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Marco André Ribeiro de PinhoMestrado em Ensino de História e Geografia no 3? ciclo do Ensino Básico e no Ensino SecundárioTPC: Estratégia Modelo ou Método Pesadelo?2013Orientador: Professora Doutora Cláudia RibeiroCoorientador: Professora Doutora Elsa PachecoClassifica??o: Ciclo de estudos:Disserta??o/relatório/Projeto/IPP: Vers?o definitiva Relatório final da unidade curricular de Inicia??o à Prática Profissional do Mestrado em Ensino de História e Geografia no 3? Ciclo do Ensino Básico e Secundário sob a orienta??o científica da Prof?. Doutora Cláudia Ribeiro e a coorienta??o da Prof? Doutora Elsa Pacheco, apresentado à Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Porto, Setembro de 2013? minha namorada Alexandra…Aos meus pais José e Deolinda…Aos meus Avós Eugénia e Francisco…?s minhas irm?s Marta, Sofia e Eva…Por todo o amor, carinho e aten??o…Agradecimentos? Professora Cláudia, pelas horas despendidas ao telemóvel, e por todo o brio e responsabilidade profissional que dedicou a este trabalho, e que ajudou à sua constru??o;Ao Professor Luís Alves, pela sua sinceridade, honestidade, e orienta??o, que fizeram dele o verdadeiro coorientador deste relatório;Ao Professor Paulo Pereira, orientador do meu estágio em Geografia, pela capacidade de simplificar, e pelos conselhos práticos para o meu futuro como docente;? Professora Rosa Fonseca, pelo exemplo que é, como docente e como pessoa; pela disponibilidade e pelo carinho com que sempre a mim se dirigiu;Aos meus alunos, que tornaram possível este estudo;Ao Tiago Silva, por 6 anos de amizade, de estudo e de trabalho;Ao Pedro Fernandes, pela amizade e fé;Ao Germano Silva, pelos conselhos e provoca??es;O meu profundo sentido de gratid?o.ResumoO TPC é uma estratégia que, apesar de comummente utilizada pelos professores nas escolas, n?o carece da devida aten??o por parte destes. O presente relatório pretende refletir sobre a sua utiliza??o, e verificar se existe uma rela??o entre a realiza??o de TPC e as melhorias dos resultados às disciplinas de História e de Geografia.A import?ncia do TPC é também abordada neste relatório, sobretudo em rela??o aos processos autorregulatórios e ao seu papel educacional, e n?o apenas instrutivo do TPC. Ao longo deste relatório, o TPC apresenta-se ainda como uma estratégia modelo que, apesar de n?o ser “milagreira” devido às inúmeras variáveis que poder?o deitar por terra as suas vantagens educativas, pretende ser um complemento para aumentar o rendimento escolar dos alunos.Palavras-Chave: Trabalho de Casa; TPC; Autorregula??o; História; Geografia.AbstractAlthough homework is a strategy that teachers often use, does not receive from them the attention it really deserves. The present research work intends to reflect on its use, and to check if there is a relationship between the realization of homework and the results that students achieve in History and Geography.The importance of the homework is also addressed in this work, particularly in relation to the auto-regulation processes and its educational role, not only the instructive function of homework.Throughout this report, homework is still presented as a model strategy that, although not "miraculous" because of the many variables that may nullify their educational advantages, therefore is intended as a supplement to increase student achievement.Keywords: Homework; Auto-regulation; History; Geography.?ndice TOC \o "1-3" \h \z \u Agradecimentos PAGEREF _Toc373144713 \h 4Resumo e Palavras Chave PAGEREF _Toc373144714 \h 5Abstract e keywords PAGEREF _Toc373144715 \h 5?ndice de Imagens PAGEREF _Toc373144716 \h 7?ndice de Gráficos PAGEREF _Toc373144717 \h 7?ndice de Tabelas PAGEREF _Toc373144718 \h 7Introdu??o PAGEREF _Toc373144719 \h 9Parte I Enquadramento Teórico do Estudo PAGEREF _Toc373144720 \h 111.O Conceito de Trabalho de Casa PAGEREF _Toc373144721 \h 112.A Import?ncia do TPC PAGEREF _Toc373144722 \h 143.A Investiga??o sobre o TPC PAGEREF _Toc373144723 \h 164.Os modelos de TPC PAGEREF _Toc373144724 \h 205.Rela??o entre TPC e rendimento escolar: Que variáveis a ter em conta? PAGEREF _Toc373144725 \h 226.Tipos de TPC PAGEREF _Toc373144726 \h 267.A utiliza??o do TPC no Contexto escolar PAGEREF _Toc373144727 \h 297.1.A utiliza??o do TPC em História PAGEREF _Toc373144728 \h 297.2.A utiliza??o do TPC em Geografia PAGEREF _Toc373144729 \h 31Parte II Enquadramento Metodológico do Estudo PAGEREF _Toc373144730 \h 321.Caracteriza??o do Contexto Escolar PAGEREF _Toc373144731 \h 321.1.Caracteriza??o da Escola Básica de Arrifana PAGEREF _Toc373144732 \h 321.2.Caracteriza??o das Turmas PAGEREF _Toc373144733 \h 352.A utiliza??o do TPC no estágio pedagógico nas disciplinas de História e Geografia PAGEREF _Toc373144734 \h 372.1.Metodologia e Tipologia das tarefas propostas para TPC PAGEREF _Toc373144735 \h 372.2. Resultados e Discuss?o PAGEREF _Toc373144736 \h 402.2.1. Turma 1 PAGEREF _Toc373144737 \h 402.2.2. Turma 2 PAGEREF _Toc373144738 \h 452.2.3. Turma 3 PAGEREF _Toc373144739 \h 523.Considera??es Finais: perspetivas para a investiga??o PAGEREF _Toc373144740 \h 72Bibliografia PAGEREF _Toc373144741 \h 74Anexos PAGEREF _Toc373144742 \h 76?ndice de Imagens TOC \h \z \c "Imagem" Imagem 1 - Localiza??o Geográfica da Freguesia de Arrifana PAGEREF _Toc373144763 \h 32Imagem 2- Sugest?o de TPC atribuído aos alunos da turma 1 a 12 de Novembro de 2012 PAGEREF _Toc373144764 \h 40Imagem 3 - Exercício 1 do Teste de Etapa da Turma 1 PAGEREF _Toc373144765 \h 43Imagem 4 - Exercício 2 do Teste de Etapa da Turma 1 PAGEREF _Toc373144766 \h 43Imagem 5 - Ficha de TPC prescrita aos alunos da Turma 2 PAGEREF _Toc373144767 \h 46Imagem 6 - TPC Coloniza??o das Ilhas Atl?nticas PAGEREF _Toc373144768 \h 52Imagem 7 - TPC A Sociedade e o Poder no Antigo Regime PAGEREF _Toc373144769 \h 54Imagem 8 - TPC A Falência das medidas mercantilistas. PAGEREF _Toc373144770 \h 55Imagem 9 - TPC O Despotismo Pombalino PAGEREF _Toc373144771 \h 57Imagem 10 - Quest?es do Teste de Etapa associadas ao 1? TPC PAGEREF _Toc373144772 \h 62Imagem 11 - Quest?es do Teste de Etapa associadas ao 2? TPC PAGEREF _Toc373144773 \h 65Imagem 12 – Quest?es do Teste de Etapa associadas ao 3.? TPC PAGEREF _Toc373144774 \h 68?ndice de Gráficos TOC \h \z \c "Gráfico" Gráfico 1 - Frequência de realiza??o de TPC dos alunos da Turma 1 PAGEREF _Toc368260544 \h 44Gráfico 2 - Nível obtido pelos alunos da Turma 1 no 1.? Período PAGEREF _Toc368260545 \h 44Gráfico 3 – Varia??o da Média dos Testes de Etapa alcan?ada pelos alunos da Turma 3 e da Turma 4 PAGEREF _Toc368260546 \h 60?ndice de Tabelas TOC \h \z \c "Tabela" Tabela 1 - Um modelo processual de fatores que influenciam a eficácia do TPC PAGEREF _Toc368296630 \h 22Tabela 2 - Avalia??o do 1? TPC atribuído à turma 1 PAGEREF _Toc368296631 \h 40Tabela 3 - Frequência de realiza??o do 2? TPC prescrito à turma 1 PAGEREF _Toc368296632 \h 42Tabela 4 - Nível obtido pelos alunos da Turma 1 no 1.? Período PAGEREF _Toc368296633 \h 44Tabela 5 - Presta??o dos Alunos da Turma 2 no TPC PAGEREF _Toc368296634 \h 47Tabela 6 - Rela??o entre a classifica??o obtida no TPC com o Teste de Etapa PAGEREF _Toc368296635 \h 49Tabela 7 – Frequência e qualidade dos TPC?s realizados pela Turma 3 PAGEREF _Toc368296636 \h 61Tabela 8 – Resultados obtidos pela turma 3 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 1.? TPC PAGEREF _Toc368296637 \h 63Tabela 9 – Resultados obtidos pela turma 4 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 1.? TPC PAGEREF _Toc368296638 \h 64Tabela 10 – Resultados obtidos pela turma 3 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 2.? TPC PAGEREF _Toc368296639 \h 66Tabela 11 – Resultados obtidos pela turma 4 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 2.? TPC PAGEREF _Toc368296640 \h 67Tabela 12 – Resultados obtidos pela turma 3 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 3.? TPC PAGEREF _Toc368296641 \h 69Tabela 13 – Resultados obtidos pela turma 4 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 3.? TPC PAGEREF _Toc368296642 \h 70Introdu??o- Professora, acha bem eu ser castigado por uma coisa que n?o fiz?...- Claro que n?o, Jo?ozinho!- Ainda bem Professora… ? que n?o fiz o TPC…A presente disserta??o versa sobre a utiliza??o do trabalho de Casa (TPC) como estratégia pedagógica que promove e potencia o rendimento escolar. A reflex?o sobre este tema, estampada neste diálogo, prende-se com a necessidade de elabora??o de um trabalho no contexto do Mestrado em Ensino de História e Geografia do 3.? Ciclo do Ensino Básico e Secundário.Ao longo do meu percurso escolar, e especialmente até à concretiza??o do Ensino Secundário, deparei-me n?o raras vezes com o TPC. Recordo, com alguma nostalgia daquela época, alguns dos TPC?s que mais me marcaram: memorizar as capitais europeias para Geografia; ler textos do Manual de História; ou realizar as fichas de trabalho do Manual escolar. Confesso que nunca gostei de fazer trabalhos de casa, e que fui um aluno que várias vezes copiou o TPC antes da aula.De facto, a n?o realiza??o do TPC por parte dos alunos, é uma das variáveis que afetou a realiza??o deste trabalho. Apesar de a anedota em cima ser engra?ada, esta é sem dúvida, uma das maiores preocupa??es de todos os investigadores desta temática.Quando cheguei ao 2.? ano do Mestrado em Ensino de História e Geografia e verificando que os meus professores orientadores utilizavam esta estratégia, e que especialmente em História os alunos realizavam quase sempre TPC, comecei a perguntar-me sobre a verdadeira utilidade desta estratégia. Aliado a isto, verifiquei ao longo do meu Mestrado em Ensino, que esta estratégia é cada vez menos utilizada e aceite pela comunidade docente. A carga horária reduzida a que as disciplinas de História e Geografia têm direito, associada ao aumento de alunos por turma, faz com que os professores n?o sintam grande apre?o por esta estratégia. A somar, junta-se o facto de nos centros de estudos os alunos serem, muitas vezes “auxiliados” pelos explicadores, retirando a fun??o de aprendizagem dos trabalhos de casa. Por outro lado, o aumento de distra??es e ocupa??es dos alunos faz com que a motiva??o para estas tarefas seja mínima. E os encarregados de educa??o que colocam os filhos em diversas atividades extracurriculares veem o TPC como mais um “peso” no tempo livre dos alunos.O presente trabalho está dividido em duas grandes partes. A primeira parte da disserta??o é um enquadramento teórico ao tema Trabalhos de Casa, na qual pretendo demonstrar, com base na bibliografia recolhida, a pertinência didática dos Trabalhos de Casa. Nesse sentido, pretendo, à luz dos teóricos utilizados, evidenciar a import?ncia do TPC no aproveitamento dos alunos.Na segunda parte deste Relatório faz-se a apresenta??o e caracteriza??o do contexto escolar onde se verificou a prática pedagógica supervisionada. Segue-se a apresenta??o dos TPC?s utilizados e o contexto programático em que surgiram. De seguida, é apresentada a metodologia e os resultados obtidos, terminando a disserta??o com as conclus?es do trabalho, de modo a aferirmos as hipóteses da investiga??o sobre a import?ncia e o contributo do TPC no rendimento escolar dos alunos, com os resultados obtidos.Parte I Enquadramento Teórico do EstudoO Conceito de Trabalho de Casa“Homework is a complicated thing”Lyn Corno (1996)O TPC é uma estratégia muito utilizada pelos professores e que abrange todos os níveis de ensino. ? prescrito aos alunos pelas mais variadas raz?es: para fixar e rever conteúdos; desenvolver autonomia e hábitos de estudo no aluno; promover a participa??o da família na vida escolar do aluno; ou ainda por simples tradi??o. Creio no entanto que a pior raz?o por que um TPC deve surgir será a do castigo, porque além de se tornar um “assunto mau”, p?e-se em causa a motiva??o do aluno ao realizar o TPC, e consequentemente, desta estratégia, poucos ou nenhuns benefícios ir?o advir.Deste modo coloca-se a quest?o do que significa concretamente o TPC? E o que n?o é TPC? Cooper (2001) diz o seguinte: “Homework can be defined as tasks assigned to students by schoolteachers that are intended to be carried out during nonschool hours. (…). This definition explicitly excludes (a) in-school guided study; (b) home study courses delivered through mail, on television, on audio- or videocassette, or over the Internet; and (c) extracurricular activities such as sports teams and clubs” (Cooper cit. por Mour?o, 2004, p.17).Cooper (2001) define assim o TPC como “as tarefas prescritas aos alunos pelos professores e que devem ser efetuadas fora do horário escolar” (Cooper cit. por Mour?o, 2004, p.17). ? por isso evidente na express?o que existe um antes – o trabalho prescrito durante a aula, e um depois – trabalho realizado fora da aula. Esta é uma defini??o comummente aceite por quase todos os investigadores que se debru?am sobre esta matéria (Mour?o, 2004). ? notória ainda a parecen?a entre o estudo supervisionado com a disciplina de Estudo Acompanhado que anteriormente existia nas nossas escolas (Mour?o, 2009, p. 9). A par disso, compreende-se a autora nas duas exclus?es que faz posteriormente, já que o trabalho n?o é prescrito na aula nem pelo professor.Apesar de quase todos os autores mostrarem consenso com esta defini??o de Cooper, Perrenoud acrescenta algo mais:“Como o nome indica, em princípio fazem-se fora da aula, mas s?o aí preparados e controlados; é suposto que prolonguem ou preparem diretamente o trabalho feito na escola” (Perrenoud cit. por Mour?o, 2004, p. 19).Perrenoud apresenta-nos assim uma defini??o de TPC que implica n?o duas, mas três etapas. O antes – o momento da prescri??o do TPC; o durante – o momento da realiza??o do TPC; e o depois - que poderá ser um momento de controlo, de corre??o ou de articula??o com a aula e durante a aula (Mour?o, 2004, p. 19). Nesta ideia, o TPC deixa de ser apenas um indicador do que foi lecionado na aula anterior, para poder ser também uma “rampa de lan?amento” do trabalho a desenvolver na aula seguinte.No seguimento desta ideia, para Perrenoud (Mour?o, 2004, p. 20) a defini??o de TPC é pouco ambiciosa, e sugere ent?o um outro termo: “Tempo de Trabalho em casa”. Apesar de parecer redundante, o que Perrenoud pretende, é distinguir e fomentar dois debates: por um lado “...o tempo de trabalho do estudante limita-se às suas horas de presen?a nas aulas ou poder-se-á pedir-lhe, todas as semanas, que dedique algumas horas a mais de trabalho escolar, no sentido lato do termo?” e por outro “... em caso afirmativo, para que serve esse trabalho, como é que ele é definido, distribuído, controlado? Deverá ser o mesmo para todos os alunos? E deverá ser constante, ao longo do ano?” (Perrenoud, cit. por Mour?o, 2004, p. 20). Creio que se poderá simplificar estas interroga??es de Perrenoud e aplicá-las também ao conceito de TPC, ao considerar as seguintes express?es: TPC, ou trabalhar em casa para a escola? (Mour?o, 2009, p. 10). Além do mais, a segunda interroga??o de Perrenoud remete para os objetivos concretos e específicos do TPC. Pretende-se o quê? De que forma? Valorizar a responsabilidade do aluno? Promover a sua autonomia? Providenciar uma participa??o (ou n?o) dos encarregados de educa??o na vida académica? Ser objeto de avalia??o formal?Hong e Milgram (2000) defendem exatamente esta ideia de que o TPC é “o processo que ocorre quando o aluno inicia, faz um esfor?o continuado, e completa em casa ou noutro contexto extra-escolar, as tarefas de aprendizagem que lhe foram prescritas na