CONTABILIDADE - Faculdade Delta



|Código Turma |Nome |Professor |

|CONT-0003 |Contabilidade Geral II |Jorge Brandão |

|Período ano semestre |Carga Horária |Curso |

|3º 2.013-1 |72 horas |Ciências Contábeis |

|Conteúdo I |Tema | |

| |Operações com Mercadorias |

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BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CONTABILIDADE GERAL II

Prof. JORGE BRANDÃO

Brandao1210@

GOIANIA – GO – JANEIRO / 2.013

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PARTE V – OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

1. Introdução

Mercadorias são objetos comercializados pelas empresas comerciais.

Suponhamos a seguinte situação: A empresa XYZ comprou mercadorias a vista por R$ 5.000,00.

Assim assinale a alternativa correta que contém o lançamento adequado:

a) D) mercadorias

C) caixa

b) D) compra de mercadorias

C) caixa

c) D) estoque

C) caixa

Os três lançamentos acima estão corretos. No entanto, o que irá diferir será o método para registro da mercadoria.

Métodos

I. Conta Mista: Consiste na adoção de uma única conta para o registro de todas as operações envolvendo mercadorias. Normalmente, a conta é chamada de “mercadorias”. Por esse método a conta exerce a função patrimonial e seu saldo final será registrado no balanço patrimonial. Ao mesmo tempo servirá como conta de resultado porque registra também as compras, as devoluções de compras, as vendas, devoluções de vendas e etc, que consequentemente apurará o resultado operacional bruto (antigamente chamado de lucro bruto).

II. Desdobrada. Consiste em desdobrar a conta mercadorias em quantas forem necessárias. Basicamente podemos demonstrar três contas: estoque de mercadorias, compras e vendas. No entanto, pode ocorrer a existência de fatos que venha a utilizar as seguintes contas: compras anuladas, vendas anuladas, fretes sobre compras, ICMS sobre compras e, PIS sobre faturamento e COFINS.

Sistemas

I. Inventário Periódico

É chamado de periódico porque a partir de sua adoção as empresas passam a elaborar o inventário físico das mercadorias existentes somente no final do exercício ( normalmente no final do ano). Assim o resultado bruto da conta mercadorias somente será conhecido no final de cada ano.

II. Inventário Permanente

Consiste em controlar permanentemente o estoque de mercadorias efetuando as respectivas anotações a cada compra ou devolução e a cada venda ou devolução. Dessa forma, como os estoque como os estoques de mercadorias são mantidos atualizados, as empresas poderiam apurar o resultado a qualquer momento.

Na verdade, existe três métodos de avaliação do estoque conforme a seguir:

• Conta mista com inventário periódico

• Conta desdobrada com inventário periódico

• Conta desdobrada com inventário permanente

2. Método e Sistemas para Registro das Operações com Mercadorias

Vejamos os seguintes fatos ocorridos na empresa XYZ:

1. compra de mercadorias a vista no valor de R$ 1.200,00

2. venda de mercadorias a vista no valor de R$ 800,00

É sabido que o estoque de mercadorias existentes no inicio do período era de R$ 500, a contabilização dos respectivos fatos no livro diário e nos razonetes pode ser feita das três maneiras mencionadas.

2.2- Conta Desdobrada com Inventário Periódico

Neste caso, cada fato será contabilizado em uma conta própria sendo a conta mercadorias, desdobrada em Estoque de mercadorias de mercadorias, fretes e seguros sobre compras, abatimentos sobre compras, compras anuladas, descontos incondicionais obtidos, venda de mercadorias, vendas anuladas, abatimentos sobre vendas, descontos incondicionais concedidos ICMS sobre vendas, PIS sobre faturamento e COFINS sobre faturamento.

