COMíCIO NO DIstrItO UrBaNO Nº 3 – 11 De aBrIL De 2007

[Pages:20]Armando Guebuza em Presid?ncia Aberta 273

MAPUTO CIDADE

Com?cio no Distrito Urbano n? 3 ? 11 de Abril de 2007

(...) Queria agradecer a popula??o do Distrito Urbano n? 3. Queria agradecer pela forma calorosa como nos receberam. E queriam agradecer tamb?m pela grande mensagem que tem vindo a transmitir-nos. N?s ouvimos em cada can??o alguma mensagem. E esta mensagem tem por objectivo refor?ar a nossa unidade e dar-nos for?a para combatermos contra a pobreza. Mas tamb?m, a mensagem vem na dan?a. Vem na dan?a quando n?s vemos as nossas crian?as a exercitarem e a valorizarem os valores tradicionais seus. Ou ent?o, as mam?s tamb?m quando dan?am e trazem a superf?cie aquilo que ? o nosso passado e que deve ser e continua sendo o nosso presente. Ou ent?o, os jovens quando apresentam um coro bonito. Isso tudo n?s queremos agradecer a popula??o da cidade de Maputo, atrav?s da popula??o do Distrito Urbano n? 3. Queria tamb?m agradecer as ofertas que aqui foram trazidas. Sabemos que oferecer n?o ? f?cil. S? oferece quem ama. Se n?o ama n?o oferece. Porque muitas vezes oferece aquilo que precisa tamb?m, mas oferece a outro. Muito obrigado por este amor. (Palmas)

A minha interven??o vai ser curta. Eu pensava que havia de ter muito tempo, mas n?o foi poss?vel. Pelo programa que me deram, s? me restam trinta e cinco minutos. Eu pensava que havia de ter uma hora e trinta minutos. Mas n?o ? poss?vel. Temos que aceitar a realidade. Por isso mesmo, eu vou falar pouco mas vou ouvir mais, porque essa ? parte mais importante. Antes de falar pouco e ouvir mais, eu queria pedir que conhecessem os camaradas vem comigo. Que fazem parte d a minha comitiva.

(seguem-se as apresenta??es)

N?s decidimos que vamos combater a pobreza. Quando falo de n?s, estou a falar de n?s povo mo?ambicano. N?s decidimos que vamos combater a pobreza para vencer. E n?s acreditamos que vamos vencer. Por sorte, n?s mo?ambicanos j? vencemos outras batalhas no passado. Vencemos a batalha da divis?o. Mondlane veio nos ensinar que a unidade ? que traz a for?a. A unidade, dentro naturalmente da diferen?a. Viemos de regi?es diferentes. Falamos l?nguas diferentes. Dan?amos de maneiras diferentes. E essas diferen?as todas quando s?o postas em conjunto, para realizar um mesmo objectivo, tornam-se uma for?a imbat?vel. A diferen?a ? dizia Mondlane ? n?o enfraquece. A diferen?a ? quando ? para realizarmos o mesmo objectivo ? tornam-nos imbat?vel. Por isso, ganhamos essa batalha. Mo?ambique est? unido: tribos; regi?es; ra?as ? tudo! Todos somos mo?ambicanos e valorizamo-nos como tal. A outra coisa que n?s aprendemos no passado ? que por causa desta unidade, n?s vencemos o colonialismo. E o colonialismo foi-se embora. Passou para a hist?ria e n?s vencemos. E tamb?m por causa da unidade, e porque quer?amos a mesma coisa, a guerra acabou. Essas tr?s vit?rias mostram que os mo?ambicanos, quando querem uma coisa juntamse e avan?am determinados e vencem. E vencem. Hoje, colonialismo ? hist?ria. Hoje, a guerra ? hist?ria. Pois bem, n?s queremos tamb?m e acredito que vamos conseguir que a pobreza seja hist?ria. Se fale como uma coisa passada, assim como dizemos: naquele tempo n?s aqui n?o pod?amos construir casas de alvenaria. Mas agora vejamos, temos casa de alvenaria! Naquele tempos, n?s n?o pod?amos ter energia em casa. T?nhamos que funcionar com xiphefo. Hoje, j? podemos come?ar a ter energia el?ctrica. N?s dizemos: naqueles tempos, n?s n?o pod?amos ter escolas. Todo o Maputo s? tinha duas ou tr?s escolas secund?rias. E agora, escolas secund?rias s?o muitas. N?o s?o suficientes, mas s?o muitas. Naquele tempo,