escola” (Rosário, 2008, p.24).No sentido em que foi definido, o TPC é uma ferramenta criada e influenciada pelos professores mas, ao contrário do trabalho desenvolvido durante as aulas, o professor n?o tem a possibilidade de gerir e de acompanhar a sua realiza??o, já que é um trabalho extra e individual, possivelmente gerador de autonomia no aluno.? por isso premente a cria??o de estratégias diversificadas de realiza??o de TPC que motivem os alunos à sua realiza??o, para dessa forma esta ser uma estratégia com resultados (Epstein cit. por Mour?o, 2004, p. 22). ? desta forma necessário refletir sobre os objetivos que se pretende alcan?ar quando se atribui um TPC aos alunos.A Import?ncia do TPC“The whole game of homework is extremely complex”Lyn Corno, 1996, p. 27O TPC é talvez uma das estratégias mais utilizadas pelos professores nas últimas décadas, mas que tem vindo a decrescer por diversos fatores.A import?ncia que se atribui à realiza??o dos TPC?s é por certo o ponto essencial de todo este trabalho. Será bom ou mau para o aluno realizar tarefas fora do controlo do professor? Promove aproveitamento e sucesso escolar?Apesar de ser uma estratégia muito utilizada pelos professores, a) n?o é motivo de discuss?o entre a comunidade educativa, b) n?o existe um consenso quanto à sua utiliza??o, c) e raramente ou nunca é abordado este assunto na forma??o inicial de professores (Mour?o, 2009, p. 24). ? utilizado em muitas circunst?ncias, e muitas vezes sem ser meditada e ponderada a sua utiliza??o. Surge como moda, ou simples tradi??o de prescrever o TPC? Surge como elemento para colmatar faltas de tempo para lecionar? Surge para promover o treino individual do aluno para trabalhar em casa? Ou surge como uma ferramenta útil para desenvolver competências? Partilho neste momento esta última conce??o com Rosa Mour?o da Silva (2004), já que durante o meu estágio profissional, comecei por atribuir o TPC simplesmente porque os meus orientadores de estágio assim o faziam, sem me questionar com todas estas interroga??es.Há no entanto professores que vêm com maus olhos a atribui??o dos trabalhos de casa, sobretudo porque n?o vêm utilidade na sua realiza??o, porque desmotiva os alunos no processo de ensino aprendizagem, e porque na sua grande maioria os trabalhos chegam à sala de aula sem qualidade (Mour?o, 2004, p. 22). Numa outra perspetiva, a import?ncia que os alunos atribuem ao TPC é também ela díspar: a grande maioria considera-o uma autêntica perda de tempo sem qualquer tipo de valor. Por outro lado temos os alunos que fazem sempre o TPC, ora porque s?o dedicados, ora porque pensam que se o professor lhes atribuiu esse trabalho, é porque é para o bem deles (Mour?o, 2004, p. 23).Por fim, temos os encarregados de educa??o como último vértice deste tri?ngulo: uns consideram pertinente a utiliza??o do TPC porque promove o aproveitamento e o sucesso escolar, enquanto outros consideram ser ineficaz o TPC que n?o cativa os alunos, que n?o é inovador ou atraente, porque torna o trabalho enfadonho para os alunos, perdendo-se o interesse e a motiva??o na sua realiza??o, e por conseguinte, o seu valor/eficácia (Mour?o, 2004, p. 23).Mas a quest?o mantém-se: é bom ou mau para os alunos a realiza??o do TPC?Em Portugal e na Europa os estudos s?o escassos acerca deste assunto (Mour?o, 2009, p. 15). Apesar de alguns autores se mostrarem empenhados em aprofundar este assunto, a investiga??o sobre o TPC tem sido bastante aprofundada apenas nos EUA. ? importante salientar que nem todos os estudos realizados apresentam uma rela??o positiva entre a realiza??o de TPC e o aumento do rendimento escolar dos alunos. Mesmo assim sugerem que os alunos beneficiam da realiza??o dos TPC?s quando s?o apoiados corretamente pelos encarregados de educa??o e quando s?o mais aplicados na realiza??o das suas tarefas (Mour?o, 2009, p. 16). A import?ncia do TPC fica assim dependente da rela??o entre os docentes e encarregados de educa??o, já que estes têm de se ajustar às necessidades reais dos seus alunos/filhos, e pela capacidade que o docente tem de atribuir TPC?s inovadores e cativantes para os alunos, que os comprometam e motivem para a realiza??o das suas tarefas. Nos últimos anos o estudo sobre o TPC recaiu também sobre um outro aspeto importante para além do aproveitamento e do sucesso escolar dos alunos: os benefícios autorregulatórios que adquirem com a sua realiza??o. Os estudos n?o indicam que existe uma rela??o clara entre a realiza??o dos TPC?s e os benefícios autorregulatórios, mas é fácil de compreender que estes benefícios ser?o maiores quanto maior for a comunica??o entre os docentes e os encarregados de educa??o (Mour?o, 2009, p. 17). Outra quest?o pertinente que é necessário refletir quando se aborda a import?ncia dos trabalhos de casa, é a quantidade e repeti??o com que s?o exigidos os trabalhos de casa. O mais recente movimento pro trabalhos de casa defende que estes devem existir mas de forma moderada e com objetivos bem definidos (Gill e Schlossman, 2004, p. 180).Quando isto acontece, o TPC é importante e eficaz para promover o sucesso e o aproveitamento, bem como para disciplinar o aluno para o trabalho e empenho que mais tarde ser?o necessários no “mundo do trabalho” – a autorregula??o.A Investiga??o sobre o TPC“Nothing great was ever achieved without enthusiasm”Ralph Waldo EmersonO TPC é uma ferramenta educativa com a qual qualquer aluno, em algum momento do seu percurso escolar, se depara. Apesar disto, a investiga??o sobre esta temática em Portugal é praticamente nula: existem poucas investiga??es sobre este assunto, e parece n?o ter qualquer interesse para a comunidade académica já que, e até mesmo durante a forma??o de professores, este assunto raramente ou nunca é abordado (Mour?o, 2009, p. 24). As investiga??es sobre este assunto existem, sobretudo, nos EUA e os dados lá recolhidos indicam que o TPC ocupa 20% do tempo total que os alunos gastam nas suas atividades escolares (Mour?o, 2004, p. 31). Estes valores só existem gra?as à extensa investiga??o que nos EUA se faz sobre o TPC, pelo menos desde o início da segunda metade do século XX, através de nomes como Harris Cooper, Lyn Corno, Brian P. Gill, Steven L. Schlossman, Cooper, e Joyce Epstein. Apesar de na América o papel e valor do TPC ter variado ao longo dos anos, posso afirmar que o TPC por si só n?o é bom, nem é mau. Um dos artigos mais interessantes que li ao longo da minha revis?o da bibliografia de referência foi da autoria de Brian P. Gill e de Steven L. Schlossman intitulado de “Villain or Savior? The American Discourse on Homework” (2004), no qual nos apercebemos da influência política e social que o TPC sofreu ao longo do último século. Segundo esse artigo, no início dos anos 40, o TPC come?a a ser considerado intrusivo e até mau porque se intrometia noutras atividades fora da escola. Aliado a isto, a sociedade valorizava mais a resolu??o de problemas do que o saber em si. No entanto, com o lan?amento do satélite espacial Sputnik pela URSS, os educadores come?aram a perguntar-se se os jovens americanos estariam à altura da revolu??o tecnológica que adviria com o lan?amento dos satélites na órbitra terrestre (Gill e Schlossman, 2004, p. 180). Assim, durante uma década, o tempo gasto pelos alunos americanos nos trabalhos de casa aumentou exponencialmente. Segundo estes autores, a prática do TPC tornou-se ainda uma política estratégica da Guerra Fria, ao tentar criar um sistema educacional que fizesse frente à amea?a tecnológica e militar soviética. Esta imagem do “TPC guerreiro” levou a que o problema do TPC “fosse reconhecido como parte da crise nacional: os EUA estavam a perder a Guerra Fria porque as crian?as russas eram mais inteligentes” (Gill e Schlossman, 2004, p. 177). O TPC torna-se assim uma arma política, ao sabor dos governos.Recentemente, as novas investiga??es, sobretudo de Cooper, indicam que n?o se pode tomar posi??es extremas quando se discute o TPC. A mais recente investiga??o sugere que existe uma necessidade de diálogo entre professores, encarregados de educa??o, e estudantes acerca de como promover um TPC que eleve os padr?es escolares de todos os alunos (Gill e Schlossman, 2004, p. 180).Os estudos concretos acerca dos efeitos positivos ou negativos do TPC ao longo dos últimos anos têm sido díspares: uns mostram evidências dos efeitos positivos do TPC, ao passo que outros apresentam efeitos negativos, e alguns até inconsistentes (Mour?o, 2004, p. 34). No entanto, numa tentativa de congregar todos os estudos já elaborados sobre o TPC, Harris Cooper analisou cerca de 120 estudos. Embora haja diferen?as entre os níveis de ensino – nos anos de escolaridade mais baixos a correla??o é menor ao passo que nos anos de ensino mais elevados, existe uma maior correla??o – a conclus?o que Cooper retirou para a discuss?o científica foi a de que os alunos que realizavam o TPC obtinham melhores classifica??es nas provas (Mour?o, 2004, p. 38).Apesar destes estudos, a prescri??o dos Trabalhos de Casa raramente suscita indiferen?a: ou é recomendado ou é ignorado.Um dos poucos trabalhos efetuados sobre o TPC em Portugal é o de Paulo Azevedo Silva, que defende a utiliza??o do TPC baseada na sua experiência docente, mas defende que este tem de ter um uso discriminado, diferenciado, parcimonioso e objetivo. Para isso, o autor defende que existem 3 tipos de TPC: introdu??o, progress?o e sistematiza??o. O TPC do tipo “introdu??o” tem como principais objetivos a motiva??o do aluno para o tema e, ao mesmo tempo, facilitar a abordagem do tema na aula, isto é, o autor pretende que este tipo de TPC seja cativante para os alunos e que, ao mesmo tempo, seja o “abrir do pano” para o novo conteúdo programático a lecionar. O TPC do tipo “progress?o” tem como principais objetivos aplicar os conhecimentos em novas situa??es, ou simplesmente aplicar factos e conceitos, e sugere as atividades dos manuais escolares como exemplo desse tipo de TPC. Por último, no TPC do tipo “sistematiza??o”, o autor pretende que os alunos estruturem conhecimentos, ou recuperem conteúdos anteriormente lecionados. Esta sua tentativa de tipifica??o do TPC denota o seu empenho em tornar o TPC objetivo e discriminado, o que considero o contributo mais importante do seu trabalho, porque um TPC “corretamente dimensionado, quanto aos objetivos e locus no desenvolvimento programático, facilita o sucesso e, por consequência, motiva” (Silva, 1996, p. 8).Outra investiga??o que considero importante é da autoria de Pedro Sales Rosário (Rosário et al., 2005), intitulada de “TPC, Auto-regula??o da Aprendizagem e Envolvimento Parental”, que teve como grande objetivo analisar as rela??es entre as atitudes e os comportamentos dos alunos face ao TPC de Inglês, e que permite estabelecer com as restantes disciplinas. Este trabalho, realizado através de um inquérito elaborado exclusivamente para o estudo em quest?o, pretendia relacionar a realiza??o do TPC com o movimento de auto-regula??o dos alunos para a aprendizagem e, ainda, com o envolvimento parental. Este trabalho, bem mais recente que o anterior, acrescenta à investiga??o uma nova e importante consequência do TPC: a autorregula??o, ou seja, a capacidade de o aluno se motivar e propor a realiza??o das tarefas da escola. A par disto, Rosário (et al., 2005) defende que os conselhos de turma deveriam funcionar melhor e de forma articulada, para que os trabalhos de casa n?o ocupassem demasiada carga horária dos alunos, e defende que os pais ou encarregados de educa??o dos alunos deveriam estar melhor informados para prestar um correto apoio aos seus educandos na realiza??o desses mesmos trabalhos. Mais uma vez é real?ado o carácter complexo do TPC, quando em jeito de conclus?o o autor afirma: “A natureza, nível de adequabilidade e qualidade das tarefas prescritas, a qualidade da supervis?o parental e a necessidade de uma estreita colabora??o entre professores e pais, podem ser as pedras de toque potenciadoras da melhoria do domínio de competências que o TPC pode ensinar, entre elas a gest?o do tempo, da aten??o, e dos recursos motivacionais” (Rosário, 2005, p. 95). A linha de pensamento de Pedro Sales Rosário vem de encontro à de Lyn Corno. Esta professora de Psicologia da Universidade de Columbia dos EUA tem versado a sua investiga??o sobretudo no processo de autorregula??o dos alunos. Para esta autora “homework is work, not play” (Corno e Xu, 2004, p. 228), e, nesse sentido, a obriga??o do TPC pode ser comparada à obriga??o de um trabalhador numa empresa. Isto é, o TPC faz com que os alunos estejam preparados para o mercado de trabalho. A investiga??o de Rosa Mour?o veio de encontro às ideias de Lyn Corno e de Pedro Sales Rosário. Também ela enriqueceu a investiga??o em Portugal sobre a temática do TPC ao elaborar uma disserta??o de Mestrado t?o completa e exaustiva. Para a autora, a realiza??o do TPC está intimamente ligada à auto-regula??o do aluno, e esse deveria ser o principal enfoque da comunidade docente (Mour?o, 2004, p.206). Através da realiza??o do TPC, para além de poder adquirir hábitos de estudo, os alunos treinam também a sua capacidade de voli??o, ou seja, a sua capacidade de adquirirem for?a de vontade para realizar uma tarefa. Apesar de n?o ter ficado satisfeita com os resultados da sua investiga??o, já que os alunos n?o se implicaram na realiza??o dos TPC?s, quer em tempo gasto, quer no tempo despendido das várias disciplinas (Mour?o, 2004, p.199), o seu trabalho veio colocar mais uma “acha na fogueira” sobre a import?ncia que em Portugal se atribui à estratégia TPC.Posto isto, a investiga??o precisa de “alargar a natureza dos critérios usados para avaliar a eficácia do TPC” (Mour?o, 2004, p. 45). Embora seja importante verificar a rela??o entre a realiza??o do TPC e o aproveitamento, “há que atender a outros resultados e dados intermédios, tais como a utiliza??o de estratégias adequadas, o incremento da motiva??o e a melhoria dos hábitos de estudo” (Mour?o, 2004, p. 45), que para a autora s?o bem mais fidedignos do verdadeiro impacto do TPC, porque o rendimento escolares é importante (no presente imediato), mas os processos auto-regulatórios ser?o mais importantes para o futuro a longo prazo.Creio ser importante referir que a motiva??o assume assim um papel primordial: cabe ao professor saber escolher a melhor estratégia e a mais adequada para motivar o aluno, pois como em cima dizia Ralph Waldo Emerson: “nada grandioso, alguma vez, foi alcan?ado sem entusiasmo”.Os modelos de TPCNas últimas décadas, alguns autores têm apresentado modelos que incluem o TPC como positivo para o aproveitamento e rendimento escolar dos alunos na sala de aula. Cooper e colaboradores (2001) apresentam 3 modelos e as suas características específicas (Mour?o, 2004).O primeiro é o de Coulter (1979, cit. por Cooper et al. 2001, cit. por Mour?o, 2004, p. 26) que dividia a tarefa do TPC em 3 momentos.Neste modelo, a primeira fase consistia na prescri??o do TPC aos alunos. Aqui, o professor deveria motivar os alunos e apresentar instru??es para a realiza??o correta da tarefa, e dessa forma obter um desempenho muito bom. Este 1.? momento é de indescritível import?ncia porque o professor assume o papel principal na motiva??o dos alunos. Com isto, o aluno decide se realiza ou n?o o TPC. O segundo momento é o da casa-comunidade, onde o desempenho do aluno está dependente de certos “facilitadores” tais como o apoio de alguém durante a realiza??o da tarefa, os materiais disponíveis para a realiza??o da tarefa, ou ainda da própria