mais as de um artista, mas de um trabalhador braçal. Tão retorcidas estavam pelos anos de trabalho que sequer poderiam segurar um lápis. Albrecht ficou olhando para aquelas mãos, sem palavras. Abraçou seu irmão com lágrimas nos olhos e disse: “Franz, só há uma maneira de lhe pagar: vou pintar um quadro que represente o coração do homem; um quadro destas mãos de sacrifício e amor”. Hoje, 400 anos depois, as mãos de Franz, em posição de oração, são conhecidas no mundo todo e foram imortalizadas como um tributo de seu irmão. MORAL: a história nos recorda a importância do sacrifício pela felicidade do outro. Esta é uma história de amor e sacrifício entre dois irmãos. Também é representativa da gratidão pelo sacrifício. Exemplo 4: “UM EXEMPLO DE FRANCISCO DE ASSIS”. São Francisco de Assis é um dos santos cristãos mais amados, pois sua vida era a mensagem viva do Cristo. Amava a todos os homens, aos animais e à natureza, de modo que aonde quer que fosse as multidões se reuniam ao seu redor. Nos povoados e nas cidades as pessoas sentiam-se comovidas por sua amabilidade e seu sorriso sempre presente para todos. Na floresta, em meio à calma da natureza, os pássaros e animais eram seus constantes companheiros, encantados por seu sentimento de compaixão. Um dia, Francisco disse a um monge recém ordenado: “Irmão Leo, vamos pregar no povoado.” Lá chegando, caminharam para cima e para baixo pelas ruas principais. Sorriam para todos que encontravam, dirigindo-lhes palavras amorosas. De vez em quando, detinham-se junto a alguma pessoa em farrapos e conversavam carinhosamente. “Pai!”, disse o monge: “Quando vamos começar a pregar? “Bem” respondeu Francisco: “estamos pregando. Fomos vistos, nossa conduta está sendo observada; de nada serve pregar em qualquer lugar, a menos que preguemos à medida que caminhamos.” MORAL: Pratiquem sempre aquilo que pregam. Exemplo 5: “PARÁBOLA DOS TALENTOS” - CONTADA POR JESUS CRISTO (Mateus 25, 16 a 29; Lucas 19, 12 a 26) Havia uma vez um homem que estava a ponto de deixar sua casa para fazer uma viagem. Chamou seus servos e os deixou a cargo de sua propriedade. A cada um deu uma responsabilidade conforme sua habilidade: a um deu 5000 moedas de ouro, a outro, 2000, e ao terceiro, deu 1000 moedas. Então partiu em sua viagem. O servo que havia recebido 5000 moedas de ouro investiu imediatamente o dinheiro e ganhou outras 5000 moedas. Do mesmo modo, o servo que havia recebido 2000 moedas ganhou outras 2000. Porém, aquele que havia recebido 1000 fez um buraco no chão e cuidadosamente enterrou o dinheiro de seu amo. Depois de muito tempo o senhor destes servos retornou para ajustar as contas com eles. O servo que havia recebido 5000 moedas devolveu o dinheiro ao patrão, dizendo: - Senhor, deste-me 5000 moedas; aqui estão, junto com estas outras 5000 que eu ganhei. - Fizeste bem, fiel servidor – respondeu o amo – foste fiel em gerir pequenas contas, por isso colocarei grandes somas a teu cargo. Vem e compartilha minha felicidade. Então, o servo a quem haviam sido dadas 2000 moedas aproximou-se e disse: - Deste-me 2000 moedas, senhor, aqui estão, junto com estas outras 2000 que eu ganhei. - Fizeste bem, fiel servidor – respondeu o amo – foste fiel em gerir pequenas contas, por isso colocarei grandes somas a teu cargo. Vem e compartilha minha felicidade. Então, o servo que havia recebido 1000 moedas aproximou-se e disse: - Senhor, sei que és uma pessoa difícil, um homem de trabalho duro, colhes onde não plantas e recolhes onde não semeastes. Eu o temia, portanto escondi teu dinheiro no pátio. Veja, aqui está o que lhe pertence. - Servo mau e preguiçoso – respondeu o amo – tu sabias que colho onde não plantei e recolho onde não semeei, então, devias ter posto meu dinheiro no banco e devolvido com lucros; agora, pegue o dinheiro e dê ao que tem 10000 moedas, pois ao que tem algo, mais ainda lhe será dado, e terá mais que o suficiente, mas, à pessoa que não tem nada, até o pouco que possui lhe será tirado. E a este servo inútil, o atiraremos fora, na escuridão, onde haverá choro e ranger de dentes. MORAL: compreendam que os talentos estão latentes em todos e simplesmente é necessário descobrir as próprias forças e debilidades, e usá-las para obter o melhor possível. Também é importante não subestimarem a própria habilidade e estarem dispostos a enfrentar os riscos calculados. Exemplo 6: “O PIQUENIQUE DAS TARTARUGAS” Um dia uma família de tartarugas sentiu que necessitava de férias. Então, decidiram sair para um piquenique. Naturalmente lentas, elas reservaram sete anos para se prepararem para o passeio. Finalmente, após um ano de preparação, a família saiu de casa procurando um local agradável para o piquenique. Durante o segundo ano de viagem encontraram o lugar perfeito. Levaram seis meses limpando o terreno, desempacotaram a cesta de piquenique e estenderam a toalha. Então, descobriram que haviam se esquecido do sal. Um piquenique sem sal não é piquenique, nisso todas estavam de acordo. Depois de uma longa discussão, a tartaruga mais jovem foi escolhida para ir a casa buscar o sal. Embora fosse a mais rápida das tartarugas, a pequena se sentiu muito triste com a escolha: chorou, queixou-se e retorceu-se dentro de sua casca. Finalmente, concordou em ir, mas com uma condição: ninguém poderia comer antes que ela voltasse. Todos consentiram e ela partiu com uma cara muito triste. Três anos se passaram e a pequena tartaruga não havia voltado. Cinco anos, seis anos, e, então, ao sétimo ano de sua partida, a tartaruga mais velha, não podendo mais conter sua fome, avisou que ia começar a comer e atacou um sanduíche. Em seguida, de trás de uns arbustos, saiu a pequena tartaruga gritando: “AHÁ! Eu sabia que não iriam esperar! Agora mesmo é que não vou buscar o sal! MORAL: Alguns de nós perdemos nosso tempo depositando grandes expectativas nas outras pessoas. Estamos tão preocupados com os outros, com o que fazem ou deixam de fazer, que não fazemos nada, nós mesmos. Exemplo 7: “UMA DÁDIVA PARA DOIS” Era um belo dia para passear em Portland. Éramos um grupo de conselheiros com o dia livre, distantes dos integrantes do Encontro, e estávamos livres para nos divertirmos. O tempo estava perfeito para um piquenique. Então, quando chegou a hora do almoço, paramos em um pequeno parque do povoado. Como tínhamos fome, decidimos nos apressar. Pegamos o que queríamos e nos encontramos no saguão do hotel poucos minutos mais tarde. Quando Chumi se dirigiu a uma barraquinha de cachorro-quente, decidi acompanhá-la. Observamos o vendedor, enquanto preparava o cachorro-quente exatamente como Chumi queria. Então, quando ela pegou o dinheiro para pagar, o homem a surpreendeu dizendo: - Não se preocupem em pagar-me. Esta será a minha boa ação de hoje. Agradecemos, juntamo-nos aos nossos amigos que estavam no parque e tivemos um bom almoço. Enquanto comíamos e conversávamos, distraí-me observando um homem que estava sentado nas proximidades observando-nos. Eu podia afirmar que não tomava banho há muitos dias, uma pessoa sem teto – pensei – como tantos outros que se vêem na cidade. Não prestei muita atenção a ele. Terminamos de comer e decidimos conhecer o restante do parque. Porém, quando Chumi e eu fomos jogar o saco do lanche na lixeira, ouvimos uma voz forte que disse: - Tem comida ali? Era o homem que havia estado nos observando. Não soube o que dizer. Na dúvida, disse: - não, ali não tem nada. - Ah! Foi sua única resposta, sem nenhum constrangimento na voz. Obviamente, tinha fome e não podia suportar ver que alguém havia jogado fora alguma comida. Com certeza fazia aquela pergunta com freqüência. Eu me senti muito mal por aquele homem sem lar, mas não sabia o que fazer. Imediatamente, Chumi falou: - vou voltar, por favor, esperem um minuto. E saiu correndo. Observei com curiosidade enquanto ela se aproximava da barraquinha de cachorro-quente, quando me dei conta do que estava fazendo: comprou um sanduíche, voltou correndo em nossa direção e deu o lanche ao homem faminto. Quando ela voltou, disse simplesmente: - estou passando adiante a gentileza que alguém me fez esta manhã. Nesse dia aprendi que a generosidade pode ir além da pessoa que a recebe. Ao dar, ensinamos o outro a dar também. MORAL: esta história nos ensina a compartilhar e destaca a importância da generosidade. Ao sermos generosos, podemos ajudar a aliviar o sofrimento alheio. No ato de compartilhar existe a satisfação interna, que é uma recompensa muito maior do que qualquer coisa que o dinheiro possa comprar. Há um provérbio antigo que diz: “Uma boa ação merece outra”. Exemplo 8: “UM AMIGO” Recentemente, uma de minhas melhores amigas, com quem tenho compartilhado praticamente tudo desde o primeiro dia no jardim de infância, passou o fim de semana comigo. Depois que me mudei para outra cidade, há muitos anos, sempre esperamos pela alegria de nos revermos e ficar juntas durante breves momentos a cada ano. Cada vez que nos encontramos, passamos horas e horas, até a noite, conversando sobre as pessoas de nosso tempo. Em um desses fins de semana, ela veio me visitar e começou a contar histórias sobre seu novo namorado, sobre ele haver experimentado drogas e sobre seu comportamento autodestrutivo, bebendo, fumando, etc. Eu estava a ponto de estourar. Ela me contou como havia mentido a seus pais sobre onde estava, até fugindo para ver esse rapaz. Tinha que fazer isto porque eles não queriam que ela saísse com ele. Não importou quanta firmeza usei para dizer-lhe que merecia algo melhor, ela não quis escutar nenhum de meus conselhos. Seu respeito próprio também parecia haver desaparecido. Tentei fazê-la ver que estava arruinando seu futuro e que iria enfrentar dificuldades. Eu sentia que não fazia progresso algum e não podia compreender como ela estava disposta a andar por aí com um grupo de fracassados, especialmente seu namorado, que eu considerava o mais fracassado de todos. Estava realmente muito preocupada por ela e esgotada com a experiência que havia sido tão frustrante. Estive várias vezes a ponto de dizer-lhe que nós estávamos distantes havia muito tempo, e que nossa amizade não deveria continuar, mas não disse. Coloquei em primeiro lugar o poder da amizade, para que pudesse passar por esta última prova. Havíamos sido amigas durante muito, muito tempo mesmo. Eu tinha a esperança de que ela me valorizasse o suficiente para saber que estava tentando salvá-la de ferir a si mesma. Queria acreditar que nossa amizade poderia vencer qualquer coisa. Depois que ela se foi, telefonou-me alguns dias mais tarde para dizer que havia pensado melhor sobre nossa conversa e depois falou que havia terminado o namoro. Simplesmente escutei, do outro lado da linha, com lágrimas de alegria correndo pelo meu rosto. Era um daqueles momentos de verdadeira recompensa em minha vida. Jamais me havia sentido tão orgulhosa de uma amiga, por haver conquistado algo tão positivo. MORAL: a pressão dos amigos é uma realidade. Por isso é fundamental escolher boas amizades, que tenham valores adequados. Também é importante poder saber a diferença entre um bom amigo, que nos ajudará a tomar boas decisões, e um mau amigo, que será somente um inimigo de nosso desenvolvimento pessoal. PROVÉRBIOS: Um amigo necessitado é um amigo, mais do que nunca! Uma gota de veneno ou de tinta pode estragar um pote de leite! Uma maçã podre pode estragar todo o caixote! Exemplo 9: “UM LUGAR PARA FICAR EM PÉ” Se já passaram alguma vez por um pedágio, devem saber que a relação com a pessoa no posto não é a mais íntima que se pode ter. É um dos mais freqüentes desencontros da vida: oferecemos o dinheiro, recebemos o troco e continuamos a dirigir. Certa manhã de 1984, eu estava indo almoçar em São Francisco e passei por um pedágio. Escutei música alta; parecia ser uma festa. Olhei ao redor e não havia nenhum automóvel com as janelas abertas. Tampouco havia caminhões. Então, observei o posto de pedágio. Dentro, o homem estava dançando. “O que está fazendo?” Perguntei. “Estou dando uma festa!” Respondeu. “E as outras pessoas?” Disse eu, olhando para as cabines de pedágio. Ele disse: “Que lhe parecem eles?” E apontou para a fila de cabines. “Bem… Parecem postos de pedágio. O que parecem para você?”. Ele respondeu: “Ataúdes verticais. Às 8:30, todas as manhãs, entra gente viva e, então, morrem durante 8 horas. Às 16:30, como Lázaros dentre os mortos, voltam a viver e vão para suas casas. Durante 8 horas o cérebro se detém, morto no trabalho, passando através dos movimentos”. Eu estava surpresa. Esse homem havia desenvolvido uma filosofia, uma mitologia acerca do seu trabalho. Dezesseis pessoas mortas no emprego e a número 17, exatamente na mesma situação, descobre uma forma de viver. Não pude evitar a pergunta: “Porque é diferente para você? Está passando bem pela situação”. Olhou-me e disse: “Eu sabia que você ia me perguntar isso. Não compreendo como alguém pode pensar que o meu trabalho é aborrecido. Tenho meu próprio escritório, todo envidraçado; posso ver o Golden Gate de São Francisco e as colinas de Berkeley. A metade das atrações turísticas do mundo ocidental estão aqui. Simplesmente venho para cá todos os dias e me dedico à dança. (adaptado da Internet). MORAL: a história demonstra que nós mesmos fazemos as cadeias que nos prendem. É a forma como vemos a vida que faz a diferença. Temos escolhas na vida e é possível realizar o melhor com essas opções. “Podemos viver uma vida de mediocridade, aborrecimento e negatividade, ou uma vida de bondade, amor e sorrisos! Depende de nós!” Exemplo 10 “O SENTIDO DO GANSO” Há uma descoberta científica muito interessante a respeito da razão pela qual os gansos voam em formação “V”. À medida que cada pássaro bate as asas, facilita o movimento de ascensão do pássaro que está logo atrás dele. Ao voar com a formação em “V”, todo o bando aumenta em cerca de 71% a capacidade de vôo de cada indivíduo, em relação ao que cada um poderia voar se estivesse só. As pessoas que seguem uma direção comum e possuem sentido comunitário podem chegar ao seu destino de forma mais rápida e fácil, porque estão viajando apoiando-se mutuamente. Quando um ganso sai da formação, imediatamente sente falta do apoio e cresce a resistência do ar decorrente da tentativa de voar sozinho, o que o faz voltar rapidamente à formação, a fim de tirar vantagem do poder de vôo que tem o pássaro líder. Quando o líder se cansa, vai para a parte de trás da formação e outro ganso assume a direção do bando. Se tivermos o “sentido do ganso” permaneceremos “em formação” com aquelas pessoas que estão se dirigindo para o mesmo lugar que nós. Também é muito importante dividir em turnos os trabalhos que exigem mais esforço, sejamos nós pessoas ou gansos voando para o sul. Os gansos que estão atrás reduzem a sua velocidade de vôo para valorizar os que estão à frente, e para que possam manter uniforme a velocidade de avanço. E nós, humanos, quando estamos no trânsito: tocamos a buzina com amor ou com raiva? Finalmente – e isso é importante – quando um ganso fica doente ou é ferido pela arma de um caçador, e cai fora da formação, os outros também descem para acompanhá-lo, a fim de protegê-lo e ajudá-lo. Permanecem junto ao ganso que caiu até que seja capaz de voar novamente ou até que morra, e, apenas depois disto voltam a voar, por sua conta ou com outra formação, a fim de unirem-se a um grupo. Se tivermos o “sentido do ganso”, será desta forma que permaneceremos juntos. MORAL: quando um de nós está abatido, é responsabilidade dos demais permanecerem com aqueles que estão enfrentando dificuldades. Se tivermos pelo menos tanto discernimento quanto um ganso, conseguiremos permanecer juntos quando as coisas estiverem difíceis; mantendo a “formação” junto àqueles que lideram e se dirigem ao mesmo objetivo que desejamos alcançar. Eventualmente, será um privilégio, um desafio e também uma recompensa ser um membro ativo em tal equipe. Uma das máximas do Budismo é: Sangam Charanam Gatchami (“Busco Proteção na Sociedade”), que quer dizer: busquemos sempre a companhia de pessoas semelhantes – que tenham pensamentos, atos e palavras nobres. Assim, seremos similares aos gansos, não é verdade? Exemplo 11: “UMA ENTREVISTA COM O AMOR” Faltam seis minutos para as seis no grande relógio sobre o posto de informação da Estação Central. O alto e jovem tenente da armada, recém chegado da plataforma dos trens levantou seu rosto bronzeado. Nesse momento, observou a hora exata e seu coração batia rapidamente, com um som tão alto que até ele estava assustado. Porque não conseguia controlar suas emoções? A razão é que dentro de seis minutos veria a mulher que havia conquistado um lugar tão especial em sua vida durante os últimos treze meses. Uma mulher que ele nunca havia visto, embora sua palavra escrita o houvesse sustentado permanentemente nesses últimos meses. O Tenente Blanford recordava uma noite especial, durante a pior de todas as batalhas, quando seu avião havia sido envolvido em meio a um grupo de Zeros e ele havia visto o rosto feroz de um dos pilotos inimigos. Em uma de suas cartas havia confessado a ela que sentia medo constantemente, e somente uns poucos dias antes da batalha havia recebido sua resposta: “É claro que tens medo; todos os valentes o têm! Por acaso o Rei Davi não conhecia o medo? Foi por essa razão que escreveu o Salmo 23. Da próxima vez que sentires medo, quero que escute minha voz dizendo: Ainda que eu ande pelo vale das sombras da morte não temerei mal algum, porque Tu estás comigo.” E ele lembrava-se de ter ouvido sua voz imaginária, que renovou sua força e coragem. Agora iria escutar sua voz real. Quatro minutos para as seis. Sentiu que seu rosto estava tenso. Era a ansiedade, antecipando o momento. Sob um imenso teto de estrelas, as pessoas caminhavam rapidamente, como fachos coloridos, e a rua parecia uma enorme teia humana. Uma jovem passou perto e o Tenente Blanford estremeceu: levava uma flor vermelha no casaco, mas era um cravo e não a pequena rosa vermelha que ela havia combinado usar. Além disso, a moça era demasiado jovem, não mais que 18 anos, enquanto que Hollis Meynell lhe havia confessado sinceramente ter 30 anos. “Bem, o que importa? – respondeu ele – tenho 32”. Na verdade, tinha 29. Sua mente voltou-se para aquele livro, que o próprio Deus deve ter posto em suas mãos, entre as centenas que havia na Biblioteca da Armada, enviados ao campo de treinamento na Flórida. Tratava-se de Os Laços Humanos, e por todo o exemplar havia notas com caligrafia feminina. Sempre odiara o hábito de escrever nos livros, mas aquelas notas eram diferentes. Jamais acreditara que uma mulher pudesse ver dentro do coração de um homem com tanta ternura, tanta compreensão. Ela havia escrito seu nome no livro: Hollis Meynell. Ele procurou na lista telefônica de Nova York e encontrou seu endereço. Escreveu e ela respondeu. No dia seguinte ele embarcou, mas continuaram a se corresponder. Durante treze meses ela havia respondido fielmente, e mais do que respondido, poderíamos dizer… Quando as cartas não chegavam, ela respondia da mesma forma e agora ele tinha certeza de que a amava, e de que ela o amava. Entretanto, ela havia negado todos os seus pedidos para que lhe enviasse uma fotografia. Ele, com certeza, não gostara muito disto, mas ela explicou: “Se o teu sentimento por mim for pelo menos um pouco real, se possui qualquer base honesta, não importa como eu me pareça; imagina que eu seja bonita: vou ser sempre perseguida pelo sentimento de somente estás interessado nisso, e esse tipo de amor não me interessa; supõe que eu seja feia, e deves admitir que isso é bastante possível: então pensarei que continuas a escrever-me apenas porque te sentes só e não tens mais nada na vida. Não! Não me peças minha foto. Quando vieres a Nova York me verás, e então tomarás tua decisão. Lembra-te: ambos somos livres para pararmos ou continuarmos depois desse encontro, seja qual for a nossa escolha.” Um minuto para as seis. O coração do Tenente Blanford bateu ainda mais alto do que jamais voara seu avião. Uma jovem caminhava em sua direção. Era alta e magra, seu cabelo ruivo caia em cachos desde suas delicadas orelhas, seus olhos eram azuis como flores, seus lábios e seu rosto tinham uma firmeza gentil, e em seu pálido traje verde, era como a própria Primavera vindo em sua direção. Ele se aproximou dela, esquecendo-se por completo de que não levava nenhuma rosa. À medida que se aproximavam, um breve e provocador sorriso surgiu em seus lábios: “Vai na minha direção, soldado?” Murmurou. De forma incontrolável, deu um passo na direção dela, e então viu Hollis Meynell. Ela estava de pé diretamente atrás da jovem: uma mulher quarentona, com seu cabelo grisalho protegido por um velho chapéu; era bastante gordinha, e seus pés de tornozelos largos estavam calçados com sapatos sem salto, mas levava uma rosa vermelha na gola gasta do seu casaco marrom. A mulher de verde seguia adiante e se afastava rapidamente. Blanford sentiu como se estivesse dividido em dois, tão forte fora seu desejo de seguir a outra mulher; mas também era igualmente profundo seu desejo por aquela mulher cujo espírito o havia acompanhado durante a guerra, mantendo-o vivo. E ali estava ela. Seu rosto pálido e redondo era gentil e sensível ao mesmo tempo. Podia ver isso agora. Seus olhos acinzentados tinham uma luz cálida e amável. Blanford não duvidou mais nem um minuto e seus dedos agarraram a cópia surrada, encapada em couro azul dos Laços Humanos, que era seu sinal de identificação diante dela. Aquilo não seria amor, mas seria certamente algo precioso. Algo talvez ainda mais raro que o amor: uma amizade pela qual ele sempre haveria de ser agradecido. Ele aprumou seus ombros largos e cumprimentou a mulher sustentando o livro à vista, embora ainda se sentisse amargurado pela frustração. – Sou o Tenente Blanford, e você deve ser a Senhorita Meynell. Estou muito feliz de havermos nos encontrado. Posso… convidá-la para jantar? O rosto da mulher se iluminou com um sorriso tolerante. – Não sei o que significa tudo isso. Aquela jovem de verde que acabou de passar pediu-me que usasse esta rosa no casaco, dizendo que se você me convidasse para sair, deveria dizer-lhe que ela o está esperando no restaurante do outro lado da rua. Falou que era uma espécie de teste. MORAL: esta é uma história de amor verdadeiro, e também destaca a importância da lealdade, e de manter-se fiel à relação, a fim de que esta possa se converter em uma experiência recompensadora. Exemplo 12: “SEGURE O GARFO” Uma chamada de Julie sempre provocava um sorriso no irmão David. Ela não apenas era um dos mais antigos membros da congregação como, também uma das mais fiéis. Parecia sempre exalar fé, esperança e amor aonde quer que fosse. Desta vez, entretanto, parecia que suas palavras tinham um tom pouco usual. “Pregador, poderia passar pela minha casa esta tarde? Preciso falar com você”. “É claro! Estarei aí por volta das três, está bem?” Quando se sentaram frente à frente, na calma da pequena sala de estar, David soube a razão pela qual havia sentido diferença na sua voz: Julie estava contando que seu médico havia descoberto um tumor que não havia sido detectado anteriormente. “Ele disse que provavelmente me restam seis meses de vida.” As palavras de Julie eram muito sérias, mas havia uma calma muito definida nelas. “Sinto muito…” Mas David não pode terminar, porque Julie o interrompeu: “Não há nada para se preocupar. O Senhor sempre foi bom comigo. Eu vivi uma vida longa, e você sabe que estou pronta para partir.” “Eu sei”, sussurrou David com um gesto de concordância. “Estive pensando no meu funeral e realmente queria discuti-lo com você, pastor. Há coisas que quero.” Os dois conversaram calmamente durante muito tempo: falaram dos hinos favoritos de Julie, das passagens das Escrituras cujo significado havia sido especial para ela ao longo dos anos, e também das muitas recordações comuns que tinham sobre os cinco anos em que David estivera na Igreja Central. Quando parecia que haviam decidido tudo, Julie fez uma pausa, olhou para David, piscando os olhos e acrescentou: “Algo mais, pastor, quando me enterrarem, quero que ponham minha velha Bíblia em uma das mãos e um garfo na outra.” “Um garfo?” David tinha certeza de haver escutado tudo, mas isto o pegou realmente de surpresa. “Porque quer ser enterrada com um garfo?” “Tenho estado pensando sobre todas as ceias e banquetes dos quais participei na Igreja, através dos anos,” explicou, “e não posso sequer contar todos eles, mas algo permanece sempre em minha mente.” “Em todos esses agradáveis encontros, quando estávamos acabando de comer, um serviçal ou mesmo a dona da casa, vinha recolher os pratos sujos. Às vezes, nos melhores banquetes, alguém se inclinava sobre o nosso ombro e sussurrava: ‘segure o garfo’. Sabe o que significava isto? Que vinha a sobremesa!” “Não me refiro a uma bobagem qualquer, um pudim, ou mesmo um sorvete. Não se usa garfo para isso. Refiro-me a algo realmente gostoso, como torta de maçã ou de queijo. Quando me diziam que podia ficar com o garfo, eu sabia que o melhor ainda estava por vir!” “É exatamente isto que desejo que as pessoas digam de mim no meu funeral. Ah, sim! Podem falar sobre todos os bons momentos que tivemos juntos. Isso seria muito agradável”. “Porém, quando passarem pelo meu caixão e me virem no meu lindo vestido azul, quero que se entreolhem e perguntem: ‘Para quê um garfo?’” “Esta é a resposta que desejo que você dê, pastor: quero que você lhes diga que eu guardei o meu garfo porque o melhor ainda está por vir”. MORAL: ser otimista é a chave para assegurar que a pessoa viva sua vida ao máximo. E, assim como sugere o conto, isto também se aplica à vida além da vida. Exemplo 13: “MANTENHA À VISTA A SUA META” Quando Floren Chadwick olhou para a frente, não viu nada além de uma sólida parede de neblina. Seu corpo estava dormente de tanto nadar, durante 16 horas. Ela já havia sido a primeira mulher a cruzar a nado o Canal da Mancha em ambas as direções. Agora, aos 34 anos, sua meta era tornar-se a primeira mulher a nadar deste a ilha Catalina até a costa da Califórnia. Nessa manhã de 4 de julho de 1952, o mar era como um banho de gelo e a neblina era tão densa que apenas podia ver os barcos de apoio. Os tubarões passavam à distância de sua figura solitária, mantidos afastados apenas à custa de disparos de rifles. Milhões de pessoas, enquanto isso, observavam o evento pela televisão e ela lutava, hora após hora contra o abraço gelado do mar. De um dos barcos, sua mãe e seu treinador a estimulavam. Diziam a Florence que faltava pouco, mas tudo que se podia ver era a neblina. Insistiam para que ela não se desse por vencida, lembrando que ela nunca havia desistido antes. Então, faltando apenas meia milha para chegar, pediu que a retirassem da água. Enquanto tentava descongelar seu corpo, horas mais tarde, disse aos repórteres: “Olha, não estou me desculpando, mas se pudesse ter visto a terra eu teria conseguido”. Não fora a fadiga nem tampouco a água fria o que a vencera, mas, sim, a neblina. Não podia ver sua meta. Dois meses mais tarde, tentou novamente. Desta vez, apesar da densa neblina, ela nadou com sua fé inabalável e sua meta claramente desenhada em sua mente. Ela sabia que em algum lugar além da neblina estava a terra e que desta vez conseguiria! Florence Chadwick se tornou a primeira mulher a cruzar o Canal Catalina, batendo o recorde masculino em duas horas! MORAL: a história destaca que ter visão dos objetivos é algo insuficiente; deve-se ter a meta claramente definida. Exemplo 14: “DEIXE O CACHORRO DORMIR” Uma tarde eu estava no quintal dos fundos estendendo a roupa. Antes de terminar, um velho cão, de aspecto cansado, entrou no pátio. Podia afirmar, vendo sua coleira e sua barriga cheia, que tinha casa. Mas, quando entrei em casa ele me seguiu, saltou até a varanda e aninhou-se a um canto para dormir. Uma hora mais tarde saiu pela porta e eu o deixei passar. No dia seguinte estava de volta. Tomou posição novamente na varanda e dormiu por uma hora. Isto continuou durante semanas; por curiosidade, prendi um bilhete na sua coleira: “todas as tardes seu cão vem à minha casa tirar uma soneca.” No dia seguinte, ele veio com uma resposta presa à coleira: “ele vive numa casa com dez meninos e está tentando obter um pouco de descanso.” MORAL: em vez de se queixar, tente encontrar uma solução alternativa. Exemplo 15: “OH, QUANTO EU A AMAVA!” O padre estava terminando o serviço fúnebre. De repente, o viúvo de 78 cuja esposa falecera após 50 anos de casamento, começou a gritar de forma sofrida: “Oh, oh, oh, quanto eu a amava!” Esse lamento de dor interrompeu a calma digna da cerimônia. A família e os amigos de pé em torno da tumba olharam espantados e envergonhados. Os filhos, testemunhas envergonhadas, tentaram fazer seu pai se calar. “Está bem, papai, nós compreendemos, mas, por favor, silêncio!” O velho olhou para o ataúde que baixava lentamente para dentro da cova. O padre continuou. Ao terminar, convidou a família a derramar um pouco de terra sobre o ataúde, como sinal de despedida. Cada um por sua vez repetiu o gesto, com exceção do velho: “Ai, quanto eu a amava!” Gemeu em voz alta. Sua filha e dois filhos novamente tentaram fazê-lo calar-se, mas ele continuou: “Eu a amava!” Agora, enquanto das pessoas ali reunidas começava a se afastar, o velho teimosamente permanecia. Ficou ali, olhando fixamente para a tumba. O padre aproximou-se: “Eu sei como deve se sentir, mas devemos ir. A vida continua.” “Oh, como eu a amava!” Gemeu o homem de forma lamentável.