Neste caso ficaria dessa forma a escrituração:

Lançamento 1) D- compras de mercadoria 1.200

C- caixa

Lançamento 2) D- Caixa 800,00

C- vendas de mercadoria

| |MERCADORIAS | |

| |  |  |  |  | |

| |Estoque | 500,00 | | | |

| | | | | | |

| | |  | | | |

| |COMPRAS | |

| |  |  |  |  | |

| | |  | | | |

| |2- | 1.200 | | | |

| | |  | | | |

| |VENDAS | |

| |  |  |  |  | |

| | | | 800,00 |Vendas |2 |

| | | | | | |

| |CAIXA | |

| |  |  |  |  | |

| |2- | 800,00 | 1.200,00 |1- | |

| | |  | | | |

| | |  | | | |

3. Fatos que Alteram os valores das compras

3.1- Devolução de Compras ou Compras Anuladas

A empresa X desenvolveu ao seu fornecedor mercadorias adquirida a vista no valor de R$ 5.000,00 conforme nota fiscal 730

CONTA DESDOBRADA COM INVENTÁRIO PERIODICO

D- caixa

C- compras anuladas R$ 5.000,00

4. Fatos que Alteram o Valor das Vendas

4.1- Devolução de Vendas ou Vendas Anuladas

Recebidas em devolução do cliente X, mercadorias vendidas conforme nossa nota fiscal no valor de R$ 900,00. Cujo custo da mercadoria é R$ 500,00

Vejamos como foi contabilizado pela conta desdobrado inventário permanente:

D- vendas anuladas

C- caixa R$ 900,00

5. Impostos e Contribuição Sobre Compra e Venda de Mercadorias

Os impostos e contribuições incidentes sobre as compras e vendas de mercadorias são:ICMS,IPI,ISS,PIS,COFINS SOBRE FATURAMENTO.

III. ICMS:

a) O ICMS é o imposto incidente sobre operações relativas a circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;

b) É um imposto de competência estadual

c) Incide sobre a circulação de mercadoria e serviços

d) É considerado um imposto por dentro, o que significa dizer que seu valor está incluso no preço da mercadoria. Assim ao adquirir uma determinada mercadoria por $ 1.000,00, com ICMS de 17% significa que o custo da mercadoria corresponde a $ 830,00 e o ICMS a $ 170,00. Nesse caso o total da nota fiscal será igual a $ 1.000,00;

e) É um imposto não cumulativo, isto é; o valor incidente em uma operação (compra) poderá ser compensada do valor incidente na operação subseqüente (venda);

f) A alíquota poderá variar em função do tipo da mercadoria;

g) Existe uma alíquota básica para maior parte das mercadorias;

CONTABILIZAÇÃO DO ICMS

A contabilização do imposto torna-se muito simples a partir do momento em que você passa a conhecer o mecanismo que envolve a incidência do sobre operações de compras e vendas de mercadorias.

A atividade principal de uma empresa comercial concentra-se em duas operações: compra e venda.

Quando a empresa compra mercadorias, paga ao fornecedor, embutida no custo dessas mercadorias, uma parcela correspondente ao ICMS; quando uma empresa vende mercadorias, recebe do cliente, embutida no valor da venda, uma parcela correspondente será repassada ao governo do Estado. Note no entanto, que antes de repassar ao governo do estado a parcela do ICMS recebida do cliente (constante na nota fiscal de venda), a empresa poderá compensar desse total o valor do ICMS que pagou ao fornecedor (constante na nota fiscal de compra) por ocasião da compra dessa mesma mercadoria que esta sendo vendida:

Vejamos a seguinte situação:

Compra de mercadoria no valor de R$ 100,00, com ICMS incluso de R$ 18,00.Seu fornecedor ao receber os R$ 100,00 deverá repassar os R$ 18,00 ao governo do estado. Dessa forma, você pagou ao fornecedor R$ 82,00 pela mercadoria e R$ 18,00 de impostos.