capacidade que o aluno apresenta para a realiza??o da tarefa. O terceiro momento, e ainda segundo o modelo de Coulter de 1979, é o da verifica??o e acompanhamento dado ao aluno sobre o TPC na aula. O feedback e a rela??o do TPC com a aula, podem a) afetar positivamente os resultados dos alunos nos testes, b) melhorar as atitudes dos alunos, e c) promover o aproveitamento escolar.Outro modelo apresentado por Cooper (2001) é o de Keith e colaboradores onde, com base em dados da High School and Beyond, testou um modelo que relaciona a quantidade de tempo gasto com o TPC e as notas dos alunos nesta escola. Para isto usou 3 variáveis: a ra?a e o background familiar (o nível educativo dos encarregados de educa??o e a profiss?o) como fatores exógenos que afetam a capacidade dos alunos, e as notas atribuídas no final do período como variável de rendimento escolar utilizada neste estudo (Keith, 1982, cit. por Cooper et al. 2001, cit. por Mour?o, 2004, pp. 26-27).Em síntese verifica-se que o modelo de Keith n?o inclui as variáveis da fase inicial da aula, nem a verifica??o e análise das tarefas realizadas durante a aula. No entanto, é muito mais rico nas variáveis dos fatores relativos à história familiar do aluno (Mour?o, 2004, p. 26). Apenas Keith testou o seu modelo chegando sempre à conclus?o em todas as análises de que existem efeitos diretos e significativos do TPC no desempenho dos alunos (Mour?o, 2004, p. 26).O terceiro modelo é apresentado pelo próprio Cooper (et al. 2001, cit. por Mour?o 2004, p. 27) na sua revis?o de literatura, e à semelhan?a do modelo de Coulter, é um modelo temporal do processo de TPC. Neste modelo, Cooper tentou associar todas as variáveis “potenciadoras do impacto do TPC nos resultados educacionais” (Mour?o, 2004, p. 28).? semelhan?a do modelo de Coulter, este modelo divide-se em 3 fases: sendo a primeira a prescri??o do TPC; a segunda a realiza??o do TPC no contexto casa-comunidade; e a terceira a respetiva verifica??o do TPC, realizada em contexto de sala de aula. Assim, o modelo de Cooper engloba os fatores exógenos como características dos alunos (eg. Capacidade, motiva??o, hábitos de estudo), a disciplina curricular e o ano de escolaridade. As características de ra?a e background apresentadas por Keith n?o se incluíam nos fatores exógenos das características dos alunos, pois est?o patentes no contexto casa-comunidade, apresentada por Cooper. Além disto, nenhum dos modelos anteriores incrementava as características da tarefa prescrita como variável, sendo Cooper, por isso, pioneiro nesta matéria (Mour?o, 2004, p. 28).Na minha opini?o, o modelo que melhor traduz o rendimento e o aproveitamento dos alunos é o de Cooper. Este modelo revela-se sobretudo útil para identificar os fatores que influenciam o sucesso do TPC, e permite avaliar ainda os fatores exógenos do TPC respetivos ao aluno, nomeadamente a motiva??o e a sua própria capacidade intelectual. Além do mais, pelos resultados obtidos no TPC, e segundo este modelo, podemos ainda inferir sobre os hábitos de estudo dos alunos. Rela??o entre TPC e rendimento escolar: Que variáveis a ter em conta?“Homework assignments are influenced by more factors than any other instructionalstrategy”Harris Cooper (2006, p.9)As investiga??es acerca do TPC referem que os alunos que realizam o TPC com mais frequência conseguem melhores rendimentos escolares; mas que variáveis devemos ter em considera??o na prescri??o do TPC?Cooper (2006) distingue 3 momentos para a realiza??o do TPC: 2 momentos na escola – a) a prepara??o e atribui??o do TPC e b) a respetiva análise e/ou corre??o do TPC; a “ensanduichar” o c) momento da realiza??o do TPC (Cooper et all, 2006, pág. 9).Neste sentido, Cooper criou em 1989 um modelo temporal do TPC, e redigiu uma tabela onde juntou todos os fatores que podem influenciar a realiza??o do TPC e que utilizarei para esta análise:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 1 - Um modelo processual de fatores que influenciam a eficácia do TPC Fatores exógenosCaracterísticas da TarefaFatores Iniciais da aulaFatores Casa-ComunidadeFatores de acompanhamento posterior na aulaEfeitos nos resultadosCaracterísticas dos alunos:? Capacidade? Motiva??o? Hábitos de EstudoDisciplina curricularAno de escolaridadeCargaObjetivo?rea de competência utilizadaGrau de individualiza??oGrau de escolhaPrazos de Realiza??oContexto socialDisponibiliza??o de materiaisFacilitadores:? Abordagens sugeridas? Liga??es ao currículo? Outros racionaisCompetidores do tempo do alunoAmbiente em casa:? Espa?o? Luz? Silêncio? MateriaisEnvolvimento de terceiros:? Pais? Irm?os mais velhos? Outros alunosFeedback:? Comentários escritos? Avalia??o/Nota? IncentivosTestagem/ avalia??o de conteúdos relacionadosUtiliza??o para discuss?o na aulaCompletamento e nível de desempenho na execu??o da tarefaEfeitos positivos:? Académicos imediatos? Académicos a longo prazo? N?o académicos ? Parentais e familiaresEfeitos negativos:? Satura??o? Parentais? Batota? Aprofundamento do fosso entre alunosFonte: (Cooper, 2001, p. 11, cit por Mour?o, 2004, p. 29)O primeiro momento é o da conce??o do TPC. Neste momento o professor terá de pensar no “como” redigir o TPC, e no “que” fazer no TPC, ou seja, terá de adequar a dificuldade do TPC ao ano de escolaridade dos alunos.Esta quest?o está diretamente relacionada com o objetivo do TPC, mas é extremamente importante para o aluno. Cabe ao professor orientar os alunos corretamente para que compreendam o valor, a import?ncia e o objetivo do TPC. Neste momento, é importante que o professor, também ele, se encontre motivado e que motive os alunos para a realiza??o do TPC apresentando os objetivos e explicando o que quer que fa?am, e como o fa?am, para desta forma os alunos compreenderem a utilidade do TPC. ? importante que o professor oriente os alunos para as estratégias que mais se adequam para a realiza??o do TPC, porque se assim n?o for, e se exigir muito nas tarefas que prop?e, pode conduzir à desistência precoce da realiza??o do TPC. ? ainda importante para o professor aperceber-se se os alunos têm os materiais necessários para a realiza??o da tarefa prescrita, porque se assim n?o for, pode levar à n?o realiza??o da tarefa (Mour?o, 2004, p. 29).O segundo momento é o mais complexo pois, como o TPC é uma tarefa realizada fora da escola, sem a observa??o ou al?ada direta do professor, tudo pode acontecer. Para come?ar, é o aluno que decide se faz ou n?o o TPC, e se decidir fazê-lo coloca-se a quest?o de quando o faz e como o realiza, ou seja, se se esfor?a e dedica o tempo necessário para ter sucesso na tarefa, ou se a faz por fazer. Isto depende sobretudo da motiva??o do aluno para a realiza??o da tarefa proposta, e da sua capacidade de voli??o durante a realiza??o da tarefa, que se interliga com a capacidade ou o desenvolvimento cognitivo e individual que cada aluno possui, isto é, os alunos com um nível de rendimento superior, à partida colocar?o na sua tarefa maior empenho e responsabilidade que os alunos de níveis inferiores. Considero ainda, que a dificuldade da tarefa pode à partida levar à desistência do aluno. Se a sua perce??o de autoeficácia for negativa, rapidamente desiste da tarefa, simplesmente porque pensa que n?o consegue executá-la.O ambiente da casa para a realiza??o do TPC também é um fator muito importante, sobretudo porque as tecnologias a que os alunos têm acesso s?o muitas e variadas, e que s?o definidas por Cooper (2006) como “competitors for student time” (Cooper, 2006, p. 10). Estes competidores do tempo de estudo do aluno (televis?o, PlayStation, computador, etc.) influenciam a capacidade de concentra??o, a vontade e a motiva??o dos alunos – definida por alguns autores como capacidade de voli??o. Estes competidores s?o ainda definidos pela capacidade económica que o seu agregado familiar disp?e, já que alunos de famílias com maiores rendimentos, ter?o acesso a mais “competitors for student time” (Cooper, 2006, p. 10). Para além disso, o local para a realiza??o do TPC também é importante: qual o espa?o que o aluno disp?e para fazer os trabalhos de casa? Uma escrivaninha num quarto interior da casa com fraca luz, ou uma mesa onde consegue espalhar o material com boa ilumina??o? Consegue ter silêncio à sua volta para se concentrar na tarefa, ou realiza o TPC em local barulhento?Ainda no ambiente doméstico, é necessário refletir no apoio parental que os alunos obtêm para a realiza??o da sua tarefa. A influência dos pais ou encarregados de educa??o pode definir a qualidade da tarefa do aluno, ou até mesmo a própria realiza??o do TPC.Para Philippe Meirieu (1998), o papel dos encarregados de educa??o é crucial e o fator mais importante na realiza??o dos trabalhos de casa. No seu livro “Os trabalhos de Casa”, apresenta um conjunto de dicas/subsídios aos encarregados de educa??o por forma a valorizar e tirar o máximo rendimento dos TPC, atribuindo-lhes a tarefa de “motivar” os educandos a realizar as tarefas propostas; ajudar os educandos a escolher o local mais apropriado para a realiza??o dos TPC; e, porventura, a colaborar e apoiar os educandos na realiza??o das suas tarefas (Meirieu, 1998, pp. 19-49).O terceiro momento do modelo temporal de Cooper consiste na análise e/ou corre??o do TPC na aula. Regressando o protagonismo ao professor, cabe-lhe escolher o feedback que deseja dos alunos, e dessa forma valorizar (ou n?o) o trabalho por eles elaborado. Esta é uma quest?o muito interessante já que, durante o meu ano de estágio, os professores (na maioria dos casos, e daquilo que pude observar) retiram apenas apontamentos acerca da realiza??o ou n?o do TPC, n?o se importando se o fazem corretamente, se colocaram nele o seu empenho e dedica??o. Interessa apenas fazer. Mal ou bem, completo ou incompleto, reflex?o curta ou elaborada, isso já n?o é motivo de avalia??o. Em síntese, a realiza??o do TPC depende sobretudo da motiva??o que os alunos têm para a realiza??o da tarefa; e esta depende da qualidade do desafio que o professor exige aos alunos (quanto mais variado, inovador e envolvente for o TPC, mais os alunos se interessam e aplicam), do grau de dificuldade da tarefa exigida, do tempo necessário para a realiza??o da tarefa, da utilidade e da rela??o com a matéria em estudo, do envolvimento parental na tarefa proposta, e da perce??o que o aluno tem de autoeficácia face à tarefa proposta (Mour?o, 2004, pp. 30-31).Por fim, Cooper (2006) apresenta ainda nesta tabela as possíveis consequências potenciais do TPC, em resultado de todas estas variáveis. Apesar de esta tabela elaborada por Cooper n?o se debru?ar sobre o papel do professor na elabora??o do TPC, concordo que é um “ótimo ponto de partida para uma frutuosa discuss?o entre todos os implicados na temática do TPC” (Mour?o, 2004, p.30).Tipos de TPCDiz lá, o que é que tens de fazer esta tarde?- Oh, n?o havia quase nada e já fiz tudo!- ?Quase nada? era exatamente o quê?- Só tínhamos de rever o que fizemos na aula.- E tu reviste?- Sim, n?o era difícil…- Fizeste o quê?- Reli uma vez…- E chega?- Chega. O professor disse que era só mesmo para rever o que tínhamos feito na aula!”Phillippe Meirieu, 1998, p. 33De todas as variáveis referidas por Cooper, falta apenas discutir/refletir acerca das características do TPC.Em primeiro lugar, o professor pode prescrever um TPC que ocupe muito ou pouco tempo aos alunos. No entanto, como já foi referido, os alunos n?o s?o todos iguais, e por isso uns necessitam de mais tempo para adquirir conhecimentos ou competências do que outros. A par disto, o professor pode prescrever TPC com maior ou menor frequência. O que os estudos referem, nomeadamente o de Trautwein (et al., 2002), é que as turmas onde os professores prescreviam mais frequentemente TPC?s, atingiam melhores resultados (Mour?o, 2004, p. 47). Para estes autores (Trautwein et al., 2002) a frequência e a dura??o do TPC s?o dois pontos totalmente distintos. Ao passo que a frequência de realiza??o de TPC se traduz num aumento do aproveitamento escolar, a dura??o do TPC, pouco ou nada revela no aproveitamento dos alunos. Segundo estes autores, isto acontece porque as tarefas provavelmente ser?o mais elaboradas. Este estudo levanta outro tipo de quest?es relacionadas com o TPC, nomeadamente quanto à sua qualidade e tipologia, em tudo dependentes do professor.O objetivo do TPC pode ser segundo Cooper (2001) instrutivo, ou n?o instrutivo. Sendo instrutivo, o TPC poderá ter várias raz?es:Prática, quando o professor pretende refor?ar a matéria lecionada, ou que os alunos treinem competências adquiridas na aula;Prepara??o, quando o professor prescreve o TPC para que os alunos pesquisem, recolham informa??o, ou estudem sobre um assunto que irá ser abordado na aula seguinte (eg. Pesquisa bibliográfica);Alargamento, quando o professor deseja que os alunos transportem os conhecimentos ou competências adquiridas anteriormente, para a matéria que est?o a lecionar no momento;Integra??o, quando o professor deseja que os alunos integrem conhecimentos e competências adquiridos (eg. elabora??o de esquemas-síntese).Ao mesmo tempo o TPC poderá ter outra componente: a n?o instrutiva. O professor pode prescrever o TPC para estabelecer comunica??o entre o aluno e o encarregado de educa??o, ou seja, para verificar se existe um acompanhamento de terceiros na realiza??o das tarefas propostas. Pode ainda prescrever um TPC para cumprir diretivas escolares (isto acontece frequentemente nos EUA devido ao seu historial de TPC), ou até mesmo para punir os alunos (Mour?o, 2004, pp. 47-52).O TPC tem ainda como objetivo desenvolver as competências de escrita, de leitura, de memoriza??o, ou até de articula??o de conteúdos (Mour?o, 2004, p. 45).Poderemos ainda refletir acerca do grau de individualiza??o que colocamos no TPC que prescrevemos, ou seja, o TPC poderá ser um trabalho de cariz individual, ou um trabalho de grupo para ser realizado em casa. Comummente, e apresentando toda a minha experiência académica, quase todos os TPC s?o individuais. Raramente é pedido um TPC a um grupo de alunos, com exce??o, talvez, para a realiza??o de trabalhos de grupo. Outra variável a ter em conta no tipo de TPC que prescrevemos aos nossos alunos é o grau de escolha que eles têm (Mour?o, 2004, p. 45). Quase sempre os professores apresentam tarefas aos alunos de cariz obrigatório. Mas, e se a tarefa for de tal maneira aliciante que os alunos se voluntariem para a realizar? Se assim acontecer, poderemos estar na presen?a de uma mudan?a de atitudes por parte dos alunos, que conduzam a uma mudan?a a nível académico. Os TPC têm normalmente uma componente imediata, ou seja, s?o prescritos para a aula seguinte, mas por vezes podem ser prescritos com um prazo mais alargado. Refiro-me com isto, por exemplo, à elabora??o de trabalhos de grupo.Por fim, Cooper (2001) coloca-nos a pensar a quem se destina o TPC. Porventura o TPC n?o poderá ser prescrito para os alunos o realizarem com o apoio do encarregado de educa??o? (Mour?o, 2004, p. 45)Na minha opini?o penso que n?o. Em primeiro lugar, nem todos os alunos disp?em dos encarregados de educa??o em casa para os ajudar a realizar as tarefas. Hoje em dia, com os horários de trabalho alterados muitos s?o os encarregados de educa??o que saem de casa antes dos educandos irem para a escola, e quando regressam a casa o filho já está a descansar. Em segundo lugar, nem todos os encarregados de educa??o adquiriram ou apresentam as competências necessárias para ajudar os filhos na realiza??o dos trabalhos. Este facto por si só, influencia