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nem havia isso. Por isso, passou para a hist?ria. Podemos dizer: naqueles tempos, n?s n?o dorm?amos dentro das nossas casas por causa da guerra. Naqueles tempos. Mas hoje, j? dormimos dentro das nossas casas. ? claro que ainda h? xiguevengos que andam por a?. Mas o certo, ? que passou para a hist?ria. Tamb?m chegar? o momento em que vamos dizer: naqueles tempos, quando ?ramos pobres, quando n?o sab?amos se hav?amos de ter almo?o; quando n?o sab?amos que n?o pod?amos apanhar transporte sem dificuldades... Naqueles tempos, o passado. N?s vamos fazer da pobreza o passado. E n?s temos experi?ncia. J? fizemos isso com o colonialismo. J? fizemos isso com a guerra. Agora falta fazer com a pobreza. Queria dizer isto: n?s todos caminhamos para acabar com a pobreza.

N?s fizemos muita coisa para acabar com a pobreza. Muita coisa. Realizamos muita coisa. Mas sabemos tamb?m que ainda h? muita coisa para fazer. Ainda h? muita coisa para fazer. E muitas das coisas que ainda h? por fazer, tem a ver com os obst?culos ao desenvolvimento. Os obst?culos ao desenvolvimento. Aqueles troncos ? swigodos ? que aparecem. Quando n?s queremos ir para frente, aparece um troco. Esse tronco tem formas v?rias. As vezes, t?m a forma de crime. As vezes, tem a forma de SIDA. Impedem-nos de avan?ar. As vezes aparecem sob a forma de burocracia. S?o coisas que impedem. Que atrasam o desenvolvimento. Que n?o nos fazem chegar l? rapidamente. Outras vezes ? na forma de deixa-andar ? auswilondzinssa! (Palmas).

A pessoa sofre n?o liga! A pessoa quer resolver um problema, n?o liga! E vem na famosa frase, vem amanh?! Vem amanh?! (Palmas)

Esses s?o obst?culos ao desenvolvimento. Esses s?o obst?culos ao desenvolvimento. ? isso que atrasa a nossa luta. ? isso que atrasa a nossa luta. Sabem, se algu?m tem um investimento, quer construir alguma coisa ? um hotel grande ou uma outra coisa qualquer importante ? se vai pedir autoriza??o e n?o tem autoriza??o a tempo: vai hoje, vai amanh?, vai depois de amanh?, ele vai pegar no seu dinheiro e vai fazer noutro lado. E quantos empregos teremos perdido? Quantos empregos teremos perdido? Isso atrasa o desenvolvimento. S?o obst?culos que defendem a pobreza. Que vivem enquanto n?s somos pobres. N?s estamos aqui na capital do nosso pa?s. N?s estamos aqui na capital do nosso pa?s, importa-nos ver at? que ponto h? diferen?as? Quais s?o os obst?culos que persistem? E o que ? que podemos fazer para todos n?s em conjunto avan?armos? Avan?armos! Quais s?o os obst?culos que persistem? Como ? que podemos lutar contra eles? Porque ? dif?cil. Qualquer um de n?s tem o obst?culo na sua cabe?a e cada um de n?s tem que fazer a luta para retirar esse obst?culo. Por isso, entramos na segunda fase.