Suponhamos agora que você vendeu um mesmo lote de mercadoria a um valor de R$ 150,00 com ICMS incluso de R$ 27,00. Dos R$ 150,00 que você recebeu (receita bruta de vendas), R$ 123,00 corresponde a receita liquida de vendas e R$ 27,00 ao ICMS que você deveria recolher ao Governo do Estado. Como o ICMS é um imposto não cumulativo, você poderá abater desses R$ 27,00 em função da venda da mercadoria os R$ 18,00 em função da compra dessa mesma mercadoria. Assim você pagará ao governo apenas R$ 9,00 que corresponde apenas R$ 27,00 – R$ 18,00.

Diante do exposto podemos concluir :

O valor do ICMS que você paga ao fornecedor por ocasião da compra representa direito para sua empresa perante o governo do estado;

O valor do ICMS que você recebe do seu cliente por ocasião da venda representa obrigação da sua empresa perante o governo do estado.

As operações com ICMS envolvendo direitos e obrigações junto ao governo do estado podem ser apuradas mensalmente da seguinte maneira:

No final do mês, soma-se os valores do ICMS incidentes em todas as compras efetuadas durante o referido mês (direitos da empresa);

Da mesma forma, soma-se os valores do ICMS incidentes em todas as vendas efetuadas durante o referido mês que caracteriza como obrigações da empresa.

• Se o total do ICMS incidentes sobre as compras for superior ao total do ICMS incidente nas vendas, a diferença representará um direito da empresa perante o governo do estado em relação as operações realizadas naquele mês. Se, por outro lado, o valor do ICMS incidente nas vendas for superior ao valor do ICMS incidente nas compras, a diferença representará obrigações da empresa, devendo ser recolhida ao estado no mês seguinte.

Agora que você já conhece o mecanismo que envolve o funcionamento das operações de compras e vendas, iremos exercitar um pouco mais:

ICMS nas Devoluções de Compras e nas Devoluções de Vendas

Considere os seguintes fatos ocorridos em uma empresa num determinado mês:

1- Devolução de compra efetuada junto ao fornecedor X conforme nota fiscal n. 130 no valor de R$ 1.000,00 com ICMS incidente de R$ 170,00

2- Devolução de parte da mercadoria vendida a vista por R$ 5.000,00 com ICMS incidente no valor de R$ 850,00 conforme nota fiscal n. 140.

Contabilização

É importante salientar que os lançamentos de devoluções de compras e devoluções de vendas, a contabilização desses eventos será feita invertendo-se os lançamentos originais – como se fossem estornos. Se a empresa, entretanto, adotar o método da sua conta inventário periódico deverá utilizar a conta compras e vendas canceladas. Vejamos como ficam os lançamentos citados:

DEVOLUÇÃO DA COMPRA

D- caixa 1.000,00

C- compras anuladas 830,00

C- ICMS a recuperar 170,00

DEVOLUÇÃO DE VENDA

D- Vendas canceladas D- ICMS recuperar

C- Caixa 5.000,00 C- ICMS s/ vendas 850,00

6. Contribuições sobre as Vendas

O que você precisa saber sobre PIS e COFINS S/ FATURAMENTO:

O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são duas modalidades de tributos que as empresas em geral devem recolher mensalmente ao Governo Federal.

São contribuintes do PIS e COFINS sobre o faturamento as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas as micro empresas optante pelo simples nacional. As entidades sem fins lucrativos, públicas recolhem o PIS com base na suas folhas de pagamento.

A lei 10.637/2002 criou o regime não cumulativo de tributação da contribuição para PIS e a lei 10.833/2002 criou o regime não cumulativo de tributação da contribuição da COFINS. Essas mesmas leis estabeleceram também as pessoas jurídicas e também as receitas que não estão sujeitas a essas modalidades de tributação.

Os valores das contribuições para o PIS e para a COFINS são calculados no final de cada mês mediante a aplicação de alíquotas sobre o faturamento da empresa que obteve no referido mês.