totalmente o TPC: uma crian?a com um encarregado de educa??o que se predisponha a ajudar na realiza??o da tarefa, e que apresente um elevado nível escolar, terá mais vantagens que uma crian?a que n?o apresente reunidas estas condi??es; e infelizmente este é o mais comum dos casos. A acrescentar junta-se o facto de a avalia??o do TPC dos alunos que o professor realiza ser alterada. Um aluno que tenha a ajuda do encarregado de educa??o terá “a priori”, melhores avalia??es de TPC que um aluno que n?o tenha o encarregado de educa??o durante a realiza??o das tarefas. Que culpa tem a crian?a de ter nascido numa família com menos graus académicos? A utiliza??o do TPC no Contexto escolarA utiliza??o do TPC em HistóriaO Currículo Nacional de História do 3? Ciclo do Ensino Básico reúne as aprendizagens essenciais que os alunos devem ser capazes de realizar e aplicar no final de cada ano letivo. O Currículo assume-se, assim, como uma orienta??o basilar no processo de ensino e de aprendizagem.? evidente a justifica??o da presen?a da disciplina de História no atual currículo do Ensino Básico: apresentar “uma vis?o global e organizada de uma sociedade complexa, plural e em contante mudan?a” (Currículo Nacional do Ensino Básico, p. 87). ?, por isso, obriga??o do professor conduzir os alunos para uma “consciência do tempo social, estimulando-o a construir o saber histórico através da express?o de ?ideias históricas? na sua linguagem…” (Currículo Nacional do Ensino Básico, p. 87). Com isto, percebe-se que n?o se trata apenas de conhecer o passado, mas uma necessidade de todos os cidad?os. Só com o ensino da História é que os futuros cidad?os – as crian?as que hoje aprendem – compreendem as estruturas da nossa sociedade e a rela??o que o passado tem com o presente.A disciplina de História tem a si agregado um conjunto de metas de aprendizagem vasto e elaborado, e que necessita de tempo e treino para ser absorvido pelos alunos, por isso, a utiliza??o do TPC em História pode constituir uma estratégia promotora de aprendizagens em História. Uma vez que os domínios da compreens?o histórica englobam a temporalidade, a espacialidade e a contextualiza??o dos acontecimentos, e que só se consegue esta compreens?o através da leitura e interpreta??o de fontes, é necessário que o professor coloque os alunos a treinar as competências necessárias para uma compreens?o com todas as qualidades acima referidas.No período de profundas transforma??es sociais em que vivemos é necessário que os jovens compreendam a necessidade de saber sobre o passado, e com isso adquirir valores positivos para o dia de amanh? – uma verdadeira consciência histórica. Além de fazer aumentar este conhecimento, o TPC pode providenciar ainda mudan?as na forma de estudo do aluno que o fa?a mudar os seus hábitos e compreender a responsabilidade que tem no futuro da humanidade.Além disso, a utiliza??o do TPC em História permite ao professor avaliar onde porventura falhou na exposi??o das matérias da aula anterior. O TPC é assim t?o ou mais exigente para o professor como para os alunos.A associar a estas ideias, e como o Professor tem a obriga??o de levar os alunos a compreender que a História n?o é um conjunto de acontecimentos estanques, a utiliza??o do TPC para iniciar novas temáticas pode ser uma mais-valia para a compreens?o histórica dos alunos.A utiliza??o do TPC em GeografiaO ensino da Geografia revela-se importante no Currículo Nacional do Ensino Básico porque “procura responder às quest?es que o Homem levanta sobre o Meio Físico e Humano” (Currículo Nacional de Geografia do 3.? Ciclo do Ensino Básico, p. 107). ? desse modo “um instrumento que permite conhecer e compreender o mundo em que vivemos, sobretudo no que se refere à sua estrutura espacial e aos fenómenos que lhe h?o dado lugar” (Jimenez et Gaité, 1996, p.51).Nesse sentido, a disciplina de Geografia é uma mais-valia para as nossas crian?as porque:Fomenta o processo de integra??o da pessoa na sociedade: a Geografia faz desenvolver aptid?es individuais de perce??o espacial, do conhecimento do território, e da intimidade do Homem com o Meio-Ambiente (Jimenez et Gaité, 1996, p. 52); Sup?e a transmiss?o de uma heran?a cultural: unida à História, transmite conhecimentos característicos da uma cultura europeia e humanista (Jimenez et Gaité, 1996, p. 52);Promove um ensino com valores éticos: os alunos aprendem que existem práticas que, em rela??o à vida do Homem e das suas rela??es, promovem uma existência saudável (Jimenez et Gaité, 1996, p. 52);A Geografia tem um papel primordial na forma??o de uma consciência espacial, que indica a cada um o seu papel na sociedade e na economia, concretizado numa consciência Nacional (Jimenez et Gaité, 1996, p. 52).Como a Geografia tem a preocupa??o em localizar, descrever, explicar e comparar fenómenos que resultam da intera??o do Homem com o Meio-Ambiente, a utiliza??o do TPC é pertinente para a consolida??o de uma consciência geográfica.Parte II Enquadramento Metodológico do EstudoCaracteriza??o do Contexto EscolarCaracteriza??o da Escola Básica de ArrifanaA Escola Básica de Arrifana localiza-se na Vila de Arrifana, Concelho de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro. ? uma localidade com uma área total de 6,2 km2 e com uma popula??o de 6551 habitantes (Fonte: INE). Os seus limites geográficos s?o a Norte a freguesia de Escap?es, pertencente ao mesmo Concelho; a Sul encontra-se S?o Jo?o da Madeira; a Este Milheirós de Poiares; e a Oeste faz fronteira com Fornos e Mosteir?, pertencentes também ao Concelho da Feira. Corresponde geograficamente à unidade territorial (NUT) de Entre Douro e Vouga. No que concerne às vias de comunica??o, a Vila de Arrifana beneficia de uma relativa proximidade a importantes tro?os rodoviários, tais como a A1, A29, IC2 (EN1) e A32 (construída recentemente e inaugurada a 10 de Outubro de 2011).Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 1 - Localiza??o Geográfica da Freguesia de Arrifana Quanto aos principais sectores de atividade, predominam os sectores secundário e terciário, sendo de real?ar a especializa??o da indústria no sector do cal?ado, metalomec?nica e metalurgia. A escola EB 2,3 de Arrifana, criada pela portaria n? 587/93 de 11 de Junho de 1993 e inaugurada pelo Secretário de Estado do Ensino Básico, Exmo. Senhor Dr. Joaquim Azevedo, iniciou a sua atividade no ano letivo de 1993/1994, a 30 de Setembro, tal como consta do ofício 123, desta mesma data, com turmas do quinto e sétimos anos. A 7 de Junho de 2000 foi homologada, por Despacho, a proposta de constitui??o do Agrupamento de Escolas de Arrifana, que contempla todas as escolas que faziam parte do TEIP?(Território Educativo de Integra??o Prioritária).A escola é constituída por quatro grandes blocos, a saber: bloco principal, bloco do ginásio, cantina, e biblioteca.As salas de aula est?o equipadas com projetor e respetivo painel de proje??o, e de um computador para o professor. As aulas de Geografia foram lecionadas em dois tipos de sala de aula diferente: uma das salas (turma 1, e turma do 2 no horário da manh?: 10h15m-11h45m e 08h30m-10h00m respetivamente), oferece bastante espa?o para o professor se movimentar e desenvolver com a turma trabalhos de grupo ou qualquer outra din?mica que necessite de espa?o; a outra sala (turma 2 no horário da tarde: 15h20m-16h05m) carece de espa?o, pelo que fica apenas um lugar desocupado quando os alunos entram na sala de aula, e apenas um corredor bastante estreito entre as mesas para o professor se movimentar.As aulas de História foram lecionadas também em dois tipos de sala diferentes: a turma 3 aprendia numa sala que dispunha de computadores, demasiado ampla e com as carteiras dos alunos dispostas em linha a toda a largura da sala, o que dificultava a desloca??o pela sala de aula do professor. Esta turma tinha aulas à segunda-feira das 10h15m-11h00, e à ter?a-feira das 8h30m-10h00m. A turma do 4 dispunha de uma sala de aulas apenas com projetor e computador para o professor. Era de dimens?es reduzidas, e carecia de ilumina??o natural (se as janelas fossem abertas, os alunos n?o conseguiam ver o que estava no quadro, porque a luz solar era refletida durante toda a manh?). Esta turma tinha aulas às ter?as-feiras das 16h10-16h55m, e às quartas-feiras das 08h30m-10h00m.A Escola de Arrifana foi utilizada diariamente no último ano letivo (2012/2013) por cerca de 467 alunos, distribuídos por 18 turmas de ensino normal, e 2 turmas de CEF?s (Cursos de Especializa??o e Forma??o). Exerceram a docência nesta Escola 46 professores do Ensino Básico. Trabalham ainda nesta Escola cerca de 32 funcionários.O Projeto Educativo de Escola é um plano estratégico de referência, que expressa a identidade e autonomia da Escola E. B. 2,3 de Arrifana, enquanto entidade e comunidade educativa. ? um documento orientador com a miss?o de assegurar a coerência e a unidade de a??o educativa.O projeto educativo da escola em análise tem como principais alicerces jurídicos o Decreto-Lei n?75/2008, de 22 de Abril; o Estatuto da Carreira Docente; o Estatuto do Aluno; a Carta Educativa Municipal; a documenta??o produzida pelo GAP, de Junho de 2010 – “Análise Interna da Escola”; a Declara??o Universal dos Direitos Humanos; a Constitui??o da República Portuguesa; a Lei de Bases do Sistema Educativo; a Declara??o de Salamanca; a Declara??o Universal dos Direitos da Crian?a; a Conven??o sobre Direitos da Crian?a; a Declara??o Mundial sobre Educa??o para todos; o Tratado de Lisboa. Os principais objetivos do projeto educativo em quest?o s?o: ser gerador de mudan?a e progresso, que pretende promover qualidades e aptid?es dos alunos para que se tornem verdadeiros cidad?os; orientar o Agrupamento na condu??o da sua a??o; ser um documento aberto à inova??o e aos desafios, para promover o sucesso dos alunos e o da comunidade educativa; ser dinamizador de atividades educativas e culturais no Concelho de Santa Maria da Feira.O Projeto Curricular de Escola torna (de acordo com as principais fun??es atribuídas à escola) possível a reconstru??o do currículo nacional com vista à sua adequa??o às situa??es, às características e aos contextos em que se concretiza.Assim, o Projeto Curricular da Escola Secundária E. B. 2, 3 de Arrifana tem como principais objetivos: cumprir a fun??o socializadora da escola na procura de respostas ajustadas aos diferentes públicos que a frequentam, em permanente diálogo com a família; contribuir para que os alunos, cumprindo o nível de escolaridade, adquiram as ferramentas fundamentais (aprendizagens, competências, atitudes, valores), que lhes permitam construir percursos que, embora diversos, facultem a cada um, no futuro, a autonomia necessária a uma op??o de vida com dignidade; construir o quotidiano de escola num exercício permanente de direitos e deveres de cidadania para todos quantos nela convivem; proporcionar aos jovens o domínio de técnicas de informa??o, condi??o fundamental numa sociedade em rápida evolu??o, para uma forma??o ao longo da vida em especial com recurso às TIC (Tecnologias de Informa??o e Comunica??o). Caracteriza??o das TurmasNo ano letivo 2012/2013 lecionei na Escola Básica de Arrifana as disciplinas de História e Geografia como professor estagiário. Em harmonia com os orientadores e colegas de estágio, lecionei às turmas 1 e 2 em Geografia, e em História, às turmas 3 e 4. Para a realiza??o deste relatório de estágio, apliquei a estratégia do TPC nas turmas 1, 2, e 3.A turma do 1 (Geografia) é composta por 15 elementos: 12 rapazes e 3 raparigas. ? uma turma bastante heterogénea: 6 dos seus elementos s?o repetentes, e desestabilizam constantemente o decorrer normal das atividades letivas. No entanto, esta turma apresenta 3 alunos com um elevado rendimento escolar, que inclusive alcan?aram o nível 5, na tabela final de avalia??es do 1? período. Como é uma turma praticamente composta por rapazes, em que as poucas raparigas s?o repetentes, a colabora??o destes para as din?micas e estratégias apresentadas durante o decorrer da minha prática docente, foi bastante baixa. Esta turma tinha aulas à segunda-feira, das 10h15m até às 11h45m.A turma 2 (Geografia) é composta por 21 elementos sendo 15 raparigas. ? uma turma bastante reservada e pouco participativa, que pode ser explicado pela exce??o de uma aluna, que monopoliza a participa??o se o professor n?o estiver atento. ? uma turma que colabora nas atividades sugeridas, mas é necessário motivá-los constantemente. Esta turma tem um aluno com dificuldades substanciais na interpreta??o do português, visto que é imigrante de origem. Apesar disso, n?o tinha um acompanhamento especial pela maior parte do corpo docente, embora em Geografia, existisse uma diferencia??o para com ele, nomeadamente nos testes de etapa e nas fichas de trabalho sugeridas durante as aulas.A Turma 3 (História) apresentava 18 alunos no início do ano letivo, sendo 7 raparigas e 11 rapazes. Destes 18, apenas 15 frequentaram a escola durante o ano letivo desde o início. No final do 1? período, outra aluna (imigrante em Portugal), saiu da escola regressando supostamente ao país de origem. Outro aluno deixou a turma após as férias de Carnaval, emigrando para a Alemanha, onde se encontrava o encarregado de educa??o. Assim, a turma no final do ano era composta apenas por 13 elementos, sendo que 1 deles frequentava um acompanhamento especial a partir do início do 2? Período. Era uma turma bem comportada e bastante pequena. N?o era uma turma brilhante, mas 3 dos alunos que a compunham eram bastante aplicados. Esta turma revelou-se ainda pouco interessada nas tarefas de trabalho sugeridas, principalmente os membros masculinos da turma.Para este estudo utilizei ainda uma turma à qual n?o lecionei, mas que irá servir de compara??o com a turma 3. A turma 4 (História) é do mesmo ano que a turma 3, com um total de 16 elementos. ? composta por 7 rapazes e 9 raparigas. Esta turma tinha aulas às ter?as-feiras das 11h55m-12h40m, e às quartas-feiras das 10h15m-11h45m. Esta turma é muito cooperativa nos trabalhos apresentados pelos docentes, bastante participativa, e ao mesmo tempo muito distraída.A utiliza??o do TPC no estágio pedagógico nas disciplinas de História e Geografia2.1.Metodologia e Tipologia das tarefas propostas para TPCAo longo do ano letivo de 2012/2013, enquanto estagiava na Escola Básica de Arrifana, sob o comando e orienta??o da Professora Rosa Fonseca e do Professor Paulo Pereira, utilizei o TPC como estratégia para promover o aproveitamento e rendimento dos alunos. Assim, apenas um TPC foi prescrito no dia anterior ao da aula em que iria ser trabalhado. Todos os outros TPC?s foram prescritos de modo a dar aos alunos uma semana para a sua realiza??o. Além disso, em todas as aulas, os alunos levavam como TPC a justifica??o da situa??o problema da aula, sendo este TPC prescrito durante todo o ano letivo às turmas 3 e 4, salvo quando existia alguma ficha elaborada pela docente titular ou por mim.De modo a retirar conclus?es concretas sobre o impacto do TPC no aproveitamento dos alunos, irei comparar o desempenho dos alunos no TPC, com o desempenho dos mesmos conteúdos nos testes de avalia??o. Além disso, irei comparar os resultados de duas turmas: turma 3, a quem foi prescrito o TPC; e turma 4, onde n?o lecionei, e onde n?o existiu prescri??o do TPC, durante a leciona??o do mesmo conteúdo programático. Durante o primeiro período, lecionei duas aulas à turma 3 sobre o arranque da expans?o portuguesa (Conquista de Ceuta), e sobre as viagens ao longo da costa