Eu queria aprender da cidade de Maputo, como acelerarmos o processo? Onde est?o as dificuldades e como afastarmos essas dificuldades para chegarmos l?. Mas todos n?s juntos, porque a pobreza n?o se vai acabar com uma pessoa s?. Temos que ser todos n?s a acabar. Uns avan?am mais. Mas mesmo assim, n?o faz sentido que haja um rico e os outros todos pobres. N?o faz sentido. Como n?s todos aqui sabemos, as vezes aparecem alguns que tem boa casa, tem um bom carro, tem boa roupa e pensa que ? rico. Sozinho. Mas quando est? doente, vai ao posto m?dico l? e n?o tem possibilidade de fazer uma opera??o. Tem que esperar. Esperar. Tem dinheiro. Pensa que ? rico, mas n?o tem possibilidade de ser tratado. Ou ent?o, quer estudar. Quer mandar a crian?a estudar. No seu bairro, ou no seu distrito, s? tem at? escola secund?ria geral do primeiro ciclo. N?o h? curso m?dio. Quer ir para o curso m?dio, tem que ir para outro distrito. ? pobreza. Ou ent?o, quando vai visitar os seus familiares, ? ele sozinho que tem carro. Os irm?os n?o t?m carro. Os pais n?o t?m carro. ? rico esse? (Palmas)

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Por isso, n?s todos temos que batalhar na luta contra a pobreza. Eu queria, portanto, pedir que dez cidad?os que venham aqui para poder nos ajudar com o pensamento, com a sua sabedoria, o que ? que podemos fazer para avan?armos mais rapidamente. Para afastarmos os obst?culos.

Mo?ambique hoye!

(Hoye!)

Distrito Urbano n? 3 hoye!

(Hoye!)

Obrigado!

(Palmas)

(seguem-se as interven??es dos cidad?os)

(...) Em resolver os problemas de pobreza. E refor?a a ideia de que a luta contra a pobreza ? agenda nacional. ? agenda dos mo?ambicanos. N?s vimos aqui situa??es ligados com ?gua. De um lado, tubos que n?o deixam passar ?gua ou que n?o s?o usados para passar ?gua. E doutro lado, po?os que n?o s?o reparados. E po?os que s?o reparados a pre?os elevados. Isto p?e concretamente a quest?o de racionaliza??o dos nossos recursos. Porque n?s devemos, como estou a ver, participar mais na discuss?o dos nossos problemas. ? preciso propormos solu??es para os problemas. Mas ao propormos solu??es, ? preciso que essas solu??es funcionem. Felizmente, o Munic?pio ? e penso tamb?m o Governo da Cidade ? funcionam em governa??o aberta. Isto quer dizer que tem reuni?es com as popula??es. Ouvem atentamente as preocupa??es das popula??es. E transmitem ?s popula??es as dificuldades que eles tamb?m enfrentam. Esta maneira de trabalhar tem que ser intensificada. O poder da Frelimo ? um poder popular. Isto quer dizer que n?s acreditamos que a popula??o ? que manda e n?s somos mandat?rios dessa popula??o. Por isso, de vez em quando temos que ir para l? saber se aquilo que estamos a fazer ? aquilo que a popula??o esperava ou n?o. E vamos para tamb?m l? para ouvir conselhos, para ver os melhores caminhos para alcan?ar os nossos objectivos. Isto ? que ? a ess?ncia da governa??o aberta. ? acreditarmos que o nosso povo sabe. Que o nosso povo tem sabedoria. E que o nosso povo pode comunicar connosco essa sabedoria. ? verdade que tamb?m n?s, mandat?rios do povo, tamb?m temos sabedoria. Mas a nossa sabedoria s? vale se estiver em sintonia com a sabedoria popular. Quando ? usado para resolver os problemas populares. Quando nos permite ter sensibilidade cada vez maior sobre os problemas dos outros. ? por isso que n?s fazemos governa??o. De vez em quando irmos ouvir para ver se a ?gua est? a ferver ? mesma temperatura. Para irmos aprender as novas formas de trabalhar e aqui estamos a ver a import?ncia disso, de facto.