Para a legislação do PIS e COFINS, o faturamento compreende o total da receita bruta decorrente das vendas de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e bem como as demais receitas auferidas pela empresa, independentemente de sua denominação.

As citadas leis, estabelecem também os valores que devem ser excluídos do faturamento para se encontrar as bases de cálculo desses tributos, tais como, por exemplo, as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

Em 2008, as alíquotas básicas da contribuição do PIS para as empresas sujeitas ao regime cumulativo era de 0,65% e para as empresa sujeitas ao regime não cumulativo era de 1,65%; a alíquota básica da contribuição da COFINS para as empresa sujeitas ao regime cumulativo era de 3% e para as empresa sujeitas ao regime não cumulativo era de 7,6%.

As legislações do PIS e da COFINS estabelecem também alíquotas diversificadas, disciplinando as pessoas jurídicas bem como as operações na quais devem ser aplicadas.

As empresas sujeitas ao regime não cumulativo do PIS e da COFINS podem abater do total devido pela aplicação das alíquotas próprias sobre o faturamento importância dos respectivos tributos devidos por outras pessoas jurídicas em decorrência das transações realizadas com a respectiva empresa.

As empresas devem recolher as contribuições para o PIS e para a COFINS sempre no mês seguinte ao mês da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Tendo em vista que as contribuições em estudo incidem sobre o total das receitas auferidas pela empresa em cada mês, é necessário efetuar o cálculo e a contabilização conforme o grupo em que as receitas estejam contabilmente classificadas. Assim teremos o PIS e COFINS sobre o faturamento (vendas), o PIS e a COFINS sobre as receitas financeiras e o PIS e a COFINS sobre as outras receitas não operacionais.

Formação da Base de Cálculo

Para formar a base de cálculo, será excluído apenas as vendas canceladas, apenas para efeito didático, e outras informações deverá consultar a legislação.

Faturamento R$ 110.000,00

Vendas Canceladas R$ (10.000,00)

Base de Cálculo R$ 100.000,00

Com base no exemplo acima, o estudante poderá aplicar o percentual correspondente aos tributos.

APENAS PARA EFEITO DIDÁTICO NÃO SERÁ ABORDADO A MODALIDADE NÃO CUMULATIVA.

Contabilização do PIS e da COFINS

O cálculo e a contabilização das contribuições para o PIS e para a COFINS no regime cumulativo são muito simples. No ultimo dia do mês, apura-se a base de cálculo de cada um dos tributos e extraindo do total a receitas realizadas no mês os valores permitidos pela legislação tributária, e em seguida aplica-se a base de cálculo encontrada as alíquotas próprias para se obter o calor devido de cada tributos.

Como essas contribuições serão recolhidas ao governo federal somente no mês seguinte ao mês da ocorrência dos respectivos fatos geradores, a contabilização das contribuições será realizada da seguinte forma:

D- PIS s/ faturamento D- COFINS s/ faturamento

C- PIS a recolher C- COFINS a recolher

8- Resultado da Conta Mercadorias

Introdução

O resultado da conta mercadorias é o resultado bruto do exercício de uma empresa comercial. Esse resultado poderá ser lucro (lucro sobre vendas ou lucro bruto) ou Prejuízo (prejuízo sobre vendas).

Como existem três maneiras para se contabilizar as operações envolvendo mercadorias, iremos apenas abordar apenas a conta desdobrada com inventário periódico.

Conta Desdobrada com Inventário Periódico

É importante o domínio das formulas do CMV (custo das mercadorias vendidas) e RCM (Resultado da Conta mercadorias).

Formulas primárias:

CMV = Ei + C - Ef

CMV- custo das mercadorias vendidas

Ei – Estoque inicial

C – compras

Ef – Estoque Final

RCM = V - CMV

V- Vendas

Vejamos o exemplo a seguir:

Estoque de mercadoria (Ei)................... 1.500,00

Compras de Mercadorias ..................... 5.000,00

Vendas mercadorias ............................. 7.000,00

Sabendo que o valor do estoque final conforme inventário realizado em 31 de dezembro foi igual a R$ 2.000,00 apure o resultado da conta mercadorias, extra-contábil e contabilmente.