“Você não compreende,” respondeu ao padre: “eu quase disse isto a ela uma vez!” MORAL: devemos aprender a expressar nossos sentimentos e a apreciar aqueles a quem amamos enquanto os temos junto a nós. Não esperemos para expressar o que sentimos quando tiverem deixado suas vestimentas mortais. Exemplo 16: “SAPATOS” Gandhi estava embarcando em um trem, certo dia, quando um de seus sapatos escorregou do pé e caiu nos trilhos. Era impossível recuperá-lo porque o trem começara a andar. Para espanto de seus companheiros de viagem, Gandhi calmamente tirou o outro sapato e atirou-o nos trilhos, perto do primeiro. Quando um passageiro perguntou porque havia agido assim, Gandhi sorriu e disse: “O pobre homem que encontrar os sapatos nos trilhos terá agora um par para calçar.” MORAL: Esforce-se para ajudar sempre e jamais ferir. Exemplo 17: “A BELEZA PERMANECE; A DOR PASSA” Embora Henri Matisse fosse cerca de 28 anos mais jovem que Auguste Renoir, os dois grandes artistas eram grandes amigos e companheiros freqüentes. Quando Renoir confinou-se à sua casa durante a última década de sua vida, Matisse o visitava diariamente. Renoir, quase paralisado pela artrite, continuou a pintar, apesar de enfermo. Certo dia, Matisse observava o velho pintor trabalhando em seu estúdio, lutando contra a dor torturante a cada pincelada, e deixou escapar: “Auguste, porque você continua a pintar sofrendo esta agonia?” Renoir respondeu simplesmente: “A beleza permanece; a dor passa.” E assim, quase que até o dia da sua morte, Renoir pintou. Um de seus mais famosos quadros, Os Banhistas, foi terminado apenas dois anos antes dele morrer, quatorze anos depois dele haver contraído esta doença incapacitante. MORAL: Qualquer ação praticada com Amor e Carinho suportará o teste do tempo e será apreciada por todos que vierem a ter contato com ela. É também um estímulo à que a pessoa procure o melhor de sua habilidade e não se deixe arrastar para a mediocridade. Exemplo 18: “O CIRCO” Certa vez, quando eu ainda era um adolescente, meu pai e eu estávamos em pé na fila para comprar ingressos para o circo. Finalmente, havia apenas uma família entre nós e a bilheteria. Essa família me impressionou muito. Havia oito crianças, todas provavelmente menores de 12 anos. Podia-se ver que não tinham muito dinheiro. Suas roupas eram simples, mas limpas. As crianças se comportavam bem, todas em pé ali na fila, duas a duas, atrás de seus pais, de mãos dadas. Eles tagarelavam emocionados sobre os palhaços, elefantes e outros números que iriam ver naquela noite. Podia-se adivinhar que jamais haviam estado em um circo antes. Aquela prometia ser uma noite memorável em suas jovens vidas. O pai e a mãe lideravam o grupo orgulhosos. A mãe segurava a mão de seu marido, olhando-o como se dissesse: “Você é meu cavaleiro de armadura brilhante.” Ele sorria e transbordava de orgulho, olhando para ela em resposta: “Você tem esse direito.” A bilheteira perguntou quantas entradas queriam. Ele respondeu: “Por favor, somos oito crianças e dois adultos.” A bilheteira disse o preço. A esposa largou a mão de seu marido, sua cabeça pendeu, os lábios do homem tremeram e ele inclinou-se um pouco para perguntar: “Quanto foi que você disse?” A bilheteira repetiu a quantia. O homem não tinha dinheiro suficiente. Como ele faria para contar aos seus oito meninos que não tinham dinheiro suficiente para levá-los ao circo? Vendo o que estava se passando, meu pai pôs a mão no bolso, tirou uma nota de 20 e deixou-a cair no chão (nós também não éramos ricos, para falar a verdade) Então ele se abaixou, pegou a nota, tocou o ombro do homem e disse: “Desculpe-me, senhor, mas isto caiu do seu bolso.” O pai de família entendeu o que estava acontecendo. Ele não estava pedindo, mas certamente apreciaria uma ajuda naquela situação desesperada, angustiante e embaraçosa. Olhou direto nos olhos de meu pai, segurou sua mão entre as suas, e pegou a nota de 20. Com os lábios trêmulos e uma lágrima correndo pela face, ele disse: “Obrigado, muito obrigado. Isto realmente significa muito para mim e minha família.” Meu pai e eu voltamos para o carro e regressamos à casa. Não assistimos ao circo naquela noite, mas poderíamos voltar outro dia. MORAL: Pequenos atos de gentileza fazem um mundo de diferença. Exemplo 19: “A FOFOQUEIRA” A mulher passou adiante uma fofoca sobre uma vizinha. Dentro de poucos dias, toda a comunidade conhecia a história. A pessoa envolvida ficou muito magoada e ofendida. Mais tarde, a responsável por espalhar o rumor percebeu que a história era totalmente falsa. Ela ficou muito triste e procurou um velho sábio para tentar descobrir como reparar o dano. “Vá ao mercado”, disse ele, “e compre uma galinha morta. Então, no caminho de volta à sua casa, arranque as penas e deixe-as cair, uma a uma ao longo da estrada.” Embora surpresa com o conselho, a mulher fez como lhe havia sido dito. No dia seguinte, o sábio disse: “Agora, vá e recolha todas aquelas penas que você deixou cair ontem e traga-as para mim.” A mulher passou pela mesma estrada, mas para sua decepção, o vento havia soprado todas as penas para longe. Após procurar por horas a fio, ela regressou com apenas três em suas mãos. “Veja”, disse o velho sábio, “é fácil deixá-las cair, mas é impossível recolhê-las de volta. É assim com a fofoca. Não é necessário muito esforço para espalhar um rumor, mas uma vez que você o faz, jamais conseguirá reparar completamente o mal.” MORAL: Qualquer forma de fofoca é grave. A dor infligida jamais poderá ser desfeita e deixará uma cicatriz permanente na alma dos que foram afetados. Ela também mata o espírito da vítima. Exemplo 20: “VOCÊ É TÃO IMPORTANTE QUANTO SEUS ATOS” Era um dia de Sábado ensolarado na cidade de Oklahoma. Meu amigo e pai orgulhoso Bobby Lewis estava levando seus dois filhos pequenos para jogar mini-golfe. Ele foi até a bilheteria e perguntou ao rapaz: “Quanto é a entrada?” O jovem respondeu: “#,00 para você e 3,00 para cada criança acima de seis anos. Até esta idade é grátis. Qual a idade dos meninos?” Bobby respondeu, o mais novo tem três e o mais velho, sete, de modo que acho que eu lhe devo 6,00. O bilheteiro disse: “Ei, senhor, ganhou na loteria ou algo assim? Você poderia economizar três dólares. Podia ter me dito que o mais velho tinha seis anos: eu não saberia a diferença.” Bobby respondeu: “Sim, pode ser, mas os garotos saberiam a diferença.” Como disse Ralph Waldo Emerson: “Quem você é grita tão alto que eu não consigo ouvir o que você está dizendo.” Nesses tempos desafiadores, quando a ética é mais importante do que nunca, certifique-se de dar bom exemplo para todos com os quais trabalhe ou conviva. MORAL: As crianças imitarão tudo que os adultos fizerem. Se estes governarem suas vidas pela conduta correta, as crianças viverão do mesmo modo! Exemplo 21: “PEÇA, PEÇA, PEÇA” A maior vendedora do mundo na atualidade não se importa se você a chamar de menina. Isto porque Markita Andrews já faturou mais de oitenta mil dólares vendendo biscoitos das Meninas Escoteiras, desde que tinha sete anos de idade. Batendo de porta em porta na volta da escola, uma Markita dolorosamente tímida transformou-se num dínamo vendedor de biscoitos quando descobriu, aos 13 anos de idade, o segredo da arte de vender. Tudo começa com o desejo, um ardente desejo. Para Markita e sua mãe, que trabalhava como garçonete em Nova York após ter sido abandonada pelo marido quando Markita tinha 8 anos, seu sonho era viajar pelo mundo. “Vou trabalhar duro e juntar dinheiro suficiente para mandá-la à faculdade”, disse-lhe a mãe, certo dia. “E, quando você se formar, poderá ganhar bastante dinheiro para me levar numa viagem de volta ao mundo, o.k.?” Então, quando tinha 13 anos, ela leu em sua revista das Meninas Escoteiras que a Escoteira que vendesse mais biscoitos ganharia uma viagem de volta ao mundo com tudo pago para duas pessoas. Ela então decidiu vender todos os biscoitos que pudesse – mais do que qualquer outra pessoa no mundo. Bem, o desejo sozinho não é o suficiente. Para fazer com que o sonho se realizasse ela sabia que precisava de um plano. “Use sempre a roupa correta, seu uniforme profissional”, aconselhava sua tia. “Quando estiver negociando, vista-se como uma mulher de negócios. Use seu uniforme de escoteira. Quando falar com as pessoas em suas casas, as 16:30 ou 18:30, especialmente nas Sextas-feiras à noite, peça que comprem uma grande quantidade. Sorria sempre, quer eles comprem ou não. Seja sempre gentil. E não lhes peça para comprar, peça-lhes para investirem.” Muitas outras escoteiras devem ter desejado aquela viagem. Muitas outras mais devem ter concebido um plano. Mas somente Markita saía todos os dias após a escola usando seu uniforme, pronta para pedir – e prosseguir pedindo – que as pessoas investissem no seu sonho. “Oi, eu tenho um sonho. Quero ganhar uma viagem ao redor do mundo para mim e para minha mãe, vendendo biscoitos das Meninas Escoteiras”, dizia ela à porta. “Você gostaria de investir em uma caixa com uma ou duas dúzias de biscoitos?” Markita vendeu 3526 caixas de biscoitos naquele ano e ganhou sua viagem. Desde então, ela já vendeu mais de 42000 caixas de biscoitos das Meninas Escoteiras, falou em convenções de vendas por todo o país, trabalhou em um filme de Disney sobre sua aventura e foi co-autora do best seller: Como vender mais biscoitos, condomínios, cadillacs, computadores… e qualquer outra coisa. Markita não é mais inteligente nem tampouco mais extrovertida do que milhares de outras pessoas, jovens ou velhas, que tenham sonhos próprios. A diferença é que ela havia descoberto o segredo das vendas: pedir, pedir, pedir. Muita gente falha mesmo antes de começar porque não consegue pedir o que quer. O medo de ser desprezados faz com que muitos de nós desprezemos a nós mesmos e aos nossos sonhos, muito antes de qualquer outro ter a oportunidade de fazer isto conosco, não importa o que estejamos vendendo. E, todos estamos vendendo algo. “Você está vendendo a si mesmo, agora, na escola, para seu chefe, para a as pessoas que acaba de conhecer,” disse Markita quando tinha 14 anos. “Minha mãe é uma garçonete; ela vende o prato do dia. Os generais e os presidentes tratam de obter votos e estão vendendo também… eu vejo vendas e mais vendas para todo lado que olho. Vender faz parte do mundo todo.” É necessário coragem para perguntar ou pedir o que se quer. A coragem não é ausência de medo. É fazer o que é necessário apesar do medo. E, como Markita descobriu, quanto mais se pede mais fácil (e mais divertido) pode ser. Uma vez, em um programa de TV ao vivo, o produtor decidiu propor a Markita um desafio de venda mais difícil. Ela teria que vender biscoitos a outro convidado do Show. “Gostaria de investir em uma ou duas dúzias de biscoitos das Meninas Escoteiras”, perguntou Markita. “Biscoitos? Eu não compro esses biscoitos das escoteiras, sou um guarda Federal Penitenciário; todas as noites coloco nos cárceres 2000 ladrões, criminosos e maníacos sexuais.” Sem pestanejar, Markita continuou: “Senhor, penso que seria uma boa idéia se você desse um desses biscoitos a cada um dos 2000 prisioneiros.” Markita pediu. Então, o guarda preencheu um cheque. MORAL: A persistência é a marca de qualquer indivíduo bem sucedido. Persistir é ter coragem e confiança em si mesmo. Assim, nada poderá impedi-lo de alcançar suas metas. Exemplo 22: “OBSTÁCULO NO CAMINHO” Nos tempos antigos, certo rei mandou colocar um enorme pedregulho no meio de uma estrada. Então, escondeu-se e ficou observando se alguém iria tentar remover a rocha. Alguns dos mercadores mais ricos do reino e membros da corte que passaram, simplesmente contornaram a pedra. Muitos criticaram em voz alta o rei por não manter as estradas desimpedidas, mas ninguém fez nada para remover a grande pedra do caminho. Então, veio um camponês com sua carga de hortaliças. Ao aproximar-se da rocha, arriou seu fardo e tentou empurrar a pedra para o lado da estrada. Após muito tempo e esforço ele finalmente teve sucesso. Enquanto pegava seu fardo, notou uma bolsa no meio do caminho, exatamente onde a pedra estava. Ela continha muitas moedas de ouro e um bilhete do rei dizendo que o ouro pertencia à pessoa que removesse a pedra do caminho. O camponês aprendera o que muitos outros jamais compreenderam. Todo obstáculo apresenta uma oportunidade para melhorar a nossa condição, e abre uma porta que pode conduzir a muita alegria, paz e felicidade. MORAL: Ninguém sabe quando um pequeno ato de gentileza será recompensado. Esforcem-se sempre para Amar a Todos e Servir a Todos. Sucesso é 99% de transpiração e 1% de inspiração. Veja também a história de Edison (Ilustração 4) Exemplo 23: “O CARRO ESPORTE VERMELHO” Cris era um brilhante jovem universitário a ponto de se formar. Por muitos meses, ele admirou um belo carro esporte que estava na vitrine de uma loja, e, sabendo que seu pai poderia comprá-lo, disse-lhe que era tudo que ele mais queria. Afinal, ele era seu único filho, e sabia que desde a morte de sua mãe, o pai simplesmente o idolatrava. À medida que o dia da formatura se aproximava, o jovem procurava indícios de que seu pai havia comprado o carro. Finalmente, na manhã do dia de sua formatura, seu pai o chamou ao escritório. Disse-lhe o quanto estava orgulhoso de ter um filho tão especial, e o quanto o amava. Entregou a seu filho uma caixa embrulhada em um belo papel de presente. Curioso e, até certo ponto, desapontado, o rapaz abriu a caixa e encontrou uma Bíblia em uma bonita encadernação de couro com seu nome gravado a ouro. Com uma raiva descontrolada, elevou o tom de voz e disse a seu pai: “com todo o seu dinheiro você me dá uma Bíblia?”, e saiu de casa violentamente… para nunca mais voltar. Muitos anos se passaram e Cris tornou-se muito bem sucedido nos negócios. Ele tinha uma bela casa e uma família maravilhosa, mas lembrou-se da avançada idade de seu pai, e de que talvez devesse ir visitá-lo. Ele não o via desde aquele dia de formatura. Entretanto, antes que pudesse se aprontar, recebeu um telegrama informando que seu pai havia falecido. Aparentemente, o pai havia deixado todas as posses para seu filho. Ele estava sendo convocado a voltar à casa paterna para cuidar de tudo. Quando chegou, uma súbita tristeza e arrependimento encheram seu coração. Ele começou a mexer nos papéis de seu pai e viu a Bíblia ainda embrulhada no papel de presente, do mesmo modo como a havia deixado anos antes. Com lágrimas nos olhos, ele abriu a Bíblia e começou a folhear as páginas. Seu pai havia sublinhado um versículo, em Mateus 7:11: “Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” Enquanto lia essas palavras, sentiu um volume na última página. Encontrou então um pequeno envelope. Quando o abriu, caiu uma chave, que tinha uma etiqueta com o nome da mesma agência de automóveis aonde ele havia visto o carro que tanto queria no seu 21º aniversário. Na etiqueta estava escrita a data de sua formatura, e as palavras, COMPRADO À VISTA. Havia também um cartão preso à chave onde se lia: “Feliz Aniversário, Filho. Com Amor, Papai.” MORAL: Jamais presuma. Tirar conclusões apressadas pode custar-lhe muito sofrimento e infelicidade. Ações precipitadas sempre o levarão a decisões das quais se arrependerá. Reverencie sempre os seus pais, pois jamais poderá retribuir tudo que fizeram por você, mesmo que leve toda a sua vida. Exemplo 24: “O POTE RACHADO” Um carregador, que vivia na Índia, carregava dois grandes potes de água que pendiam das extremidades de uma vara apoiada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura enquanto que o outro estava perfeito. Sempre que o carregador chegava de sua longa caminhada desde a fonte até a casa de seu patrão, o pote inteiro chegava cheio d’água, enquanto que o outro vinha com água pela metade. Por dois anos inteiros isto aconteceu, diariamente, e o carregador entregava sempre um e meio potes de água na casa de seu patrão. O pote perfeito, é claro, estava orgulhoso de seus feitos, sentindo-se perfeito para a finalidade para a qual foi feito. O pobre pote rachado sentia-se envergonhado de sua própria imperfeição, deprimido por ser capaz de cumprir somente metade da tarefa para a qual era destinado. Após dois anos daquilo que ele considerava ser um amargo insucesso, o pote dirigiu-se ao carregador enquanto estavam junto à fonte. “Sinto vergonha de mim mesmo, e quero me desculpar com você.” “Porquê”, perguntou o carregador. “Qual a razão para se envergonhar?” “Durante esses dois últimos anos, tenho entregado somente metade da água que sou capaz de carregar por causa desta rachadura aqui ao lado, pela a qual a água vaza ao longo do caminho de volta à casa do seu patrão. Devido à minha imperfeição você não recebe tudo que deveria pelo seu trabalho”, lamentou-se o pote. O carregador sentiu pena do velho pote rachado e, em sua compaixão, disse: “Quando retornarmos à casa do patrão, quero que você observe atentamente a margem do caminho.” De fato, à medida que subiam a colina, o velho pote notou as belas flores silvestres aquecidas pelo sol ao lado do caminho, e isto o alegrou um pouco. Mas, ao final da trilha, ele ainda se sentia triste porque havia vazado metade da água que trazia e, uma vez mais, desculpou-se com o homem por sua falha. O carregador disse ao pote: “Não reparou que somente havia flores do seu lado da estrada? Isto acontece porque eu sempre soube de sua rachadura e tirei vantagem dela. Plantei sementes de flores do seu lado da estrada e, todo dia, enquanto caminhávamos de volta da fonte, você as regava. Por anos e anos tenho colhido essas belas flores para decorar a mesa de meu patrão. Sem que você fosse do jeito que é, ele não poderia ter toda essa beleza a enfeitar sua casa.” MORAL: Cada um tem um papel a desempenhar neste mundo. Devemos procurar compreender nossos papéis e desempenhá-los dando o melhor de nós. Exemplo 25: “DOIS ANJOS” Dois anjos que viajavam, pararam para passar a noite em casa de uma rica família. Os moradores eram rudes e recusaram-se a ceder o quarto de hóspedes da mansão para os anjos. Em vez disso, foi-lhes oferecido um lugar desconfortável no chão frio. Enquanto arrumavam suas camas no chão duro, o anjo mais velho viu um buraco na parede e o consertou. Quando o anjo mais jovem perguntou a razão daquela atitude, o primeiro respondeu: “As coisas nem sempre são o que parecem.” Na noite seguinte, a dupla pernoitou na casa de um fazendeiro muito pobre, mas muito hospitaleiro, junto com sua família. Após repartirem a pouca comida que havia, o casal generosamente deixou os anjos dormirem em sua cama, aonde poderiam ter uma boa noite de sono. Quando o sol nasceu na manhã seguinte, os anjos encontraram o fazendeiro e sua mulher chorando. Sua única vaca, cujo leite era a única fonte de renda da família estava deitada, morta, no campo. O anjo mais jovem ficou furioso e perguntou ao mais velho, em tom acusador: “Como você pode deixar isto acontecer? O primeiro homem tinha tudo e, ainda assim, você o ajudou. Esta família não tem quase nada, mas partilhou tudo de boa vontade, e você deixa a vaca deles morrer… como pode?” “As coisas nem sempre são o que parecem”, respondeu o anjo mais velho. “Quando dormimos no chão da mansão, observei que havia ouro escondido naquele buraco na parede. Uma vez que o proprietário era tão obcecado com a ganância e incapaz de compartilhar sua fortuna, selei o buraco para que ele não pudesse encontrar o ouro. A noite passada, enquanto dormíamos na cama do fazendeiro, o anjo da morte veio buscar sua esposa. Eu lhe dei a vaca em lugar da mulher. As coisas nem sempre são o que parecem. Algumas vezes é exatamente isto que ocorre quando as coisas não acontecem do jeito que deveriam. Se você tem fé, deve apenas confiar que, qualquer resultado é sempre vantajoso para você. Pode ser que não perceba isto a não ser mais tarde. Deus tem um plano divino para todos e devemos aceitar tudo com um “Seja feita a Sua Vontade.” MORAL: Seja grato por todas as dádivas recebidas. Exemplo 26: “RESUMO DE ALGUMAS HISTÓRIAS DE SUCESSO” Thomas Edison (inventor da luz elétrica e do projetor de cinema). Em sua pesquisa de três anos para desenvolver a lâmpada elétrica, ele falhou dez mil vezes. Entretanto, sua maneira de ver as coisas era diferente: ele dizia que não havia falhado tantas vezes, e, sim, que havia tido sucesso em descobrir dez mil alternativas que não funcionaram, e que cada uma delas o levou mais perto de encontrar a única alternativa que funcionou. Dois de seus famosos provérbios são: “quando as coisas ficam difíceis os fortes perseveram” e “genialidade é um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração.” Seu sucesso estava em ter uma visão ampla e persistência. Ele jamais desistia quando encontrava obstáculos em seu caminho. Winston Churchill (chegou ao cargo de Primeiro Ministro da Inglaterra) Ele repetiu a sexta série. Chegou ao posto de Primeiro Ministro aos 62 anos de idade. Jamais usou o fracasso como uma indicação de como seriam as coisas no futuro, mas, ao contrário, utilizou seus fracassos como pilares para o sucesso, o que o levou a viver uma vida nobre e digna. Richard Bach (escritor de sucesso) Oito editores dispensaram a história de 10.000 palavras de sua autoria: “Fernão Capelo Gaivota”, antes que Macmillan finalmente a publicou em 1970. Em 1975 o livro já havia vendido mais de 7 milhões de cópias somente nos Estados Unidos. A longo prazo, a paciência é sempre recompensada. Walt Disney (produtor de filmes de sucesso) Um editor de jornal o despediu por “falta de imaginação.” Walt Disney faliu varias vezes antes de construir a Disneylândia. O sucesso da noite para o dia acontece somente nos filmes de Hollywood. A vida real pede trabalho duro, persistência e perseverança. Albert Einstein (físico, descobridor da Teoria da Relatividade) Ele não conseguia falar até os quatro anos de idade. Apesar disto, ainda hoje é lembrado como um dos maiores cientistas que já caminharam sobre a Terra. Jamais se deve julgar alguém por suas limitações. MORAL: Os grandes homens enfrentaram adversidades com coragem e souberam superá-las, e assim tornaram suas vidas o máximo em termos de sucesso. Exemplo 27 : Poema de Samuel Ullman sobre a Juventude A juventude não é um período da vida, é um estado mental; Não é uma questão de faces rosadas, lábios vermelhos e joelhos flexíveis; É uma questão de vontade, uma qualidade da imaginação, Um vigor emocional; é o frescor das profundas fontes da vida. Juventude significa uma temperamental predominância da coragem sobre a timidez, do apetite pela aventura em lugar do amor às coisas fáceis. Isto ocorre mais em um homem de 60 do que em um garoto de 20. Ninguém fica velho por causa do número de anos. Ficamos velhos ao abandonarmos nossos ideais. Os anos podem enrugar a pele mas desistir do entusiasmo enruga a alma. Preocupação, medo, falta de autoconfiança quebram o coração e arremessam o espírito no pó. Seja aos 60 ou aos 16, há no coração de cada ser humano o encanto pelo maravilhoso, o apetite infantil infalível pelo que está por vir e a alegria pelo jogo da vida. No centro do meu e do seu coração há uma estação de rádio: enquanto ela receber mensagens de beleza, esperança, alegria, coragem e poder de outros homens e do infinito, seremos jovens. Quando as antenas caírem e seu espírito for encoberto pelas neves do cinismo e pelo gelo do pessimismo, então você estará ficando velho, mesmo aos 20 anos; mas, enquanto suas antenas estiverem de pé, para sintonizar as ondas do otimismo, haverá esperança de que você esteja jovem aos 80. MORAL: um poema interessante sobre como a atitude diante da vida e não a idade qualifica alguém como jovem. Exemplo 28: Extraído da Internet NÃO DESISTA... Faliu no comércio aos 31 anos. Perdeu a eleição para deputado estadual aos 32 anos. Faliu novamente no comércio aos 34 anos. Sua esposa faleceu aos 35 anos. Teve colapso nervoso aos 36 anos. Perdeu a eleição para prefeito aos 38 anos. Perdeu a eleição para deputado estadual aos 46 anos. Perdeu a eleição para deputado federal aos 48 anos. Perdeu a eleição para o Senado aos 55 anos. Perdeu outra eleição para o Senado aos 58 anos. Aos 60 anos foi eleito presidente dos Estados Unidos. Seu nome: Abraham Lincoln... E VOCÊ? AINDA QUER DESISTIR? Não desista do seu sonho. Exemplo 29: O Caranguejo e sua Mãe Um caranguejo corria na praia com sua mãe. A mãe corrigiu o filho: Não corra de lado! Andar para frente é muito mais adequado. O jovem caranguejo respondeu: Claro, mamãe, quero aprender. Mostre como se anda para a frente e eu ando atrás de você. As palavras são importantes, mas o que vale é o exemplo. Subvalores trabalhados: Coerência, Respeito Exemplo 30: O Mandarim e o Alfaiate (Lenda do Vietnã) Um dia, um homem recebeu a notícia que acabara de ser nomeado mandarim. Ficou tão eufórico que quase não se conteve. Serei um grande homem agora – disse a um amigo. Preciso de roupas novas imediatamente, roupas que façam jus a minha nova posição na vida. Conheço o alfaiate perfeito para você – replicou o amigo. É um velho sábio que sabe dar a cada cliente o corte perfeito. Vou lhe dar o endereço. E o novo mandarim foi ao alfaiate, que cuidadosamente tirou suas medidas. Depois de guardar a fita métrica, o homem disse: Há mais uma informação que preciso ter. Há quanto tempo o senhor é mandarim? Ora, o que isso tem a ver com a medida do meu manto? Perguntou o cliente surpreso. Não posso fazê-lo sem obter essa informação, senhor. É que um mandarim recém nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que mantém a cabeça altiva, ergue o nariz e estufa o peito. Assim sendo, tenho que fazer a parte da frente maior do que a parte de trás. Anos mais tarde, quando está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos da experiência o tornam sensato, e ele olha adiante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito a seguir, aí então eu costuro o manto de modo que a parte da frente e a parte de trás tenham o mesmo comprimento. E mais tarde, depois que seu corpo está curvado pela idade e pelos anos de trabalho cansativo, sem mencionar a humildade adquirida através de uma vida de esforços, então faço o manto de modo que as costas fiquem mais longas que a frente. Portanto, tenho que saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente apropriadamente. O novo mandarim saiu da loja pensando menos no manto e mais no motivo que levara seu amigo a mandá-lo procurar exatamente aquele alfaiate. Subvalores trabalhados: humildade, autoconhecimento, reflexão. Exemplo 31: Um Amor Maior Não se sabe qual era o alvo pretendido, mas as bombas caíram em cima de um orfanato de missionários numa aldeia vietnamita. Os missionários e duas crianças morreram na hora e muitas ficaram feridas, inclusive uma menina de oito anos. Os habitantes pediram socorro a uma aldeia vizinha que tinha contato por rádio com as forças americanas. Um médico da marinha e uma enfermeira chegaram de jipe, trazendo apenas uma maleta de primeiros socorros. Constataram que o caso mais grave era de uma menina. Sem providências imediatas, morreria de choque e perda de sangue. Era imperativo uma transfusão, e procurou-se um doador com o mesmo tipo de sangue. Os americanos não tinham aquele tipo de sangue, mas muitos órfãos que não tinham sido feridos poderiam ser doadores. O médico conhecia algumas palavras em vietnamita e a enfermeira tinha noções de francês. Usando uma mistura das duas línguas e muita gesticulação, tentaram explicar aos assustados meninos que , se não recolocassem o sangue perdido, a menina morreria. Então, perguntaram se alguém queria doar sangue. A resposta foi um silêncio de olhos arregalados. Finalmente uma mão levantou-se timidamente, deixou-se cair e levantou de novo. Ah, obrigada, disse a enfermeira em francês. Como é o seu nome? Heng. Deitaram Heng rapidamente na maca, esfregaram álcool em seu braço e espetaram a agulha na veia. Durante esses procedimentos, Heng ficou calado e imóvel. Passado um momento, deixou escapar um soluço e cobriu depressa o rosto com a mão livre. Está doendo, Heng? Perguntou o médico. Heng abanou a cabeça, mas daí a pouco escapou outro soluço e mais uma vez ele tentou disfarçar. O médico tornou a perguntar se doía e ele abanou a cabeça. Mas os soluços ocasionais viraram um choro declarado, silencioso, os olhos apertados, o punho na boca para estancar os soluços. O médico e a enfermeira ficaram preocupados. Alguma coisa, obviamente estava acontecendo. Nesse instante, chegou uma enfermeira vietnamita, enviada para ajudar. Vendo a aflição do menino, falou com ele, ouviu a resposta, e tornou a falar com voz terna, acalmando-o. Heng parou de chorar e olhou surpreso para a enfermeira vietnamita. Ela confirmou com a cabeça e uma expressão de alívio estampou-se no rosto do menino. Então, ela disse aos americanos: Ele achou que estava morrendo. Entendeu que vocês pediram para dar todo o sangue dele para a menina poder viver. E por que ele concordou? A enfermeira vietnamita repetiu a pergunta, e Heng respondeu simplesmente: Ela é minha amiga. Maior amor não há que dar a vida por um amigo. Valor trabalhado: amor Subvalores: amizade, compaixão Exemplo 32: Os Quatro Tronos Era uma vez quatro soberanos benevolentes que governavam a terra. Cada um tinha grande respeito pelo outro e o mundo estava em harmonia. Em um lugar sagrado, de quatro tronos, os governantes se encontravam para trocar notícias de seus reinos. Mas chegou um momento em que as pessoas se tornaram entediadas com as qualidades nobres. Elas desejavam a emoção de vencedores e perdedores, o contraste de rico e pobre. Os quatro soberanos decidiram deixar seus reinos e deixar seu povo governar a si mesmo. Eles concordaram em, silenciosamente, vaguear pela terra e retornar como soberanos apenas quando o povo desejasse viver em paz novamente. Muitos anos depois, quando a terra e seu povo tinham se estragado pela ganância, arrogância e egoísmo, uma menina leu a história dos quatro soberanos. Ela percebeu que não era um conto de fadas. Ela fez um voto, de que quando crescesse iria procurar pelos quatro soberanos e pedir-lhes para voltar para seus reinos para que a harmonia pudesse prevalecer novamente. Após muitos anos de busca, ela chegou à alta montanha prevista. Lá ela encontrou os quatro tronos voltados em direção ao vali lá em baixo. Ela esperou lá, já que na lenda era dito que a cada ano os soberanos vinham para o lugar onde os quatro tronos ficavam de frente sobre o vale para encontrar-se e dar notícias de suas terras. Meses se passaram. Certo dia, um velho viajante apareceu e perguntou à jovem sobre sua busca. O viajante escutou atentamente. Ele, então, contou que os soberanos apenas a encontrariam quando ela tivesse aprendido a olhar dentro de si mesma e deixar a paz crescer dentro de seu coração. Eles a encontrariam quando os olhos dela irradiassem amor, quando suas palavras fossem guiadas por sabedoria e quando suas ações levassem felicidade para os outros. O viajante concordou em ensinar à jovem estas artes perdidas e a jovem estudou diligentemente. No dia em que ela estava pronta, o velho viajante partiu. Ao nascer do sol, na manhã seguinte, quatro figuras se aproximaram. Rainha sabedoria tomou seu lugar ao trono, rei amor, rainha paz e rei felicidade, todos assumiram seus tronos. A jovem entrou no círculo e contou a eles sobre sua busca. Quando a rainha sabedoria se dirigiu a ela, ela reconheceu que era seu professor, o velho viajante. “Volte para sua terra e ensine a todos que vierem até você as coisas que você aprendeu aqui. Você é a semente que dará o fruto da harmonia por toda a terra uma vez mais. Mantenha a coragem. Haverá muitos testes. Mas a semente da esperança logo crescerá e quando todos os corações estiverem prontos, nós voltaremos.” “Lembre-se, todos os corações humanos contém qualidades bonitas. Não seja enganada por amargor e ódio. Estes tesouros que você encontrou dentro de você tocarão os outros profundamente. Nunca pare de acreditar em si mesma e a tarefa será completada rapidamente.” Valor trabalhado: amor Subvalores: coragem, esperança, perseverança Exemplo 33: Jogo de Xadrez Um jovem disse ao abade do mosteiro: Bem que eu gostaria de ser um monge, mas nada aprendi de importante na vida. Tudo que meu pai me ensinou foi jogar xadrez, que não serve para a minha iluminação. Além do mais, aprendi que qualquer jogo é um pecado. Pode ser um pecado, mas também pode ser uma diversão, e quem sabe este mosteiro não está precisando um pouco de ambos – foi a resposta do monge. O abade pediu um tabuleiro de xadrez, chamou um monge e mandou-o jogar com o rapaz. Mas, antes de a partida começar, acrescentou: Embora precisemos de diversão, não podemos permitir que todo mundo fique jogando xadrez. Então, teremos apenas o melhor dos jogadores aqui; se nosso monge perder, ele sairá do mosteiro e abrirá uma vaga para você. O abade falava sério. O rapaz sentiu que jogava por sua vida e suou frio; o tabuleiro se tornou o centro do mundo. O monge começou a perder. O rapaz atacou, mas então viu o olhar de santidade do outro; a partir daquele momento, começou a fazer jogadas erradas de propósito. Afinal de contas, preferia perder aquele jogo, porque o monge podia ser mais útil ao mundo. De repente, o abade jogou o tabuleiro no chão. Você aprendeu muito mais do que lhe ensinaram – disse ele. – Concentrou-se o suficiente para vencer, foi capaz de lutar pelo que desejava. Em seguida, teve compaixão e disposição para sacrificar-se em nome de uma nobre causa. Seja bem-vindo ao mosteiro, porque sabe equilibrar a disciplina com a misericórdia. Subvalores trabalhados: Coragem, compaixão, compreensão, sacrifício, autodisciplina Exemplo 34: Vaso com Rachaduras Histórias para pais, filhos e netos – Paulo Coelho Conta uma lenda indiana que um homem transportava água todos os dias para a sua aldeia, usando dois grandes vasos que prendia nas extremidades de um pedaço de madeira, que colocava atravessado nas costas. Um dos vasos era mais velho que o outro e tinha pequenas rachaduras; cada vez que o homem percorria o caminho até sua casa, metade da água se perdia. Durante dois anos o homem fez o mesmo percurso. O vaso mais novo estava sempre muito orgulhoso de seu desempenho e tinha certeza de que estava á altura da missão para a qual tinha sido criado, enquanto o outro vaso morria de vergonha por cumprir apenas metade de sua tarefa, mesmo sabendo que aquelas rachaduras eram fruto de muitos anos de trabalho. Estava tão envergonhado que um dia, enquanto o homem se preparava para pegar água no poço, decidiu conversar com ele: Quero lhe pedir desculpas, já que, pelo meu tempo de uso, você só consegue entregar metade da minha carga, e assim saciar a metade da sede que o espera em sua casa. O homem sorriu e lhe disse: Quando voltarmos, por favor olhe cuidadosamente o caminho. Assim foi feito. E o vaso notou que, do seu lado do caminho, cresciam muitas flores e plantas. Vê como a natureza é mais bela do seu lado? – perguntou o homem. – Sempre soube que você tinha rachaduras, e resolvi aproveitar-me deste fato. Semeei hortaliças, flores e legumes, e você as tem regado sempre, todos os dias. Já recolhi muitas rosas para decorar minha casa, alimentei meus filhos com alface, couve e cebolas. Se você não fosse como é, como poderia ter feito tudo isso? “Todos nós, em algum momento, envelhecemos e passamos a ter outras qualidades. É sempre possível aproveitar cada uma dessas novas qualidades para obter um bom resultado.” Subvalores trabalhados: Respeito, irmandade/fraternidade, respeito pelos demais, igualdade Exemplo 35: Fábula do Planeta Mônada Esta fábula é o relato de uma catástrofe que aconteceu num planeta distante. Somente agora a entendemos e, por isso, é nesse momento que a transmitimos a todos como foi desejo dos sobreviventes... “Numa galáxia distante, num planeta chamado MÔNADA, existiam seres bem diferentes de nós, é claro. Eram os EGS. No planeta só existiam duas aglomerações: SOMORRA E GODOMA onde moravam os EGS. Entre eles havia uma espécie de casta. Os Egões eram a minoria e de várias maneiras dominavam os demais, os Eguins. O que distinguia as cartas uma das outras era a quantidade de um material abstrato chamado DIN, que todos no planeta eram condicionados a juntar desde pequenos. Uma das formas de dominação era representada por uma espécie de aparelho que todos tinham em suas OIKAS – o HIPNOS. Os Egões, que controlavam o tal aparelho, queriam que todos habitantes de Mônada fossem iguais em pensamentos e objetivos, por isso era sua intenção que em todas as oikas houvesse um hipnos para cumprir tal finalidade. Esse aparelho impedia-os de pensar direito, até mesmo de se olharem. Ficavam todos olhando para hipnos, que transmitia uma doença desconhecida entre nós: a aquisitite crônica induzida ou consumite compensatória, cujo sintoma era a verborragia superficiosa. Até a nudez e a procriação eram complicadas e cheias de mistérios – só para gerar mais confusão e desentendimento entre eles. O trabalho era sacrifício e o Amor, pecado. Hipnos também transmitia mensagens diretas ou indiretas, para que todos quisessem Ter mais e mais o tal din. E como muitos começaram a usar de artifícios ilícitos para conseguir din, os Egões estipularam regras, de modo a parecer que todos os Egs tinham os mesmos direitos. Só que essas regras, por serem feitas pelos Egões, beneficiavam sobretudo a eles mesmos. Todos os Egs eram muito doentes, porque existiam alguns Egões que envenenavam a própria comida – eram os AGROCÔMICOS. E, para curar esses envenenamentos, existiam Egões que estudavam só para esse fim: eram os REMENDADORES OU MEDEGÕES. O medegão que remendava o dedão do pé não sabia remendar o dedão da mão e vice-versa. Quanto mais títulos um medegão ou agrocômico tinha na frente do nome, mais din ele ganhava: Dr. Phd, Ms, etc... Entretanto, os Egs não sabiam que existiam outros seres que também eram vivos – os GRANDES IRMÃOS. Ninguém percebia que eles eram vivos, porque todos estavam muito ocupados em ganhar din. Esses seres eram irmãos entre si. Um deles, TÉR, onde tudo se assentava, era responsável pelos alimentos, pelas roupas, pelo clima e a moradia. O Irmão AGU, por intermédio de grandes sulcos planejados pelo Grande Engenheiro, ajudava os seres vivos a terem alimento e a Bebida da Vida. Havia ainda a Irmã Invisível, cuja presença só era notada quando os habitantes fechavam os NASOS. Os Grandes Irmãos já não suportavam mais o modo como os Egs os tratavam, na ânsia de conseguir e acumular din, através deles. A ganância dos Egs estava matando os Grandes Irmãos... Tér, por exemplo, não aguentava as máquinas pesadas que o cortavam, os produtos químicos que jogavam em cima dele, ou a retirada de sua pele verde. Agu era o que mais sofria. Tudo o que não se usava para gerar din era atirado nele. Chegaram ao cúmulo de jogar fezes nele. Agu estava bravo: -“Dei o melhor que pude – vocês não me deram valor – me injetaram drogas e venenos – agora morro...primeiro vou feder bastante para que vocês percebam. Será meu ultimato. Todos tiveram chance. Não ouviram. Pagarão caro a Bebida da Vida, que antes era dádiva de Deus, até eu, que outrora fui cristalino, cheio de vida, estou morrendo... A Irmã Invisível, como sinal de revolta, foi deixando soltos no ar todos os gases venenosos que recebia. O Irmão Múu era impiedosamente morto a marteladas, e , na hora da morte, lançava na própria carne todas as sensações daquele momento: o medo, a ira, a revolta e a angústia – assim, os Egs que o devoraram assimilavam tudo aquilo: era uma espécie de vingança. A morte, as doenças e os desastres chegavam sutilmente a todos os cantos, mas os Egs não percebiam a revolta dos Grandes Irmãos. A fome e a miséria cercaram Somorra e Godoma. Quem mais sofria, geralmente eram os Eguins. Todos esses acontecimentos porém, foram insuficientes para despertar os Egs do seu egoísmo. Tampouco entendiam a linguagem dos Grandes Irmãos, que eram os terremotos, as enchentes, as secas, as epidemias, etc. Então, os Grandes Irmãos se reuniram e convocaram o Grande Engenheiro e disseram: - “Senhor, os Egs estão nos matando, eles não entendem nossa linguagem – teremos que destruí-los ou eles nos matarão.” Mas o Grande Engenheiro, além de justo, era senhor de todo o Amor e resolveu dar uma oportunidade aos habitantes daquele planeta longínquo. Disse: - “Vou fazer nascer entre os Egs seres que viverão em harmonia com vocês, Grandes Irmãos. Eles tentarão ensinar que a Vida se realiza através do Amor, do respeito e da gratidão por todas as criaturas. Saberão que o planeta é uma Grande Orquestra, onde todo ser vivente, por menor que seja, é tão importante quanto qualquer outro. Eles serão simples, humildes e não se interessarão por din. Serão felizes, mesmo sem ele. Farão com que todos os Egs ouçam as palavras: Simplicidade, Justiça, Sorriso e Amor. Esses novos seres chamar-se-ão AMS.” Entretanto, os primeiros Mas foram cruelmente maltratados e ridicularizados. Diziam os Egs: - “Amor ao próximo? Simplicidade? Vocês este é drogados, seus vagabundos.” Mas os AMs insistiam: - “Tudo no planeta é interligado e interagente. O verdadeiro Tesouro não pode ser roubado nem enferrujado, nem sofre desajuste monetário – busquem o Reino da Paz primeiro, depois o resto virá por acréscimo. Sejam livres: quanto menores as nossas necessidades, maior nossa liberdade. Vejam os Irmãos Voadores, que não plantam nem enceleiram, porém o Grande Engenheiro não lhes deixa faltar nada – acaso somos inferiores a eles?” -“Chega. Chega.” – Gritavam os Egs, que não queriam ouvi-los – “vocês estão drogados”. Dizendo isto, espancaram os AMs . Chegavam ao cúmulo de pendurar um deles num pedaço de pau. Irados com esse acontecimento, os Grandes Irmãos se reuniram novamente convocaram o Grande Engenheiro. Disseram-lhe: - “Senhor, infelizmente achamos que devemos eliminar os Egs do planeta – permita-nos cumprir essa limpeza.” Novamente o Ser Supremo deu prova do seu imenso Amor, dizendo: - “Desta vez, os AMs serão exemplos vivos da Verdade Única, Eles sairão de Somorra e Godoma e viverão junto à Irmã Verde. Daqui a algum tempo vocês poderão separar o joio do trigo”. Os AMs eram como uma grande família. Entre eles existia uma verdadeira união, viviam alegres e sorrindo. Achavam que um corpo saudável, através duma alimentação natural, traria saúde e, tendo saúde, eram felizes e, tendo felicidade, não precisavam do tal din. O Irmão Sol ensinou-lhes como cozinhar os alimentos sem precisar cortar as Irmãs Árvores, a Irmã Invisível movia cataventos que moíam cereais, bombava água e gerava luz. O Irmão Agu trabalhava com prazer para eles. Ele girava rodas enormes, que eram ligadas às serras circulares, nas marcenarias dos AMs. Não conheciam as palavras explorar, matar. Antes de cortar determinada árvore, eles plantavam três ou quatro da mesma espécie. Cortavam somente quando era necessário, e respeitavam muito cada uma delas na Sinfonia do Equilíbrio do Planeta. Parte do ano era dedicada a plantar, cuidar da plantação e à colheita, mas a maior parte do ano era dedicada à apreciação da Arte, da Cultura, à Meditação e ao aprendizado com os Grandes Irmãos. Uma das lições que eles mais gostavam era ensinada pelos Irmãos Pássaros, que dizia: - “Quanto menos a gente tem, mais leve a gente fica, mais alto a gente voa e mais longe a gente vê”. A Irmã Semente dizia: - “Todos vocês são deuses por dentro, assim como dentro de mim existe um pomar”. A Irmã Flor dizia: - “Quando a vaidade e ambição se aproximarem de vocês, lembre-se de mim, sou bela e feliz e para isso só preciso de um pouco de água, de sol e de ar”. O Irmão Tér ensinava a plantar; - “Devolvam-me tudo o que não usarem para comer, os pequenos irmãozinhos do chão farão com que tudo se torne adubo, outra vez. Observam, é um ciclo, os restos de uns são alimentos de outros”. A Irmã Verdade ensinou: - “Nunca minta. Quando chegar o momento em que você não mentir mais, diga ao cego: VOCÊ ENXERGA. – e ele enxergará; a montanha: ATIRA-TE AO MAR – e ela cairá ao mar. Simplesmente porque você não mente.” O Irmão Lago disse: - “Observe o reflexo do Sol quando minhas águas estão calmas. Assim também é o reflexo do Ser Divino que jaz dentro de cada um de vocês, quando as mentes estão calmas”. E outras lições maravilhosas, os Grandes Irmãos ensinavam aos AMs. Lá, em Somorra e Godoma, os Egs contraíram uma nova doença: a COMPLIQUITE COMPLICOSA. Essa doença fazia tudo parecer mais complicado. Nenhum Eg entendia o simples, o belo. Era tudo assim: “A maior usina do mundo”, ou “Energia Nuclear”, ou complicadas cirurgias para extirpar um sintoma. Como a vida dos Egs era muito sem sentido apareceram muitos falsos profetas que enganaram até alguns AMs. Seu lema era “Toxi-magi-sex”. Prometiam a consciência Cósmica, mas só chegavam na Inconsciência Cômica. Diziam: “disciplina e coisa ultrapassada a moda agora e a libertinização dos instintos reprimidos – desbloquear – se iluminar fazendo a coisa que mais gosta ... vale tudo. Começaram até a usar armas nucleares, que diziam servir para curar a dor de dente. “Que maravilha o uso pacífico da Bomba Atômica” diziam. Numa dessas explosões “pacíficas”, o céu e o Sol ficaram encobertos por uma enorme fumaça, como a de uma enorme fornalha. Dessa fumaça irromperam gafanhotos dotados de poderes semelhantes aos escorpiões da terra. Foi-lhe dito que não picassem nenhum dos Grandes Irmãos e nenhum dos AMs, porque eles traziam na fronte a marca de Deus... Valores trabalhados: Paz, verdade, amor, não-violência, retidão Exemplo 36: Elemento Transformador Num certo dia, o Sol e o Vento Mau do Norte estavam numa acirrada discussão. Queriam descobrir qual dos dois era o mais forte. A conversa durou muito tempo até que, por consenso, eles resolveram colocar à prova suas forças. Para isso, escolheram um viajante que seguia por uma estrada montado em seu cavalo. Veja – falou o Vento -, vou atirar-me sobre ele e rapidamente arrancar-lhe o casaco. E assim fez. O Vento soprou com toda a sua violência e ódio. Porém, quanto mais ele se embrenhava em sua investida, mais o viajante se protegia. Abotoou o casaco, resmungou contra a ventania e seguiu o seu caminho. O Vento ficou furioso e cobriu de neve o pobre viajante. Maldizendo o tempo ruim, o homem afivelou a cintura, enfiou as mãos no bolso do casaco e apertou os braços contra o corpo. O Sol, assistindo ao trabalho cruel de seu rival, deu um largo sorriso, surgiu por trás das nuvens e derramou carinhosamente seus raios. Secou a terra e ao mesmo tempo aqueceu e enxugou o viajante, que já estava quase congelado. O homem, sentindo o calor bondoso dos raios do Sol, levantou a cabeça em direção a ele, rendendo-lhe uma benção. E então tirou o casaco, dobrando-o e amarrando-o na garupa do cavalo. - Está vendo? – disse o Sol ao Vento.- Acreditas agora que com brandura, bondade e amor pode-se fazer muito mais do que com violência, maldade e ódio? O amor é o supremo elemento transformador do universo. Exemplo 37: Fábula do Cuidado Esta história da mitologia greco-latina. Com uma bela imagem, ela nos diz por que o cuidado é a verdadeira essência humana. “Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco do barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter. Cuidado pediu que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado. Quando, porém, Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse posto o seu nome. Enquanto Júpiter e Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também conferir seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da Terra. Originou-se então uma discussão generalizada. De comum acordo, pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão, que pareceu justa: você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da morte dessa criatura. Você, Terra, deu-lhe o corpo; o receberá de volta quando essa criatura morrer. Mas você, Cuidado, foi quem primeiro moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver. E, uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada Homem, isto é, feita de húmus, que significa terra fértil.” Subvalor trabalhado: respeito físico (pelo corpo) Exemplo 38: Narada Uma vez o sábio Narada veio à presença do Senhor. O Senhor perguntou: "Narada, em todas as suas viagens pelo mundo, você foi capaz de descobrir o principal segredo do universo? Você foi capaz de entender o mistério por trás deste mundo? Onde quer que você olhe, você vê cinco grandes elementos: terra, água, fogo, ar e éter. Qual você pensa ocupar o primeiro lugar? De tudo que pode ser encontrado no universo, o quê pode ser considerado o mais importante de todos?" Narada pensou um instante e então respondeu: "Senhor, dos cinco elementos, o mais denso, o maior e o mais importante é certamente o elemento terra." O Senhor respondeu: "Como pode o elemento terra ser o maior quando três quartos da Terra são cobertos pela água e apenas um quarto é terra? Essa terra toda está sendo engolida pela água. O quê é maior: a coisa que está sendo engolida ou aquilo que esta engolindo?" Narada reconheceu que a água era maior por ter engolido a terra. O Senhor continuou seu questionamento. Ele disse: "Mas, Narada, nós temos o antigo conto no qual, quando os demônios se esconderam nas águas, a fim de encontrá-los, um grande sábio veio e engoliu o oceano inteiro num só gole. Você acha que o sábio é maior ou o oceano é maior?" Narada teve de concordar que, sem dúvidas, o sábio era certamente maior do que a água que tinha engolido. "Mas," continuou o Senhor, "é dito que quando ele deixou seu corpo terreno, este mesmo sábio se tornou uma estrela no firmamento. Esse grande sábio está aparecendo, agora, somente como uma pequena estrela na vasta extensão do céu. Então, o que você acha que é maior: o sábio ou o céu ?" Narada respondeu: "Swami, o céu é certamente maior do que o sábio." Então o Senhor perguntou: "Ainda assim, nós sabemos que, uma vez, quando o Senhor veio como avatar e encarnou num corpo de anão, Ele se expandiu tão enormemente que era capaz de cobrir ambos, a terra e o céu, só com um de Seus pés. Você acha que o pé de Deus é maior, ou o céu?" "O pé de Deus certamente é maior," Narada respondeu. Mas o Senhor perguntou: "Se o pé do Senhor é tão grande, então... e sua forma infinita? Nessa hora, Narada sentiu que havia chegado à conclusão final. "Sim", disse exultante, "o Senhor é maior do que tudo. Ele é infinito, além das medidas. Em todos os mundos, não há nada maior do que Ele." Mas o Senhor tinha ainda mais uma pergunta. "E o devoto que foi capaz de prender este Senhor infinito dentro de seu próprio coração? Diga-me agora, Narada, quem é maior: o devoto que tem o Senhor preso ou o Senhor que é preso pelo devoto?" Narada teve de admitir que o devoto era maior até mesmo que o Senhor e que, conseqüentemente, o devoto deve vir primeiro em importância sobre tudo, ultrapassando até mesmo o Senhor. Subvalores trabalhados: espírito de investigação, busca do conhecimento Exemplo 39: Sinais de Deus Conta-se que um velho árabe analfabeto orava toda noite com tanto fervor e com tanto carinho que, certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o à sua barraca e lhe perguntou: - Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, se nem ao menos sabes ler? O velho respondeu: - Grande senhor, conheço a existência de nosso Pai celeste pelos sinais Dele. - Como assim? - indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou: - Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? - Pela letra. - E quando o senhor admira uma jóia, como sabe quem a confeccionou? - Pela marca do ourives, é claro. - Quando ouves passos de animais ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi? - Pelos rastros. Então, o velho crente convidou-o para sair da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso: - Senhor, aqueles sinais lá em cima não podem ser de homens! Naquele momento, o orgulhoso caravaneiro rendeu-se às evidências e, ali mesmo na areia, sob a luz prateada do luar, começou a orar também. Exemplo 40: Homem Um cientista vivia trancado em seu laboratório, procurando respostas para os problemas do mundo. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu sua sala, decidido a ajudá-lo. Impaciente, o cientista pediu que o filho fosse brincar em outro lugar, no entanto, sem sucesso. Então procurou algum objeto que pudesse entreter a curiosidade do menino, logo encontrando o mapa-múndi impresso na página de uma revista. Recortou o mapa em vários pedaços, pegou um rolo de fita adesiva e entregou tudo ao filho, dizendo: Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo, todo quebrado, para consertar. Veja se consegue fazer tudo direitinho. Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Porém, algumas horas depois, ouviu a voz do filho: Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho! Incrédulo, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria uma mapa sem sentido. Mas, para sua surpresa, o mapa estava completo, com tudo em seus devidos lugares. Você não sabia como era o mundo, meu filho. Como conseguiu? Pai , eu não sabia como era o mundo, tentei consertar, mas não consegui. Mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado, havia a figura de um homem. Então lembrei disso, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo. Exemplo 41: Serenidade Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade. O mestre perguntou: Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir... Valor trabalhado: Paz Subvalores trabalhados:calma, equanimidade Exemplo 42: Diferenças Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças. O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito. Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes." A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos. Exemplo 43: Visão Um condutor de elefantes tinha seis filhos, todos eles cegos. Certa feita, ele deu a eles a tarefa de lavar o elefante. Quando os irmãos terminaram o serviço, começaram a discutir sobre que tipo de animal era o elefante. “Isso é fácil”, disse um deles. “O elefante são alguns ossos.” Esse filho estivera lavando as presas do elefante. “Como você pode dizer uma coisa dessas?”, protestou um outro filho. “O elefante é uma corda espessa.” Esse filho estivera lavando a tromba do elefante. “O terceiro filho insistiu em que o elefante tinha a forma de alguns leques. Esse filho estivera lavando as orelhas do elefante. “Ao quarto filho, o elefante parecia quatro colunas. Esse filho estivera lavando as pernas do elefante. “O quinto filho estivera lavando os flancos do elefante; esse filho o descreveu como uma parede que respirava. “O sexto e último filho gritou: “Meninos, vocês não vão me enganar! Eu sei o que ele é. Por experiência própria, descobri que o elefante é uma pequena corda pendente do céu.” Esse filho estivera lavando a cauda do elefante. “Como cada filho expressasse a própria opinião insistentemente, seguiu-se uma discussão acalorada. Depois de algum tempo, o pai foi ter com eles e os ouviu gritar uns com os outros. Ao ouvir semelhante onda de intolerância, cada vez maior, ele brandou, aos risos: “Meus filhos, vocês estão brigando à toa!” “À toa?, gritou um deles. “Meus irmãos são todos mentirosos, e têm audácia de chamar a mim de mentiroso!” “Meus queridos filhos”, disse o pai de modo apaziguador, “cada um de vocês lavou apenas uma parte do elefante, mas eu o vi inteiro. O elefante é tudo aquilo que cada um de vocês diz que ele é, mas”, acrescentou, “ele é muito mais do que qualquer um de vocês imagina.” “E continuou a descrever para os filhos a aparência do elefante. “Assim, meus filhos”, concluiu, “vocês estão todos certos – mas também estão enganados!” “O mesmo se dá com respeito a Deus e com as abordagens que as diferentes religiões fazem dEle. Deus é um, mas são diversos os caminhos que levam a Ele.” Valor trabalhado: Verdade Exemplo 44: Lição do Bambu Chinês Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada por aproximadamente 5 anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo. Durante 5 anos todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas... Uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Então, no final do 5º ano o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros. Um escritor de nome Covey escreveu: "Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir o seu crescimento e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará e com ele virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava..." O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos e de nossos sonhos... Em nosso trabalho especialmente, que é um projeto fabuloso que envolve mudanças de comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização, devemos sempre lembrar do bambu chinês para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão. Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida: a Persistência e a Paciência, pois você merece alcançar todos os seus sonhos!!! "É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão." Exemplo 45: Magia da Comunicação Havia um cego que pedia esmola à entrada do Viaduto do Chá, em São Paulo. Todos os dias passava por ele, de manhã e à noite, um publicitário, que deixava sempre alguns centavos no chapéu do pedinte. O cego trazia pendurado no pescoço um cartaz com a frase: “CEGO DE NASCIMENTO. UMA ESMOLA POR FAVOR.” Certa manhã, o publicitário teve uma idéia. Virou o letreiro do cego ao contrário e escreveu outra frase. À noite, depois de um dia de trabalho, perguntou ao cego como tinha sido o dia dele. O cego respondeu, muito contente: Até parece mentira, mas hoje foi um dia extraordinário. Todos que passavam por mim deixavam alguma coisa. Afinal, o quê é que o senhor escreveu no letreiro??? O publicitário havia escrito uma frase breve, mas com sentido e carga emotiva suficientes para convencer os que passavam a deixarem algo para o cego. A frase era: “EM BREVE CHEGARÁ A PRIMAVERA E EU NÃO PODEREI VÊ-LA.” Moral da história: Na maioria das vezes, não importa O QUÊ você diz, mas COMO você diz. ESTA É A MAGIA DA COMUNICAÇÃO! Exemplo 46: Meu Melhor Amigo Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO. No entanto seguiram viagem e chegaram a um oásis, onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, porém sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou uma faca e escreveu numa pedra: HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA. Intrigado, o amigo perguntou: Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra? Sorrindo, o outro amigo respondeu: Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de tudo apagar; porém, quando o amigo nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar. Valor trabalhado: Amor Exemplo 47: Amor no Coração Numa sala de aula havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora: "Professora, o que é o amor?". A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nela o sentimento de amor. As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse: “Quero que cada um mostre o que trouxe consigo”. A primeira criança disse: “Eu trouxe esta flor, não é linda?”