africana no período henriquino. Entre a primeira e a segunda aula lecionadas (30 e 31 de Outubro de 2012), entreguei aos alunos uma pequena grelha para preencher sobre a Coloniza??o das Ilhas Atl?nticas. Apesar de no fim da primeira aula lecionada n?o ter trabalhado sobre este tema, pretendia que os alunos, com a ajuda do manual, preenchessem a grelha, para essa parte dos conteúdos ser de mais fácil compreens?o, e por forma a ocupar menos tempo na aula seguinte. Deste modo, e segundo Cooper (2001, cit. Mour?o 2004, p. 48), atribuí um TPC instrutivo de prepara??o, porque desejava que estudassem conteúdos que ainda n?o tinham sido lecionados. Considero, ainda, que o TPC prescrito era bastante simples e que iria envolver pouco tempo de trabalho aos alunos.O segundo TPC prescrito a esta turma (10 de Abril 2013) incidiu sobre a Sociedade e o Poder no Antigo Regime, e consistia no preenchimento de um texto com espa?os em branco e, com base na imagem piramidal da Sociedade do Antigo Regime, no sentido de levar os alunos a explicar de que forma esta Sociedade se organizava. Pretendia com este TPC refor?ar a matéria que havia sido lecionada, e que os alunos treinassem e praticassem a sua capacidade de síntese sobre os conteúdos lecionados. Mais uma vez preocupei-me em n?o exigir demasiado tempo dos alunos para realizarem o TPC.O terceiro TPC prescrito à turma 3 realizou-se a 17 de Abril de 2013, e incidia sobre os conteúdos programáticos “Da crise comercial ao ouro brasileiro: falência das primeiras medidas mercantilistas”. Este TPC consistia em dois exercícios: uma pesquisa que os alunos teriam de realizar para colocar nos espa?os em branco os nomes ou as datas corretas; e numa pequena composi??o em que os alunos, ao colocar-se no lugar de um Nobre da corte de D. Pedro II, indicassem e descrevessem os principais acontecimentos da época em quest?o, nomeadamente sobre as medidas do 3.? Conde da Ericeira, dos prós e contras da descoberta de ouro no Brasil, e no impacto que o Tratado de Methuen teve em Portugal. Pretendia, mais uma vez, que os conteúdos lecionados fossem refor?ados e assimilados pelos alunos através da utiliza??o desta estratégia.O quarto e último TPC prescrito à turma 3 foi apresentado no dia 24 de Abril de 2013. Este TPC foi o culminar de 3 semanas de aulas consecutivas que lecionei. Neste momento, pedia aos alunos que realizassem uma entrevista ao Marquês de Pombal com base na sua biografia disponível online; e exigi que a entrevista rondasse as 400 palavras. Estava assim a pedir aos alunos que pesquisassem, e que elaborassem um texto sobre a vida e obra de Sebasti?o José de Carvalho e Melo. Tal como em História, utilizei o TPC em Geografia como forma de promover o rendimento e o aproveitamento escolar dos alunos. Sob a al?ada do Professor Paulo Pereira, lecionei no 1.? Período 3 aulas de 90 minutos à turma 1 da Escola Básica de Arrifana – 12, 19 e 26 de Novembro de 2012. A primeira aula lecionada por mim teve como sumário “A Localiza??o Absoluta: principais linhas de Referência da Terra; Latitude e Longitude.”. Para lecionar este tema utilizei globos de esferovite, onde seria possível pintar e tra?ar estas principais linhas imaginárias de referência. Devido a ser uma aula iminentemente prática, onde os alunos se mantiveram em constante trabalho, prescrevi um TPC também bastante prático: como os globos de esferovite eram brancos, e como no final da aula tinham apenas tra?adas as principais linhas imaginárias de referência, pedi aos alunos que os decorassem em casa com os continentes e os oceanos. Pretendia que os alunos localizassem corretamente os continentes e os oceanos com base nas linhas imaginárias de referência. Deste modo, este trabalho poderia ser mais tarde aproveitado para introduzir os climas (se os Globos ficassem com os continentes bem desenhados).Na semana seguinte, a aula teve o seguinte sumário: “A Localiza??o Absoluta: Latitude e Longitude. Exercícios de Aplica??o. O terceiro elemento da Localiza??o Absoluta: a altitude”. Nesta aula introduzi as coordenadas geográficas através de um jogo: ? procura do Bússolas. Para que os alunos n?o se esquecessem das principais linhas imaginárias de referência lecionadas na aula anterior, atribuí um TPC aos alunos bastante simples e pequeno, onde tinham apenas de completar uma frase incompleta, e transformar uma outra frase errada em correta.No 2? Período lecionei 3 aulas à turma 2 (Geografia). Na primeira aula, lecionada a 7 de Janeiro de 2013, utilizei uma din?mica de imagens espalhadas pela aula, de forma a os alunos se aperceberem do “Mundo de Contrastes” em que vivemos. No final desta aula, entreguei uma das imagens dispostas pela sala de aula a cada um dos alunos, e pedi que em casa, atribuíssem um país àquela imagem e o justificassem. Este primeiro TPC prescrito serviu apenas como nota neste relatório, porque nenhum dos alunos o realizou. Quando a campainha da escola tocou para o fim da aula, os alunos alinda n?o tinham o TPC em m?os, pelo que lhes foi entregue em “passo de corrida”, e creio eu, muitos deles n?o ouviram a explica??o do que tinham de fazer para casa no meio da arruma??o das mochilas.Na aula do dia 14, cujo tema ainda era “Países Desenvolvidos vs. Países em Desenvolvimento”, os alunos trabalharam sobre as características desses diferentes tipos de países. Assim, no final da aula lecionada, atribuí como TPC a realiza??o de uma ficha que consistia exclusivamente no preenchimento de espa?os em branco. Este exercício tinha ainda as palavras necessárias à sua realiza??o no fim da folha, para que o TPC fosse atraente aos alunos e n?o os desmotivasse à ”nascen?a”. Além disso, os alunos foram admoestados por mim, para que n?o se repetisse o que tinha acontecido anteriormente.2.2. Resultados e Discuss?o2.2.1. Turma 1Na Turma 1 (Geografia) foram lecionados, no dia 12 de Novembro, os conteúdos acerca da Localiza??o Absoluta. Para isso, a Turma 1 recebeu um globo de esferovite, no qual, durante a aula, os alunos tra?aram as principais linhas imaginárias de referência do planeta Terra. Perante a motiva??o dos alunos para esta estratégia, o professor Orientador Paulo Pereira, sugeriu que se poderia utilizar os Globos de esferovite para colmatar lacunas dos alunos, isto é, uma das principais preocupa??es do Professor Orientador no final do 1? Teste de Etapa, foi a baixa presta??o dos alunos na localiza??o dos continentes e oceanos. Por isso aconselhou-me a prescrever este primeiro TPC para consolida??o das aprendizagens que, apesar de já n?o contar para a avalia??o no teste de etapa seguinte, teria como objetivo colmatar estas dificuldades apresentadas pelos alunos.A tarefa foi bem explicada, e bem orientada por mim, para que os alunos n?o só a realizassem, mas também a fizessem bem. Para isso, pintei e decorei um Globo de esferovite para demonstrar aos alunos o produto final que pretendia. A imagem seguinte apresenta esse Globo:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 2- Sugest?o de TPC atribuído aos alunos da turma 1 a 12 de Novembro de 2012A seguinte tabela demonstra o total de alunos que realizaram a tarefa, e a nota que lhes foi atribuída:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 2 - Avalia??o do 1? TPC atribuído à turma 1AlunosRealizou o TPCDesenhou corretamente os continentes (1 a 5)Desenhou os continentes corretamente localizadosNota final da tarefa1?33Satisfaz2X--?-3X--?-4?33Satisfaz5?33Satisfaz6?55Excelente7?45Bom8X--?-9X--?-10X--?-11X--?-12X--?-13X--?-14?45Bom15X--?-Como se verifica na tabela, apenas 6 dos 15 alunos da turma realizaram a tarefa. Devido à aula ter sido bastante din?mica e de trabalho, e pelo facto de os globos de esferovite serem redondos, foram possivelmente utilizados para brincadeiras durante os intervalos da escola. Alguns alunos referiram que se esqueceram de trazer os Globos, no entanto, apesar de pedir que os trouxessem na aula seguinte, nenhum aluno o entregou para avalia??o.Desde logo, é importante referir 3 aspetos interessantes sobre os alunos que realizaram a decora??o dos Globos com os continentes:- Os alunos 6, 7 e 14 s?o indiscutivelmente os melhores alunos da turma, pelo que, é completamente natural que realizassem o TPC. Além disso, s?o os alunos que apresentaram os Globos desenhados mais corretamente. - O aluno 6 recebeu a nota máxima na tarefa, porque além de desenhar corretamente os continentes, e ainda de os conseguir localizar acertadamente, decorou o globo com figuras características desses espa?os.- Os alunos 1, 4 e 5, que s?o alunos medianos, apresentaram os seus Globos com os continentes mal desenhados, mas com a localiza??o correta. A aula da semana seguinte foi sumariada como “A Localiza??o Absoluta: Latitude e Longitude. Exercícios de Aplica??o. O terceiro elemento da Localiza??o Absoluta: a altitude”. Nesta aula introduzi as coordenadas geográficas através de um jogo: ? procura do Bússolas, onde os alunos realizaram um exercício muito prático de cálculo de coordenadas. Para que os alunos n?o se esquecessem das principais linhas imaginárias de referência lecionadas na aula anterior, atribuí um TPC aos alunos bastante simples e pequeno, onde tinham apenas de completar uma frase incompleta, e transformar uma outra frase falsa, em verdadeira. Apresento em seguida uma sugest?o de TPC entregue a cada aluno:5715125095Para se conseguir localizar com exatid?o um lugar na superfície terrestre, é necessário recorrer à localiza??o ________________. Essa Localiza??o utiliza linhas imaginárias que constituem a _________________ _________________.O Equador é um círculo menor que divide a Terra em duas partes iguais.Este TPC tinha como objetivo a consolida??o dos conhecimentos aprendidos na aula anterior, que iriam ser motivo de avalia??o no teste de Etapa.Apresento de seguida a tabela de realiza??o deste TPC:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 3 - Frequência de realiza??o do 2? TPC prescrito à turma 1Aluno123456789101112131415Realizou o TPC??X????X??XXX?XEste TPC foi corrigido no início da aula seguinte e, portanto, n?o foi possível recolher informa??es sobre a sua realiza??o que n?o as que foram fruto da observa??o direta na sala de aula. Mesmo assim é de salientar a n?o realiza??o do TPC visível em 6 alunos. Acrescente-se que s?o os alunos repetentes de ano, que voltaram a n?o aproveitar outra oportunidade de consolidar as aprendizagens; sublinhe-se o facto de os conteúdos deste segundo TPC terem tido presen?a no teste de Etapa de final do 1.? Período (cf. Anexo 1 - Teste de Etapa aplicado à turma 1 no final do 1.? Período), como se verifica nas duas imagens seguintes (imagem 2 e imagem 3):Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 3 - Exercício 1 do Teste de Etapa da Turma 1Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 4 - Exercício 2 do Teste de Etapa da Turma 1Para que se possa proceder a uma compara??o e a uma avalia??o do impacto do TPC na turma 1, é necessário conhecer os níveis que os alunos receberam no fim do 1.? Período, apresentados pela tabela 3:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 4 - Nível obtido pelos alunos da Turma 1 no 1.? PeríodoAluno123456789101112131415Realizou o TPC332335423323242 Apresento de seguida dois gráficos (Gráfico 1 e Gráfico 2) que apresentam a frequência de realiza??o de TPC dos alunos da Turma 1, e o nível obtido por estes mesmos alunos no 1.? Período, que permitem uma leitura mais rápida dos valores das Tabelas 2 e 3.Gráfico SEQ Gráfico \* ARABIC 1 - Frequência de realiza??o de TPC dos alunos da Turma 1Gráfico SEQ Gráfico \* ARABIC 2 - Nível obtido pelos alunos da Turma 1 no 1.? Período No gráfico 1 verifica-se que 6 alunos n?o realizaram nenhum TPC, 6 alunos realizaram sempre o TPC, e apenas 3 realizaram apenas 1 TPC. Ao relacionar os dados obtidos da realiza??o do TPC, com os níveis escolares auferidos pelos alunos no final do 1.? Período (ver tabelas 2 e 3) verifica-se que apenas 1 aluno que nunca realizou TPC conseguiu alcan?ar um nível positivo.N?o se pode, no entanto, retirar mais conclus?es deste trabalho, visto que quando foi aplicado à Turma 1, mantinha até ao momento apenas uma aproxima??o à metodologia do TPC. 2.2.2. Turma 2 A turma 2 (Geografia) teve como sumário no dia 14 de Janeiro “Características dos Países Desenvolvidos e em Desenvolvimento”. No fim da aula, entreguei a cada aluno uma folha com um texto com espa?os em branco para completar com palavras que se encontravam no fundo da página. Este TPC englobava toda a matéria lecionada até ao momento sobre os contrastes de desenvolvimento, abordando indicadores simples e compostos, a fórmula e o objetivo do IDH, e algumas das principais características dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A ficha que foi fornecida aos alunos poderia muito bem servir como base para o estudo para o teste de etapa que se realizou duas semanas depois.Devido a terem sido chamados à aten??o por n?o terem realizado o TPC numa das aulas anteriores, desta vez todos os alunos realizaram o TPC, com exce??o de um aluno. Este aluno que n?o realizou o TPC é um aluno de nível 3, mas que facilmente alcan?aria o 4, se se esfor?asse. Apresento de seguida o documento entregue a cada aluno como TPC:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 5 - Ficha de TPC prescrita aos alunos da Turma 2Para a turma 2, e visto que fui eu que elaborei o seu Teste de Etapa, irei comparar os resultados obtidos pelos alunos na realiza??o do TPC (e discutir estes resultados), com os resultados obtidos pelos alunos no Teste de Etapa.Os resultados obtidos pelos alunos no TPC s?o os seguintes:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 5 - Presta??o dos Alunos da Turma 2 no TPCAlunosRealizou o TPCEspa?os corretamente preenchidos (x/36)Espa?os n?o preenchidos1?2002?3603?3604?3605?3606?3607?2108?3609?36010?35111X0012?10913?20014?32015?36016?36017?36018?35119?195Verifica-se que 10 alunos acertaram corretamente em todos os espa?os. Verifica-se, ainda, que 2 alunos acertaram 35 espa?os, e n?o preencheram 1, o que é estranho, já que como as palavras se encontravam no fundo da página, a última que sobrasse corresponderia ao espa?o em falta. Antes de avan?ar, devo afirmar que os meus alunos fizeram aquilo a que Cooper (2001, cit. Mour?o 2004, p. 29) chamou na sua tabela de variáveis de “batota”: copiaram uns pelos outros o TPC. Isto é grave na medida em que afeta n?o só o aproveitamento dos alunos, como os resultados obtidos com esta investiga??o. Outro exemplo concreto de que de facto existiu manipula??o nas respostas é o facto de em frases onde teriam de acrescentar várias palavras (eg. … as quatro dimens?es básicas: económica, sociocultural, política, ambiental…), existem conjuntos de alunos que colocaram as suas respostas iguais umas às outras.Existem, ainda, 2 alunos que n?o responderam totalmente ao TPC, deixando por fazer 5 e 9 espa?os em branco. O aluno 19 é imigrante e com sérias dificuldades de interpreta??o. Claro que associado a isto também existe alguma desmotiva??o, mas foi sobretudo a sua falta de capacidade de interpreta??o que o afetou. O Aluno 1 é simplesmente desmotivado para as aulas, preocupando-se apenas em tirar positiva nos testes de etapa. O aluno 13 encontra-se na mesma situa??o que o aluno 1. O aluno 12 demonstrou que fez o TPC por ele mesmo, embora obtivesse a classifica??o mais baixa de todas. Embora a maior parte dos alunos tenha copiado o TPC, procederei à compara??o dos assuntos abordados no TPC com quest?es que foram colocadas no teste de etapa (cf. Anexo 2 - Teste