Solução Extra-contábil

CMV = 1.500+5.000,00-2.000,00 = 4.500,00

RCM = 7.000,00 – 4.500,00 = 2.500,00

Solução Contábil

Inicialmente iremos construir as razonetes:

| |MERCADORIAS | |

| |  |  |  |  | |

| |Estoque | 1.500,00 | | | |

| | | | | | |

| | |  | | | |

| | | | | | |

| |COMPRAS | |

| |  |  |  |  | |

| | |  | | | |

| |2- |5.000,00 | | | |

| | |  | | | |

| |VENDAS | |

| |  |  |  |  | |

| | | | 7.000,00 |vendas |2 |

| | | | | | |

Para apurarmos contabilmente o resultado da conta mercadorias, iniciamos pela apuração do custo das mercadorias vendidas. O procedimento é simples: basta transferir contabilmente para a conta CMV todos os valores das contas que compõem a formula do CMV, veja:

D- CMV

C – estoque mercadorias 1.500,00

D- CMV

C- compras de mercadorias 5.000,00

D- Estoque de mercadorias

C- CMV 2.000,00

Agora o próximo passo será apurar o valor do resultado da conta mercadorias, o que será feito da mesma maneira como procedemos para a apuração contábil do CMV. Transferiremos para a conta RCM todos os valores constantes da respectiva fórmula:

Lançamentos em partidas de diário:

D- Vendas de mercadoria

C- RCM 7.000,00

* Note que todos os valores referentes a vendas de mercadorias, foram lançados na conta RCM, ou seja, serão lançados os valores referentes a vendas de mercadorias, impostos sobre as vendas..

** Após o lançamento dos valores referentes a venda de mercadorias que foram lançados na conta RCM, agora iremos transferir para a conta RCM o valor do CMV encontrado, conforme abaixo:

D- RCM

C- CMV 4.500,00

Vejamos agora como ficará o lançamento realizado e exposto nas razonetes:

FORMULA COMPLETA

CMV = EI + (C – CA ) – EF

onde:

• CMV = Custo das Mercadorias Vendidas

• EI = Estoque Inicial

• C = Compras

• CA = Compras Anuladas

• EF = Estoque Final

RCM = (V – VA - ICMS - ISS - PIS - COFINS )-CMV

onde:

RCM = Resultado da Conta Mercadorias

• V = Vendas

• VA = Vendas Anuladas

• ICMS = Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços sobre as vendas

• ISS = Imposto de competência Municipal (quando na Receita Bruta de Vendas constar também Receitas com prestação de serviços)

• PIS = PIS sobre a Receita Bruta e

• COFINS = COFINS sobre a Receita Bruta

• CMV = Custo das Mercadorias Vendidas apurado na primeira fórmula.

A fórmula do RCM E cmv também poderá ser estruturada assim:

CMV: EI + (C-CA)-EF

RCM: V- (VA+VA+ICMS+PIS+COFINS+CMV)

RESUMO DA CONTABILIZAÇÃO

|EVENTO |CONTABILIZAÇÃO |

|COMPRA DE MERCADORIA |D- compra de mercadoria |

| |D- ICMS a recuperar |

| |C- caixa, banco, fornecedores etc |

|DEVOLUÇÃO DE COMPRA |D- caixa, fornecedores etc |

| |C- Compras Anuladas |

| |C- ICMS a recuperar |

|VENDA DE MERCADORIA |PELA VENDA |

| |D- caixa, banco etc |

| |C- Venda de Mercadoria |

| | |

| |PELO ICMS |

| |D- ICMS S/ VENDA |

| |C- ICMS a recolher |

| | |

| |AJUSTE DO ICMS |

| |D- ICMS a recolher |

| |C- ICMS a recuperar |

|DEVOLUÇÃO DE VENDA |PELA DEVOLUÇÃO |

| |D- Venda Canceladas |

| |C- caixa, banco, etc |

| | |

| |PELO ICMS |

| |D- ICMS a recuperar |

| |C- ICMS S/ VENDA |

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.170/09

Aprova a NBC TG 16 – Estoques.