. A segunda criança falou: “Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção”. A terceira criança completou: “Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?”. E assim as crianças foram se colocando. Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Esta estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. A professora se dirigiu a ela e perguntou: “Meu bem, por que você não trouxe nada?”. E a criança timidamente respondeu: “Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume durasse mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?”. A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração. Valor trabalhado: Amor, não-violência Subvalor: respeito pela vida Exemplo 48: Procurando Deus "Certo homem estava morrendo de diabete. Os médicos lhe haviam dados apenas três meses de vida. Ele tomou uma decisão: 'Se tudo o que me resta são três meses, vou passá-los procurando Deus.' Aos poucos, ele se disciplinou no sentido de sentar para meditar por períodos cada vez mais longos todos os dias. E durante todo o tempo ele continuava rezando: 'Senhor, entra neste templo arruinado.' Três meses se passaram, e ele continuava vivo. Passou-se mais um ano. Continuando a rezar intensamente, aos poucos ele aumentou seu período de meditação para dezoito horas por dia. Passaram-se mais dois anos. Depois de três anos, de repente, uma forte luz tomou conta do seu ser. Ele entrou em êxtase. Ao voltar desse estado divino, descobriu que o seu corpo fora curado. 'Senhor', rezou, 'não pedi para ser curado. Tudo o que pedi foi que viesses até mim!' 'E a voz do Senhor respondeu: 'Onde penetra a minha luz, não há treva que perdure.' O santo então escreveu com o dedo na areia: E, neste dia, o Senhor entrou no meu templo em ruínas e o restaurou!" Valor trabalhado: verdade (subvalor fé) Exemplo 49: Uma Flor Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza... Passou uma jovem e ficou admirada com a flor. Logo pensou em Deus. Cortou a flor e a levou para a igreja. Mas, após uma semana a flor tinha morrido. Após algum tempo, uma flor nasceu no mesmo local no meio das pedras. Passou um homem, viu a flor, pensou em Deus, agradeceu e a deixou ali; não quis cortá-la para não matá-la. Mas, dias depois, veio uma tempestade e a flor morreu... Passado algum tempo, no mesmo local nasceu uma flor ... Passou uma criança e achou que aquela flor era parecida com ela: bonita, mas sozinha. Decidiu voltar todos os dias. Um dia regou, outro dia trouxe terra, outro dia podou, depois fez um canteiro, colocou adubo... Um mês depois, lá onde tinha só pedras e uma flor, havia um jardim ! ASSIM SE CULTIVA UMA AMIZADE . . . Exemplo 50: Confiança Existiu um lenhador que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite. Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como animal de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem; e portando, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho! Um dia o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários - ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada ... O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa. Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço uma cobra morta. O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos. Exemplo 51: Um Projeto Especial Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar, assim sendo, informou o patrão, de seu desejo em sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família, ainda disse, que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar. A empresa não seria afetada pela saída do carpinteiro, mas seu chefe estava triste em ver um bom funcionário partir. Apesar da determinação do carpinteiro, seu chefe pediu-lhe para que trabalhasse em mais um projeto, como um favor pessoal, pois seria o último. O carpinteiro concordou, mas era fácil ver-se que não estava nada entusiasmado com a idéia. Deu início ao projeto, prosseguiu, terminando-o, fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Foi uma maneira nostálgica dele terminar sua carreira. Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa. Assim que terminou, deu a chave da casa ao carpinteiro e disse: "Esta casa é sua. É o meu presente, em consideração aos anos de dedicação". O carpinteiro ficou muito surpreso. "Que pena!", pensou ele, "se eu soubesse que estava construindo a minha própria casa, teria feito tudo diferente". O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, dia a dia, e muitas vezes fazendo aquém do nosso melhor. Mais tarde, com surpresa, descobrimos que precisamos viver na casa que construímos. Valor trabalhado: retidão Exemplo 52: Uma Flor Rara Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem e uma família unida. O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso. O trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo, e pouco sobrava para a família. Um dia, seu pai, um homem muito sábio, deu a ela uma flor muito cara e raríssima, da qual havia apenas um único exemplar em todo o mundo. E disse a ela: Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas de regá-la e podá-la de vez em quando, às vezes conversar um pouquinho com ela, e ela dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas cores. A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, o trabalho consumia todo o seu tempo e a sua vida, não permitindo que ela sequer cuidasse da flor. De volta à sua casa, ela olhava a flor, que ainda estava lá, não mostrando sinal de fraqueza ou morte. Apenas estava lá, linda, perfumada. Então ela passava direto. Até que um dia, mal entrara em sua casa, a jovem leva um susto! Sem mais nem menos, a flor morreu. Suas pétalas estavam murchas e escuras, suas folhas, ressecadas. A jovem chorou muito e contou a seu pai o que havia acontecido. Seu pai então respondeu: Eu já imaginava que isso aconteceria e não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa. Ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. A relação com as pessoas que nos amam é como a flor: você deve aprender a cultivá-la, dar atenção a ela. Assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre colorida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama! Valor trabalhado: Amor (subvalores:Ter cuidado, carinho, dedicação) Exemplo 53: A Parábola da Caixinha Um granjeiro pediu certa vez a um sábio que o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de papel, o qual foi colocado numa caixa. Ao entregá-la ao granjeiro, disse: Leva esta caixa por todos os lados de sua granja, três vezes ao dia, durante um ano. Assim fez o granjeiro. Pela manhã, ao ir ao campo, levando a caixa consigo, encontrou um empregado dormindo, quando este deveria estar trabalhando. Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio-dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos ainda sem sua alimentação. E à noite, indo à cozinha com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os alimentos. A partir daí, todos os dias, ao percorrer sua granja de um lado para outro com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas. Ao final do ano voltou a encontrar o sábio e lhe disse: Deixe esta caixa comigo por mais um ano. Minha granja melhorou o rendimento desde que estou com o amuleto. O sábio riu e, abrindo a caixa, disse: Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida. No papel havia escrito a seguinte frase: “Se queres que as coisas melhorem, deves acompanhá-las de perto constantemente”. Exemplo 54: Anjo Protetor Uma criança, pronta para nascer, perguntou a Deus: Dizem-me que estarei sendo enviada à Terra amanhã... Como vou viver lá, sendo assim tão pequena e indefesa? Deus: Entre muitos anjos, escolhi um especial para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você. Criança: Mas, diga-me, aqui no Céu eu não faço nada, a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá? Deus: Seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante, sentirá o amor do seu anjo feliz. Criança: Como poderei entender quando falarem comigo se eu não conheço a língua que as pessoas falam? Deus: Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar. Criança: E o que farei quando quiser te falar? Deus: Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar. Criança: Eu ouvi que na Terra há homens maus. Quem me protegerá? Deus: Seu anjo lhe defenderá, mesmo que signifique arriscar sua própria vida. Criança: Mas eu serei sempre triste porque não te verei mais... Deus: Seu anjo sempre falará sobre Mim e lhe ensinará a maneira de vir a Mim e Eu estarei sempre dentro de você. Nesse momento, havia muita paz no Céu, mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas. A criança, apressada, pediu suavemente: Oh, Deus! Se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me, por favor, o nome do meu anjo. Deus: Você chamará teu anjo de MÃE! Valor trabalhado: Amor (subvalor amor maternal) Exemplo 55: A Lenda do Sábio e do Escorpião O Sábio e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O Sábio correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então a margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, recolheu o escorpião e o salvou. Voltou o Sábio e juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados. "Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!" O Sábio ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu: "Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha." Valor trabalhado: Não-Violência (subvalor compaixão) Exemplo 56: A Viagem Um dia um pai de família rica levou seu filho para viajar para o interior com o firme propósito de mostrar quanto as pessoas podem ser pobres. Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre. Quando retornaram da viagem, o pai perguntou ao filho: -- Como foi a viagem? -- Muito boa Papai! -- Você viu como as pessoas pobres podem ser?, o pai perguntou. -- Sim. -- E o que você aprendeu? -- o pai perguntou. O filho respondeu: -- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim...Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, eles têm as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada, eles têm uma floresta inteira... Quando o pequeno garoto estava acabando de responder, seu pai ficou estupefato. O filho acrescentou: -- Obrigado, pai, por me mostrar o quanto "pobres" nós somos!. Tudo o que temos depende da maneira como olhamos para as coisas. Se temos amor, amigos, saúde, bom humor e atitudes positivas para com a vida, temos tudo! Exemplo 57: As Três Peneiras Um rapaz procurou Sócrates e lhe disse que precisava contar algo. Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: “O que vai contar passou pelas três peneiras?” Três peneiras? Sim, a primeira é a Verdade. O que você contar dos outros é um fato? Caso apenas tenha ouvido falar, a coisa deve morrer por aí mesmo. Suponhamos, então, que seja verdade. Deve, então passar pela Segunda peneira: a Bondade. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho ou a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade, é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a Necessidade. Convém contar? É necessário contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta? E arremata Sócrates: Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você, seu irmão, iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta. Exemplo 58: A Importância do Perdão O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado. Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito isso comigo. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho, que continua a reclamar: O Juca me humilhou na frente de meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola. O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe se aproxima do menino e lhe pergunta: Filho, como está se sentindo agora? Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala: Venha comigo, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho, onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e olhos. O pai, então, lhe diz ternamente: Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos. Valor trabalhado: Não violência, Paz Subvalores: perdão, calma, equilíbrio, equanimidade Exemplo 59: O General se Arrepende Um dia, um mestre decidiu tomar uma barca para atravessar um rio. Depois que ela deixou a margem, um general levando uma espada e um chicote na mão, chegou de repente, gritando: “Espere, eu também vou!” Quase todos na barca concordaram que ela não deveria voltar para apanhar o general, assim o barqueiro gritou: “Espere pela próxima barca!” Então, o mestre disse para o barqueiro: “Ainda estamos muito próximo da praia. Volte e o apanhe”. Vendo que era um monge que falava, o barqueiro voltou e apanhou o general. Quando o general subiu no barco, ele ficou perto do mestre e deu-lhe uma chicotada, gritando: “Levante-se, dê-me seu lugar!” E se fez um silêncio absoluto na barca, ninguém ousava pronunciar sequer uma palavra. Logo o sangue começou a pingar da cabeça do mestre. Ele levantou-se sem dizer uma palavra. Todos estavam com medo e não ousaram falar. Embora soubesse que estava errado, o general era muito arrogante para se desculpar. Quando a barca chegou do outro lado do rio, o mestre desceu e foi para a beira do rio lavar o sangue de seu rosto. O general sentiu grande remorso pelo que havia feito. Ele aproximou-se do mestre, ajoelhou-se diante dele e disse: “Mestre, estou muito arrependido!” O mestre disse gentilmente: “Não se preocupe. Pessoas viajando longe de casa, algumas vezes se sentem melancólicas”. PONTOS A SEREM DESTACADOS NESTE CONTO A importância de não se irritar, o controle da ira. subvalor tolerância (tolerar a calúnia, o abuso, o ridículo). O tolerante é um forte, pois possui o autocontrole (outro subvalor) A importância da não-violência. A violência pode provocar o medo, mas não conquista o respeito das pessoas. Somente a tolerância pode tocar os corações dos arrogantes. Este conto pode ser dramatizado com grande facilidade. Jogos para a vida Objetivos Demonstrar porque os Jogos para a Vida são críticos para o desenvolvimento do adolescente. Dar uma rápida visão do processo de aprendizado para facilitar o projeto e a execução das atividades. Ensinar como conduzir os Jogos para a Vida efetivamente. Mostrar qual é a principal expectativa dos Jogos para a Vida. Destacar as várias metodologias usadas nos Jogos para a Vida. A VIDA É UM JOGO; JOGUE-O! Porque? Compreensão com base na experiência Desenvolvimento pessoal Focaliza: Valores positivos Absorção desses valores pela consciência Como? Jogos no estilo gerencial Jogos experimentais Quebra-gelo Energizadores Caça ao Tesouro Desenvolvimento Pessoal – baseados em habilidades Yoga Componentes das atividades: Simulações Imaginação guiada Exercícios estruturados Encenação de papéis (role playing games) Discussões Exercícios Apresentações em grupo Comunicação interpessoal. Introdução Bhagavan Sri Sathya Sai Baba costuma dizer: “A vida é um jogo; jogue-o”. Os Jogos para a Vida são parte do Programa Educare para Jovens e constituem uma técnica que permite que os jovens tenham uma compreensão experimental da vida, partindo de uma abordagem dinâmica e agradável, que favorecerá seu desenvolvimento pessoal. Os jogos são projetados para focalizarem o desenvolvimento físico e mental dos jovens, e têm duas abordagens principais: Demonstrar valores positivos através da própria atividade (do jogo em si), e Favorecer a absorção desses valores pela consciência dos jovens, através de técnicas eficazes de Questionamento “Jogos para a Vida” compreende um amplo espectro de atividades e a participação neles normalmente envolve uma combinação de várias atividades componentes, que incluem: Simulações Imaginação guiada Exercícios estruturados Encenação de papéis (role playing games) Discussões Exercícios Apresentações em grupo Comunicação interpessoal. O objetivo final é que possamos compreender que a própria vida é um imenso aprendizado experimental, e que o próprio mundo é o mestre. “O próprio mundo é um grande mestre, um guia e uma inspiração constantes. É esta a razão pela qual o homem é cercado e sustentado pelo mundo. Cada pássaro, cada animal, cada árvore, montanha e estrela, e também cada pequeno verme encerra uma lição para o homem, caso ele possua tão somente a vontade e a sede de aprender. Estas duas transformam o Mundo em uma verdadeira Universidade para o ser humano, uma Ermida onde ele é o discípulo, desde o nascimento até a morte.” Sathya Sai Baba Extraído do livro Thought for the Day Aprender é um processo intrincado, uma vez que ele envolve experiências emocionais, físicas e cognitivas simultâneas, que ajudam o jovem a formular idéias e ideais em sua mente. Disto se conclui que é imperativo que o aprendizado se desenvolva de forma criativa e divertida, porque quanto mais divertido e aventuroso é o processo, mais receptivo será o jovem para as lições aprendidas através da sessão. “Jogos para a Vida” se propõe, essencialmente, a trabalhar as seguintes habilidades: comunicação, liderança, solução de problemas, trabalho em equipe e construção de equipe, tomada de decisões, criatividade, lidar com relacionamentos, manejo do tempo, planejamento e apresentação, e uma sucessão de outras habilidades que ajudarão no desenvolvimento integral do jovem. Os Jogos para a Vida também desempenham um papel vital em moldar a atitude diante da vida e sobre ela. Uma boa analogia para esta proposta dos Jogos para a Vida é: se alguém receber um copo com água pela metade, como ele ou ela o verá? Meio cheio ou meio vazio? Nos Jogos para a Vida o jovem é encorajado a ver o copo meio cheio e, deste modo, experimentar a vida como uma dádiva e uma oportunidade, e também a enxergar cada problema como um degrau a escalar, em vez de uma pedra para tropeçar. Níveis de aprendizado O processo de aprendizado pode ser divido em quatro estágios. Para facilitar a compreensão, esses estágios serão denominados nível 1, nível 2, nível 3 e nível 4. Nível 1 No nível 1 de aprendizado ocorre o seguinte processo: os sentidos servem como fonte de informação. Qualquer informação ou dado que seja recebido do ambiente exterior, como de livros ou outras fontes, é convertido em conhecimento. O conhecimento será armazenado na “unidade de processamento central” da mente, e esta acessará partes desse conhecimento quando a necessidade surgir. A mente procura sempre associar personagens ou situações com conceitos. É comum que as pessoas associem, por exemplo, o Mahatma Gandhi com o conceito de não-violência. Pode-se ter aprendido isto lendo-se sobre como Gandhi viveu seu ideal de não-violência e a maneira pela qual ele conseguiu, através da não-violência, derrotar um império inteiro, libertando a Índia das cadeias do domínio inglês. A pessoa pode, também, ter começado a conhecer Gandhi através de histórias como o episódio da estação de trem (Exemplo 16 do capítulo “Modelação do Caráter”). Enquanto Gandhi embarcava no trem, um de seus sapatos caiu nos trilhos. Como o trem começou a andar, Gandhi percebeu que não conseguiria recuperá-lo. Então, sem pensar duas vezes, descalçou o outro pé e atirou-o nos trilhos. Um amigo que o acompanhava perguntou espantado: “Porque você fez isso?” ao que Gandhi respondeu: “Para que serve um único sapato. Quem os achar poderá usar um par.” Nível 2 Neste nível há três partes: técnica, aplicação e bem-estar emocional. Enquanto que no nível 1 a ênfase era meramente o conhecimento, no nível 2 acrescenta-se a dimensão dramática – que sentimentos a situação provoca, ou seja, o aprendizado é experimental. Neste nível encoraja-se a rememoração de fatos, e isto permite uma compreensão melhor dos valores que estão sendo abordados. Por exemplo, uma encenação poderia ser montada usando a história acima. No processo, os jovens poderiam voltar no tempo e experimentar aquele momento em que Gandhi abandonou seus sapatos. Há três emoções envolvidas aqui: A disposição de Gandhi para o sacrifício e o serviço. O amigo de Gandhi que assistiu a tudo – a lição do desapego. A pobre pessoa que achou os sapatos. Nível 3 No nível 3, os jovens que foram expostos ao conhecimento, às técnicas e às emoções, têm agora que assimilar tudo em seu sistema de crenças. Esta é a parte complicada. Como convencemos os jovens de que tal e qual valor é digno de ser incorporado em seu repertório comportamental? Aqui, o coordenador de jovens tem um papel crucial, no qual ele ou ela precisa recorrer a uma intensa discussão emocional e engajar os jovens na contemplação das razões pelas quais aquele sistema de valores é importante para eles. Continuemos com o exemplo anterior. Agora que os jovens estabeleceram o contato emocional através da encenação, devem ser estimulados a refletirem e reagirem à situação. O coordenador precisa caminhar pelo terreno dos jovens e fazer perguntas instigantes, que os encorajem a compartilhar seus sentimentos. Algumas perguntas que poderiam ser feitas: Você também jogaria seu sapato e por que? (Por que não?) O serviço deve ser sempre orientado pelo dinheiro? Podemos fazer os outros felizes através de pequenas atitudes? Compartilhe conosco um breve exemplo de algo que você tenha feito para dar alegria a alguém. Nível 4 Este é o nível final. Nele, os jovens deverão experimentar uma mudança no seu sistema de valores. Partindo do conhecimento, técnica, aplicação, reação emocional e reflexão, o sistema de crenças terá sido alterado, estabelecendo-se aqui um paralelo com a noção de Thomas Kuhns sobre a “Mudança de Paradigma”, por meio da qual ocorre uma alteração fundamental no padrão de pensamento sobre suposições científicas. Este nível também permite ao jovem passar de mero espectador a ativo participante, através do reflexo em suas ações. Este nível de aprendizado é associado a uma elevada tolerância, e, portanto, opera a partir da mente superior. Esses níveis de aprendizado, que ocorrem através do princípio ACA (Absorção – Contemplação – Ação), originam uma mudança de paradigma, a qual, finalmente, conduzirá à realização da máxima: “A Finalidade da Educação é o Caráter.” (VEJA O DIAGRAMA DA PÁGINA SEGUINTE) Jogos Os jogos empregados da maneira correta não apenas produzirão alegria e risos, mas também trarão à tona os valores positivos do amor, paz, verdade, conduta correta e não-violência. Daí, é vital escolher jogos fundamentados em valores, e é importante observar que, ao final da atividade, o questionamento seja realizado eficientemente. É somente através do questionamento que o jovem perceberá a razão de ser do jogo, e a relevância dele para a sua vida pessoal. O poder dos jogos jamais deve ser subestimado, pois as lições aprendidas através deles podem ser comparadas a sementes de valores plantadas na mente subconsciente dos jovens. Com o tempo, essas sementes, se forem corretamente nutridas, germinarão e florescerão na forma de valores como respeito aos pais, amabilidade, generosidade, escolha do certo em vez do errado, etc. Propósitos dos Jogos Quebra-gelo: estreitamento dos relacionamentos, aumento da participação, perda de inibições; tudo que torna a convivência em grupo mais efetiva. Estimulam a participação e o envolvimento Criam atividade/movimento para quebrar a monotonia das longas sessões de palestras Aumentam a criatividade dos jovens através de novas idéias Acrescentam divertimento à sessão, para estimular os jovens à ação dinâmica. Ilustram de forma poderosa as lições para que os jovens as absorvam mais profundamente. Quanto mais aventura e divertimento a atividade tiver, maior será o seu potencial para o aprendizado. Nota: Bhagavan Baba falou sobre os quatro níveis de aprendizado como Smarana (absorção) – Níveis 1 e 2; Manana (contemplação, reflexão) – Nível 3, e Nidhdhiasana (integração do aprendido à própria vida, por o conhecimento em ação) – Nível 4. Eis um exemplo: O QUE REALMENTE IMPORTA Alguns anos atrás, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, todos os participantes, deficientes físicos ou mentais, reuniram-se na linha de partida dos 100 metros rasos. Com o disparo, todos partiram, não exatamente em disparada, mas, alegres por estarem participando da corrida, e com a perspectiva de vencer. Quer dizer, todos menos um rapaz, que tropeçou no asfalto, caiu umas duas vezes e começou a chorar. Os outros oito competidores ouviram o choro do rapaz. Eles reduziram a velocidade e pararam. Então, voltaram em direção à linha de partida. Cada um deles. Uma moça com Síndrome de Down agachou e beijou o rapaz, dizendo: “Isto é para melhorar.” Então, os nove entrelaçaram os braços e caminharam juntos até a linha de chegada. Todos os presentes no estádio aplaudiram de pé por dez minutos. Isto é particularmente importante, no conceito dos jogos para a vida. O coordenador de jovens deve ter cuidado em manter um ambiente divertido e amoroso, e o espírito da alegria. Armadilhas a serem evitadas É importante compreender que, embora os jogos sejam um componente importante do programa Educare para Jovens, eles não podem ser usados em substituição à sessão inteira. Algumas vezes os coordenadores de jovens, em seu entusiasmo, e desejando motivar os jovens a comparecerem à sessão, podem sobrecarregar suas sessões com jogos, e deixarem de fora não apenas os questionamentos, mas também as outras quatro técnicas de ensino do programa, que, sem dúvida, são importantes para o desenvolvimento integral do jovem. Façamos um analogia com um bolo com cobertura. O programa de jovens, composto de: Dinâmicas da Mente, Contato com a Consciência, Música e Criatividade e Modelação do Caráter é o bolo, enquanto que os Jogos para a Vida são a cobertura. Então, fica fácil constatar que todos os ingredientes são importantes para o desenvolvimento mental, espiritual e físico dos jovens. Além do mais, é prerrogativa do coordenador de jovens estar atento aos seguintes aspectos: Não intimidar nem humilhar os jovens Evitar contato físico entre meninos e meninas Usar jogos de eficácia comprovada, em vez de fazer os jovens de cobaias Não usar os jogos como passatempos. Preparação para o Jogo A pesquisa e a preparação são dois elementos-chave para o sucesso na implementação dos Jogos para a Vida. Nestes, não podem haver elementos surpresa para o coordenador, pois ele ou ela necessitam equipar-se com os materiais, técnicas e notas para questionamento necessários a um desfecho bem sucedido em todas as suas atividades. Por esta razão, a preparação é essencial. Aspectos da preparação: Testar e revisar todos os elementos das atividades, incluindo metodologia, seqüência e segurança pessoal dos participantes. Definir planos de reserva adequados para as incertezas: clima, acidentes, comparecimento de um número muito maior de jovens do que o previsto, o que fazer na falta de certos recursos necessários, etc. Identificar, ajustar e revisar as questões que possam tornar-se respostas possíveis para outras questões levantadas (daí, o questionamento ser fundamental). Testar previamente os novos jogos, em um ambiente simulado, para determinar sua praticabilidade e adequação. (Os participantes do teste podem ser outros jovens adultos, família ou amigos). Projetando Jogos/Aumentando o Repertório de Jogos O coordenador de jovens necessitará acrescentar novos jogos regularmente e aperfeiçoar os existentes, de modo a dispor de maior variedade e aumentar a eficácia quanto ao objetivo de transmitir mensagens positivas de valores humanos. Também é importante que o coordenador tenha acesso a jogos gerenciais, isto é, através de programas de “treinamento de treinadores”, por meio de amigos que tenham participado de tais sessões, manuais de treinamento, Internet, ou ele mesmo participar de sessões sobre tais assuntos, etc. O coordenador de jovens também tem a responsabilidade de garantir que os jogos recém descobertos sejam modificados para que se adaptem ao terreno dos adolescentes de um determinado ambiente. O coordenador de jovens também precisa compreender que ele tem somente uma chance de utilizar a atividade para transmitir a mensagem de valor, pois esse tipo de jogo perde 100% de sua utilidade após ter sido empregado pela primeira vez. Por isso, é fundamental que o Questionamento seja feito de forma perfeita. Preparação do Material para os Jogos É responsabilidade do coordenador de jovens garantir que todo o material necessário para o jogo esteja disponível no instante da atividade. É bastante desintegrador para o grupo o fato do coordenador tentar conduzir o jogo sem as ferramentas apropriadas. Os itens utilizados podem incluir: fichas de arquivo, canetas marca