de Etapa aplicado à turma 2), para desse modo aferir o possível rendimento que os alunos obtiveram da realiza??o do TPC.Uma das frases para preencherem no TPC era a seguinte (as palavras sublinhadas s?o os espa?os em branco):Frase 1: “O indicador composto mais utilizado é o ?ndice de Desenvolvimento Humano, que mede as realiza??es médias das necessidades básicas, como a esperan?a média de vida, o nível de instru??o e o PIB.”Esta frase vinha de encontro aos objetivos elaborados para a ficha de avalia??o, na qual os alunos deveriam explicar o IDH e os indicadores simples que o comp?em. Destarte, na ficha de avalia??o coloquei a quest?o: Explique o que entende por IDH e refira os indicadores simples utilizados para o seu cálculo.Outras duas frases que constavam do TPC eram as seguintes:Frase 2: “Para se medir o desenvolvimento de um país ou regi?o deve-se observar vários indicadores. Os indicadores simples d?o referências sobre a situa??o económica (PIB per capita, rendimento por pessoa,…), demográfica (taxa de natalidade, de fertilidade,…), sociocultural (taxa de analfabetismo, n.? de automóveis por 1000 habitantes,….) e política (respeito pelos direitos humanos, democracia política,…) de um país ou de um conjunto de países.”Frase 3: “Considera-se que o nível de vida material de cada indivíduo determina o seu bem-estar. Mas para que exista uma boa qualidade de vida, é necessária a satisfa??o equilibrada de quatro dimens?es humanas básicas: económica, sociocultural, política, ambiental.”Também estas duas frases vinham de encontro ao pedido no Teste de Etapa que apresentei aos alunos da turma 2. A quest?o era: “Indique as características dos Países Desenvolvidos no que respeita às diferentes dimens?es do desenvolvimento, apresentando um exemplo de um país em concreto”.Apresento seguidamente a Tabela X que relaciona o TPC prescrito, com a pontua??o obtida em cada quest?o do Teste de Etapa:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 6 - Rela??o entre a classifica??o obtida no TPC com o Teste de EtapaAlunosN.? de espa?os preenchidos corretamente (X/4) – frase 1Pontua??o atribuída na quest?o 1.1 do Teste de Etapa (X/10)N.? de espa?os preenchidos corretamente (X/10) – frase 2 e 3Pontua??o atribuída na quest?o 1.2 do Teste de Etapa (X/15)13833241010153481013448101154101076410101573848841010119461091041010151108091229315133841314471091547101316410105174610718461011191688Depreende-se desta tabela que, na 1? quest?o do teste de etapa, nenhum aluno conseguiu menos de metade da pontua??o. Além disso, verifica-se que, tal como havia já referido, alguns alunos copiaram o TPC, já que no TPC acertaram os 4 espa?os em branco, ou seja, 100% da resposta, mas no Teste de Etapa n?o conseguiram apresentar corretamente todos os indicadores simples que comp?e o IDH, ficando-se nesse quest?o pelos 6, 7, 8 ou 9 pontos. Chamo no entanto especial aten??o para o aluno n.? 12. Aquando da aula da corre??o do TPC, decidi que seria ele a corrigir a maior parte das afirma??es, já que foi o aluno com a pior classifica??o e o que preencheu menos espa?os em branco. No entanto conseguiu a pontua??o de 9 em 10 pontos possíveis na quest?o 1 do Teste de Etapa. Tenho no entanto duas suposi??es que poder?o explicar este acontecimento. Ao saber que o TPC ia ser corrigido na aula, e ao preencher menos espa?os, este aluno sabia que iria ser o alvo principal na corre??o do TPC, e por isso, receber uma explica??o para as dúvidas que tinha. Outra suposi??o é que este aluno n?o tem hábitos de estudo em casa, e por isso, realiza apenas o TPC para n?o receber um recado na caderneta. Mesmo assim, retiro para a minha experiência profissional que o TPC tem mesmo de voltar ao contexto de sala de aula para produzir frutos, ou seja, o modelo temporal apresentado por Cooper (2001, cit. Mour?o, 2004, p. 28) tem de facto valor e import?ncia para o rendimento escolar dos alunosO aluno 19 foi também convidado à participa??o, e embora n?o tenha conseguido mais que 6 pontos, conseguiu pelo menos a nota positiva nesta resposta.Na quest?o 1.2. volta a ser o aluno 12 aquele que mais erra na ficha de TPC. No entanto, este mesmo aluno consegue atingir o máximo de pontos nesta quest?o do teste de etapa, o que mais uma vez denota uma ascens?o surpreendente. Também o aluno 13 conseguiu, nesta quest?o, uma subida bastante elevada, tendo em conta o resultado obtido na ficha de TPC. Por sua vez, o aluno 1 manteve-se na mediocridade. Por mais que se tentasse, n?o consegui como principal motivador em sala de aula motivar este aluno para o trabalho.Queria apenas deixar um reparo. Os alunos 5, 14, 16 e 17 obtiveram uma pontua??o reduzida. Aqui, posso concluir que foram os alunos que copiaram pelos colegas o TPC. Este grupo de alunos, perdeu em todos os sentidos, e creio que esta é outra das conclus?es para a minha investiga??o. N?o foi só o terem copiado (que já de si é mau), mas também o facto de n?o terem aprendido, nem, provavelmente, terem percebido o que erraram no Teste de Etapa.Assim, é importante salientar que o TPC é uma estratégia que tem consequências positivas se for realizado de forma honesta pelos alunos, e se for motivo de análise em sala de aula, para verificar com os alunos quais s?o as principais dúvidas e problemas. Além disso, como TPC consolidador dos conteúdos apreendidos nas aulas anteriores, acarreta uma mais-valia para o estudo e prepara??o para o teste de Etapa. Este segundo TPC aplicado à turma 2, demonstra que já foi mais pensado e mais consistente, na medida em que já se pode comparar os resultados obtidos no TPC com o teste de etapa, e obter alguns resultados. 2.2.3. Turma 3A Turma 3 (História) é uma turma muito pequena (no fim do ano terminou apenas com 13 elementos), sendo por isso uma turma muito fácil de trabalhar. O aluno 13 desta turma também n?o participará neste estudo devido às suas dificuldades de aprendizagem e por a sua avalia??o ser diferente da dos colegas (este aluno teve um acompanhamento especial pela docente da disciplina).O primeiro TPC que entreguei aos alunos consistia no preenchimento de uma tabela sobre a coloniza??o das ilhas atl?nticas. Orientei os alunos para que com a ajuda do Manual escolar preenchessem os espa?os corretamente. A imagem seguinte representa o TPC prescrito aos alunos:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 6 - TPC Coloniza??o das Ilhas Atl?nticasTodos os alunos da turma 3, sem exce??o, realizaram o TPC com base no Manual escolar. ? de salientar que todos os alunos que constam neste estudo preencheram corretamente a tabela, com exce??o da data da descoberta das primeiras ilhas a?orianas. Salvaguardo, no entanto, que os alunos fizeram o que lhes foi pedido e foram induzidos em erro pelo manual escolar adotado que apresentava como data de descoberta dos A?ores 1425, sendo 1427 a data consensualmente aceite pelos autores de referência.Pretendia com este TPC que os alunos voltassem na aula seguinte já sabedores destes conteúdos. Acontece que, como ainda estava no início do meu estágio, n?o dediquei o devido valor a este TPC na sala de aula, pelo que fui chamado imediatamente à aten??o pelas professoras orientadoras. De facto, a quest?o mantém-se como na Turma 2: n?o adianta elaborar um TPC se este n?o é depois aproveitado em sala de aula. Ainda para mais, sendo este um TPC de prepara??o, deveria “favorece[r] a capacidade de os alunos obterem o máximo proveito, quando novas matérias exigem um background de informa??o e conhecimentos prévios” (Cooper (2001, cit. Mour?o, 2004, p. 47). Apesar disso, os conteúdos aqui abordados n?o foram motivo de avalia??o no Teste de Etapa.Assim, depois de várias tentativas de aplica??o e análise do TPC, decidi elaborar uma estratégia consistente que me permitisse averiguar se o TPC promove ou n?o o aproveitamento escolar.De forma a verificar se a frequência de realiza??o do TPC promove aproveitamento e rendimento escolar, decidi aplicar durante 3 semanas de aulas seguidas que lecionei à turma 3 (no 3.? Período), um conjunto de trabalhos que envolvessem n?o só a valoriza??o de conteúdos (TPC do tipo prático, segundo a designa??o de Cooper), mas também o alargamento de conteúdos anteriormente lecionados, ou seja, para que os alunos construíssem o seu conhecimento em História de uma forma mais autónoma. Além disso, o último TPC pretendia que desenvolvessem todo o tipo de competências, desde a pesquisa até à sistematiza??o de conhecimentos.O primeiro TPC tinha apenas como objetivo, que os alunos compreendessem como funcionava a sociedade e o poder no Antigo Regime e era composto por dois exercícios: o primeiro onde deveriam preencher os espa?os em branco com os conceitos aprendidos na aula; e o segundo exercício, explicar através da pir?mide social do Antigo Regime, como era a Sociedade dessa época.-38108891270Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 7 - TPC A Sociedade e o Poder no Antigo RegimeImagem SEQ Imagem \* ARABIC 7 - TPC A Sociedade e o Poder no Antigo Regime-3810556704500O segundo TPC tinha como objetivo que os alunos percebessem o impacto que o Tratado de Methuen e a descoberta de ouro do Brasil teve nas medidas mercantilistas do 3.? Conde da Ericeira:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 8 - TPC A Falência das medidas o pedia aos alunos que se colocassem no papel de um Nobre e descrevessem os principais acontecimentos daquela época, irei colocar aqui 2 pequenos textos por eles elaborados:Aluno 2 da turma 3:“As medidas do 3.? Conde da Ericeira ajudaram Portugal a sair daquela crise económica em que estávamos. O Conde da Ericeira desenvolveu as manufaturas em Portugal, concedeu subsídios a quem tivesse fábricas manufatureiras cá, incentivou a vinda de técnicos estrangeiros especializados e publicou as leis pragmáticas. Gra?as a esse Senhor, Portugal tornou-se um país mais desenvolvido e eu tive a oportunidade de enriquecer.O “pior” foi a descoberta de ouro no Brasil. Com esse ouro compramos muitas coisas luxuosas e come?amos a comprar produtos a outros países diminuindo as exporta??es e aumentando as importa??es. Isto empobreceu-me cada vez mais.Em 1703, assinámos o Tratado de Methuen, abandonando a política mercantilista e deixando de lado a indústria manufatureira. Ficamos assim, numa situa??o de dependência económica em rela??o à Inglaterra.Isto tudo foi péssimo, pois deixamos as medidas do 3.? Conde da Ericeira de lado, o que nos prejudicou bastante comercial e financeiramente.”Aluno 9 da turma 3:“As medidas do 3.? Conde da Ericeira afetaram-me porque tive de investir mais nos produtos manufaturados, tais como o trabalho em seda e l?, principalmente.Quando nós descobrimos o ouro do Brasil, ficámos completamente dependentes desse ouro, uma vez que pus logo de parte as medidas mercantilistas e com esse ouro pagava as nossas dívidas financeiras e com o ouro que sobrava usámos para fabricar moedas, luxo, e para mostrar o meu o Tratado de Methuen plantava vinhas para fabricar vinho para trocar com os panos de Inglaterra, ficando assim dependentes de Inglaterra e com tudo isso também abandonamos a política mercantilista e manufatureira.”O último TPC desta sequência tinha como objetivo que os alunos pesquisassem, e construíssem uma entrevista com Marquês de Pombal, para dessa forma relacionarem todas as medidas por ele realizadas. Este pequeno TPC exigia que os alunos compreendessem temporalmente o papel do Marquês de Pombal na sociedade, economia e política nacional da época; que relacionassem as várias causas que levaram à imposi??o das suas medidas, ou seja, estamos no domínio da compreens?o histórica contextualizada; e que treinassem a sua comunica??o em História, neste caso por escrito:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 9 - TPC O Despotismo PombalinoApresento de seguida três exemplos de trabalhos elaborados pelos alunos, que apesar de pouco significar para esta investiga??o, s?o importantes para se compreender o parágrafo anterior e os resultados que destas tarefas advieram:Aluna 3 da turma 3:“Eu: Bom dia Senhor Sebasti?o José de Carvalho e Melo.Marquês de Pombal: Bom dia.Eu: Afinal, qual a sua import?ncia?MP: Eu sou o 1? Conde de Oeiras mais tratado por Marquês de Pombal, sou um Nobre, diplomata e estadista português e sou o secretário de Estado no Reino de D. Jo?o I.Eu: ? verdade que viveu muitos anos no estrangeiro?MP: Sim, vivi alguns anos no estrangeiro, contactei com outras realidades políticas, o que me dotou de uma vis?o mais global, sobretudo, no que diz respeito a assuntos de Estado.Eu: Ouvi dizer que é um adepto do Despotismo Esclarecido. Mas afinal o que é isso?MP: Despotismo esclarecido é uma forma de Governo que combina o exercício do poder absoluto com as ideias de progresso e desenvolvimento cultural.Eu: O Marquês iniciou uma campanha para fortalecer o poder da coroa. Com isto, que reformas instalou?MP: Instalei 4 leis, o Erário Régio, que vigiava as finan?as públicas e organizava a cobran?a de impostos; a Junta de Comércio que controlava as práticas comerciais e financiava a indústria; a Real Mesa Censória, que exerce forte controlo sobre todas as publica??es, retirando assim poderes à Inquisi??o, controlada pelos Jesuítas; e a Intendência Geral da Polícia, que vigiava e assegurava a seguran?a pública.Eu: Estas leis foram criadas para melhorar o país. Mas ainda teve um papel fundamental na escravatura, certo?MP: Sim, acabei com a escravatura em Portugal continental, acabei com os autos-de-fé e com a discrimina??o dos Crist?os-Novos, mas ainda n?o consegui extinguir oficialmente a Inquisi??o portuguesa.Eu: Mas a sua administra??o foi marcada por que acontecimento?MP: Sinceramente foi marcada por duas contrariedades célebres: a primeira foi o terramoto de Lisboa, que foi um desafio que me conferiu o papel histórico de renovador arquitetónico da cidade. E a segunda foi através do processo dos Távoras, uma intriga com consequências dramáticas para a Nobreza e para o Clero, pois eu fui um dos principais responsáveis pela expuls?o dos Jesuítas de Portugal e das colónias.”Aluno 5 da turma 3:“Bom dia Senhor Sebasti?o José de Carvalho e Melo, o que fazia o [Sr.] antes de ser Marquês, é verdade que primeiro foi embaixador na Inglaterra?Marquês de Pombal: Sim, eu n?o me esforcei muito por lá porque eu n?o gostava que nós dependêssemos da Inglaterra.Jornalista: Enquanto era embaixador na ?ustria, gostou ou n?o gostou de estar naquele cargo?MP: N?o, n?o sei porquê mas eu n?o gostava de estar longe do meu país.Jornalista: Foi bom ser Ministro?MP: Sim, o rei tinha confian?a em mim, fui eu que escrevi algumas das regras, e também fui eu que reconstruí a cidade de Lisboa.Jornalista: Porque é que assassinou a família dos Távoras?MP: Eu só fiz isso porque eles pensavam que era tudo deles, n?o pagavam os impostos. Eu tinha que fazer com que os nobres me respeitassem, e o clero também.”Aluno 11 da turma 3:“Eu: Hoje, tenho o prazer de entrevistar um grande homem, que refor?ou o poder régio e desenvolveu Portugal entre 1750 e 1777. De seu nome Sebasti?o José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de Pombal. Seja bem-vindo!Marquês de Pombal (MP): Muito obrigada.Eu: Quer-nos contar alguns pormenores que acha que devem ser esclarecidos?MP: Claro que sim. No meu tempo, tanto a Nobreza como o Clero estavam divididos em 2 grupos: a Alta e a Baixa Nobreza, e o Alto e o Baixo Clero. Ambos tinham privilégios, mas, obviamente, a Alta Nobreza e o Alto Clero tinham muito mais! Como todos sabem, a minha família pertencia à Baixa Nobreza, apesar de termos