Aqui disse-se tamb?m sobre a quest?o a pol?cia. Pol?cia como uma for?a que n?o tem recursos suficientes ? carro, por exemplo. A pol?cia como uma for?a que em certos momentos faz desaparecer bandidos. A pol?cia que umas vezes n?o est? l? presente. Este ? um desafio nosso. N?s sabemos que a pol?cia est? fazendo todo esfor?o, todo o trabalho de ter mais pol?cias. De ter mais recursos. Mas para ter mais pol?cias, para ter mais recursos, n?o podemos esquecer do pa?s real. E o pa?s real em vivemos ? um pa?s em que somos pobre. N?o sei se sabem, 50%, metade, daquilo que gastamos vem de fora. Isto ?, outros pa?ses ? o nosso tamb?m um pouco ? para poder pagar professores; para poder construir hospitais; para poder construir estradas; para poder montar n?o sei o qu?, encontram dinheiro nos impostos. Encontram nos impostos. E os impostos

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permitem fazer todas essas despesas. Aqui em Mo?ambique, o nosso imposto s? cobre metade. A outra metade, temos que pedir sempre. Portanto, somos pobres. Todos n?s somos pobres. E agora, a nossa preocupa??o ? como avan?ar com esta metade para depender cada vez menos de fora. E se n?s conseguirmos fazer isso, havemos de verificar que as coisas v?o avan?ar mais rapidamente. ? por isso que apelamos: trabalho, trabalho. Trabalho, trabalho. E tamb?m aqueles que cobram impostos, organizar-se melhor para cobrar impostos. H? muita gente que deve pagar imposto e n?o pagam. Possivelmente haver? algumas empresas que devem pagar imposto e n?o pagam.

Por isso, para resolvermos os nossos problemas temos que ter em conta tudo isso. Desde o imposto, as fabricas, ao emprego, a pol?cia - tudo est? ligado. N?s tamb?m vimos o problema de SIDA. Dizem que aquilo que nos mata de facto ? porque n?o temos orelhas. Eu penso que devemos, de facto, irmos aprendendo, irmos ouvindo um pouco mais. Falou-se da quest?o do custo de vida. Falou-se das dificuldades que n?s temos nas nossas ruas. Foram citados muito lugares ? Noroeste, Malhangalene, etc. etc. Ouvimos tamb?m o problema de lixo, particularmente bem localizado na zona de Xiquelene. Ouvimos ainda falar do problema de drenagem. Que muitas coisas foram resolvidas, mas que ainda restam outras, o que ? normal. Mas aqui queria referir um aspecto: sempre que n?s resolvermos um problema, estamos a criar outro. Sempre. N?s temos que saber isso. A nossa capacidade de saber qual ? o pr?ximo problema ? que pode nos ajudar a vencer os pr?ximos problemas. Se n?s n?o resolvermos o nosso problema hoje, continuaremos com esse problema. Se resolvermos o problema, v?o parecer outros problemas. Isso, temos que estar prontos para isso. Por exemplo, quando havia EP1 ? at? 5? classe, as pessoas diziam falta EP2. Quando se arranjou EP2, agora as pessoas dizem falta escola secund?ria. E depois quando pareceu escola secund?ria, dizem falta ensino m?dio. Quando se resolve um problema, nasce outro problema. Agora, ? por isso que h? direc??o que sabe que tem que resolver este problema. E que amanh? vai aparecer outro problema e como vamos resolver este problema. E que depois de amanh? vamos resolver ainda outro problema. Por isso mesmo, n?s achamos que ? bom quando haja mais discuss?o, porque podemos prever estes problemas e estudar como vamos resolver.