texto, blocos de papel, fita adesiva colorida, clipes de papel, bolas de barbante, vendas para os olhos, e qualquer outro material relevante para o jogo/atividade. Para o Questionamento, é importante ter impressos para distribuir, transparências, flip-chart, e anotações auxiliares para o questionamento, a fim de tornar a atividade mentalmente estimulante, além de ser fisicamente divertida. Estabelecendo um ambiente animador É de grande utilidade estabelecer um ambiente animador, que encoraje o envolvimento alegre, porém seriamente comprometido. Use o divertimento e a alegria para estabelecer conexões entre os jovens, e deixe que a “criança” dentro deles venha a tona para brincar durante as atividades. Participação Embora os jogos possam ser, ao mesmo tempo, divertidos e instrutivos, deve-se ter cuidado em garantir que ninguém seja constrangido a realizar qualquer atividade que não queira fazer. A livre escolha propicia um compromisso maior com as atividades e acelera o processo de aprendizado. Aqueles que optarem por ficarem de fora de uma atividade não devem ser relegados a um segundo plano, porque normalmente há algumas facetas da mesma atividade nas quais os relutantes podem tomar parte. Eles podem ser novatos, naturalmente tímidos, reservados, ou podem ter problemas pessoais! Faça com que se integrem lentamente, com carinho e amor. A participação ativa e a interação do grupo aumentam a “pressão dos pares” no sentido positivo, e franqueiam ao jovem o fórum aonde pode expressar os problemas que o possam estar incomodando no momento. O coordenador de jovens deve oferecer um apoio positivo e usar os ensinamentos de Swami como guia. Para este fim, o coordenador deve esforçar-se continuamente para praticar o 6º Código de Conduta: Estudo Regular da Literatura Sai. Introdução ao Jogo A introdução tem dois aspectos: o primeiro é explicar aos jovens como vai ser a atividade, dando-lhes uma visão geral da mesma, e distribuindo seus papéis no jogo – uma estrutura básica para a implementação bem sucedida da atividade. Em seguida, distribua as tarefas, e especifique claramente os limites de tempo a serem observados. É imperativo que a interação seja monitorada e que a discussão em grupo termine dentro do prazo estabelecido. O segundo aspecto é o mais importante deles: o Questionamento. Durante esta fase, os jovens aprenderão a importância da autoconfiança, auto-estima, crenças e valores importantes, tais como: nada é impossível, há todo um potencial latente em cada um, a importância de acreditarem em si mesmos, e assim por diante. Conclusão Os Jogos para a Vida, devido à sua natureza experimental, têm a capacidade de motivar, estimular e despertar os jovens para aprender e absorver qualidades positivas. Daí, é vital que essas atividades sejam conduzidas de forma apropriada, para que a transferência de conhecimento seja dramática. Então: Vale à pena o esforço e tempo consumidos em pesquisar, planejar e preparar atividades? A resposta é Sim! Porquê? É algo dinâmico. Os jovens aprendem fazendo. É ‘apenas um jogo”. Os assuntos sérios podem ser examinados com segurança. Estimula o aprendizado do tipo ‘tentativa e erro.” Falhar é apenas engraçado, não é fatal. É algo prático. Envolve a aplicação de teorias e princípios. É divertido. Provoca gargalhadas. É criativo. Encoraja a experimentação. É dramático. Suas lições são memoráveis. Na verdade, nossa vida inteira é um jogo, mas, em muitos casos, fracassamos em ver as coisas desse jeito, ou em desenvolver um Questionamento suficiente sobre as lições que ela nos ensina. ‘A VIDA É UM JOGO. JOGUE-O’ …BABA. Jogos Quebra-Gelo Encontrando um Novo Amigo OBJETIVO: Este jogo é projetado primariamente para um grupo de indivíduos que sejam totalmente desconhecidos entre si. Ao final do jogo, as barreiras deverão ter sido quebradas e as pessoas ainda não reconhecerão quem é quem no grupo, mas sentir-se-ão confortáveis entre si. METODOLOGIA: PROCEDIMENTO O coordenador dividirá as pessoas em grupos. Será pedido aos jovens que usem maneiras criativas de apresentar seu grupo para os outros grupos. Podem empregar recursos tais como: encenação, canto, rap, propaganda, debate, leitura de notícias, etc. Pede-se que eles também mencionem aspectos pessoais sobre os membros de seus grupos. Será dado cerca de 10 minutos para cada grupo de jovens, aumentando a pressão sobre eles e fazendo crescer o entusiasmo. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Você conhece a pessoa à sua direita ou à sua esquerda? Você conhece todas as pessoas do grupo, agora? MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. DURAÇÃO APROXIMADA: Depende do tamanho do grupo. Para este quebra-gelo ser efetivo, o grupo não pode exceder 30 pessoas. VALORES: Criação de amizade e camaradagem Estímulo à criatividade Aprendendo o Seu Nome OBJETIVO: Saber os nomes dos participantes (grupo ideal: 30 pessoas no máximo) METODOLOGIA: PROCEDIMENTO Participantes sentados em círculo O facilitador requisita um voluntário. Se ninguém se apresentar, o próprio facilitador pode iniciar o jogo como voluntário. A primeira pessoa diz o seu nome. A pessoa à esquerda dirá também o seu nome, mencionando depois o nome da primeira pessoa: “eu sou fulano de tal, ela é sicrana.” A terceira pessoa, que está à esquerda do fulano de tal, dirá seu próprio nome e os, das duas pessoas anteriores: “eu sou beltrano, ele é fulano de tal, e ela é sicrana.” O mesmo método se repete até chegar à última pessoa do grupo. Isto significa que da última pessoa terá de mencionar os nomes de todos os que a precederam, começando pelo seu próprio nome. Neste ponto, observaremos que todas as pessoas lembrarão todos os nomes. Se o facilitador sentir que o grupo já está suficientemente animado, poderá aplicar uma penalidade, uma prenda para cada pessoa que esquecer o nome de alguém. Caso contrário, o grupo poderá ajudar a pessoa. Esta atividade deverá gerar riso e divertimento. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: O que aprendeu com esta experiência? Conseguiu se concentrar efetivamente durante o jogo? MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. DURAÇÃO APROXIMADA: Depende do tamanho do grupo. Deve durar cerca de 20 minutos. VALORES: Aprender o nome do seu companheiro ao lado, de maneira criativa. Estímulo à concentração (para não pagar a penalidade). Estímulo à memória (necessidade de lembrar nomes em determinada seqüência) Identificando a Cultura do Grupo OBJETIVO: Permitir o fluir da criatividade do grupo e também oferecer uma oportunidade para que os membros se expressem através de valores com os quais possam se identificar. METODOLOGIA: PROCEDIMENTO Dividir as pessoas em grupos de 3 a 8. Dar aos participantes 5 minutos para decidirem sobre uma cultura para seu grupo. A cultura pode ser derivada de qualquer objeto, planta ou animal. Exemplo: Cultura do Ouro; Cultura da Árvore. Tão logo tenham decidido sua cultura, peça-lhes que listem 10 qualidades ou valores que a cultura escolhida possui. Por exemplo, a cultura do “ouro” poderá possuir qualidades como: “tolerância”, devido ao metal ser submetido a extremo calor antes de tornar-se uma jóia; “pureza” porque perde seu valor quando misturado com outros metais; “beleza” porque é usado como ornamento, etc. Agora, deve ser identificado um líder para cada grupo. Uma vez escolhido, o líder conduzirá a discussão na qual o grupo decidirá qual é a sua cultura. Em seguida, farão a sua lista de valores, escrevendo-a em uma folha de um flip chart. O líder do grupo apresentará os valores ou escolherá alguém do grupo para fazê-lo. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Que tipo de valores aprenderam? Gostariam ou não de incorporar em suas vidas esses valores? Se não possuem esses valores, como fariam para desenvolvê-los? Esses valores são bons para serem incorporados às suas vidas; faria diferença se eles fossem adotados? MATERIAL NECESSÁRIO: Papel para flip chart Canetas/marca-textos. DURAÇÃO APROXIMADA: Cerca de 45 minutos, incluídas as apresentações dos grupos. VALORES: Amor, paz, verdade. Fortalecimento dos sentimentos de compaixão e compreensão. Ampliação da sensação de pertencer a um grupo, etc. Jogos Experimentais (Aprendizado através da Experiência) A Teia de Aranha Humana OBJETIVO: Animar o grupo e quebrar inibições Oferecer aos membros uma oportunidade de trabalhar como uma equipe e explorar as dimensões do trabalho em grupo. Energizar o encontro. METODOLOGIA: PROCEDIMENTO Este exercício funciona melhor com uma equipe pequena. Se você tiver um grupo grande, divida-o em subgrupos de 6 a 8 pessoas. Faça com que cada grupo ocupe um local onde possam sentar-se em círculo bem apertado. Instrua os membros a estender sua mão esquerda para dentro do círculo, e segurar a mão direita do membro que está mais à sua frente. Depois, faça com que cada um estenda sua mão direita e segure a mão esquerda de outro indivíduo do grupo. Informe que sua tarefa é desfazer a teia de aranha de braços entrelaçados sem soltar a mão de ninguém. Se você tiver um único grupo, diga que terão um tempo para fazer isto (como meio de pressioná-los). Se tiver vários grupos, diga que estarão competindo entre si para ver quem termina primeiro a tarefa. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Qual foi seu primeiro pensamento quando soube como era a tarefa? (provavelmente será: ‘é impossível!’) Quais foram (ou poderiam ser) as atitudes dos membros que impediram (ou impediriam) que o grupo completasse a tarefa? Que lições este exercício encerra para o desenvolvimento futuro de uma equipe? Dicas: A solução deste exercício depende da capacidade de alguém de ver a situação como um todo, de assumir uma posição de liderança e comunicar-se com clareza. A chave está em fazer com que os participantes passem as pernas sobre os braços dos outros, desemaranhando-se até formar um círculo. Por esta razão, recomenda-se que todos os membros da equipe usem roupas adequadas (discretas, folgadas). Por favor - isto é importante – OBSERVE QUE RAPAZES E MOÇAS DEVEM JOGAR SEPARADOS. MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. O Labirinto Burocrático OBJETIVO: Superar a barreira dos limites estabelecidos Perceber que somos nós que estabelecemos limitações para nós mesmos. METODOLOGIA: PROCEDIMENTO Peça para o grupo formar um círculo e diga-lhes que eles estarão realizando um exercício simples. Diga que eles começarão passando uma bola uns para os outros sem deixá-la cair. Arremesse a bola para alguém à sua frente. Esta atividade de aquecimento é uma primeira oportunidade para o grupo se envolver no processo de jogar sem nenhuma meta para pressioná-los. Interrompa o jogo antes que o entusiasmo acabe. Pergunte aos membros do grupo como se saíram e como se sentiram. Em grupos maiores, algumas pessoas terão certamente deixado a bola cair, e terão achado a situação engraçada. Peça a alguém do grupo que seja voluntário para o papel de líder. Dê a bola ao líder. Diga aos membros restantes para levantarem uma das mãos. Então, transmita as seguintes instruções: “Sua meta é definir um padrão para o arremesso da bola a cada pessoa do grupo. Uma vez estabelecido este padrão, espera-se que consigam segui-lo. A primeira pessoa joga a bola para alguém com a mão levantada. Essa pessoa pega a bola, abaixa sua mão e joga a bola para alguém que ainda esteja com a mão levantada. Continuem com este processo até que todos tenham recebido a bola. A última pessoa devolve a bola para a primeira pessoa. Lembrem-se da pessoa para quem jogaram a bola, porque terão de repetir o padrão. Peguem a bola com uma das mãos apenas. Alguém aqui já conhece esta atividade? Se for o caso, ou se alguém se lembrar mais tarde, por favor, evite oferecer soluções ou sugestões, porque isto impedirá que os outros vivam seu próprio processo de descoberta de soluções alternativas. Alguma pergunta? O líder deve comunicar quando o malabarismo estiver para começar, porque eu estarei contando o tempo de vocês.” Quando terminarem, informe o tempo que passou. Agora, dê instruções adicionais: “Nova regra: se a bola cair, deverão começar de novo. A bola deve passar por cada pessoa. Lembrem-se de que o desafio está em escolherem os métodos adequados. Recomece a atividade. Cronometre seu esforço adicional. Ao final de cada rodada, pergunte se eles sentem que poderão fazer melhor. Geralmente, a primeira vez termina entre 10 e 30 segundos, e melhora de forma bastante rápida para faixa de 3 a 5 segundos. Quando parecerem ter chegado ao seu limite, diga que o “recorde mundial” para um grupo daquele tamanho é de 2 segundos. Isto normalmente os encoraja a pensar de modo diferente e/ou prestar atenção a idéias que haviam ignorado antes. Encerre a atividade quando eles tiverem batido o “recorde mundial” ou se você sentir que precisam parar. Se eles estiverem conseguindo realizar a meta abaixo de 1 segundo, você quase não terá tempo de acionar o cronômetro antes de ter que desligá-lo novamente. Todos têm a obrigação de haver tocado na bola. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Quais foram as soluções criativas que contribuíram para a redução do seu tempo? O que o exercício demonstrou sobre como encontrar soluções para os problemas? O que mais a atividade demonstrou sobre solução de problemas em grupo? Que tal o processo criativo? O que representou o ‘recorde mundial’ para o processo de solução do problema? O que este exercício ilustra sobre a relação entre metas e desempenho? Quais foram os aspectos físicos, intelectuais e emocionais envolvidos no cumprimento desta tarefa? Qual deles foi mais difícil para você? Qual deles é mais difícil de superar quando você está estudando? Quais foram os fatores que facilitaram a criatividade do grupo e seu desempenho? Quais deles poderiam ser conscientemente cultivados durante os estudos? Quais foram os obstáculos encontrados para se aplicar essas mudanças criativas? Como puderam ser superados? QUESTIONAMENTO Use a analogia do sapo dentro da panela com água fervendo para ilustrar que as alterações graduais que podem ser desastrosas, geralmente são desnecessariamente toleradas. Se um sapo é jogado dentro de uma panela com água fervendo, ele imediatamente pulará fora. Ponha o mesmo sapo em um pote com água que ainda esteja morna e ele permanecerá ali até que a água gradualmente ferva e o mate. Do mesmo modo que o sapo ajusta seu sistema interno para ignorar as mudanças graduais na temperatura, que acabam por colocá-lo em perigo, os estudantes cujas notas decaem pouco a pouco, eventualmente criam um futuro sombrio. SOLUÇÃO O processo de descoberta de uma solução criativa para este problema em particular normalmente envolve os seguintes estágios, não necessariamente na ordem apresentada. As pessoas se aproximam umas das outras, a fim de encontrar a distância ótima para arremessar a bola. Descobrem a melhor técnica de arremesso, que seja suave, garantida e rápida. Alinham-se na ordem segundo a qual configurou-se a seqüência de passagem da bola. Este é um arranjo feito em um segundo momento, que redistribui o relacionamento entre os participantes e propicia que a bola seja entregue de mão em mão, sem que seja preciso arremessá-la à distância. O arranjo anterior modifica-se de uma linha para um arco ou círculo. O líder fica segurando a bola enquanto cada pessoa toca a bola. Esta é outra alteração possível de ocorrer em um segundo momento. A bola fica estacionada e as pessoas movem-se em sua direção, em vez da bola circular de mão em mão. O líder conduz a bola rapidamente, passando por cada um dos participantes. Esta é outra solução possível, com as pessoas paradas e a bola conduzida por uma única pessoa, tocando cada um dos participantes. O resultado é uma solução instantânea. As dificuldades são: garantir que todos sejam tocados pela bola, e nos grupos grandes, a aproximação deve ser suficiente para que todos sejam tocados em um único giro da bola. A proximidade física é uma bonificação adicional neste exercício de criatividade, mas em grupos maiores, pode se converter num desafio frustrante. MATERIAL NECESSÁRIO: Uma bola para cada grupo Cronômetro que meça frações de segundo. Construção de uma Ponte OBJETIVO: Técnica de grupo criativa e divertida, voltada para a visualização das metas de vida individuais. ATIVIDADE 1: CONSTRUÇÃO DA PONTE METODOLOGIA: JOGOS PARA A VIDA PROCEDIMENTO Divida os participantes em grupos aproximadamente iguais, dependendo de seu número. De a cada grupo cerca de 100 canudinhos de refresco e uma caixa de alfinetes. Instrua os participantes a construírem uma ponte de canudinhos usando sua criatividade. Ao final de 15 minutos, convide todos os grupos a apresentarem suas pontes a toda a classe. Conduza o questionamento com todos os participantes juntos. Escolha a melhor ponte, que será usada na sessão seguinte. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Gostaram da brincadeira? Como se sentiram construindo a ponte juntos, como uma equipe? Como esses sentimentos se aplicam à sua vida diária? Comparem a idéia da construção da ponte com a conquista de uma determinada meta em sua vida. Qual o papel da ponte nesse processo de alcançar a meta? (“ponte” pode significar as qualidades necessárias para alcançar o objetivo. Daí, a discussão deverá focalizar essas qualidades). MATERIAL NECESSÁRIO: Canudinhos de refresco. Alfinetes de costura. DURAÇÃO APROXIMADA: 30 minutos. ATIVIDADE 2: CANÇÃO – IMPOSSIBLE DREAM METODOLOGIA: MÚSICA E CRIATIVIDADE PROCEDIMENTO Distribua cópias da letra da canção Toque a canção Toque a canção novamente e peça que os participantes cantem junto. Sessão interativa – avaliação e apreciação da letra e sua aplicação na vida de cada um. Use exemplos pertinentes aos maneirismos dos adolescentes: fumo, bebida, desperdício do tempo, etc. Peça ao grupo que construiu a melhor ponte que cante a canção em frente à classe. A ponte de canudos deve ser colocada à frente do grupo e, como apoteose, todos devem ajoelhar-se ao final da canção e apontarem para a ponte. Convide um dos participantes para falar durante um minuto sobre o objetivo das duas sessões e que benefícios obtiveram com elas. MATERIAL NECESSÁRIO: Toca fitas. Gravação da canção. DURAÇÃO APROXIMADA: 30 minutos. Jogo da Sobrevivência OBJETIVO: O jogo objetiva colocar os participantes em uma “panela de pressão” dramática, onde são chamados a tomar decisões rápidas com base na sua percepção de valores e prioridades. Embora as lições aprendidas nos jogos não possam ser totalmente previstas, por dependerem dos próprios participantes e das habilidades do facilitador, podemos definir alguns objetivos a atingir: Exame e avaliação do sistema de valores do indivíduo. Apreciação do fato de que as opiniões e percepções podem variar bastante. Respeito e capacidade de aceitar como válidas as percepções e opiniões dos outros. Apreciação da facilidade com que prejulgamos com base nas impressões, e não nos fatos. Estímulo à interiorização/reflexão. Aumento das habilidades sociais, cognitivas, empáticas e comunicativas. Desenvolvimento da clareza de pensamento sob pressão. PROCEDIMENTO: Participantes sentados em círculos de 12 pessoas. O facilitador descreve um cenário. Por exemplo: “Vocês 12 estão viajando em um navio. Infelizmente, o navio bate em um recife de coral maciço e começa a afundar. Há um bote salva-vidas, que somente pode acomodar quatro pessoas. Oito terão de pular do navio que está naufragando. Quais passageiros deverão embarcar no bote? Seu trabalho será defender a si mesmos, caso se considerem dignos de sobreviver.” Facilitador orientará os participantes a fazerem o seguinte: Uma pessoa será eliminada em cada rodada. As decisões sobre quem será eliminado deverão ser tomadas dentro de certos períodos de tempo, isto é: 8, 6, 4 ½, 4, 4, 4, 4, 2 minutos, respectivamente, completando oito rodadas. (O facilitador poderá modificar os períodos para adequá-los à sua sessão). Caso a decisão não tenha sido tomada, o facilitador escolherá qualquer um dos sobreviventes para decidir quem será eliminado. O facilitador embaralhará as fichas com os dados dos personagens (exemplificadas nas páginas seguintes), e distribuirá uma para cada participante. Cada membro deverá ler, analisar e familiarizar-se com o seu personagem. Cada membro deverá ler em voz alta seus dados. NÃO DEVE REVELAR NENHUMA INFORMAÇÃO SECRETA. Quando o grupo estiver tomando suas decisões, poderá fazer perguntas aos indivíduos, e, nesse momento, as informações secretas poderão ser usadas para responder às questões. Quando um membro tiver sido jogado do navio, a ficha contendo a informação secreta poderá ser lida em voz alta (Normalmente, os sobreviventes verificarão se fizeram uma boa escolha). QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Identificaram-se com algum dos personagens? Como se sentiram? Que critérios usaram para decidirem quem seria eliminado? Em algum momento se sentiram felizes ao eliminar alguém? Porquê? MATERIAL NECESSÁRIO: Fichas com os dados biográficos dos personagens. Música de fundo – efeitos sonoros de mar e trovão (opcional) DURAÇÃO APROXIMADA: 45 minutos a 1 hora. VALORES: Convicção (auto-estima) Arte de convencer os outros Habilidade de ouvir e analisar Tomada de decisão. Controle do tempo. Nota: As páginas seguintes contêm dados biográficos simples de vários personagens. Eles foram criados pelos coordenadores de jovens da Malásia. Você poderá desejar aperfeiçoar a atividade criando personagens adequados ao seu “terreno”. Cada participante receberá uma cópia da ficha de um único personagem. Nota: Foram mantidos os dados biográficos do original em inglês. O coordenador de jovens que desejar aplicar este jogo deverá necessariamente criar novas fichas ou alterar alguns nomes e informações das fichas existentes, a fim de adaptar o jogo ao “terreno” do adolescente brasileiro. Deve-se ter atenção para o fato de que o objetivo das fichas é criar personagens com os quais os participantes simpatizem ou antipatizem (acionando os mecanismos internos que alimentam os preconceitos e as diferenças). Por exemplo, um personagem poderá preferir filmes de ação, enquanto outro goste mais de temas românticos. O prato favorito de alguém pode ser intragável para outros, e assim por diante. Religião, nacionalidade, vícios ou virtudes, profissão, etc. também são fatores que nos impelem a estabelecer “preferências”. A informação secreta geralmente reverte um quadro exposto pelos outros dados (positiva ou negativamente), mas também pode ser neutra ou inexistente. Serve para fazer com que os outros participantes pensem duas vezes antes de “condenar à morte” determinado personagem, e tentem descobrir o ‘segredo’ daquele personagem. ATIVIDADE 2: Reflexão METODOLOGIA: PROCEDIMENTO: Peça que os participantes reflitam sobre as questões seguintes, escrevendo seus pensamentos no papel (a escrita garante que esses pensamentos se cristalizem, e serve como lembrete de compromissos de mudança, se houver). Depois, deve seguir-se uma conversa onde os pensamentos sejam compartilhados. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Há alguma qualidade de algum personagem que eu associe comigo? Quais características vejo em mim que me desagradam, que gostaria de oferecer aos Pés do Senhor? Reconheço meu próprio potencial para ter sucesso na vida? Culpo os outros pelo que acontece comigo? O que posso fazer para modificar isto? Pense em alguém que tenha produzido um impacto positivo em sua vida. Quais eram as qualidades dessa pessoa, que gostaria de incorporar à sua vida? MATERIAL NECESSÁRIO: Quadro branco e pincel atômico, folhas de papel e caneta, ou lápis. DURAÇÃO APROXIMADA: 20 minutos. VALORES: Compreensão e apreciação das boas qualidades e fraquezas próprias. Aspiração por sabedoria e coragem interior.       A Perda da Confiança OBJETIVO: Mostrar a importância de se ter confiança. METODOLOGIA: INSTRUÇÕES INICIAIS: Imaginem que a Confiança é uma delicada teia de aranha que é gradualmente fortalecida com a adição de cada um dos seus frágeis fios. A teia é tecida através de uma série de conexões quase invisíveis. Sua estrutura trançada quase sem peso pode suportar uma enorme pressão, devido à rede de interconexões. Nenhum filamento da teia pode ser tocado sem que todos os outros vibrem junto. Quando a teia arrebenta, cai o peso que ela sustentava. Então, ela terá de ser totalmente reconstruída. Quando a confiança é perdida, a estrutura básica do relacionamento é danificada em suas fundações, e precisará ser reconstruída. Quando você decepciona alguém, essa pessoa poderá ficar magoada, e você perderá sua confiança. A confiança é como uma teia de aranha, algo que se constrói gradualmente, através de uma série de interações comprometedoras, que podem ser rompidas através de uma falha, como negar-se a estar disponível em um momento necessário ou da maneira esperada. Ao ampararem a pessoa que está caindo, estejam totalmente atentos a ela. Vocês são a teia que protege aquele que cai de qualquer dano. Fortaleçam essa confiança em tudo que fizerem. Não deixem margem a dúvidas sobre se estão levando a sério a atividade de amparar. Não brinquem de ameaçar deixar a pessoa cair. Esta é uma ocasião onde a brincadeira não é apropriada. Ela pode distrair os outros em suas tarefas. PROCEDIMENTO: Após instruir os participantes, separe moças e rapazes em pequenos grupos (digamos: 8 a 10 participantes). Cada grupo deverá formar um círculo. Peça a um voluntário que fique de pé no meio desse círculo. O resto dos participantes, que ficaram formando o círculo serão denominados os “protetores.” A atividade de amparar é um acordo de comunicação, uma técnica física e uma atitude de segurança. A técnica do amparo, quando seguida com atenção, evita danos à cabeça, pescoço e coluna vertebral. O voluntário diz: “Eu (nome) escolhi realizar esta atividade.” Os protetores começam a estalar os dedos (como uma alternativa para bater palmas, que é muito mais ruidoso e dificulta a concentração). O voluntário olha nos olhos de cada um. Este é o trato não verbal de confiança que o voluntário faz com os protetores. Os protetores ficam em suas posições. O voluntário assume sua posição, cruzando os braços com as mãos sobre os ombros (mão direita no ombro esquerdo e vice-versa). Em seguida, o voluntário pergunta: “protetores prontos? ” Os protetores respondem: “protetores prontos! O voluntário informa “(Nome) caindo!” Os protetores encorajam, confiantes: “Caia (Nome)!” O voluntário fecha seus olhos e cai para trás, livremente, sem inibições. As pernas deverão estar firmes, plantadas no solo. Os protetores impedirão a queda do voluntário usando as palmas das mãos e gentilmente girarão o voluntário para a direita. Quando o voluntário tiver completado a volta, passando por todo o grupo de protetores, um deles o ajudará a ficar de pé. O voluntário abrirá os olhos e olhará nos olhos de cada um dos protetores, enviando uma mensagem não verbal de gratidão. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: O que você aprendeu com este exercício? Conseguiria comparar o que aconteceu durante a atividade a uma relação de amizade? Porque é importante escolher bem os amigos? (os bons amigos impedirão que você caia, enquanto os falsos amigos assistirão sua queda). É difícil confiar, mas, quando confiamos, o fazemos completamente. O mesmo se aplica à relação de Deus com o indivíduo. Confie em Deus completamente e deixe tudo em Suas divinas mãos. MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. DURAÇÃO APROXIMADA: Cerca de 45 minutos, incluindo as instruções iniciais. VALORES: A confiança é algo importante. Assim, deve-se confiar nas pessoas certas, e elas serão como uma rede de segurança a seu lado, oferecendo-lhe força e coragem nas horas difíceis. Relacionamentos interpessoais – Compreensão das Perspectivas OBJETIVO: Ter bons relacionamentos é um elemento importante de uma vida feliz. De modo a manter e nutrir os relacionamentos é importante reconhecer que os indivíduos percebem e compreendem as pessoas e situações a partir de seu próprio nível de consciência (experiências passadas, necessidades, formação, meio ambiente, etc.) PROCEDIMENTO : Desenhe em um quadro o diagrama a seguir, e peça respostas à classe sobre qual das figuras é diferente e as razões para a escolha.  