pouco dinheiro; mas mesmo assim tive a possibilidade de estuda na Universidade de Coimbra.Eu: Talvez tenha sido isso que o tenha ajudado a “subir na vida”, mas também como viveu alguns anos no estrangeiro isso fez-lhe ver as coisas de outra maneira, com outra realidade…MP: Exato. Entre 1738 e 1749 representei Portugal em Londres e em Viena em miss?es diplomáticas. Com isso contactei com outras realidades políticas que me dotaram de uma vis?o mais global, sobretudo no que dizia respeito aos assuntos do Estado.Eu: Era adepto de uma forma de poder designada Despotismo esclarecido. Em que consiste?MP: O Despotismo esclarecido é uma forma de governo na qual o rei, detentor de um poder absoluto, deveria exercê-lo de uma forma esclarecida e racional, tendo em vista o bem-estar do povo.Eu: Durante o seu trabalho como Ministro fez muitas reformas que agradaram a uns, mas que também desagradaram a muitos. Quer-nos dar alguns exemplos dessas reformas?MP: Eu fiz o que tinha de ser feito. Obviamente que nunca se pode agradar a todos. Dessas reformas destaco o Erário Régio, a Junta do Comércio, a Real Mesa Censória e a Intendência Geral da Polícia. Protegi o comércio português, criei companhias monopolistas, reformei a Universidade de Coimbra e reorganizei o exército.Eu: Além das reformas que realizou, o Marquês de Pombal tornou-se uma figura muito importante na História de Portugal por causa do Terramoto de Lisboa, em 1755.MP: Sim. Depois do terramoto fiquei responsável pela reconstru??o da cidade. Fui eu que reconstruí a baixa lisboeta com todas aquelas ruas paralelas e perpendiculares. Fui eu quem mandou alterar o modo de constru??o das casas, para prevenir incêndios.Eu: ? por isso que a baixa lisboeta é conhecida como “baixa pombalina”. Muito obrigada pelos seus esclarecimentos.MP: N?o tem de quê.”Para se compreender os resultados que se ir?o apresentar, comparar e analisar entre as turmas 3 e 4 de História, é necessário compreender o seu percurso escolar ao longo do ano. O Gráfico seguinte apresenta as médias que cada turma obteve nos Testes de Etapa ao longo do ano:Gráfico SEQ Gráfico \* ARABIC 3 – Varia??o da Média dos Testes de Etapa alcan?ada pelos alunos da Turma 3 e da Turma 4Como se verifica, as turmas s?o relativamente parecidas no seu desempenho académico ao longo do ano, apresentando uma diferen?a máxima de 7 pontos no 4.? Teste de Etapa. Esta situa??o pode ser explicada devido aos Testes de Etapa terem sido construídos e aplicados pelos estagiários do Curso de Mestrado em Ensino de História e Geografia de Arrifana.Ao avaliar os TPC?s por eles elaborados, tenho de dizer que existiu empenho e dedica??o da sua parte. De facto, os conteúdos est?o patentes nos documentos por eles elaborados.Durante a prescri??o de TPC?s à turma 3, nem todos os alunos realizaram estas tarefas. A tabela seguinte indica os alunos que realizaram o TPC, e diferencia os que o realizaram corretamente:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 7 – Frequência e qualidade dos TPC?s realizados pela Turma 3Aluno n?Realizou o 1? TPCRealizou o 2? TPCRealizou o 3? TPC1???2??X3???4XXX5?X?6?XX7?X?8???9???10???11???12?XXDeste modo, sabendo quais foram os alunos que realizaram ou n?o o TPC, e partindo das quest?es do Teste de Etapa (cf. Anexo 3 - Teste de Etapa aplicado à turma 3 e 4) associadas a cada TPC, irei comparar os resultados obtidos pelos alunos que fizeram totalmente e corretamente o TPC, com os dos alunos que fizeram o TPC mas apresentaram erros ou lacunas, e os dos alunos que n?o fizeram TPC.O primeiro TPC abordava essencialmente o funcionamento da sociedade e do poder no Antigo Regime. As quest?es associadas a este assunto presentes no Teste de Etapa eram a quest?o 2 e a quest?o 3:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 10 - Quest?es do Teste de Etapa associadas ao 1? TPCOs alunos da turma 3 obtiveram nestas quest?es do Teste de Etapa os seguintes resultados (cf. Anexo 4 – Grelha de corre??o do Teste de Etapa da Turma 3):Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 8 – Resultados obtidos pela turma 3 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 1.? TPCCota??o da Quest?o3415417N?\Quest?es2.2-a)2.2-b)3.13.23.3Total133,513414,5232,515415,5333,50039,5431,510-5,5533,510-7,5633,511412,5732,503412,5832,51129,593212-81033,515416,51132,51208,5123313414Média dos alunos da turma 3:11,2Desta tabela verifico que os alunos que realizaram o TPC corretamente conseguiram obter os melhores resultados, apenas com a exce??o dos alunos 3 e 11. Os alunos que realizaram TPC, mas n?o completamente, conseguiram resultados medianos, com exce??o para os alunos 7 e 12, que conseguiram bons resultados nestas quest?es. Por fim, o aluno que n?o realizou o TPC consegue obter dos 17 pontos totais, apenas 5,5. Entretanto, se calcularmos a média obtida pelos alunos que realizaram o TPC, e a média dos alunos que realizaram o TPC de forma incompleta, verificamos que os primeiros conseguem obter melhores classifica??es do que os segundos: 12,8 e 11,4 respetivamente.Daqui consigo retirar duas conclus?es, sendo uma consequência da outra: os que realizaram o TPC de forma incompleta alcan?aram melhores resultados do que os que n?o fizeram o TPC; ou seja, os alunos que realizaram mal o TPC ou de forma incompleta, identificaram os erros que cometeram durante a corre??o, e quando interrogados sobre essas mesmas quest?es, respondem melhor e corretamente. Apresento de seguida os valores alcan?ados pela turma 4 (cf. Anexo 5 – Grelha de corre??o do Teste de Etapa da Turma 4), onde n?o foi aplicado TPC:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 9 – Resultados obtidos pela turma 4 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 1.? TPCCota??o da Quest?o3415417N?\Quest?es2.2-a)2.2-b)3.13.23.3Total133,51108,5232144143311431243315416532032106331341473313313833020893303091033134141133130101222023913340301014110002153313313163312211Média dos alunos da turma 4:10,8Verifica-se por compara??o que a Turma 3, onde foi aplicado o TPC, consegue uma média de pontua??o mais elevada que a turma 4 (11,2 e 10,8 respetivamente).O segundo TPC prescrito aos alunos tinha como objetivo que os alunos percebessem o impacto que o Tratado de Methuen e a descoberta de ouro do Brasil teve nas medidas mercantilistas do 3.? Conde da Ericeira. As quest?es subjacentes a estes conteúdos no Teste de Etapa do 3.? Período foram todas as quest?es da página 3:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 11 - Quest?es do Teste de Etapa associadas ao 2? TPCOs alunos da turma 3 obtiveram nestas quest?es do Teste de Etapa os seguintes resultados:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 10 – Resultados obtidos pela turma 3 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 2.? TPCCota??o da Quest?o1456224226N?\Quest?es4.4-a)4.4-b)4.4-c)4.54.64.74.84.9Total1143410211621134204217304542021184---310217514541132216043410221671245102015814532-221990245210216101356214123111034112214121433212117Média dos alunos da turma 3:16,6Desta tabela verifico que todos os alunos que realizaram o TPC corretamente, conseguiram mais uma vez obter bons resultados. ?, no entanto, necessário salientar que o aluno 5, apesar de n?o realizar o TPC, conseguiu atingir uma pontua??o muito boa nestas quest?es. Apesar disso, s?o outra vez os alunos que realizam o TPC de forma correta que obtêm a melhor média de pontua??es, atingindo os 18,7 pontos, num total de 26. Os alunos que realizaram o TPC, mas incompleto, conseguem mais uma vez o segundo lugar nas médias, atingindo os 16,8 pontos. Por sua vez, os alunos que n?o realizaram o TPC, conseguiram apenas 15,2 pontos.Vejamos como se comportou a Turma 4 nestas quest?es:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 11 – Resultados obtidos pela turma 4 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 2.? TPCCota??o da Quest?o1456224226N?\Quest?es4.4.a4.4.b4.4.c4.54.64.74.84.9Total110121010621436102118314512022174145522422551454202119610542122177140311221481014212213912342112161011542122181114432132201210012011613142221211514000111003151443213119161014212213Média dos alunos da turma 4:14,9Verifica-se por compara??o que a Turma 3, onde foi aplicado o TPC, consegue mais uma vez uma média de pontua??o mais elevada que a turma 4 (16,6 e 14,9 respetivamente).O terceiro TPC prescrito aos alunos tinha como objetivo que os alunos pesquisassem e construíssem uma entrevista com Marquês de Pombal, para dessa forma relacionarem todas as medidas por ele realizadas. As quest?es subjacentes a estes conteúdos no Teste de Etapa do 3.? Período foram todas as quest?es da página 4:Imagem SEQ Imagem \* ARABIC 12 – Quest?es do Teste de Etapa associadas ao 3.? TPCOs alunos da turma 3 obtiveram nestas quest?es do Teste de Etapa os seguintes resultados:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 12 – Resultados obtidos pela turma 3 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 3.? TPCCota??o da Quest?o144445527N?\Quest?es5.1-a)5.1-b)5.1-c)5.1-d)5.25.35.4Total100023531321411252,516,531000023641----22,55,551410-441461020-44,511,571---41410811--243,511,59----343,510,510134445526111000104612142-32517Média dos alunos da turma 3:12,3Ao analisar esta tabela, verifico que, dos alunos que realizaram o TPC, apenas o 5 e o 10 conseguiram mais de metade da pontua??o nestas quest?es. Contra todas as expectativas s?o os alunos que n?o realizaram o TPC que conseguem a melhor média nestas quest?es do Teste de Etapa. No entanto, é de salientar que estas formam o conjunto de quest?es do Teste de Etapa em que os alunos manifestaram mais dificuldades, n?o respondendo ou errando. Devido a este ser o último TPC prescrito à turma 3, e devido ao facto de eu apenas ter recolhido este TPC (n?o lecionei mais nenhuma aula à turma 3) sem o analisar na sala de aula, poderá ter condicionado o aproveitamento e o reconhecimento do erro por parte dos alunos nestas quest?es. Sem a corre??o, os alunos n?o tomaram conhecimento do que erraram, ou do que poderiam ter melhorado na sua entrevista/resposta. Poder-se-á também compreender o motivo de os alunos que realizaram o TPC terem obtido pontua??es t?o baixas: como o Trabalho n?o foi corrigido, também eles n?o se aperceberam o que fizeram estes pensamentos, analisemos a tabela seguinte que apresenta os valores obtidos pelos alunos da turma 3, com os valores obtidos pela turma 4:Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 13 – Resultados obtidos pela turma 4 nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o 3.? TPCCota??o da Quest?o144445527N?\Quest?es5.1.a5.1.b5.1.c5.1.d5.25.35.4Total10020-12521444444,525,530002333,511,54124445525504444332260444243,521,5700-02541181300034,511,59101202511101410344171112001239120100-12,54,5131420034,514,5140000002,52,5151420344181614-022312Média dos alunos da turma 4:13,8Como se verifica na tabela, também foi a este conjunto de quest?es que os alunos menos responderam. ? de salientar, no entanto, o facto de conseguirem obter média melhor nestas quest?es que a turma 3. Apesar disso, apenas 5 alunos conseguiram obter mais de metade da pontua??o destas quest?es na turma 4, ao passo que na turma 3, apenas 3 alunos o conseguem. Sem a devida corre??o do TPC, a turma 3 ressentiu-se no Teste de Etapa na elabora??o deste último conjunto de respostas. Com esta análise retirei as seguintes conclus?es:Ambas as turmas baixaram na classifica??o entre os Testes de Etapa 4 e 5;Nestes 3 conjuntos de exercícios em específico, onde a cota??o das quest?es correspondia a 70% da cota??o total do Teste de Etapa, os alunos da turma 3 obtiveram (em média) 40 pontos nos possíveis 70, e os alunos da turma 4 conseguiram 39,6.A Turma 3 obteve valores mais baixos no 5.? Teste de Etapa, aquando da aplica??o da metodologia TPC (média turma 3 = 56; média turma 4 = 57);Nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com os TPC?s 1 e 2, que tiveram corre??o na aula, os alunos da Turma 3 obtiveram melhores resultados;Nas quest?es do Teste de Etapa relacionadas com o TPC 3, que n?o teve corre??o na aula, os alunos da turma 4 obtiveram os melhores resultados.Ficou assim provado que a realiza??o do TPC, por si só n?o é uma metodologia que promove o rendimento escolar. O professor deve utilizar esta metodologia sempre com o objetivo de a analisar e trabalhar em sala de aula. Recordo mais uma vez a tabela de Cooper sobre as variáveis do TPC: o feedback do professor aos comentários escritos dos alunos, além de ser uma avalia??o do trabalho por eles elaborado, é um incentivo para a autocorre??o (Cooper 2006, p. 10).Considera??es Finais: perspetivas para a investiga??oAo longo deste trabalho, tive sempre como objetivo aferir a import?ncia da utiliza??o da estratégia TPC no contexto educativo. Esta metodologia, cada vez menos utilizada pelos professores devido à falta de tempo e ao aumento do número de alunos por turma, traz benefícios para o aluno que podem ser visíveis no seu rendimento escolar e nos seus hábitos de estudo. Devia no entanto ter apostado inicialmente numa aproxima??o teórica a esta metodologia. Acontece que devido a essa lacuna, os TPC?s aplicados às turmas 1 e 2 s?o uma aproxima??o à estratégia, sendo portanto um pouco frágil a sua sustenta??o.Ao analisar os dados que recolhi ao longo do ano letivo 2012/2013, verifiquei que o TPC é de facto uma mais-valia para as aprendizagens e o sucesso dos alunos. ? certo que os bons alunos realizam quase sempre o TPC, ao passo que os maus alunos raramente realizam o TPC. No entanto, aqueles alunos que se encontram no espa?o intermédio revelaram melhores classifica??es e pontua??es com a utiliza??o do TPC. Salvaguardo, no entanto, a necessidade de reconduzir o TPC para a sala de aula, visto que quando n?o é analisado com os alunos, nem os que responderam corretamente ao TPC compreendem o que fizeram bem, nem os alunos que erraram no TPC compreendem o que fizeram de mal. Com isto, a minha resposta à quest?o inicial mantém-se: o TPC promove o rendimento e aproveitamento dos alunos. No entanto, há muitas outras variáveis, apresentadas por Cooper (2006, p. 10) na sua tabela de variáveis do TPC, que n?o foram avaliadas neste relatório.N?o posso fazer grandes generaliza??es com este trabalho, visto que a amostra é extremamente pequena, e todo o processo de investiga??o esteve sempre condicionado às aulas em que lecionei. Quero com isto afirmar que em outra escola, com um professor a tempo inteiro, esta estratégia poderia, certamente, arrecadar outro tipo de “frutos”. Esta é, portanto, uma das limita??es da minha disserta??o. O facto de estar a desenvolver uma prática de ensino supervisionada, e ao mesmo tempo ter de desenvolver um projeto de investiga??o, torna complicado a investiga??o desta temática. Esta investiga??o n?o aborda a quest?o da autorregula??o desenvolvida por Harris Cooper, Lyn Corno, ou Rosa Mour?o. De facto, creio que esta é a principal lacuna deste relatório, visto que n?o foi avaliada a metodologia do TPC de acordo com os pontos de vista dos alunos, algo que poderia ter sido feito através da realiza??o de um inquérito. Ou seja, tantas vezes referi a tabela de variáveis de Cooper (2006, p.10), e ao fim e ao cabo, apenas investiguei o TPC sobre o ponto de vista do rendimento. No entanto, como já referi no parágrafo anterior, n?o dispunha de conhecimentos nem, talvez, de tempo para efetuar uma investiga??o t?o cuidada ou aprofundada.Este trabalho tem, no entanto, algumas potencialidades. Para mim, é um ponto de partida para a minha prática docente. Desejo sinceramente investigar