Foi colocada mais uma quest?o. A quest?o das pessoas que est?o na cidade e que n?o est?o a trabalhar e que podiam trabalhar no campo. Este ? um problema que deve ser estudado com muita aten??o. Comecemos pelo princ?pio. Os mo?ambicanos devem escolher onde querem viver. Isso ? um acto de soberania. Independ?ncia ? isso. Eu escolho onde quero viver. E onde eu quero viver, eu tenho direitos daquelas pessoas que vivem ali onde eu quero viver. Naturalmente, tamb?m tenho obriga??es. Mas isso ? fundamental. Agora, h? uma segunda quest?o. Para resolvermos os nossos problemas, as vezes n?o podemos encontrar solu??o ali onde n?s estamos. E ent?o, devemos ver: o que ? fazemos? Como resolver fazemos? Uma das formas ? ocuparmos mais essas zonas verdes que temos aqui. Trabalharmos mais. Produzirmos mais. Est?o a ver o que est? a acontecer aqui no nosso pa?s? N?s queremos comprar tomate; queremos comprar cebola, tem que vir de fora! Mas n?s temos terra aqui a nossa volta. Temos terra a nossa volta. Porque ? que n?s n?o podemos arranjar essas coisas? Porque ? que n?s n?o podemos produzir isso? Mas o meu amigo aqui diz: bom, arranja-me tractor. Tractor, ? recurso. ? recurso. N?o se d? tractor. Se for dado tractor, no dia seguinte vai virar com tractor. ? verdade! Pega no tractor, em vez de cultivar, passa a ir passear na cidade com tractor. Quando n?o se transpira, n?o se valoriza!

Eu vou dar um outro exemplo. Temos machambas aqui, nas thovene aqui. Os que v?o para machamba e trabalham, n?o roubam. Mas aqueles que v?o l? roubar, parecem que

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passaram porcos por ali. N?o trabalham. Tiram tudo. Estragam tudo. N?o trabalharam. ? como se fosse oferecido o suor do outro. Por isso mesmo, n?s devemos evitar pensar que para resolver um problema temos que pedir. Kukhombela. Todo o tempo pedir. Vamos l? trabalhar. Vamos trabalhar. Vamos l? trabalhar mais. Havemos de ver que vamos resolver mais problemas. Ent?o, quando se trabalha, o tractor h?-de vir, porque o tractor vai l? onde se trabalha. N?o fica a espera de ir para ali onde n?o se trabalha. Por isso, meus irm?os, n?s temos que fazer uma reflex?o de transformar cada vez mais o lugar onde n?s vivemos em lugar onde se produz riqueza. Isso podemos fazer. Isso podemos conseguir fazer. ? s? quest?o de decidirmos fazer.

Aqui foi falado o problema de desemprego. Sim, ? verdade. O problema de desemprego ? s?rio. ? muito s?rio. N?s n?o podemos combater a pobreza, sem resolver o problema do desemprego. ? por isso que estamos preocupados em atrair investimentos. Temos que atrair investimentos. Mesmo os nacionais, loko uni maliyako pode abrir uma f?brica, ou abrir uma machamba e empregar gente. A nossa batalha na luta contra a pobreza n?s medimos pelo n?mero de empregos que n?s criamos. Por isso mesmo, queria mais uma vez agradecer-vos e dizer: deram uma grande contribui??o! N?s outros compreendemos um bocadinho melhor agora as dificuldades. Muita informa??o j? t?nhamos. Mas quando as pessoas apresentam, fazem-nos ver. Fazem-nos viver o problema. E isso d?-nos for?a. For?a para podermos continuar a avan?ar e dizer: afinal o caminho certo ? esse para combater a pobreza. E n?s vamos continuar a colocar no centro da nossa ac??o, o combate a pobreza. E tamb?m como grande preocupa??o, afastar os obst?culos ao desenvolvimento.

Mo?ambique hoye! (Hoye!) Mo?ambique hoye! (Hoye!) Muito obrigado! (Palmas)

Sauda??o no Centro Comunit?rio Aberto. Distrito Municipal n? 5, cidade de Maputo - 9 de Abril de 2007

(...)