Da discussão que surgir, o coordenador de jovens poderá introduzir o tema das percepções e a necessidade de compreender que elas diferem entre si. Pode-se usar os seguintes argumentos para ampliar o conceito: As pessoas acreditam em “ver para crer”, mas… Em seguida, escrevam quatro ou cinco sentenças descrevendo uma maçã em termos completamente objetivos. Quando escrever, não use a palavra “fruta”, e lembre-se de descrever o que é uma maçã tão objetivamente como possam: Geralmente se obtém o seguinte: O objeto é redondo. Sua cor é vermelha. É deliciosa. Pode ser comida. É dura e firme. Cresce em árvores. Eu gosto dela. É suculenta. Pode-se segurá-la com a mão. É bonita de se ver. Seu gosto é doce. Seu cheiro é agradável. (Algumas das descrições acima podem ser consideradas bastante objetivas, mas muitas são julgamentos de valores). Por exemplo: Quantas maçãs são perfeitamente redondas? A maçã é totalmente vermelha? Quão vermelha ela é? (Todas as maçãs são vermelhas? Defina a cor vermelha?). E o lado da maçã que você não vê? Também é vermelho? Será marrom? Verde ou amarelo? Ou será que ela é pintada? A maçã tem um sabor delicioso? Como você pode dizer isto somente olhando para ela? Quantas coisas podem ser comidas? Outros tipos de frutas? Animais? Peixes? Bem, como vocês foram? Suas percepções foram mais objetivas do que aquelas da lista? Ou foram coloridas por suas avaliações, sentimentos e opiniões a respeito de maçãs? Agora, tente isto. Novamente, em termos objetivos, descreva alguém a quem conheça – seu melhor amigo, seu professor… Escreva sua descrição. Dizer o que você pensa em voz alta ou simplesmente fazer uma relação mental não é a mesma coisa que escrever. Por isto, tome alguns minutos para fazer esta descrição. Geralmente, se obtém o seguinte: Ele é um cara desprezível. Ele é uma pessoa legal. Ele me ajuda sempre que peço. Ele é um tirano. Ela espera que eu faça tudo certo da primeira vez. Ela se deixa envolver pelo trabalho. Ele é bonito. Ele é bastante emotivo. Ele é um jovem brilhante. Ele é sensível. Personalidade interessante. Observe que, na lista a cima, cada uma das declarações é um juízo de valor, e mantenha em mente que o que se queria era uma descrição em termos puramente objetivos. Por exemplo: É homem. Tem mais de trinta anos. Sempre chega ao trabalho antes de mim. Trabalha nesta companhia há XX anos. Estabeleceu regras para o relato de ocorrências. Veja a diferença. Observe o que acontece com as percepções quando se retira as avaliações. Pense por um instante, e recorde a última vez que um amigo ou conhecido passou a seu lado e não falou com você. Veja se consegue lembrar suas reações e racionalizações (permita-se tempo suficiente para recordar totalmente essa experiência). Você supôs que ele estava zangado com você? Acreditou que ele simplesmente não o/a viu? Quais foram suas reações? E o mais importante: você verificou com o amigo se suas percepções estavam certas? Caso tenha-lhe feito essa pergunta, qual foi a resposta? Ele poderia ter dito algo como: “Eu nem o/a vi”, e você passou a pensar que ele precisa de óculos. Quais são as razões possíveis para alguém ficar zangado com outra pessoa a ponto de ignorá-la ao passar por ela num supermercado? O que é, exatamente, a percepção? Você vê algo e interpreta de determinada maneira. Observa alguma coisa e a descreve para si mesmo ou para os outros em um nível consciente ou inconsciente. Em outras palavras, a percepção é geralmente compreendida como o resultado do envolvimento entre aquilo que os seus sentidos absorvem e a sua interpretação ou avaliação do que quer que seja. A Percepção inclui: Reagir a sugestões, que podem ser palavras, expressões faciais, gestos e atos explícitos e específicos. Construir julgamentos de valores quando estiver formando impressões mentais. Agir racional ou irracionalmente em nível consciente ou inconsciente. Para testar a exatidão de nossos julgamentos e impressões, precisamos interromper essa tendência a julgar. Por exemplo: meu amigo passou por mim na rua e não falou comigo. Possíveis julgamentos de valores: Ele está zangado comigo. Não me viu. Estava perdido em seus pensamentos. Estava triste, etc. Como se pode ver, várias são as conclusões a que se pode chegar com base no acontecido. Qual é a solução? Ela é muito simples: Pergunte à pessoa que deve saber. Pergunte a seu amigo o que aconteceu. Dê a ele uma chance de explicar antes de fazer cobranças injustas e ser descortês. Em outras palavras: Perceba – veja, ouça, repare no que está acontecendo. Viva a experiência daquilo que está acontecendo exceto a sua avaliação a respeito. Verifique a exatidão da sua interpretação. Então (e só então) aja e reaja. Alguns cientistas que estudam o comportamento concluem, em suas pesquisas sobre percepção, que nos interpretamos mal as pessoas e situações por causa das seguintes razões: Reagimos a sugestões irrelevantes. Somos influenciados por fatores emocionais. Somos influenciados pelo peso das evidências de origens autoritárias. Somos incapazes de identificar todos os fatores que influenciam nossa percepção. Um exemplo da resposta a sugestões irrelevantes poderia ser o julgamento da competência de alguém no trabalho pelas roupas que está usando, ou pelo modo como fala. Outro exemplo seria relacionar (o julgamento) a uma determinada expressão facial ou traço de personalidade, como achar que a pessoa está dizendo uma verdade porque está sorrindo, ou que está sendo falso porque piscou os olhos. Como superar isto: Pergunte a si mesmo exatamente a quais sugestões está reagindo. Se você for igual à maioria das pessoas, descobrirá que está reagindo a sugestões físicas irrelevantes. Um modo de verificar isto é relembrar sua primeira impressão de alguém a quem conhece bem. Aquele julgamento anterior corresponde à presente impressão? (“É desse jeito que você pensou que ele era?” – é a frase original em inglês). Quando você estiver influenciado por fatores emocionais, o que aconteceria se você substituísse a resposta emocional por uma racional: qual seria preferida como correta? Deste modo, comece a exercitar seu intelecto, tornando-se, em primeiro lugar, consciente de seu estado emocional. Jogos Experimentais Rápidos Jogo do Bambolê – A Perseverança OBJETIVO: Destacar o aspecto de que persistência e perseverança asseguram o sucesso. METODOLOGIA: PROCEDIMENTO: Escolha um grupo. Peça-lhes que se levantem e se espalhem. Pergunte quantos sabem como usar o bambolê. Separe aqueles que conhecem dos que ainda não sabem. Peça aos que sabem para que o façam simultaneamente. Veja por quanto tempo os dois grupos conseguem manter os bambolês girando. Agora, dê aos que estão aprendendo um pouco mais de tempo. Reúna o grupo e lembre-os de que conhecer a meta é importante, mas igualmente importantes são os esforços para atingi-la. Pergunte-lhes o que estão pensando. Estimule-os a serem criativos! Persistentes! Perseverantes! Encerre com a canção “Happy with myself” (I’m inside, outside, right side, left side, happy with myself) QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Pergunte àqueles que já sabem: houve alguma época em que ainda não sabiam como girar o bambolê? O que fez com que aprendessem a fazê-lo com tanta facilidade? Pergunte àqueles que não sabem se acreditam que poderiam dominar a técnica se praticassem diariamente? Para terminar, relacione tudo com a máxima: Pratique! Pratique! Pratique! MATERIAL NECESSÁRIO: Bambolês. DURAÇÃO APROXIMADA: Cerca de meia hora. VALORES: Aprender a importância da perseverança. A história de Thomas Edison pode ser usada para reforçar o ponto. Não se deve desistir jamais. Edison tentou 9.999 vezes construir a lâmpada elétrica e somente na 10.000a vez ele teve sucesso. Cruzando a Linha com Criatividade OBJETIVO: O exercício encoraja o indivíduo a pensar de forma criativa – destacando o fato de que a criatividade é algo inerente a cada um; é apenas uma questão de permitir que ela se expresse. METODOLOGIA: PROCEDIMENTO: Todos os participantes perfilados, em paralelo a uma linha (no chão). Peça a cada pessoa que cruze a linha de um modo único e diferente – porque cada pessoa é única e diferente, isto pode ser feito. Encoraje os jovens, dizendo-lhes que todos precisam cruzar a linha, de modo que para os primeiros voluntários a tarefa será mais fácil. Se a resposta for lenta, dê algumas dicas, dizendo-lhes que poderão cruzá-la aos pares, em grupo, etc. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Idéias para relacionar ao final do jogo: Quantos imaginaram que seria possível encontrar tantas maneiras diferentes de cruzar a linha? Se eles cruzaram em pares ou grupos, isto mostra que, com cooperação, amizade e trabalho em equipe nada é impossível. MATERIAL NECESSÁRIO: Giz, corda, fita adesiva ou uma vara comprida. DURAÇÃO APROXIMADA: Cerca de 20 minutos. VALORES: Importância de pensar de forma criativa e de trabalhar em equipe. O Experimento da Corrente OBJETIVO: Provar que os pensamentos são energia. PROCEDIMENTO: O ambiente deve estar calmo e silencioso. O coordenador convoca um voluntário. O coordenador deve ter consigo uma corrente metálica de comprimento médio. O voluntário deve ser convidado a sentar-se em uma cadeira, fechar seus olhos e acalmar sua mente. O coordenador pode ajudar, orientando-o a relaxar, respirar lenta e compassadamente, etc. Assim que o voluntário estiver relaxado, o coordenador de pé às suas costas ou a seu lado, deverá erguer a corrente acima da cabeça do voluntário. Deixe a corrente balançar gentilmente com movimento pendular natural. Não force o movimento. Quando essa “sutil” movimentação natural for atingida, o coordenador deve ordenar que o voluntário pense em uma experiência muito desagradável ou terrível e pensar na pessoa que lhe tenha causado dor ou mágoa. Ele deve trazer a imagem do incidente à mente e ser capaz de “ver” nitidamente e até reviver o sentimento. (Neste ponto a corrente deverá apresentar um movimento circular amplo e violento no sentido anti-horário. O coordenador deverá manter sua mão totalmente firme, sem falsificar o movimento). Agora, o coordenador deverá conduzir o voluntário a um novo relaxamento, pedindo-lhe que pense em Deus e ofereça seu sentimento de mágoa ou dor a Deus. Sugira-lhe uma sensação de alívio pelo perdão concedido a quem lhe fez mal. Que seu coração se encha de amor e que ele envie esta vibração de amor à pessoa em questão. (Neste ponto, a corrente deverá estar em repouso ou movendo-se suavemente em círculos no sentido horário). 7. Os jovens deverão observar o movimento da corrente durante toda a experiência. MÉTODO ALTERNATIVO A preparação será igual à anterior, mas agora o orientador poderá pedir ao jovem voluntário que pense em uma experiência triste ou alegre, ou mesmo em uma pessoa que admire ou “odeie”. Diga aos jovens que se o sentimento for negativo a corrente fará um movimento violento e, se for positivo, que ela ficará em repouso ou se movimentará de forma suave. A assistência e o ambiente deverão estar completamente calmos e silenciosos. O coordenador pedirá ao voluntário que pense no primeiro cenário. Deixe que a assistência observe o movimento da corrente. Agora, peça ao jovem que pense no segundo cenário (se o anterior foi negativo, que seja positivo agora, e vice-versa). Peça que a assistência observe a corrente. Agora, pergunte ao voluntário qual era o primeiro cenário e veja se ele concorda com o movimento observado na corrente. Em seguida, verifique o segundo cenário. A experiência foi fidedigna? QUESTÕES PARA DISCUSSÃO O que você observou neste experimento? Sentiu que estava sendo iludido, devido provavelmente a um movimento da mão? Caso afirmativo, porquê? Sentiu a vibração irradiando-se da corrente ou da cabeça do participante? O que é a aura? MATERIAL NECESSÁRIO Corrente metálica de comprimento médio TEMPO NECESSÁRIO De 3 a 5 minutos. ORIGEM: Desconhecida. O Exercício da Mão no Queixo OBJETIVO: Demonstrar que as ações podem falar mais alto que as palavras. PROCEDIMENTO: Enquanto demonstra, peça ao grupo que estenda o braço direito paralelo ao chão. Diga: “Agora, façam um círculo com o seu polegar e indicador.” (Enquanto fala, demonstre o ato). “Agora, toque o nariz com o seu polegar “(Faça isto!) Continue a orientar: “Agora, com firmeza, leve sua mão ao queixo.” (Enquanto fala isto, leve sua mão à bochecha, e não ao queixo). Pausa. A maioria do grupo terá feito o que você fez, isto é, colocará a mão na bochecha. Olhe em volta sem dizer nada. Após 5 a 10 segundos, algumas pessoas do grupo reconhecerão o erro e moverão a mão para o queixo. Após mais alguns segundos, a maioria começará a rir e você poderá reforçar verbalmente o ponto: as ações do coordenador (ou de qualquer pessoa) poderão falar mais alto que as suas palavras. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Você já ouviu a expressão: “Faça como eu digo, não faça como eu faço”? Praticamos isto na posição de instrutores? Todos sabemos que as ações falam mais alto que as palavras. Como podemos usar este conhecimento em nosso trabalho para auxiliar uma compreensão melhor? A comunicação é sempre um bode expiatório para os problemas de desempenho. Quais são as outras barreiras a uma comunicação efetiva sugeridas por este exercício? MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. TEMPO NECESSÁRIO: 5 minutos. ORIGEM: Desconhecida. Desenvolvimento Pessoal (com base em habilidades) Gerenciamento do Tempo OBJETIVO: Mostrar a importância do gerenciamento do tempo e como extrair o melhor das 24 horas dadas a cada um. PROCEDIMENTO: Diga aos jovens que agora é hora de um teste. Pegue um vaso de cimento com boca larga, de aproximadamente um galão ponha-o sobre uma mesa em frente aos jovens. Então, apresente uma dúzia de pedras do tamanho e coloque-as cuidadosamente, uma a uma, dentro do vaso. Quando o vaso estiver cheio até a borda e nenhuma pedra mais couber ali dentro, pergunte aos jovens: “Está cheio?” Todos provavelmente dirão que sim. Então acrescente: “será mesmo?” Aí, retire debaixo da mesa um balde cheio de brita (pedrinhas usadas em construção) e comece a derramá-las dentro do vaso, sacudindo-o de modo a que as pedrinhas preencham os espaços entre as pedras maiores. Depois, pergunte novamente: “Está cheio?” Agora, provavelmente eles já deverão ter percebido que a resposta deve ser cautelosa. “Provavelmente não,” deverá ser a resposta. “Bom!” pode ser a resposta do coordenador. Faça surgir agora um balde de areia. Comece a derramar a areia para que preencha todos os espaços entre as pedras de diversos tamanhos. Uma vez mais faça a pergunta: “Está cheio?” Se os jovens estiverem atentos, responderão que não. Reconheça sua astúcia dizendo “Bom!”, novamente, e pegue um jarro de água, derramando-o no vaso, enchendo-o até a borda. “O que queremos demonstrar com essa ilustração?” QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Como podemos usar o exemplo no contexto do gerenciamento do tempo? (a resposta é: “Não importa o quão cheia esteja a sua agenda. Se você tentar com dedicação, poderá sempre encontrar um meio de colocar mais coisas nela.”) Se não colocássemos as pedras grandes primeiro, não seríamos capazes de fazê-lo depois. Qual é a verdade que a ilustração nos ensina? (a resposta é: as pedras grandes representam as coisas importantes e prioritárias que devemos fazer. A mensagem é que se deve lidar corretamente com as prioridades. Faça as coisas importantes da vida em primeiro lugar – não permita que as pequenas coisas tumultuem aquilo que realmente importa.) MATERIAL NECESSÁRIO: Baldes, água, areia, pedras de mão, brita, pedras pequenas. DURAÇÃO APROXIMADA: Cerca de vinte minutos. VALORES: O tempo é essencial. Jamais desperdice tempo… tempo perdido é vida perdida. O que são as “pedras grandes” em sua vida: um projeto que VOCÊ quer realizar? Passar o tempo com aqueles a quem ama? Sua fé, sua educação, suas finanças? Uma causa? Ensinar ou instruir os outros? Lembre-se de colocar no balde primeiro as PEDRAS GRANDES ou jamais conseguirá colocá-las depois. Falar em Público OBJETIVO: Ter confiança para falar em público de forma eloqüente e efetiva. PROCEDIMENTO: Dê aos jovens alguns temas bastante interessantes e atuais. Cada um deve escolher apenas um tema. Peça que preparem uma apresentação criativa e dê-lhes cerca de 10 minutos para esta preparação. Peça que trabalhem individualmente para que (os outros) extraiam o máximo benefício de sua apresentação. Cada um deles terá o tempo cronometrado de dois minutos, e será julgado pelo conteúdo, apresentação oral e movimentos corporais. Os outros adolescentes também serão convidados a dar sua opinião sobre as outras apresentações (isto para que não fiquem entediados após haverem feito suas próprias apresentações e distraiam os outros participantes). QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: O que pensaram de suas próprias apresentações? Como poderiam melhorá-las mais ainda? O que observaram das outras apresentações? MATERIAL NECESSÁRIO: Assuntos interessantes, cronômetro, folhas de avaliação. PERÍODO NECESSÁRIO: Aproximadamente 1 hora, dependendo do número de jovens. VALORES: A autoconfiança é muito importante para se falar em público. Falar em público também envolve arte. O segredo é expor-se e praticar. Quanto mais confortável o jovem adolescente se sentir ao falar a uma multidão, melhor ele/ela será como orador público… a prática leva à perfeição. Sugestões para superar o medo de falar em público: Estude bem o assunto (torne-se um especialista). Pratique sua apresentação (faça uma ensaio e, se possível, grave seu ensaio em vídeo). Use técnicas de envolvimento (estimule a participação). Aprenda os nomes dos participantes e use-os. Estabeleça sua credibilidade desde o início. Use o contato visual para estabelecer a comunicação. Faça um curso de oratória. Anuncie sua apresentação com antecedência (via cartazes, etc.) Antecipe os potenciais problemas (e prepare as respostas prováveis). Verifique as facilidades disponíveis (tais como equipamentos de áudio e vídeo). Obtenha informações sobre o grupo com antecedência (através de observação ou questionários). Convença-se a relaxar (respire profundamente, medite, converse consigo mesmo). Prepare um roteiro e siga-o. Cuide de sua aparência (vista-se de forma confortável e apropriada) Descanse para que esteja física e psicologicamente alerta. Use seu próprio estilo (não imite outra pessoa qualquer). Use suas próprias palavras (não leia). Suponha que a assistência está a seu favor (eles não são necessariamente antagônicos ou hostis). Ofereça uma visão geral da apresentação (exponha os objetivos finais). Aceite alguns medos como coisas boas (um estresse construtivo em vez de destrutivo). Apresente-se ao grupo antecipadamente (através de um contexto social). Identifique seus medos, separe os controláveis dos incontroláveis e enfrente-os. Dê especial ênfase aos primeiros cinco minutos (super preparação). Imagine-se como um bom palestrante (profecia auto-cumprida) Pratique respostas para situações ou questões difíceis. Crie um cenário informal (“sente-se sobre duas mesas”) Orientações para Ouvir Bem Descubra um assunto de seu interesse. Julgue o conteúdo não a forma de transmissão. Deixe a avaliação para mais tarde. Escute as idéias. Seja flexível. Esforce-se ativamente para escutar. Resista às distrações. Exercite sua mente. Mantenha a mente aberta. Atenção à velocidade do pensamento. Debates OBJETIVO: Treinar a técnica de falar em público, consolidar e expor idéias espontaneamente, aprender a ver o “outro lado da moeda” no assunto a ser debatido. PROCEDIMENTO: Escolha os debatedores ou peça voluntários (esta escolha não precisa seguir uma convenção de poucas pessoas por equipe. Você pode aumentar o número para que mais pessoas tenham a chance de participar). Escolha um Mediador e um Cronometrista (o mediador pode acumular as duas funções). Você poderá escolher alguns jovens para atuarem como jurados. Defina um tempo para cada jogador – digamos, 2 minutos (a razão para isto é dar aos participantes confiança para falar – muitos estarão jogando pela 1ª vez. O limite tempo deve ser fixado de acordo com o ambiente existente no grupo de jovens). Os grupos terão 15 minutos para se prepararem para o debate. Convoque o debate após transcorrer o tempo de preparação. MÉTODO ALTERNATIVO: Pode-se adotar a abordagem convencional para debates. TEMAS SUGERIDOS: “Deus é injusto.” “A educação moderna prepara apenas para o ganha-pão, não para a vida.” “A tradição nos faz retroceder, não evoluir.” “A música moderna tem contribuído para o declínio dos valores entre os jovens.” “A ‘pressão dos pares’ é a principal causa para o uso de drogas e problemas dos adolescentes.” “Os adultos são os responsáveis pelo conflito de gerações.” “A mão que balança o berço governa o mundo.” “O sistema familiar amplo é inconsistente com o estilo de vida moderna.” “Os jovens de hoje não respeitam os mais velhos.” (Selecione tópicos que levem o jovem a ver o ponto de vista “adulto”, isto é, o “outro lado da moeda”) QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Como você se sentiu quando soube do tema e foi convidado a se pronunciar? Foi tão difícil quanto você imaginava? Porque será que a maioria das pessoas sente medo quando é convidada a falar algo em público? Você acredita que as razões dadas são válidas? MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum PERÍODO NECESSÁRIO: 30 a 60 minutos, dependendo do número de jovens e do tempo dado a cada palestrante. Oficina de Teatro OBJETIVO: Para alcançar bons resultados, deve-se seguir instruções (dos pais e professores). O que você dá é o que obtém – sorria e o mundo sorrirá de volta para você; seja carrancudo e a mesma expressão retornará a você. Ou, ainda: ria e o mundo rirá com você; chore e chorará sozinho. PROCEDIMENTO: Divida os jovens em pares (rapazes e moças separados) Agora, um dos jovens fará o papel de espelho, enquanto o outro será o reflexo (aquele cuja imagem se refletirá). Peça ao reflexo para agir como queira e o espelho deverá seguir todos os movimentos físicos ou expressões faciais. Depois, inverta os papéis. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: Por que razão executaram esse exercício? Qual é a diferença entre o reflexo e o espelho? MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. PERÍODO NECESSÁRIO: 10 minutos. VALORES: Aquilo que você transmite aos outros retornará a você com a mesma força que foi transmitido. Por exemplo, se você envia um sorriso amável, então, naturalmente, o mais certo é ser contemplado com um sorriso amável. Do mesmo modo, se você arremessar uma bola branca, a mesma bola, com a mesma cor, retornará a você com a mesma intensidade com que a jogou. Se você tem bons pensamentos, eles se refletirão em suas ações, e, por esta razão, é muito importante ter pensamentos bons e positivos, além de agir de forma amorosa com todos. Energizadores Yoga OBJETIVO: Manter o corpo saudável. O exercício de cinco passos descrito a seguir ajudará a energizar os jovens. Ele se chama “Vadivel Yoga”. PROCEDIMENTO: Demonstre os cinco exercícios para o grupo. Repita cada exercício individual até que cada membro seja capaz de reproduzi-lo. Em todos os exercícios: Mantenha os braços esticados. Mantenha a coluna vertebral ereta com os pés separados cerca de 45 cm. Os movimentos devem ser lentos – sintonizados com inspiração e expiração profundas. Os olhos devem estar focalizados, acompanhando os movimentos das palmas das mãos. Respiração: deve se apoiar no diafragma, isto é, quando inalar, o estômago deve distender-se à medida que os pulmões se enchem de ar, e, quando exalar, o estômago deve se contrair, forçando a saída do ar dos pulmões. Cada exercício é repetido cinco vezes. Para espiritualizar o programa, cante seu mantra favorito ao inalar e exalar. Use o tempo de um mantra para a duração da inalação e faça o mesmo com a exalação.  Exercício 1 Comece, inalando, na posição A, com as palmas das mãos pressionadas uma contra a outra. Mova-se lentamente para a posição C, inspirando lentamente. Prenda a respiração por 3 segundos na posição C. Gentilmente deixe o ar sair enquanto retorna os braços para a posição A (seus olhos devem seguir o movimento dos braços, focalizando-se nas pontas dos dedos. Exercício 2 Entrelace os polegares e ponha os dedos de uma das mãos sobre os da outra. Repita o procedimento do exercício 1, mas desta vez, gentilmente incline-se para trás o máximo que puder, com conforto. (Inspire lentamente uma vez só) Mentalmente cante uma oração enquanto move seu corpo. Prenda a respiração por um segundo. Ao exalar, incline-se para tocar o solo. Não force o movimento – vá até onde consegue alcançar, confortavelmente. Eleve-se – fique ereto – inspire lentamente e incline-se para trás (repetindo o exercício) e expire inclinando-se para a frente (novamente).  Exercício 3 Com os braços estendidos lateralmente, com a mão direita imitando uma arma (polegar para cima, indicador esticado e demais dedos encolhidos), e a mão esquerda totalmente aberta e dedos esticados, inspire e mova lentamente a “mão da arma” para cima, inclinando-se para o lado esquerdo, tentando manter a mão esquerda aberta, paralela ao solo. Seu rosto e seus olhos devem seguir o movimento da mão direita. Exalando, gentilmente retorne à posição inicial, repetindo o processo cinco vezes. Depois, troque a “arma” para a mão esquerda. Agora, o rosto e os olhos seguirão essa mão. Exceto quando estiver na posição central da figura, mantenha os dois braços esticados, como se houvesse um bastão conectando-os.  Exercício 4 Braços estendidos lateralmente. Mantendo os braços estendidos, mova os braços da posição A para a B. Seu braço direito encostando na face e o esquerdo na perna. Imite um moinho de vento. O corpo acompanha o movimento dos braços, e encurva-se à medida que o braço direito se move para a posição C. Forme um círculo completo, movendo o braço direito de C para D, e daí para E. O controle da respiração é importante. Inspire enquanto se move de A para C e expire movendo-se de C para D, E, e F. Você terminará a exalação na posição original A. Repita 5 vezes e então inverta a posição, usando o braço esquerdo para iniciar o exercício.  Exercício 5 Fique de é com os olhos mirando à frente, e as mãos na cintura. Exale enquanto inclina o pescoço para a frente, até que seu queixo seja pressionado contra o peito. Inale à medida que move gentilmente sua cabeça para a direita e faça um semicírculo. Mantenha a respiração presa por 2 a 3 segundos. Exale lentamente enquanto a cabeça retorna à posição original (como no n.º 1, acima). Repita 5 vezes. Repita a mesma seqüência mas agora gire a cabeça da esquerda para a direita. Nota: a seqüência da figura no original em inglês foi alterada para acompanhar o movimento. Entende-se que o momento completo é: exalar assumindo a posição 1, inalar indo para a posição 2, prender a respiração em 3, e exalar, começar a exalar indo para a posição 2, e terminando em 1 (um giro completo). QUESTÕES PARA DISCUSSÃO: O quê sentiu quando executou os exercícios? O quê é que dá energia ao corpo? MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum, mas todos deverão estar vestindo roupas folgadas. PERÍODO NECESSÁRIO: Aproximadamente 45 minutos. VALORES Uma mente sã requer um corpo são. Aeróbica Verbal O peito do pé do pai de Pedro é preto, mas mais preto do que o peito do pé do pai de Pedro é o peito do pé de Pedro. Um pano de prato no prato de prata. O papim papa papinha, papa ao pé do Papa. Papinha, papa de pão. Se o papim não papa a papa o papão papa o papim, e o papim papa a papa para que o papão não o pape. O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem. O rato roeu a roda do carro do rei de Roma. Num prato de trigo comiam três tigres. Se aqui nevasse usava-se esquis. Num ninho de mafagafos tinha sete mafagafinhos. Quem os desmafagafizar, bom desmafagafizador será. Como eu os desmafagafizei, bom desmafagafizador serei. O jarro arranha a aranha, a aranha arranha o jarro, o jarro … (repete-se indefinidamente). NOTAS: Esta atividade não tem nenhuma orientação adicional. Fica a critério do coordenador a forma de aplicá-la. Como sugestão: Os adolescentes podem ser divididos em times, e competirem pela velocidade e precisão das repetições. O coordenador poderá iniciar sugerindo as frases mais simples, e passando para as mais complexas. Deve-se avaliar previamente o tempo e a forma de aplicação para que a atividade não se torne enfadonha. Sugerimos que vários coordenadores de adolescentes “testem” antes esta atividade entre si, avaliando suas sensações e o resultado efetivo, antes de aplicá-la (pelo fato da mesma não trazer orientações). Se os times forem “afiados”, poderão até “conversar” usando as frases aleatoriamente, como num desafio: um time “desafiará” o outro dizendo (por exemplo): “o peito do pé do pai...” e o outro terá de responder assim que o primeiro terminar (por exemplo): “num ninho de mafagafos...” (não fará nenhum sentido, mas será engraçado). Poderá ser feito um torneio com vários times: não se poderá repetir as frases numa mesma rodada (podendo-se repeti-las em rodadas posteriores). Perderá a rodada o time que gaguejar ou repetir frases, e outro time o sucederá, até que reste uma equipe vencedora. O manual original contém dezenas de exemplos em inglês, inclusive uma narrativa de seis linhas! Fica o desafio de encontrarmos mais frases como as anteriores, em português. Para turmas que saibam inglês pode ser interessante praticar as frases do manual original. Alguns exemplos: If Peter Piper picked peppers, where’s the packet of pickled peppers Peter Piper picked? Red rubber baby buggy bumpers. Truly rural. Does this shop stock short socks with spots? Six long slim slender slick sapling. A skunk stood on a stump. The stump thunk the skunk stunk, but the skunk thunk the slump stunk. Strange strategic statistics. A big black bug hit a big black bear and made a big black bear bleed blood. As one sly snake slipped up the stake, the other sly snake slid down. Faint frog feeling feverish. The sixth Sheikh’s sheep’s sick. I brought the blazer braid I bought to bind the blazer blue. The braid I bought was not too bright to bind the blazer blue. A canner exceedingly canny, one morning remarked to his granny: “A canner can can anything he can, but a canner can’t can a can can he?” Zip ou Bong OBJETIVO: Energizar o grupo através de um jogo rápido. Este jogo também mostrará o nível de concentração e a capacidade de controlar a si mesmos, isto é, não se deixar influenciar por distrações externas. PROCEDIMENTO: Todos os participantes se sentam em círculo (o grupo ideal deve conter de 10 a 20 pessoas). Somente duas palavras podem ser pronunciadas pelos jogadores: “Zip” e “Bong”. “Zip” significa direção “normal” e “Bong” indica “reversão”. Imagine que os jogadores A até N participam do jogo. Para começar, A pronunciará “Zip”. Assim que a palavra for pronunciada, a pessoa à esquerda de A, isto é, o jogador B, poderá escolher “Zip” ou “Bong”. Se o jogador B falar “Zip”, será a vez do jogador à sua esquerda: C, o qual também poderá escolher “Zip” ou “Bong”. Se ele pronunciar “Zip”, o jogo segue em frente com o participante seguinte, D, à esquerda de C. Entretanto, se C escolher “Bong”, o movimento sofre reversão, e será novamente a vez de B. Se B escolher “Zip”, será então a vez de A. Caso B escolha “Bong”, será de novo a vez de C. É regra do jogo que nenhum participante pode mostrar os dentes, ou seja, devem usar seus lábios para esconder os dentes até o final do jogo. Será retirado do jogo aquele que mostrar os dentes. Os participantes que saírem do jogo aturarão como “tagarelas”, fazendo barulho suficiente para perturbar a concentração dos sobreviventes. Os membros sobreviventes deverão sentar-se bem próximos entre si para ouvirem com cuidado. O vencedor é a pessoa que conseguir “sobreviver” até o fim do jogo. MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. PERÍODO NECESSÁRIO: 15 minutos. ORIGEM: Desconhecida. Bing Bang Bong OBJETIVO: Demonstrar o nível de concentração e trabalho de equipe necessários à vitória no jogo. PROCEDIMENTO: Demonstre os cinco exercícios para o grupo. Disponha o grupo sentado formando um círculo. Divida o grupo em “espaçonaves” compostas de quatro membros. Como dividir? O facilitador auxiliará a divisão. O primeiro jogador de cada espaçonave pronunciará “Bing”, o segundo, “Bang” e o terceiro, “Bong”. O último jogador pronunciará “1”, indicando que os quatro pertencem à espaçonave número 1. O próximo jogador (à esquerda do jogador nº 4 do grupo anterior) falará “Bing”, porque ele é o primeiro integrante da espaçonave 2. A pessoa à esquerda terá de falar “Bang”, e a seguinte, “Bong”. A quarta pessoa da nave nº 2 terá de pronunciar “2”. Crie mais espaçonaves até que todos os jogadores pertençam a uma nave. Se houver falta de jogadores, os facilitadores/coordenadores poderão completar os grupos (para este exemplo, vamos supor 15 espaçonaves). Como jogar? Escolha uma espaçonave para começar o jogo. Digamos, a espaçonave n.