Objetivo

O objetivo desta Norma é estabelecer o tratamento contábil para os estoques. A questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas. Esta Norma proporciona orientação sobre a determinação do valor de custo dos estoques e sobre o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido. Também proporciona orientação sobre o método e os critérios usados para atribuir custos aos estoques.

Alcance

Definições

6. Os seguintes termos são usados nesta Norma, com os significados especificados:

Estoques são ativos:

a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;

b) em processo de produção para venda; ou

(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso. O primeiro é um valor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda.

Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também compreendem produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo. No caso de prestador de serviços, os estoques devem incluir os custos do serviço, tal como descrito no item 19, para o qual a entidade ainda não tenha reconhecido a respectiva receita (ver a NBC TG 30 – Receitas).

Mensuração de estoque

Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Custos do estoque

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

Custos de aquisição

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.273/10)

Custos de transformação

Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão-de-obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão-de-obra indireta.

Critérios de valoração de estoque

O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais.

A identificação específica do custo significa que são atribuídos custos específicos a itens identificados do estoque. Este é o tratamento apropriado para itens que sejam segregados para um projeto específico, independentemente de eles terem sido comprados ou produzidos. Porém, quando há grandes quantidades de itens de estoque que sejam geralmente intercambiáveis, a identificação específica de custos não é apropriada. Em tais circunstâncias, um critério de valoração dos itens que permanecem nos estoques deve ser usado.

Valor realizável líquido

O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos estoques pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso.

. Os estoques devem ser geralmente reduzidos para o seu valor realizável líquido item a item. Em algumas circunstâncias, porém, pode ser apropriado agrupar unidades semelhantes ou relacionadas. Pode ser o caso dos itens de estoque relacionados com a mesma linha de produtos que tenham finalidades ou usos finais semelhantes, que sejam produzidos e comercializados na mesma área geográfica e não possam ser avaliados separadamente de outros itens dessa linha de produtos. Não é apropriado reduzir o valor do estoque com base em uma classificação de estoque, como, por exemplo, bens acabados, ou em todo estoque de determinado setor ou segmento operacional. Os prestadores de serviços normalmente acumulam custos relacionados a cada serviço para o qual será cobrado um preço de venda específico. Portanto, cada um desses serviços deve ser tratado como um item em separado.

As estimativas do valor realizável líquido devem ser baseadas nas evidências mais confiáveis disponíveis no momento em que são feitas as estimativas do valor dos estoques que se espera realizar. Essas estimativas devem levar em consideração variações nos preços e nos custos diretamente relacionados com eventos que ocorram após o fim do período, à medida que tais eventos confirmem as condições existentes no fim do período.

Reconhecimento como despesa no resultado

Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida. A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de estoques devem ser reconhecidas como despesa do período em que a redução ou a perda ocorrerem. A quantia de toda reversão de redução de estoques, proveniente de aumento no valor realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em que for reconhecida a despesa ou a perda, no período em que a reversão ocorrer.

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POR QUESTÕES DIDÁTICAS E POR SER A PRÁTICA MAIS USUAL NO MERCADO e CONCURSOS PUBLICOS. IREMOS ABORDAR APENAS O SISTEMA CONTA DESDOBRADA COM INVENTÁRIO PERIODICO

(5) 4.500,00

_________

(4) 7.000,00

____________

Saldo

2.500,00

RCM

(4)7.000,

7.000,00

Venda Merc MMercaoePatrimônio

4.500,00

(5) 4.500,00

CMV

................
................

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