Eu s? queria dizer algumas palavras aos nossos filhos. Aos nossos filhinhos que est?o aqui e que s?o colhidos nesse centro para poderem aprender mais alguma coisa e para poderem sentir e criar mais amizade. N?s somos um pa?s que ama os seus filhos. N?s somos um pa?s que se preocupa de maneira particular pela crian?a. Somos um pa?s que sofre quando vemos ou quando sabemos que h? crian?as nossas que tamb?m sofrem. Crian?as nossas que n?o tem aquilo que elas gostariam de ter. ? por isso mesmo que n?s saudamos a ajuda daqueles que nos ajudam a amparar a nossa crian?a. Quero agradecer em particular a ?bis e n?o s? por esse esfor?o que est?o a fazer, esperando que continuaremos a ser parceiros porque infelizmente enquanto tivermos pobreza no pa?s, problemas desta natureza, por causas diferentes v?o persistir. (Pausa)

Agora, as crian?as: voc?s dan?am muito bem onde ? que aprenderam?

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Crian?as, eu vi-vos a dan?arem onde ? que aprenderam a dan?ar? (Na escola!) Na escola? (Sim!) Que outras coisas voc?s aprendem? (Cultura) O qu?? Acompanhante: Est?o a referir ao tipo de dan?as... Est? bom. E gostam de dan?ar? (Sim!) Haaa, eu n?o vi, voc?s passaram a correr aqui. (Vamos dan?ar!) O qu?? (Vamos dan?ar!) V?o dan?ar? (Sim!) Sim, porque no princ?pio voc?s passaram aqui a correr, ent?o eu n?o vi bem. Eu s?... quando eu olhava, j? estava outro a vir; olhava j? estava outro a vir. Mas pareceram-me que as can??es vossas eram muito bonitas. Voc?s tamb?m sabem ler e escrever, n?o ?? (Sim!) Todos? (Sim!) Mesmo aquelas criancinhas pequeninas assim? (Sim!) Onde ? que aprenderam? (Na escola!) Na escola? (Sim!) Escrevem muita coisa? (Sim!) Como qu?? (...) Como qu?? (...) O PR dirigindo-se a acompanhante: percebeste? Acompanhante: Como palavra escola.... Ah, palavra escola! E aprendem tamb?m palavra Mo?ambique? (Sim!) O que ? que ? Mo?ambique ent?o? (? um pa?s!) ? o qu?? (? um pa?s!) ? um pa?s! Que est? muito longe? (N?o!) Est? aonde ent?o? (Aqui perto!) (palmas e risos) Mo?ambique hoye! (Hoye!) Mo?ambique ? o nosso pa?s! N?o est? perto. Est? aqui, dentro de cada um de n?s. Compreendem? (Sim!) Mo?ambique ? pa?s muito grande. Sai do Rovuma at? ao Maputo. N?o ? assim? (Sim!)

Armando Guebuza em Presid?ncia Aberta 279

Do Indico ao? Ao? Ao Zumbo! ? um pa?s muito grande. Tudo isso tem mo?ambicanos. Por isso mesmo voc?s mesmo devem estudar muito para conhecer melhor este pa?s, mas tamb?m para resolver os problemas deste pa?s. Para Mo?ambique ter mais comida; para as nossas ? crian?as quando voc?s forem adultos ? n?o terem falta de escola; para todas as crian?as terem hospital; para todas as crian?as poderem dan?ar como voc?s dan?am; poderem cantar como voc?s cantam; poderem estudar como voc?s estudam. Esse ? que ? o nosso pa?s! Muito bem, uma dan?a aqui pelo menos, eu quero ver antes de partir.

Mo?ambique hoye! (Hoye!) Crian?a mo?ambicana hoye! (Hoye!) Esta parte aqui est? fraca: Crian?a mo?ambicana hoye! (Hoye!) Crian?a mo?ambicana hoye! (Hoye!) Muito bem. Uma dan?a aqui!

(segue-se a dan?a, acompanhado de muitas palmas)

Muito bem. Est? bom. Vem c?! ?s um grande artista. Como ? que te chamas? (Alexandre)

Alexandre quem? (Alexandre dos Santos)

Dos Santos. Muito bem. Venham c?. Este ? mais velho do que tu? (N?o!)

Como ? que sabes? (risos). E tu como ? que te chamas? (Victor)

Victor. Muito bem. E tu? (Ant?nio)

Ant?nio. Muito bem. Est? bom. Continuem!