esta temática ao longo da minha prática docente. Além disso, creio ser necessário à comunidade docente repensar sobre esta estratégia (talvez por isso é que exista t?o pouca bibliografia portuguesa sobre este assunto – por contraponto a que existe é de boa qualidade), que pode desenvolver nos alunos algo mais do que apenas rendimento escolar.O TPC foi, no entanto, uma estratégia que me deixou regalado ao ver as rea??es dos alunos perante TPC?s por vezes t?o diferentes ao que estavam habituados. Foi delicioso verificar que os alunos que produziram os Globos na turma 1 sentiram aquele trabalho como deles, exigindo que depois da análise que realizei, os devolvesse. Foi ainda extremamente alegre e apaixonante ler alguns dos textos que os alunos da turma 3 construíram, seja sobre a entrevista ao Marquês de Pombal, seja sobre o testemunho de um Nobre durante o reinado de D. Jo?o V. Perante TPC?s t?o diferentes (pelo menos do meu ponto de vista), e perante o empenho que os alunos demonstraram na realiza??o das tarefas pedidas, n?o tenho dúvidas de que o TPC é uma estratégia que promove o desenvolvimento de competências históricas e geográficas, o aproveitamento dos alunos e apela à mudan?a de hábitos de estudo.BibliografiaCooper, H., Robinson, J. C. & Patall, E. A. (2006). Does Homework Improve Academic Achievement? A Synthesis of Research, 1987–2003. Review of Educational Research, 76, 1-62. Acedido Setembro 25, 2013, em , L. (1996). Homework is a complicated thing. Educational Researcher, 25, 27-30. Acedido Setembro 24, 2013 em , L. & Xu, J. (2004). Homework as the Job of Childhood. Theory into Pratice, 43, 227-233. Acedido Setembro 22, 2013, em, B. P. & Schlossman, S. L. (2004). Villiain or Savior? The American Discourse on Homework, 1850-2003. Theory into Pratice, 43, 174-181. Acedido Setembro, 22, 2013 em , A. M. & Gaité, M. J. (1996). Ense?ar Geografia De la Teoria a la prática. Madrid, Editorial Sinteses.Meirieu, P. (1998). Os Trabalhos de Casa. Lisboa, Editorial Presen?a.Ministério da Educa??o - Departamento da Educa??o Básica. (2002). Orienta??es Curriculares de Geografia para o 3? Ciclo. Ministério da Educa??o. (1991). Programa de História - Plano de Organiza??o do Ensino-Aprendizagem, vol. III. Ensino Básico - 3? Ciclo.Mour?o, R. M. F. (2004). TPC?s Quês e Porquês: Uma rota de leitura do TPC, em Língua Inglesa, através do olhar de alunos do 2.? e 3.? Ciclos do Ensino Básico. Disserta??o de Mestrado, Instituto de Educa??o e Psicologia - Universidade do Minho, Portugal;Mour?o, R. M. F. (2009). Etapas Processuais do TPC e Efeitos Auto-regulatórios na Aprendizagem do Inglês: Um estudo com diários de TPC no 2.? Ciclo do Ensino Básico. Disserta??o de Doutoramento, Instituto de Educa?ao e Psicologia - Universidade do Minho, Portugal.Projeto Educativo 2009.2013 (2009). Escola Básica de Arrifana;Rosário, P. S. L. et al. (2005). TPC, Auto-regula??o da Aprendizagem, e Envolvimento Parental. Psicologia em Estudo, 10, 89-97. Acedido Setembro 18, 2013, em ário, P. S. L. et al. (2008). TPC, auto-eficácia e rendimento em Matemática. Revista Semestral da Associa??o Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 12, 23-35. Acedido Setembro 19, 2013, em , P. A. (1996).O TPC na disciplina de História – Cadernos Pedagógico-Didáticos. Lisboa, Associa??o de Professores de História;Trautwein, U., K?ller, O., Schmitz, B. & Baumert, J. (2002). Do Homework Assignments Enhance Achievement? A Multilevel Analysis in 7th- Grade Mathematics. Contemporary Educational Psychology, 27, 26-50. Acedido Setembro 21, 2013, em 1 – Teste de Etapa aplicado à turma 1 no final do 1.? Período1143001333500045243756413500ESCOLA B?SICA DE ARRIFANAANO LECTIVO 2009/10Ficha de Avalia??o de Geografia - 7? AnoNome…………………………………………………………………....N?……Turma…….Assin. do Professor………………………….Classifica??o…………………………...…….Assin. do Enc. de Educa??o…………………………………………………………….……1– Observe atentamente a figura seguinte.Figura I– Rede cartográfica tra?ada sobre o Globo terrestre.1.1 – Assinale, na figura I: O semimeridiano de Greenwich, a azul.O equador, a vermelho.Um paralelo, a preto.2 – As coordenadas geográficas s?o imprescindíveis para localizarmos, com exactid?o, qualquer lugar na superfície terrestre.2.1 – Defina o conceito de Latitude.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2.2 – Defina o conceito de Longitude.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2.3 – Assinale, com V (verdadeiro) ou F (falso) as frases seguintes.______ O equador é um semi-meridiano.______ Os meridianos s?o círculos menores.______ Os meridianos s?o círculos que dividem a Terra em duas partes iguais.______ O semimeridiano de Greenwich serve para determinarmos a latitude.______ Os paralelos s?o círculos menores, pois dividem a Terra em duas partes desiguais.______ O equador é um círculo máximo.______ Os paralelos s?o círculos menores.______ Os meridianos s?o círculos máximos que passam pelos pólos.______ O valor máximo da latitude é 90?.______ A longitude mede-se a partir do equador.3– Observe atentamente a figura seguinte.Figura II – As coordenadas geográficas.3.1 - Com base na figura II, complete o quadro seguinte:LugaresLatitudeLongitudeABCDEFGHI4– Observe atentamente a figura seguinte.Figura III– rede cartográfica tra?ada sobre o Globo terrestre.4.1– Assinale, na figura III, os seguintes lugares:LugaresLatitudeLongitudeA45?N25?EB60?N60?EC45?N50?ED35?N10?WE45?N0?BOM TRABALHO! Anexo 2 - Teste de Etapa aplicado à turma 2 -342900-457200005143500-45720000 ESCOLA B?SICA DE ARRIFANAANO LECTIVO 2012/133? Ficha de Avalia??o de Geografia - 9? ANome ____________________________________________________________ N?_________Assin. do Professor_______________________ Classifica??o___________________________ Assin. do Enc. de Educa??o ______________________________________________________Grupo IObserve atentamente o seguinte mapa.-11430014478000Figura 1 – Os níveis de desenvolvimento humano no mundo. Explique o que entende por IDH e refira quais os indicadores simples utilizados para o seu cálculo.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Indique as características dos Países Desenvolvidos no que respeita às diferentes dimens?es do desenvolvimento, apresentando um exemplo de um país em concreto.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Grupo IIExistem diversos fatores que condicionam o desenvolvimento dos países.Refira os obstáculos ao desenvolvimento.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Explique um dos obstáculos ao desenvolvimento, à sua escolha.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Grupo IIIObserve atentamente a seguinte tabela.Países/ IndicadoresPIB per capita (dólares)Taxa de Alfabetiza??oTaxa de Mortalidade InfantilEsperan?a Média de VidaPortugal2241394,90%5,23‰79,4Malawi35164,10%107,81‰48,3Tabela 1 – Alguns indicadores de base nos valores da tabela, comente as desigualdades de acesso à alimenta??o, educa??o e saúde no Mundo.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Grupo IVLeia atentamente o seguinte excerto: “Nos países em desenvolvimento, os direitos humanos mais elementares est?o muitas vezes ausentes devido a conflitos étnicos, religiosos e culturais.”Com base no excerto, identifique os principais problemas retratados e apresente possíveis solu??es.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Grupo VObserve a seguinte imagem.Figura 2 – Os objetivos do Milénio.Explique a necessidade de serem estabelecidos os objetivos do milénio.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Explique um dos objetivos do Milénio, à sua escolha.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Comente a seguinte express?o: “Apesar dos objetivos do milénio terem sido apresentados como solu??es que permitiriam atenuar os Contrastes de Desenvolvimento, verifica-se que, até ao momento, pouco ou nada mudou...”______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Bom trabalho!!!Anexo 3 - Teste de Etapa aplicado à turma 3 e 4 4958715226060-280035-282575ESCOLA B?SICA DE ARRIFANAFicha de Avalia??o de HIST?RIA - 8? Ano – Maio / 2013NOME: ______________________________________________ N?:_____ Turma: _____A Prof: _______________ Classif: ______________ O Enc. Educ: _________________- Analisa atentamente todos os documentos antes de responderes às quest?es.1- Nos séculos XVII e XVIII, Amesterd?o e Londres substituem Lisboa e Sevilha como principais centros económicos.1.1- Indica dois fatores que permitiram a ascens?o económica da Holanda e da Inglaterra. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------43751502006601.2- Observa a imagem ao lado (Doc. 1) Doc. 1 a) Identifica a personagem histórica representada no documento 1. -----------------------------------------------------------------------------------b) Explica em que consistia o Ato de Navega??o, publicado em 1651. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------2- O período compreendido entre os séculos XVI e XVIII, na maior parte da Europa, foi designado por Antigo Regime.2.1- Define Antigo Regime. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------2.2- A sociedade do Antigo regime era profundamente estratificada e hierarquizada. a) Identifica as ordens sociais representadas na coluna A.Coluna AColuna B32385-190500 _____________________-1524039878000-62230-18796000___________ _____________________________________1.Isentos de impostos2. Pagamento de impostos3. Ocupava importantes cargos administrativos4. Desempenhava fun??es militares5. Assegurava as atividades produtivas6. Cobrava o dízimo7. Recebiam rendas8. Acesso a tribunais com leis próprias.b) Faz corresponder para cada ordem social (coluna A), os privilégios e obriga??es (coluna B) que lhe est?o associados.Observa atentamente o doc. 2:Doc. 2- “Luís XIV”3.1- Identifica o regime que vigorou durante o reinado de Luís XIV. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------3.2- Refere os poderes do rei representado no documento 2. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------3.3- Explica a origem do poder de Luís XIV. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4.1- No Antigo Regime, a economia baseava-se essencialmente na agricultura, embora de baixa produtividade e de baixos rendimentos. Concordas com esta afirma??o? Justifica a tua resposta. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------186690653415004.2 – Observa os seguintes esquemas (Doc. 3), que representam as situa??es possíveis de uma balan?a comercial: Doc. 3___________________ B - __________________ C - __________________a) Completa os esquemas (doc. 3), escrevendo por baixo de cada um a legenda adequada: Balan?a Comercial positiva; Balan?a Comercial negativa (deficitária); Balan?a Comercial equilibrada.b) Identifica qual destas situa??es pretendiam alcan?ar os mercantilistas. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4.3- No reinado de Luís XIV, em Fran?a, vai ser posta em prática uma doutrina económica designada por Mercantilismo.a) Identifica o seu responsável. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------b) Define Mercantilismo. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4.4- Em Portugal o Mercantilismo também foi aplicado no século XVII.a) Por quem? -----------------------------------------------------------------------------------------b) Enumera duas dessas medidas mercantilistas aplicadas.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------c) Consideras que estas medidas tiveram os resultados esperados? Justifica a tua resposta. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4.5- Lê atentamente o texto que se segue, pois contém seis erros. Assinala-os e corrige-os:Em 1750, foi assinado entre Portugal e Fran?a o Tratado de Methuen. Este Tratado estabelecia que os tecidos de linho de Fran?a entrariam livremente em Portugal, em troca dos vinhos portugueses. Assim, a política de desenvolvimento agrícola foi abandonada, prevalecendo os interesses de exporta??o dos vinhos portugueses. Nesta época, Portugal vai conseguir uma estabilidade financeira, gra?as às grandes remessas de ouro que vinham de ?frica.4.6 - Coloca um X nas op??es corretas: O Mercantilismo n?o resultou em Portugal, devido:a) ____ Tratado de Methuen b) ____ Falta de apoio do Estadoc) ____ Descoberta do ouro do Brasild) ____ desinteresse da burguesia2089785134620 Doc. 5Abra?ámos o luxo e abandonámos a indústria correndo ignoradamente atrás da riqueza imaginária das minas de ouro, que nos têm arruinado e empobrecido. Acharíamos fortuna nas minas se houvéssemos aplicado bem o seu precioso género. Mas, como fizemos mau uso do ouro, as minas reduziram-se a pagarmos com dinheiro (os défices) da Balan?a de Comércio e n?o chega.Alexandre de Gusm?o, Cálculo sobre a Perda de Dinheiro do Reino, 174900 Doc. 5Abra?ámos o luxo e abandonámos a indústria correndo ignoradamente atrás da riqueza imaginária das minas de ouro, que nos têm arruinado e empobrecido. Acharíamos fortuna nas minas se houvéssemos aplicado bem o seu precioso género. Mas, como fizemos mau uso do ouro, as minas reduziram-se a pagarmos com dinheiro (os défices) da Balan?a de Comércio e n?o chega.Alexandre de Gusm?o, Cálculo sobre a Perda de Dinheiro do Reino, 174989535230505 Doc. 4- Chegada de ouro do Brasil4.7– Indica o período e o reinado em que ocorreu o maior afluxo de ouro brasileiro a Lisboa. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4.8 – Descreve, com base no texto (Doc. 5), a forma como foi aplicado o ouro do Brasil. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4.9- Assinala com um x as frases corretas, relativamente às consequências que a chegada do ouro a Portugal provocou:a) ___ corte modesta;b) ___ prote??o das manufaturas;c) ___ constru??o do Mosteiro dos Jerónimos; d) ___ o país passou a comprar todos os produtos de que necessitava;e) ___ as importa??es aumentaram.27755852368553086102368555. Observa as figuras: Doc. 6- Marquês de Pombal Doc.7 – Lisboa Pombalina5.1- Marquês de Pombal, figura de grande prestígio no séc. XVIII, defendeu e aplicou em Portugal o Despotismo Esclarecido. - Identifica: O cargo que ocupou: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Duas medidas a nível social: ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Duas medidas a nível económico: -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Duas medidas para refor?ar o poder do Estado: ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------5.2- Define Despotismo Esclarecido. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------5.3- Identifica as características gerais de Lisboa Pombalina, após o terramoto de 1755.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5.4- Assinala as frases Verdadeiras e Falsas, corrige as falsas:Marquês de Pombal perseguiu a burguesia e a nobreza. -----------------------------O rei D. Pedro II depositou imensa confian?a no Marquês de Pombal. ------------A administra??o e a economia desenvolveram-se no tempo do Marquês de Pombal. ---------Marquês de Pombal aplicou o Mercantilismo em Portugal. --------------------------A burguesia beneficiou com a a??o governativa do Marquês de Pombal. ---------A a??o deste governante vai refor?ar o poder dos grupos privilegiados. ----------Durante o seu governo, vai ser decretada a igualdade entre crist?os-novos e crist?os-velhos. ------------ A Professora Rosa Fonseca BOM TRABALHO! Anexo 4 - Grelha de corre??o do Teste de Etapa da Turma 3Anexo 5 - Grelha de corre??o do Teste de Etapa da Turma 4 ................
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