º 9. O primeiro membro falará “Bing”, o segundo, “Bang” e o terceiro, “Bong”. Agora, o quarto jogador da espaçonave n.º 9 poderá chamar qualquer número (1 a 8 ou 10 a 15), menos o seu próprio (9, neste caso). Vamos supor que ele chamou a nave n.º 2. Os membros da nave n.º 2 repetem o processo: o primeiro fala “Bing”, o segundo, “Bang”, e o terceiro, “Bong”, e, finalmente, o quarto jogador chama outra nave; por exemplo, a nave 5. A vez passa para a nave 5 e o processo se repete. O jogo deve ser jogado rapidamente, sem interrupções, pausas, mistura de palavras, pronuncia errada de nomes, ou chamadas erradas a espaçonaves. A sucessão de “Bing”, “Bang”, “Bong” e número deve ser rápida. A nave que cometer algum dos erros acima será desclassificada. O número da espaçonave desqualificada não será mais chamado. Se outra nave cometer este erro, também sairá do jogo. O jogo termina quando restar somente a nave vencedora. Os times que saíram do jogo poderão pagar prendas, usando-se a idéia de espaçonave como base. MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. PERÍODO NECESSÁRIO: 10 minutos ou mais, dependendo do número de naves. Exemplos de Planejamento de Sessões Sessão de um dia: “O Amor é Compreensão” OBJETIVO: Entender a importância de fazer as escolhas corretas; A necessidade de ter a correta estrutura mental para tomar qualquer decisão: usar as Dinâmicas da Mente; Entender o poder do Gayatri, usando este entendimento para maximizar o benefício do mantra na vida pessoal; A importância de praticar o controle mental para se tornar um mestre e não um escravo da mente. ATIVIDADE: Assumir riscos - fazer escolhas Dinâmicas da mente Cantar o Gayatri Apreciação da rosa Visualização METODOLOGIA Os Caminhos para o Seu Destino Explique o seguinte cenário: há cinco caminhos possíveis para um único destino (desenhe o cenário em uma transparência). Escolha, então, um ou dois indivíduos e peça-os para deixar o local. Coloque outra transparência sobre a primeira, com obstáculos desenhados em cima de quatro dos cinco caminhos, como, por exemplo: cachoeira, floresta virgem e densa, um imenso pântano com uma serpente por perto e, talvez, areia movediça. Assim, somente um dos caminhos estará desimpedido. Agora, remova a transparência com os quatro obstáculos e deixe somente a imagem dos cinco caminhos. O grupo inteiro sabe aonde se encontram os obstáculos. Entretanto, os dois indivíduos que deixaram o grupo antes, inconscientes da verdade, são convidados a voltar e escolher o caminho que eles acham que os levará ao seu destino. É quase certo que eles escolham um caminho com um obstáculo. Convidados a mudar sua opção, provavelmente responderão que estão felizes com aquela escolha, pois se trata de sua decisão e de sua vida. O objetivo desta atividade é mostrar que nós temos muitas escolhas, mas algumas vezes é bom ouvir os mais velhos porque eles têm mais experiência do que o resto de nós. E, uma vez que eles tiveram mais experiência na vida, provavelmente nos aconselhariam melhor do que queremos admitir. DINÂMICAS DA MENTE O que há de tão maravilhoso sobre as dinâmicas da mente? Qual a diferença entre concentração, contemplação e meditação? Por que alguém deveria se interessar em praticar as dinâmicas da mente? O que diz Swami sobre meditação e por que ela deve ser praticada? Explique os maravilhosos benefícios das dinâmicas da mente e como ela pode ajudar aqueles que praticam em suas vidas diárias. (Nota: as respostas às questões acima são encontradas no capítulo sobre Dinâmicas da Mente). GAYATRI MANTRA Por que é tão poderoso e por que Swami recomenda o uso do Gayatri em todas as ocasiões? Muitas pessoas simplesmente recitam o Gayatri e não sentem ou entendem o enorme poder latente do mantra. Não pensem que só porque o gravador toca músicas divinas e cânticos devocionais, obterá a liberação; por isso é importante cantar o mantra com o sentimento correto e não simplesmente cantá-lo como um papagaio. Neste exercício em particular, não dê o significado completo do Gayatri; faça os participantes darem a você o significado na próxima semana. Não os force a descobrir o significado, mas lembre-os da recomendação de Swami: “Não precisam cantar qualquer outro mantra, mas sempre arranjem tempo para cantar o Gayatri”. Somente estimulando sua curiosidade haverá um anseio para aprender e pratica o mantra diariamente. Consiga que todos cantem o mantra corretamente e crie o estímulo certo para que desejem cantar o mantra corretamente. APRECIAÇÃO DA ROSA Pegue uma rosa e mostre para a classe. Agora peça-lhes para listar as qualidades da rosa em um local visível como um quadro ou um flipchart. Então, liste alguns aspectos negativos da rosa. Uma vez que a lista dos atributos positivos da rosa estiver pronta, pergunte quantos deles gostariam de absorver as qualidades da rosa em sua personalidade: Vocês querem se tornar como a rosa, sempre ofertando sua fragrância silenciosamente? Aspiram tornar-se como uma flor no jardim de Deus? Querem viver uma vida significativa – sempre doando? A sua fala é semelhante às pétalas macias e aveludadas – sempre amorosa e preenchida com doçura? VISUALIZAÇÃO Utilize uma técnica simples de visualização. Ponha uma música calma para tocar e faça com que os estudantes sigam sua voz. Você deve criar para eles a imagem mental de um jardim e transmitir a beleza circundante, tão ativamente que eles possam imaginar a cena que você está descrevendo. Faça-os caminhar através do jardim a peça-lhes para que sintam a umidade, o ar fresco e o cheiro maravilhoso das flores. Então, peça para verem a forma de Deus mais querida no meio do jardim e que eles se vejam caminhando em direção a essa Imagem Divina, recebendo Suas bênçãos e caindo aos Seus pés. Peça a eles que permaneçam fixos neste pensamento. Agora, lentamente peça para que abram os olhos sem fazerem nenhum movimento brusco ou repentino. O que eles fizeram, se foi feito corretamente, foi uma forma muito simples de meditação. MATERIAL NECESSÁRIO: Rosa Música suave para meditação e gravador Evidência científica da importância das dinâmicas da mente Canetas/flipchart/quadro Se possível o canto adequado do mantra Gayatri Um quadro com os cinco caminhos, dos quais quatro são preenchidos com obstáculos Tempo aproximado necessário: 1 hora e 30 minutos Sessão completa: “Ver para crer” (Sessão completa com as cinco técnicas, sobre percepção e espírito de investigação) VALOR: VERDADE METODOLOGIA: Esta sessão usa uma combinação de Jogos para a Vida e Modelação do Caráter como principal impulso para alcançar o objetivo usando, entretanto, as outras metodologias de ensino como suporte para alcançar o processo no aprendizado dirigido. DURAÇÃO: A sessão completa, que inclui todas as cinco técnicas, pode levar de 6 a 8 horas (isto é, pode levar alguma coisa entre 3 a 4 sessões). A maturidade, receptividade e curiosidade dos jovens contribuirá para a extensão da sessão. A profundidade da discussão, as questões colocadas e diálogos/debates que se seguirão, também decidirão a duração. Não é importante quanto tempo leva a sessão, mas o grau de entendimento e o desejo de aplicar na vida diária o que foi descoberto por meio das várias atividades. OBJETIVO: Incutir o espírito de questionamento e a busca da verdade. Compreender que não se deve julgar aos outros, mas julgar seu próprio estado mental. PROCEDIMENTOS: ESTABELECENDO UMA BOA COMUNICAÇÃO COM TODOS OS PARTICIPANTES Dê boas-vindas a todos. Os jovens poderão compartilhar algum evento interessante que aconteceu desde o último encontro. Seria ideal que o facilitador também contribua com sua própria percepção relativa à experiência comentada pelos jovens. O facilitador também pode compartilhar a seguinte brincadeira para criar um ambiente alegre e descontraído antes que a verdadeira sessão se inicie. Bem cedo, pela manhã, a mãe foi acordar seu filho. “Acorde, filho. É hora de ir para a escola!” “Mas, por que, mãe? Eu não quero ir.” “Me dê duas razões, pelas quais não quer ir.” “Bem, é que as crianças me odeiam e os professores me odeiam também!” “Oh, não há razão para não ir à escola. Vamos, apronte-se já.” “Me dê duas razões pelas quais eu devo ir à escola.” “Bem, uma é que você tem 52 anos de idade e a outra é que você é o diretor!” JOGOS PARA A VIDA As atividades incluem: Jogo da Maçã - a metodologia foi detalhada no capítulo Jogos da Vida. Por favor, veja as páginas 221 a 224 deste manual. Energizadores – Consulte o Apêndice 1, ao final deste Capítulo. PROJETO PARA A SEMANA (Não se deve dar um caráter regular a esta atividade, com projetos semanais. As tarefas somente devem ser dadas quando necessário. Entretanto, deixa-se a escolha a critério do facilitador, que deverá usar seu discernimento e conhecimento da turma nesta decisão). Cada jovem pesquisará um jornal e tomará nota, durante o decorrer da semana, de problemas que encontrou. As anotações devem incluir os seguintes pontos: Qual foi o problema? Como ele foi ou poderia ter sido superado? Como evitar este problema no futuro? Na próxima semana, após as boas-vindas, veja se todos completaram sua tarefa da semana. Pergunte aos jovens o que eles aprenderam durante a semana. Procure respostas para as questões sobre qual foi a causa para os problemas encontrados. Demonstre que a causa principal de tudo é a mente. Diga aos adolescentes que o seguinte exercício demonstrará a eles como a mente pode enganar. (Exercício do limão) DINÂMICAS DA MENTE Exercício do limão Os detalhes deste exercício estão na página 40 no Capítulo Dinâmicas da Mente. Quanto Custa? – Uma Tempestade Cerebral – Veja o Apêndice 2 a este Capítulo MODELAÇÃO DO CARÁTER Estudo de Casos – Apêndice 3 Compartilhando experiências e histórias – Apêndice 4 CONTATO COM A CONSCIÊNCIA O facilitador pode escolher qualquer um dos trechos seguintes, dependendo de sua sensibilidade à receptividade da turma. Também pode usar outras idéias de citações como apoio ao interrogatório (ver pág. 34 deste Manual) após um exercício em particular. Por exemplo, a 1ª citação que começa com “Quando você se preocupa com seus problemas ...” pode ser usada durante a sessão de estudo de caso (Apêndice 3). Citação Inspiradora Quando você se preocupa com seus problemas, pode ter a sensação de que está fazendo alguma coisa à respeito deles. De fato, está! Você os está piorando, dando a eles mais poder e aumentando sua influência negativa pela força de seus próprios pensamentos. É realmente isto que você quer fazer? Pense em seu maior problema, seu obstáculo mais desafiador. Agora, encontre algo de positivo nele. Pressinta um meio pelo qual pode transformá-lo de algo negativo para algo positivo em sua vida. É fácil manter um ponto de vista positivo. Não custa dinheiro algum. Envolve, simplesmente, um ajuste em sua atitude. Sem dúvida, é um precursor do sucesso e da realização. Então, por que razão mais pessoas não fazem isto? Porque permanecer negativo é mais confortável. Preocupar-se e reclamar desobriga você de fazer qualquer tipo de esforço. Ao contrário, ver as coisas positivamente obriga você a agir, assumir o controle, assumir a responsabilidade. Isto pode ser assustador. Contudo, é melhor do que a alternativa de tornar seus problemas piores pela preocupação e inatividade. Veja o aspecto positivo e, então, faça alguma coisa à respeito; esforce-se para obter sucesso. Este caminho levará você a qualquer lugar que queira. Ralph Marston Disparador de Pensamento Preocupar-se não esvazia o amanhã de seus problemas, esvazia o hoje de sua força. (autor desconhecido) Pensamento que Eleva A aventura da vida é aprender O propósito da vida é crescer A natureza da vida é mudar O desafio da vida é superar A essência da vida é cuidar A oportunidade da vida é servir O segredo da vida é ousar O sabor da vida é fazer amigos A beleza da vida é dar (William Arthur Ward) Observando os problemas A vida é mesmo difícil, mas como sabemos disto? É somente a partir de nossa absoluta certeza de que a vida pode ser bela e satisfatória que somos capazes de vê-la, em algum momento, como algo difícil. É sua própria capacidade real para a riqueza e abundância que faz com que você veja a si próprio como deficiente em alguma área. Sua frustração torna-se possível somente por causa da sua perspectiva dominante de alegria e satisfação. Sua dúvida não teria nenhum significado se você não fosse capaz de acreditar. Dentro do sentimento de que as coisas são ruins, está um poderoso e atrativo desejo de fazê-las melhores e uma certeza de que você mesmo pode melhorá-las. O descontentamento é um indicador positivo. Nele está a semente frutífera do progresso e da realização. Que você é capaz de reconhecer problemas como tal, significa que, de certo modo, você já os transcendeu. Leve isto a sério. Você é melhor do que qualquer coisa que possa derrotá-lo. Deixe que os problemas e dificuldades o conduzam para frente, já que é para isto que eles servem. Ralph Marston DISCUSSÕES E REFLEXÕES COMPARTILHADAS O facilitador também pode selecionar artigos interessantes de livros, Internet, etc., que poderiam ser usados como material de apoio para discussão. Os quatro resumos seguintes foram extraídos de “O Sutra do Coração Ilustrado” de Tsai Chih Chung. Dois Sapos (extraído da pág. 42) A Cigarra e a Raposa (extraído da pág. 43) O Pior Inimigo de Alguém (extraído da pág. 46) O que é um Verdadeiro “Elefante”? (extraído da pág. 58) As histórias ilustradas estão no Apêndice 5. Essas histórias podem ser usadas em uma dinâmica. Para facilitar e tornar efetiva a discussão, o grupo pode ser dividido em cinco subgrupos, cada um discutindo uma história e então fazendo sua apresentação. Neste exemplo, a atividade inclui elementos da Modelação do Caráter, Contato com a Consciência e Jogos para a Vida. A História A MensagemOs Dois SaposPrecisamos considerar as conseqüências de nossas decisões. Algumas vezes, uma oportunidade atrativa pode ser como a água em um poço, fácil de cair nela, mas difícil de subir. A Cigarra e a RaposaAquele que é esperto pode aprender lições de seus próprios erros; os mais espertos aprendem lições dos erros dos outros. O Pior Inimigo de AlguémProcurar a origem da má sorte pode, freqüentemente, remeter a pessoa ao próprio passado. De fato, seu pior inimigo pode ser você mesmo. O que é um Verdadeiro “Elefante”?Uma vez que as pessoas têm seus pontos de vista, ficam bloqueadas para entender a verdade... As pessoas não devem usar a perspectiva do ego para julgar objetos, com olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente. Não julguem hoje com o ego de ontem. MÚSICA E CRIATIVIDADE Utilize as orientações sobre “canto e dança” das páginas 105 e 106 deste manual para criar uma sessão animada de Música e Criatividade. Se possível, selecione uma música cuja letra colabore com a compreensão do tema desta Sessão: “Ver para Crer”. Analisar a verdade de uma música é outra possível atividade, que consiste em focalizar a validade de um verso ou frase em particular, por ex., “Não quero imitar Deus ou coisa assim. Só quero encontrar o que é melhor em mim” cantada por Sandy e Júnior (música n.º 50 da Lista de Músicas deste Manual – pág. 139). O exercício acima destina-se a ajudar-nos a compreender o que, realmente, o autor da canção quis dizer e descobrir se sua percepção é verdadeira. CONCLUSÃO O que acontece dentro da mente quando alguém mente ou pronuncia uma falsidade? Como nos afeta? O se pode dizer das blasfêmias e seu efeito sobre nós? (Por favor, leve em conta que os Procedimentos 1 a 8 são simples exemplos. Façam mudanças, adicionem ou removam tópicos, ajustando-os ao fluir de sua sessão, adaptando-a à turma). Apêndices Explodir com Energia OBJETIVO: Demonstrar que a conversa mental permanece o tempo todo na cabeça dos indivíduos. Ela pode ser vantajosa para a pessoa ou pode impedir seu progresso. Espera-se que este exercício demonstre que o diálogo mental pode ser maximizado, encorajando o indivíduo a utilizar esse recurso para obter sucesso pessoal cada vez maior. Divida o grupo em equipes. A cada equipe deve ser dado uma série de balões vazios. Deve haver pelo menos 7 balões por pessoa e, preferivelmente, mais. Sem a ajuda de nenhuma ferramenta, as equipes devem encher de ar seus balões e estourá-los. O balão que estourar enquanto estiver sendo assoprado, não será contado como ponto ganho. Um novo balão será dado a essa equipe. Conforme cada balão estoura, a equipe grita o número de balões estourados até aquele momento pela equipe. A equipe com mais balões estourados no tempo demarcado (ou o que usar todos os balões primeiro) vence. Se um membro da equipe terminou sua porção, poderá ajudar os outros membros da sua equipe. Comentários: a equipe que decidir não encher seus balões totalmente para ganhar tempo, provavelmente terá mais dificuldade de estourá-los. Perceba como as equipes trabalharam na organização das tarefas – todo mundo soprou e estourou ou as tarefas foram repartidas? Registre qualquer observação da equipe com respeito aos desafios encontrados e suas respostas a eles. Resultados: a atividade é um grande energizador. Ao mesmo tempo que é muito barulhento e estimulante é também uma grande diversão e alívio para o stress. Há bastante movimento e atividade física. Muitos podem achar que o ato de estourar um balão é um método fantástico para aumentar o espírito de equipe e encorajar laços mais fortes entre os adolescentes. Variação: cada equipe não deverá ter mais que cinco ou seis participantes. Uma variação eficaz é dividir o tempo disponível em dois períodos: um para encher e outro para estourar os balões; todos devem executar ambas as atividades e os balões deverão ser todos amarrados juntos, para aumentar a confusão. A variação com dois períodos definidos pode ser de dois modos distintos: ou se estabelece um tempo específico para cada parte (digamos, 2 minutos para encher e um para estourar) ou dê opções a eles, pedindo que usem sua criatividade ao máximo e que trabalhem como uma equipe e não como indivíduos separados. NOTA: Arranje espaço suficiente ao ar livre para que todas as equipes possam ficar juntas. Material necessário: muitos balões vazios (mínimo de 7 por participante). Quanto Custa? (Tempestade Cerebral) OBJETIVO: Conduzir o grupo a conclusões erradas, mostrando um número de cada vez, num ritmo adequado. METODOLOGIA PROCEDIMENTO: 1. Faça uma transparência ou pôster como o seguinte:  2. Quando estiver pronto para apresentar a tempestade cerebral, cubra todos os dígitos com um pedaço de papel, exceto o primeiro da coluna (1000).   Abaixe o papel através da coluna, mostrando somente um algarismo por vez, pedindo aos jovens que adicionem os números em voz alta antes de mover para o próximo digito na coluna. Se você mostrar a eles somente um digito de cada vez e eles o somarem, à medida que eles vão passando, a maioria das pessoas chegará a 5000 para a resposta final. Material Necessário: Transparência e retroprojetor ou pôster e canetas marcadoras. Estudos de Casos OBJETIVO: Criar um ambiente de camaradagem e dar oportunidade de discutir abertamente assuntos pertinentes às vidas dos jovens. METODOLOGIA PROCEDIMENTO: Divida o grupo em equipes de 4-5 membros. Distribua um caso de estudo por equipe. Fixe 15 minutos para a solução do problema e 5 minutos para a preparação do veredicto. Assegure-se que todos os membros contribuíram para a discussão. Todos os membros devem também ser envolvidos na apresentação. Lembre aos jovens que o que se deseja são soluções práticas e não meras respostas perfeitas. O jovem pode apresentar sua conclusão na forma de música, peça, mapa, etc., ou o facilitador pode especificar um método em particular como, por exemplo, uma peça de 3 minutos realçando as soluções do assunto discutido. Para animar mais a atividade, o facilitador pode dar a cada grupo uma coisa em particular que eles deveriam usar como apoio. Exemplo: guarda-chuvas para o grupo 1, 3 exemplares de jornais para o grupo 2, etc. Estes itens não podem ser usados de forma normal. Eles poderiam, por exemplo, usar o jornal como uma arma, enrolando-o ou como uma toalha protetora, etc., mas não para lê-lo. Durante a apresentação o facilitador deve enfatizar que o jovem deve usar este exercício como uma plataforma para praticar falar em público. EXEMPLOS DE ESTUDO DE CASOS Os seguintes exemplos são casos da vida real narrados por adolescentes. CASO1: Os exames estão se aproximando. Todos os estudantes estão freneticamente tentando se esmerar em seus estudos, na preparação. Você também está tentando muito aproximar-se ao nível de seus colegas, mas, lamentavelmente, percebeu que não importa o quanto tente, de algum modo, está sempre ficando para trás. A pressão para você ter sucesso se estabelece em sua casa e na escola e você se preocupa em satisfazer as expectativas colocadas sobre seus ombros. Um dia, em seu caminho para casa, alguns de seus amigos mais íntimos revelam que estão interessados em ir para um seminário que discutirá algumas questões dos exames que foram descobertas, por uma taxa razoável. Os exames são muito importantes, uma vez que os resultados determinarão seu futuro até certo ponto. Alguns de seus colegas, que são melhores que você nos estudos, já decidiram ir ao seminário e eles o estão encorajando a juntar-se a eles. Você iria? Por que? CASO 2: A loucura de completar seus projetos começou. De alguma maneira, você sente que seu projeto em grupo está carente de informação, o que pode custar-lhe alguns pontos. Você tenta o melhor que pode, pesquisando na biblioteca, mas todos os livros estão emprestados, você checa a Internet, procura nos jornais, mas a informação que você procura, de algum modo, não está lá. Acontece que sua melhor amiga está em outro grupo, que é muito competitivo e não concorda em compartilhar informações. Você sabe que, se pedir, ela se arriscaria a desrespeitar a regra do grupo e daria a você o que seu grupo necessita, por sua causa. Tudo o que tem que fazer é pedir. Você pediria a ela as informações e a faria trair os membros do grupo, obtendo informação sem ser por seu próprio esforço? Você usaria ou manipularia sua amizade para obter o que precisa? Como você veria isto? Como justificaria suas ações? CASO 3: Você está em estado de pânico porque percebeu que suas anotações para uma certa matéria não são adequadas para ajudar a passar no exame. É tarde para procurar mais informação na biblioteca e, uma vez que os exames estão tão perto, não há ninguém que esteja disposto a emprestar suas anotações pessoais. Além do mais, a maioria de seus amigos está muito ocupado estudando na última hora para os exames, para dar a você uma explicação rápida em certas partes da matéria. Você se arrepende de não ter tomado nota quando a professora estava ensinando. Está com medo de encontrar a professora porque teme o que ela pode pensar de você se disser que não se aplicou nos estudos. Então, na biblioteca, você vê uma pasta, pertencente ao melhor aluno da matéria. Aparentemente, ele acidentalmente a deixou na estante e foi para a classe. Você pensa em pegar a pasta. Talvez você possa correr e tirar xerox das anotações, antes que ele perceba a sua falta. Ou, talvez, você possa meramente pegar tudo e guardar: ninguém saberia! Afinal de contas, ele é esperto o suficiente e, provavelmente, já está preparado para os exames. Você está em desesperada necessidade. O que fará? Como você manteria seus princípios e ainda salvaria sua pele? CASO 4: Você está se sentindo muito cansado hoje. Teve uma briga com um amigo e o professor o tinha repreendido por algumas transgressões menores na escola. Tudo parece estar fora de ordem. Um pouco antes de cair na cama, você constata que há uma tarefa que precisa ser entregue no dia seguinte e o professor que a está marcando é o mesmo que se irritou com você. Você procura entre suas pastas velhas de papéis, que seus colegas mais velhos lhe deram e, para sua surpresa, encontra a mesma tarefa feita por um desses colegas mais adiantados. É uma tarefa completa e bem feita. Você está cansado demais para pensar no trabalho e se pergunta se poderia, simplesmente, usar o caminho mais fácil, copiando o trabalho do outro estudante. Afinal de contas, ele tinha feito esta tarefa anos atrás, para um professor diferente e ninguém saberá que você copiou. O que faria? Você não pode arriscar outra explosão do professor ou estará para sempre em sua lista negra e já está muito exausto para pensar em terminar o projeto por si próprio. CASO 5: Você pertence a um grupo de meninos que são intimamente ligados. Um dia, você e seus amigos entram na Web e encontram uma menina em um chat. Um deles sugeriu fazer uma brincadeira com ela, fingindo que quer namorá-la (N.T. pelo resto do texto, deduz-se que todos conversariam com a menina como se fossem uma só pessoa). Todo o resto dos seus amigos concordou com o jogo. Afinal de contas, um deles justificou que as pessoas fazem isto o tempo todo. É um mundo cruel e, de qualquer maneira, ninguém seria capaz de pegá-los se fizerem isto. Você concordaria para se divertir um pouco? Alguns semanas depois, você descobre que alguns deles tinham continuado o jogo, apesar de você não ter sido incluído. A situação se tornou mais complicada porque a menina tinha dado a eles seu número de telefone e estava pensando seriamente em “encontrá-lo” pessoalmente. O que você faria? Interferiria e diria a verdade a ela? Ou ignoraria o que os seus amigos têm feito, com medo de perder sua amizade? Honestamente, mesmo que você tentasse avisá-la, diria a ela toda a verdade (que você podia estar envolvido inicialmente, ou era parte do esquema, no início), ou apenas fragmentos da verdade (que faria você parecer não estar envolvido no jogo)? Material Necessário: Cópias dos casos para estudo. Dependendo do modo de apresentação: Papel de flip chart e canetas e/ou vários utensílios domésticos para servir de apoio. NOTA: O facilitador deve estar consciente do seguinte: Os estudos de casos acima são exemplos de alguns dos problemas que estão sendo enfrentados por jovens der todo o mundo. É importante que o facilitador trate os assuntos efetivamente e esteja sensível às necessidades e problemas dos jovens. É conveniente que o facilitador mantenha uma atitude de isenção o tempo todo. Isto serve para ganhar a confiança dos jovens, a fim de eles se sintam mais à vontade com o facilitador e, no futuro, possam vir a procurá-lo como confidente. O facilitador também deve ser extremamente sensível