Com?cio da Catembe, cidade de Maputo ? 10 de Abril de 2007

Povo Mo?ambicano Unido do Rovuma ao Maputo hoye! (Hoye!) Cidade de Maputo hoye! (Hoye!) Cidade de Maputo hoye! (Hoye!) Catembe hoye! (Hoye!) Catembe hoye! (Hoye!) Catembe hoye! (Hoye!)

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Amazitu yanga ya kusungula i yakukhensa antizu lowu va kaTembe vatiziki wone. Nikhensa hikusa kusukela lani hingatlhasa hisvivonile lesvaku hakunene xitsungu, hambi vatrongwana, vakulu va vanhu hinkwavo vakombise kunyoxa hitinsimo ni svimbenimbeni hingasvivona. Hi xilesvo, nifanela kun'mibzela lesvaku ninyoxe ngopfu svinene. Nakhensa29. (Palmas)

Xa wubidri, nitlangela svihiwa lesvi n'winganinika svone la. Asvihiwa lesvo svikombisa lirandru, alirandru ledri n'winganadru30.

Kutani namunhla, mine nitavani maritunyana matrongo lawa hitakaphamelana ha wone31.

Kambe naningasenahlaya, kuveni nihlaya maritu lawa ningana wone, nifanela kuva nimikombisa lava vangana hine, lava niyendraka nahili xikan'we32.

Kutani nitan'mikombisa volava vanipfunaka ninganavu, lava hitirhaka xikan'we niva, niva ni marhitu wolawa hitakakombisana ha wone. Kutani loko niheta lesvo, nitan'wikombela nan'wine n'winiphamela33.

Catembe hoye! (Hoye!)

(Seguem-se as apresenta??es)

N?s todos em Mo?ambique estamos a lutar contra a pobreza. Lutar contra a pobreza ? uma das coisas que unem todos os mo?ambicanos desde o Rovuma at? ao Maputo. No passado j? tivemos tamb?m coisas que nos uniram. Por exemplo, quando havia domina??o colonial todos os mo?ambicanos do Rovuma ao Maputo n?o queriam ser colonizados. Por isso todos os mo?ambicanos estavam prontos para lutar contra o colonialismo. E lutamos. E vencemos. Depois houve uma coisa que tamb?m que todos os mo?ambicanos se sentiam da mesma maneira: quando havia guerra. Do Rovuma ao Maputo ningu?m queria que houvesse guerra. E ? obvio: n?o se podia ir a escola a vontade; n?o se podia cultivar a vontade; n?o se podia viajar a vontade; n?o se podia rezar a vontade. Por isso mesmo todos os mo?ambicanos queriam que a guerra acabasse. E a guerra acabou. Agora estamos em Paz. Neste momento que n?s falamos tamb?m h? uma coisa ? como eu disse no princ?pio ? que nos une. Que junta todos os mo?ambicanos do Rovuma ao Maputo, adultos e crian?as, homens e mulheres ? ? a pobreza!

29 As minhas primeiras palavras s?o de agradecimento pelo servi?o prestado pelos habitantes de Catembe. Agrade?o porque desde que cheguei, vemos realmente que a popula??o, mesmo crian?as, adultos e idosos expressaram a sua satisfa??o atrav?s de c?nticos e outras coisas que assistimos. Assim, devo confensar-vos que estou bastante feliz. Obrigado.

30 Em segundo lugar, agrade?o pelos presentes que me ofereceram aqui. Estes presentes demostram o amor, o amor que v?s tendes.

31 Assim, hoje terei algumas palavras para compartilhar convosco.

31 Contudo, antes de dizer as palavras que tenho por compartilhar, devo vos apresentar os que est?o connosco, as pessoas com as quais viajo.

32 Assim, apresentar-vos-ei os meus colaboradores que comigo est?o, com quem trabalho e depois quero tecer algumas palavras, as quais iremos compartilhar. Depois disso, vou vos pedir que v?s tamb?m compartilhem comigo.

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