aos assuntos que estão sendo discutidos. É também responsabilidade do facilitador não se esquivar de assuntos que, por alguma razão, possam ser embaraçosos para os jovens. Trate os assuntos de uma maneira firme, citando ensinamentos de Bhagavan Sri Sathya Sai Baba e/ou textos religiosos como exemplo, para mostrar que não é você, o facilitador, que está pregando estes valores mas que eles vêm de fontes espirituais. O facilitador deve tentar criar outros estudos de casos sobre os problemas comuns aos jovens. Os estudos de casos devem estar em uma seqüência lógica e racional e totalmente apoiados com citações e ensinamentos de Bhagavan Sri Sathya Sai Baba e/ou de escrituras religiosas. As ações sempre falam mais do que as palavras! Portanto, a conduta do facilitador é da máxima importância. O facilitador estabelece os exemplos e o jovem, subconscientemente, tenta absorver os valores comunicados pelo facilitador. Deve haver harmonia de pensamento, palavra e ação o tempo todo e não somente durante as sessões com os jovens. História sobre Percepção Seu nome era Sra. Thompson e ela era uma professora de escola primária. Por muitos anos ela deu boas vindas a sua classe, contando-lhes uma mentira cabeluda. Como a maioria dos professores, ela dizia que amava por igual a todos os seus alunos. Entretanto, naquele ano foi diferente, porque lá, na fileira da frente, afundado em sua cadeira, estava um menino chamado Teddy Stoddard que, quando ouviu dela essas palavras soube que estava mentindo. Ela não gostava dele de jeito nenhum. A Sra. Thompson tinha observado Teddy no ano anterior e percebeu que ele não se dava bem com as outras crianças. Obcecada por limpeza, ela também notou que suas roupas estavam sempre sujas e que ele, constantemente, necessitava de um banho. Teddy, em seu julgamento, era, simplesmente, uma criança desagradável. Essa situação chegou ao ponto em que a Sra. Thompson realmente sentia prazer em marcar as provas de Teddy com uma grossa caneta vermelha, fazendo um nítido “X” e, então, colocando um grande “Zero” no alto das folhas. Como em qualquer outra escola americana onde a Sra. Thompson ensinou, teve que revisar os registros passados de cada criança e deixou o de Teddy por último. Só a idéia de revisar seu arquivo a aborrecia. Entretanto, quando ela leu o arquivo do menino, ficou profundamente surpresa com o que encontrou. O professor de Teddy no primeiro grau escreveu, “Teddy é uma criança brilhante e de sorriso franco. Ele faz seu trabalho de maneira limpa e tem boas maneiras ... é uma alegria quando ele está presente.” Seu professor do segundo grau escreveu, “Teddy é um excelente aluno, bem quisto por seus colegas de classe, mas ele está perturbado porque sua mãe tem uma doença terminal. Sua vida em casa deve ser um verdadeiro sacrifício.” Seu professor do terceiro grau escreveu, “A morte de sua mãe foi dura para ele. Ele tenta fazer o melhor que pode, mas seu pai não mostra muito interesse. Sua vida familiar logo o afetará se algumas medidas não forem tomadas.” O professor de Teddy do quarto grau escreveu, “Teddy está extremamente quieto e não mostra muito interesse na escola. Ele não tem muitos amigos e algumas vezes dorme na classe.” Agora, a Sra. Thompson compreendeu os problemas de Teddy e sentiu-se envergonhada de si mesma por permitir que a aparência do menino afetassem seu julgamento. Após ler o registro, um pouco antes do Natal, ela decidiu que tentaria ajudar Teddy. É normal, um pouco antes do Natal, os alunos darem presentes a seus professores. A Sra. Thompson não era diferente e seus alunos também trouxeram seus presentes, embrulhados em papel brilhante e amarrados com belas fitas, exceto Teddy. Seu presente estava desajeitadamente embrulhado em papel pardo, que ele conseguiu de um saco de mercearia. A Sra. Thompson foi tomada de dor de ter que abri-lo em meio aos outros presentes. Algumas crianças começaram a rir quando ela encontrou um bracelete com imitação de diamante, com algumas pedras faltando e um vidro, que estava com ¼ de perfume. Mas, ela repreendeu as crianças que riram e exclamou, com encanto, o quão lindo era o bracelete, colocando-o e aplicando levemente um pouco do perfume em seu pulso. Teddy Stoddard ficou depois da aula aquele dia apenas tempo suficiente para dizer, “Sra. Thompson, hoje você está com o mesmo perfume que minha mãe costumava usar.” Obrigado! Depois que as crianças saíram ela chorou muito, pelo menos durante uma hora. Naquele mesmo dia, ela parou com “ensino”, “leitura, “escrita” e “aritmética”. Em vez disso começou a ensinar às crianças essas matérias. Teddy tinha lhe ensinado a lição de como ensinar com o coração e com a mente. Desse dia em diante, a Sra. Thompson deu especial atenção a Teddy. À medida que ela trabalhava com ele, sua mente parecia tornar-se mais vívida e atenta. Quanto mais ela o encorajava, mais rápido ele respondia. Ao final do ano, Teddy tinha se tornado uma das crianças mais espertas da classe e, apesar da sua mentira, de que ela “amava por igual a todas as crianças”, Teddy se tornou um dos “queridos da professora.” Um ano depois, ela encontrou um bilhete de Teddy embaixo de sua porta, dizendo a ela que ela havia sido a melhor professora que ele teve em toda a sua vida. Seis anos se passaram antes que ela encontrasse outro bilhete de Teddy. Ele escreveu participando que tinha terminado a escola secundária em terceiro lugar na sua classe e ela ainda era a melhor professora que teve em toda a sua vida. Ela ficou com lágrimas nos olhos! Aquela carta a fez ganhar o dia... Quatro anos depois disto, ela recebeu outra carta dizendo que apesar das coisas terem sido difíceis às vezes, ele tinha permanecido na escola, tinha perseverado e logo se graduaria da faculdade com a mais elevada distinção. Ele garantiu à Sra. Thompson que ela ainda era a favorita e a melhor professora que ele teve em toda a sua vida. Ela ficou com lágrimas nos olhos novamente... Então, mais quatro anos se passaram e, então, veio outra carta. Desta vez, ele explicou que depois que obteve o grau de bacharel, decidiu ir um pouco mais adiante. Insistia que ela ainda era a favorita e a melhor professora que ele teve em toda a sua vida. Mas, agora seu nome estava um pouco mais longo. A carta foi assinada, Dr. Theodore F. Stoddard, Médico. A história não termina aqui. Chegou ainda mais uma carta... Teddy disse que tinha encontrado a mulher de sua vida e ia se casar. Explicou que seu pai tinha morrido alguns anos atrás e que ele estava pensando se a Sra. Thompson concordaria em ocupar, no casamento o local normalmente reservado à mãe do noivo. É claro que a Sra. Thompson aceitou e agradeceu, com muito orgulho e alegria em seu coração. E adivinhe? Ela usou aquele bracelete, com vários diamantes falsos faltando. Também certificou-se de usar o perfume que fazia Teddy lembrar-se de sua mãe usando em seu último Natal juntos. Eles se abraçaram e o Dr. Stoddard cochichou no ouvido da Sra. Thompson, “Obrigado, Sra. Thompson, por acreditar em mim. Muito obrigado por fazer-me sentir importante e mostrar-me que eu podia ser alguém.” Você me deu coragem para lutar até o final e, até agora, eu tenho vencido ... Obrigado por vir ... obrigado por usar o bracelete e obrigado por usar o perfume. Eu sinto o espírito de minha mãe entre nós hoje. A Sra. Thompson, com lágrimas nos olhos e uma voz sufocada, cochichou de volta, “Teddy, você compreendeu tudo errado. Você foi que me ensinou que eu podia fazer alguma diferença. Eu não sabia como ensinar até que encontrei você. Obrigada.” Histórias Ilustradas      “Jovens no Brasil: difíceis travessias de fim de século e promessas de um outro mundo” – Juarez Dayrell, Paulo César R. Carrano.  http://www.saude.gov.br/sps/areastecnicas/adolescente/  Síntese do Mapa da Violência III – UNESCO do Brasil  “Educação sem limites na base da violência”, O GLOBO, 21/04/2003  O manual original não contém maiores explicações sobre o gráfico. Interpretando-o vê-se que contém conselhos para desenvolver o lado direito do cérebro, ensinando como desenvolver idéias (no alto à direita) e habilidade escrita (abaixo, à direita). No canto inferior esquerdo, há um resumo dos benefícios.  A Mãe (colaboradora de Sri Aurobindo) também tinha uma mensagem similar: “Estamos sempre rodeados pelas coisas em que pensamos”. Visto por outro ângulo, este é o princípio de Educare, conforme Sai Baba nos explica. Fazendo uma tradução literal, Educare quer dizer “trazer de dentro”. O instrutor ou professor nunca ensina os valores humanos aos alunos, o que ele faz é gerar um ambiente propício e inspirar os alunos a despertarem sua própria Divindade, que é percebida através da prática dos valores humanos.  Expressão em Sânscrito: Nish – prefixo de negação, Kama – desejo, Karma – ação: ação sem desejo (pelos frutos).  “Salto quântico” – expressão emprestada da Física, que descreve uma transição extremamente rápida de um nível de energia para outro, sem passar por níveis intermediários. No contexto, poderia ser substituída por uma expressão como “Uma rápida expansão”.  N.T. Em nosso país, os Bailes Funk são um exemplo ainda atual desta infeliz realidade.  Atenção: no original em inglês, “apresentação criativa” era uma das técnicas da lista. Na edição brasileira, a técnica foi renomeada para “dramatização” e aproveitamos o nome para identificar todas as técnicas que têm objetivo semelhante. N.T. O texto original traz a expressão “value camps”, deve referir-se a encontros especiais, tais como festivais ou retiros cujo tema seja valores humanos.  A frase mais conhecida em português é: “Eu lhes dou aquilo que querem, para que um dia venham a querer aquilo que vim lhes dar.”  N.T: a palavra original era “excitante” (provavelmente “exciting” em inglês). A tradução escolhida visa evitar o caráter dúbio desta palavra em nossa língua.  A versão original oferece a opção do teatro, mas como a mesma técnica foi sugerida no exemplo da borboleta, logo acima, deixamos a critério do facilitador sugerir a forma, neste parágrafo.  Em nossa Organização, via de regra, este tipo de competição não é bem recebido. Entretanto, dependendo dos “prêmios” envolvidos, e do desenvolvimento de um espírito saudável de competição entre os grupos, é possível que os resultados venham a ser bastante positivos. Afinal, Swami premia seus estudantes e promove competições variadas entre eles.  N.T. Para esta experiência ter êxito, obviamente se deve considerar arremessar a bola para cima.  “Meu Pai é Deus, Minha Mãe é Deus” (é uma tradução possível, neste contexto).  Curiosidade: em inglês, o nome é hula-hoop, ou o aro da hula, que é a famosa dança havaiana (também conhecida como hula-hula): ou seja: o popular bambolê.  “Estou feliz comigo mesmo: dentro, fora, à minha direita e à minha esquerda, feliz comigo mesmo.  Cerca de quatro litros (um balde ou lata de tinta vazia podem servir de substituto).  N.T. embora possa parecer óbvio a alguém, a mesa deverá ser bem resistente. Como se pode ver após a conclusão da instrução, o vaso que já é pesado ficará cada vez mais pesado. Assim sendo, talvez seja melhor realizar esta atividade com o vaso no chão.  Ou de algum local oculto, para gerar interesse.  Principalmente se o volume de areia e brita forem suficientes, cada um , para completarem o vaso. Recomendamos que considerem isso (usem recipientes de mesma capacidade - o vaso inicial e os baldes de brita, areia e água).  A expressão deve significar algo como “ponha-se no lugar da assistência também”, pois é incompreensível em seu sentido literal.  N.T. No Brasil, pode-se remeter a memória dos adolescentes aos debates políticos da TV e inspirar-se neles, estabelecendo regras para réplica, tréplica, etc.  O Manual original lista esta atividade na categoria “Desenvolvimento Pessoal”, mas, como está escrito que seu objetivo é “energizar”, preferimos incluí-la nesta última categoria.  No original em inglês, em vez de “retorne à posição inicial”, a frase era “mova a mão direita para baixo”. A alteração foi efetuada para descrever melhor a figura.  N.T. No livro “Sathya Sai Parenting” (“Paternidade Segundo Sathya Sai”, ainda não editado em português) a autora, Rita Bruce, descreve um diálogo com um (uma) jovem, no qual propõe a seguinte questão, que seria bastante pertinente no caso e poderia ser empregada: o(a0 jovem em questão, tinha um irmão mais novo, e a autora pergunta: “Você se considera mais esperto(a) que seu irmão menor?” A resposta foi (e quase sempre é): Sim! A autora continua: “Acha que é assim por que você é mais velho(a) do que ele?” A resposta também foi afirmativa. Vem, então, a conclusão da autora: “Se você é mais esperto(a) que alguém porque tem – digamos – 10 anos a mais de experiência que essa pessoa, não acha que seus pais, ou mesmo seus avós com 20, 40 ou mais anos de experiência à sua frente são mais espertos que você? Eles podem não saber nada sobre videogames ou qual é a música da moda, mas, certamente, saberão mais sobre aquelas coisas fundamentais da vida!”     PAGE  PAGE 5  Uma vez conquistada, a mente está aberta para novas idéias e pronta para o segundo passo da meditação: a contemplação. Pensamentos sendo externados: estar consciente dos pensamentos é o primeiro passo no controle da mente macaco.  “Paradigma da Continuidade”  Mãos Instrumentos de responsabilidade: geralmente dirigidos para atividades não saudáveis. Coração Emocionalmente instável: choque entre o “saber” que devem tomar decisões baseadas em Valores e os desejos compulsivos negativos orientados pelo meio e pela pressão dos amigos. A Mente Mente Normal Cabeça Confusão: devida ao choque de ideais impostos pelos pais, a Educação Religiosa Tradicional e EES, e o meio ao qual são normalmente expostos através da TV, da cultura, da pressão dos amigos, etc. Sub Consciência Mente Inferior Mente Superior Super Consciência Visão Som Toque Cheiro Sabor OBTENDO RESPOSTAS DA MENTE SUPERIOR BUSCANDO NO PRÓPRIO PODER DA MENTE COMO RESOLVER ESSE PROBLEMA? ----------------------------------------------- Com que freqüência eu atuo a partir da mente inferior? MENTE INFERIOR MENTE SUPERIOR  EMBED PBrush  Nome: Zia Ul Hak Nacionalidade: Paquistanesa Sexo: Masculino Idade: 45 Peso: 80 kg Altura: 1m 83cm Signo: Capricórnio Religião: Muçulmano Ocupação: Ministro Saúde: Asmático e Hipertenso. Boa saúde em outros aspectos. Vida amorosa/conjugal: Recém-casado (8 meses). Esposa grávida de 6 meses. Filme favorito: Gattaca Livro favorito: Sopa de Galinha para a Alma Prato favorito: Filé de Peixe Hábitos/Habilidades: Adora pescar. Acredita que o fumo diminui o stress e, portanto, fuma dois maços de cigarro por dia Informação Secreta: Sua esposa está esperando trigêmeos. Nome: Buddhavoti Nacionalidade: Nepalesa Sexo: Feminino Idade: 34 Peso: 43 kg Altura: 1m 52cm Signo: Gêmeos Religião: Budista Ocupação: Arquiteta Saúde: Boa, exceto pelo peso abaixo do normal Vida amorosa/conjugal: Casada, um filho de 8 anos, retardado mental Filme favorito: Dil to Pagal Hai Livro favorito: Vida Incondicional – Deepak Chopra Prato favorito: Galinha Tandori Hábitos/Habilidades: Excelente arqueira, joga golfe, presta pelo menos 6 horas semanais de serviço em um lar para crianças mentais próximo de sua casa. Muito caridosa. Informação Secreta: seu filho não consegue viver longe da mãe por mais de uma semana. Recebeu o Prêmio Nacional de Arquitetura por dois anos consecutivos. Nome: Nousesrokoff Nacionalidade: Russa Sexo: Feminino Idade: 36 Peso: 60 kg Altura: 1m 59cm Signo: Aquário Religião: Livre Pensadora Ocupação: Médica Saúde: Excelente. Vida amorosa/conjugal: Namorada do americano que está a bordo do navio. Filme favorito: A Lista de Schindler Livro favorito: Sun Tzu (A Arte da Guerra) Prato favorito: Pizza Hábitos/Habilidades: Pratica montanhismo. É membro do clube dos mochileiros. Gosta de escrever. Informação Secreta: Planeja casar-se em 6 meses se tudo der certo. Tem a visão perfeita. É uma escritora de mistério famosa, usando um pseudônimo. Nome: Lovedove Nacionalidade: Americana Sexo: Masculino Idade: 38 Peso: 75 kg Altura: 1m 72cm Signo: Escorpião Religião: Ateu Ocupação: Capitão do navio Saúde: Crises nervosas sob pressão Vida amorosa/conjugal: Namorando uma moça de nacionalidade russa que está a bordo. Filme favorito: Jurassic Park Livro favorito: Como conquistar o que você quer da vida – William Reily Prato favorito: Bife Hábitos/Habilidades: Muito criativo e inovador, bastante agressivo, temperamento quente, mas dedica 3 horas por semana ao serviço, entretendo pessoas em um lar para idosos. Informação Secreta: Planeja casar-se dentro de 1 ano se tudo correr bem. Foi casado com 3 outras mulheres e divorciou-se delas. Quando era jovem, durante os feriados escolares, costumava trabalhar em regime temporário em uma companhia construtora de barcos. Nome: Ringgit Singh Nacionalidade: Malaia Sexo: Masculino Idade: 6 Peso: 37 kg Altura: 98cm Signo: Leão Religião: Sikh Ocupação: Estudante do Jardim de Infância Saúde: Perfeita, exceto quanto à obesidade. Filme favorito: O Rei Leão Livro favorito: O Homem Aranha e seus amigos (gibi) Prato favorito: Chocolate e Coca-Cola Hábitos/Habilidades: Ainda latentes, muitas ainda por descobrir. Seu professor de piano, no entanto, acredita que ele poderá se tornar o próximo Mozart, se receber o encorajamento e o treinamento adequados. Informação Secreta: Nenhuma. Nome: Budikosuma Nacionalidade: Indonésia Sexo: Masculino Idade: 32 Peso: 83kg Altura: 1m 79cm Signo: Peixes Religião: Muçulmano Ocupação: Banqueiro. Recebe muitas propinas (seus colegas desconhecem este fato) Saúde: Boa, exceto por uma contusão no joelho. Vida amorosa/conjugal: Casado, dois filhos. Filme favorito: Rocky, o Lutador Livro favorito: O dia que a bolha estourou. Prato favorito: Tiramisu Hábitos/Habilidades: Esportista. Informação Secreta: aceita propinas para agilizar empréstimos. Já foi preso por aceitar suborno. Tem dívidas pesadas porque arrisca muito no mercado de ações. Nome: Al-huq Muhamad Nacionalidade: Árabe Sexo: Masculino Idade: 63 Peso: 92kg Altura: 1m 65cm Signo: Touro Religião: Muçulmano Ocupação: Diplomata Saúde: Boa, mas tem vista cansada e é um pouco obeso. Vida amorosa/conjugal: Tem 23 filhos Filme favorito: Alien Livro favorito: O Cliente – John Grisham Prato favorito: Kebab Hábitos/Habilidades: Excelente orador, ótimo em atividades em equipe, adora viajar – especialmente Monte Carlo e Las Vegas Informação Secreta: Seu filho mais novo tem 3 anos de idade. Tem quatro esposas. É um jogador compulsivo. Nome: Kunta KInte Nacionalidade: Sul-africana (negro) Sexo: Masculino Idade: 57 Peso: 87 kg Altura: 1m97cm Signo: Touro Religião: Cristão Ocupação: Padre Saúde: Diabético. Tem uma tosse seca crônica, aparentemente incurável Vida amorosa/conjugal: Solteiro, sem filhos Filme favorito: Dennis o Travesso Livro favorito: Autobiografia de um Iogue – Paramahamsa Yogananda Prato favorito: Comida Vegetariana Chinesa Hábitos/Habilidades: Excelente nadador de longa distância. Foi campeão nacional de natação aos 20 anos. Informação Secreta: Teve um caso com uma cantora de boate aos 18 anos. A culpa e o arrependimento ainda o atormentam. Nome: Pik No Mor Nacionalidade: Chinesa Sexo: Feminino Idade: 20 Peso: 50 kg Altura: 1m54cm Signo: Aries Religião: Atéia Ocupação: Cantora de casa noturna nas Filipinas, ganha muito dinheiro por noite de trabalho. Envia dinheiro para casa, para custear a educação de seu irmão e irmã, na China. Eles dependem totalmente da ajuda dela. Saúde: Excelente. Vida amorosa/conjugal: Noiva de um rapaz na China Filme favorito: Face Off Livro favorito: Love Never Dies – Barbara Cartland Prato favorito: Galinha Frita à moda do Kentucky Hábitos/Habilidades: Fala 5 idiomas. Informação Secreta: Prostituta. Pensa que este é o modo mais fácil de arranjar dinheiro para enviar para casa. Os pais não sabem de suas atividades. Desaprovariam se soubessem. Nome: Prinkyopong Nacionalidade: Tailandesa Sexo: Masculino Idade: 32 Peso: 45kg Altura: 1m 79cm Signo: Virgem Religião: Budista Ocupação: Enfermeiro – sustenta sua família. Saúde: HIV Positivo, mas está com boa saúde. Vida amorosa/conjugal: Casado, dois filhos. Filme favorito: Titanic Livro favorito: Caminho para Deus, parte 4 – a 4ª Dimensão – J. Jagadeesan Prato favorito: Sorvete de Baunilha Hábitos/Habilidades: tem boa mão para o cultivo de plantas. Informação Secreta: Tornou-se soropositivo devido a uma transfusão de sangue. Sua esposa é cega. Nome: Edward Theodore Hightail IV Nacionalidade: Inglesa Sexo: Masculino Idade: 18 Peso: 55kg Altura: 1m.92cm Signo: Leão Religião: Livre Pensador Ocupação: Estudante Saúde: Perfeita. Vida amorosa/conjugal: Sem filhos. Filme favorito: Vindo para a América Livro favorito: Outono Negro – Dean Koonzt Prato favorito: Filé com vinho. Hábitos/Habilidades: Gosta de mandar nos serviçais. Tem uma atitude do tipo “eu sei tudo.” É o único herdeiro de uma corporação multi milionária no Reino Unido Informação Secreta: Extremamente rico. O pai é um magnata com 18 milhões de libras. Filho único e mimado. Nome: Jasmine Kaur Nacionalidade: Malaia Sexo: Feminino Idade: 42 Peso: 60 kg Altura: 1m 62cm Signo: Sagitário Religião: Sikh Ocupação: Professora Saúde: Diabética, mas apresenta boa saúde Vida amorosa/conjugal: 7 filhos Filme favorito: Cidade dos Anjos Livro favorito: Use sua Cabeça – Tony Buzan Prato favorito: Penang Laksa Hábitos/Habilidades: Pianista. Cozinheira fabulosa. Compõe canções. Informação Secreta: É hipertensa.  $1000 40 1000 30 1000 20 1000 10    $1000 40 1000 30 1000 20 1000 10    computador Cérebro (mente) Bateria (fonte de força) espírito (fonte de vida) Corpo (metal, fios) Corpo (carne, sangue e ossos) As partes do corpo, o computador e a bateria devem estar em bom estado para que o robô funcione corretamente O corpo, a mente e o espírito devem ser cuidados para que o homem funcione corretamente 68KLno{|‘’“®¯°±·¸¹ÒÓÔÕÖ×ØÙÚòéãßÙÓÌÓßÄßÄ´© ©‰´©~o~^o~o´M´©!hÞ¶CJOJPJQJmHnHu j{hÞ¶UmHnHujhÞ¶UmHnHuhÞ¶mHnHu,jhÞ¶>*B*UmHnHphÿuhÞ¶mHnHuhÞ¶0JmHnHujhÞ¶0JUmHnHujhÞ¶U hÞ¶6CJ0 hÞ¶CJ hÞ¶CJ@hÞ¶ hÞ¶aJhÞ¶5CJaJjhÞ¶UmHnHu     ýûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûûû !"#$%&'()*+,-./01234568Laýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýýûòí$a$$¤¸ ¤Ha$aopqrz{Ø3 à < ¤  _ ¬ e ±  | ç B¨[±þúøøøøöðððêêêêêêêêðêêêêðêêðð ÆÍ"  ÆÍ" $a$Úõö÷ø   - . / 0 1 2 3 4 5 P Q R S o p q Š ‹ Œ Ž ‘ ’ ­ ® öëÔÄ빪¹™ª¹ªÄˆÄëöëqÄ빪¹`ª¹ªÄˆÄëöë jghÞ¶UmHnHu,jìhÞ¶>*B*UmHnHphÿu!hÞ¶CJOJPJQJmHnHu 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4 5 a 910 a 14 70 e maisIdade(anos)Fonte: SIM/DATASUS. TABELA 3.4.1&NÚMERO DE HOMICÍDIOS POR IDADE SIMPLES BRASIL  2000 Número de TABELA 3.3.2 TABELA 3.4.2 BRASIL - 2000TAXA DE HOMICÍDIOS (EM 100000)"UF * IDADE * CAUSA CrosstabulationIDADE UFACALAMAPBACEDFESGOMAMGMSMTPAPBPEPIPRRJRNRORRRSSCSESPTOTOTALBRDPARTICIPAÇÃO (%) DOS HOMICÍDIOS NO TOTAL DE ÓBITOS POR IDADE SIMPLESFAIXA ETÁRIA: 15 A 24 ANOS IDADE (anos)TABELA LOCAL: UF ANO: 200015 a 24CAPAracajuBelo HorizonteBelém Boa VistaBrasília Campo GrandeCuiabáCuritiba Florianópolis FortalezaGoiânia João PessoaMacapáMaceióManausNatalPalmas Porto Alegre Porto VelhoRecife Rio BrancoRio de JaneiroSalvadorSão Luís São PauloTeresinaVitória#CAP * IDADE * CAUSA Crosstabulation TOTAL ÓBITOS HOMICÍDIOSBRASIL (Capitais)LOCAL: CAPITAIS TABELA 3.4.4 TABELA 4.3.1 SEGUNDO IDADEÓbitos+NÚMERO DE ÓBITOS POR ACIDENTE DE TRANSPORTEidadeactransphomicactrantx tranÿêã ˜Ì=ft]†„­¬Õ4RÔýXŸü%{·$M”Lu÷AtN¸œÅ¤Äí ì=€©¬Ü1Zt¸áÿÿ>Ûÿÿ.-V¡GU~€©ð¯$MªT¡Ø;dÄí¤ÏDmpÍb{·÷¿÷A÷¿”ü¿–·÷¿”ü¿N¸÷¿”Î` Íb\÷¿IÉr0Œ‹˜Îb˜ÎbŒ‹ÌÍb{·÷¿÷A÷¿”ü¿–·÷¿÷A÷¿”ü¿N¸÷¿üÍb\÷¿„æS0DÎb]É0Å0(ÎbÄ*òt°bT0ë^n02É0Ò†Îbü óG0Å0 9É0#G0Œ‹˜Îbx‹ˆÐb]‚Y0„ÎbÿÿÿÿX‹ÄÐbSeparador de milhares [0]ÿ ‹ÐbèÎ0Ðb  Œ‚Ò_T0Qw0j ‹0‡e00‡j ‹ÑR0j ‹0‡L ‹‡ü‡| ‹0˜ÏbËO0L ‹‡ÆÐbÄÐb‡0NJT0e0ðYT0ì‰L‰0„Ðb@ñÔÏb·|0ŒäÏbŒÃ~0BT0ôÏbŒÐbŒ(Ðbðu0(1T0Í(Ðb„Ðb„ÐbdÐb|0Í„ÐbŒºë¬Ðb~Ñb”s0ÄÐbºŒ&‰0ëºÄÐbâˆ0¸÷]0ÄZÍbÿÿÿÿ êÿÿÿÿäðb&ü˜ñbD0×.êIDADE2 * CAUSA CrosstabulationCount CAUSATotalActranHomicidSuicid01234567891  ÌAƒ„MRHP DeskJet 840C Series #2Ô|Ý€æ fd,ÌÚºÌÚºþÿÿÿRLdÍ«LPT1:¡"d,,éÅüý~ß?éÅüý~ß?3` -°ð ` -°È!` ½æ È"` ½æ È#` -° $` -°´%` -° &ìÂðÂð4ðªð( ð ð4ðr¢ ð4 ƒ ð0€ø ‹…¿  ¿À@ÿ¿ð ¤ïð]ø ‹Œì ð¶<21 anos=189 suicídios<&C+AqÐÿì3 d“23 ÿÿ M ÿÿÿNM4 VV3QQ ;dQ ;dQÿÿ3_ € ÿÿÿNM  MM<4E4D$% ×ÿÿÿ¿ÿÿÿ±M 3O&#Q4$% ×ÿÿÿ¿ÿÿÿ±M 3O&"Q4FA öS  3O!n>c 3 bïM&$43*#M&%! ÿÿ M4% }Ö f M3OJ&!Q  Idade (anos)'4% l·jMZ3Oj&!Q $Número de Óbitos'4523 €€€ ÀÀÀO43" ýÿ3_ ÿÿ M ÿÿÿNM  MM<444% —Ns sM03O€0& Q ’GGráfico 5.3.1 Número de Óbitos por Suicídio segundo Idade Brasil 2000'44Ve 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 !43 "44 #45 $46 %47 &48 '49 (50 )51 *52 +53 ,54 -55 .56 /57 058 159 260 361 462 563 664 765 866 967 :68 ;69 <70 =71 >72 ?73 @74 A75 B76 C77 D78 E79 F80 G81 H82 I83 J84 K85 L86 M87 N88 O89 P90 Q91 R92 S93 T94 U95eð?"@*@.@G@@Q@@U@[@]@ Àa@  d@  g@ f@ `d@àb@@d@`d@ c@@_@ a@@c@^@@_@d@À`@ d@àb@ b@€b@@`@€b@`@  `@!À[@"€`@#À[@$€]@%€_@&À\@'€Y@(\@)Z@*ÀS@+@T@,€R@-V@.€T@/ÀR@0@P@1Q@2@P@3€P@4€L@5M@6€M@7€E@8€F@9I@:G@;H@<€F@=H@>@@?€A@@C@A=@B?@C;@D:@E7@F5@G0@H.@I0@J@K,@L@M&@N@Oð?P@Q@R@S@Tð?U@e> UP P PZR R R RR RV VdÒSSSSSS ÌA  dü©ñÒMbP?_*+‚€%ÿÁƒ„MîImpr. 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Brasil - Ano 2000'44=ee      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<eP P PZR R R RR RV VdàÈSSSSSS ìfðf¢ ð c ð$€3‹¿ ¿À@¿ð Ñ x ! Kð]`3‹¬Œì ð¶<2220<ìxðp’ ð “ ð6¿NƒM¿ÀMÿ?¿ð < 3ñð]`TŒ  ÌAƒ„¡"TéÅüý~ß?éÅüý~ß?3` H!´` H!ð` H!r ` ½æ È` ½æ È` H! ì¼ð(@ððð( ð ððdB ð s ð*¿D¿À@ÿ¿ð«Ý«ð]`Œìlðl¢ ð s ð*€È5‹¿ ¿À@ÿ¿ð«ÜÞÝð]È5‹¸Œì ð¶<794<€uü3 db-23 ÿÿ M ÿÿÿNM4 bb3QQ ;fQ ;fQÿÿ3_ € ÿÿÿNM  MM<4E4D$% ×ÿÿÿÃÿÿÿ±M 3O&Q4$% ×ÿÿÿÃÿÿÿ±M 3O&Q4FAÓr{ ¦ 3OõH± 3 bïM&43*#M&! ÿÿ M4% ОNM 3Oìÿÿÿ H&Q  Idade (anos)'4% ZÀ¬üMZ3Oh&Q $Número de Óbitos'4523 €€€ ÀÀÀO43" ýÿ3_ ÿÿ M ÿÿÿNM  MM<444% -^ M:3Oªÿÿÿc*&Q ¶YGráfico 4.3.1 - Número de Óbitos por Acidentes de Transporte por Idade. Brasil. Ano 2000'44bee      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ[\]^_`aeP P PZR R R RR RV VdàÈSSSSSS ìxðp’ ð “ ð6¿NƒM¿ÀMÿ?¿ðp`0tið]`ŒŒ  ÌAƒ„¡"ŒéÅüý~ß?éÅüý~ß?3` -°ð` -°´` -° ` -°È` ½æ È` ½æ È` -° ìÂðÂPð,ðªð( ð ð,ðr¢ ð, ƒ ð0€9‹…¿  ¿À@ÿ¿ðÿì›Óð]9‹œŒì ð¶<21 anos=189 suicídios<lAÀ‰Ð3 d23 ÿÿ M ÿÿÿNM4 VV3QQ ;dQ ;dQÿÿ3_ € ÿÿÿNM  MM<4E4D$% ÙÿÿÿÄÿÿÿ±M 3O&Q4$% ÙÿÿÿÄÿÿÿ±M 3O&Q4FAùÄi ” 3OAK§ 3 bïM&43*#M&! ÿÿ M4% oè }M3OR&Q  Idade (anos)'4% eг}MZ3Ov&Q $Número de Óbitos'4523 €€€ ÀÀÀO43" ýÿ3_ ÿÿ M ÿÿÿNM  MM<444% }S¦ SM03O_2&Q –IGráfico 5.3.1 = Número de Óbitos por Suicídio segundo Idade - Brasil 2000'44Vee      !"#$%&'()*+,-./0123456789:;<=>?@ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUeP P PZR R R RR RV VdàÈSSSSSS íñ>¶`@å"66 778899 ÌA  dü©ñÒMbP?_*+‚€%ÿÁƒ„¡"ÿ7éÅüý~ß?éÅüý~ß?U} Û} $ } ¶} m } ’} Û} m } ¶} $} $} ’ d  ÿT0 ÿb@ ;b ;16 ;¯  ; ÿ ÿb ÿb ÿ82 ÿ ÿŒb ÿbŒ ÿ ÿŒb ÿ ÿŒ ÿŒŒ ÿ~ ÿ ÿ ÿŒb ÿ ÿ‰ ÿŒb ÿ~ ÿŒ ÿ|0 ÿŒ ÿŒŒ ÿ0Œ ÿý ”¾ý åý æ¾  ý –¾ý ~  W@¾   ý l¾ý ~  €_@¾   ý •¾ý  ~   b@¾   ý ný o¾ý  ~  €c@¾   ý pý q¾ ý çý èý éý  ~   c@# X€@ÿ % À À ý r#.ZfÍŒ @ý ˆ½!Â~ç`f@+"\˜¯B}ñ?ýDÀDÀjø@~ X€@+".ZfÍŒ @b ÿDÀDÀjø@ý  ~   h@ ~  !Â~çý s#å¼Cõ¾Ñ@ý ‰½!Þ©ñ[@+"ÜdQää?ÿDÀDÀjø@~ èŠ@+"å¼Cõ¾Ñ@ÿDÀDÀjø@ý  ~  e@ ~  !Þ©ñý t#`pÚŽ_.@ý Š½!Ž×"P@+"šÎ“ï)Œ @ÿDÀDÀjø@~ Ž@+"`pÚŽ_.@ÿDÀDÀjø@ý ~  Àe@ ~  !Ž×"ý u #DÉÛn¢@½ .@!³?jT‚@+ "k1·aZ0@ÿD ÀD Àjø@~ €q@+ "DÉÛn¢@ÿD ÀD Àjø@ý ~  e@ ~ !³?jTý v #Ù§¤Xùœ&@½ 0@!ó·úT@@+ "ù0’Y<@ ÿD ÀD Àjø@~ 0y@+ "Ù§¤Xùœ&@ ÿD ÀD Àjø@ý ~  c@# èŠ@ ÿ % À Àf°~ !ó·úTý w #bóŒôî-@½ 1@!îýÚH™@+ "’X0ŒF@ ÿD ÀD Àjø@~ È€@+ "bóŒôî-@ ÿD ÀD Àjø@ý ~ c@ ~ !îýÚý x #ÍkÅ2@½ 2@!þ™Öð@+ "i¤-9#?K@ ÿD ÀD Àjø@~  „@+ "ÍkÅ2@ ÿD ÀD Àjø@ý ~ Àe@ ~ !þ™Öý y #ÞѬ*»4@½ 3@!6Ò0 @+ "t!Zv—N@ ÿD ÀD Àjø@~ P†@+ "ÞѬ*»4@ ÿD ÀD Àjø@ý ~  j@ ~ !6Òý z#që\²‹7@½4@!ÒÍX¡@+"½É€PuP@ ÿDÀDÀjø@~ Ј@+"që\²‹7@ ÿDÀDÀjø@ý ~  àh@ ~  !ÒÍý {#l7Ž6Ñ7@½5@!.nÉÄŸ@+"ÜMÒ¥ÍN@ÿDÀDÀjø@~ ˆ@+"l7Ž6Ñ7@ÿDÀDÀjø@ý ~  l@# Ž@ ÿ %  À À0~  !.nÉý |#w³Ïúçr7@½6@!> Å°ž@+"îÂR kN@ÿDÀDÀjø@~ ¨‡@+"w³Ïúçr7@ÿDÀDÀjø@ý ~  €q@ ~  !> Åý }#Vñb‹ù7@½7@!Öq¿XŸ@+"·ÄiùúO@ÿDÀDÀjø@~ €‡@+"Vñb‹ù7@ÿDÀDÀjø@ý ~  0y@ ~  !Öq¿ý ~#‰ùkÆ7@½8@!nÙ¹Œœ@+"mÕHN@ÿDÀDÀjø@~ †@+"‰ùkÆ7@ÿDÀDÀjø@ý ~  È€@ ~  !nÙ¹ý #Ü×¼/¤7@ý ½!QM½@+"]¿Â®øÝJ@ÿDÀDÀjø@~ ©@+"Ü×¼/¤7@ÿDÀDÀjø@ý ~   „@ ~  !QMý €#ƒe<‰ï)7@ý €½!B9×µ@+"$éAUÁtE@ÿDÀDÀjø@~ ”§@+"ƒe<‰ï)7@ÿDÀDÀjø@ý ~  P†@ ~  !B9ý #/R7?$o8@ý ½!fbìK°@+"óÇÊæ+A@ÿDÀDÀjø@~ h§@+"/R7?$o8@ÿDÀDÀjø@ý ~  Ј@ ~  !fbìý ‚#š™‹ª7@ý ‚½!¸ƒ¦@+"#ZÊAºž;@ÿDÀDÀjø@~ €£@+"š™‹ª7@ÿDÀDÀjø@ý ~  ˆ@ ~  !¸ƒý ƒ#=ß››y6@ý ƒ½!R @+"œÛà'‡7@ÿDÀDÀjø@~  ž@+"=ß››y6@ÿDÀDÀjø@ý ~  ¨‡@ ~  !Rý „#4WuíËDD@ý „½!ÒbûHŸ@+"â oœ²0@ÿDÀDÀjø@~ ^¦@+"K²ý‡þã6@ÿDÀDÀjø@ý ~  €‡@ ~  !Òbûý …#N~vM+0@ý …½!Ndó!¨‹@+"x6Jü¡%@ÿDÀDÀjø@~ ¸@+"¢×,ý>7@ÿDÀDÀjø@ý ~  †@ ~  !Ndóý †#i3ǽ’;@ý ‹½!*у`}@+">X’Ír–@ÿDÀDÀjø@~ `›@+"i3ǽ’;@ÿDÀDÀjø@ý  ~  °„@ ~  !*уý ‡ý #!Ház¤L3¤A þ %ÀÀ¾ !#€>Ü@ÿ %ÀÀ+"ïOKT^1@ÿDÀDÀjø@ý !~  (†@ # !Ház¤L3¤Aÿ % À À¾ ý "~  „@¾   ¾ý #~  Pƒ@¾   ¾!ý $~  Ø@# ©@ ÿ % À À0 ¾ý %~  „@¾   ×D–lPPPP\«äääÜùÜÜÜÜùÜÜÜääääääääþDDg ÿT0! ÿb" ÿb# ÿ16$ ÿ¯ % ÿ& ÿ' ÿb( ÿb) ÿ82* ÿ+ ÿŒb, ÿbŒ- ÿ. ÿŒb/ ÿ0 ÿŒ1 ÿŒŒ2 ÿ~3 ÿ4 ÿ5 ÿŒb6 ÿ7 ÿ‰8 ÿŒb9 ÿ~: ÿŒ; ÿ|0< ÿŒ= ÿŒŒ> ÿ0Œ? ÿý &~ À‚@ ý !'~ ! 0ƒ@! ý "(~ " ø‚@" ý #)~ # `@## ”§@ ÿ %# À À0ý $*~ $ °ƒ@$ ý %+~ % ȃ@% ý &,~ & Ђ@& ý '-~ ' ‚@' ý (.~ ( X@#( h§@- ÿ %$( À À0ý )/~ ) 0@) ý *0~ * @* ý +1~ + °@+ ý ,2~ , @@, ý -3~ -  {@#- €£@# ÿ %)- À À0ý .4~ .  z@. ý /5~ / P{@/ ý 06~ 0 àx@0 ý 17~ 1 Pw@1 ý 28~ 2 `t@#2  ž@( ÿ %.2 À À0ý 39~ 3 ðw@3 ý 4:~ 4 ðt@4 ý 5;~ 5 `s@5 ý 6<~ 6 Pq@6 ý 7=~ 7 €p@7 ý 8>~ 8 Àr@8 ý 9?~ 9  q@9 ý :@~ : àm@: ý ;A~ ; `n@; ý <B~ < Àm@#< ^¦@2 ÿ %3< À À0ý =C~ =  n@= ý >D~ > `i@> ý ?E~ ? 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